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AULA 13 - ESPOROTRICOSE - DERMATOLOGIA

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DE���T��O���
ES����T�I��S�
➢ Micose subcutânea (fungo) de maior prevalência
global;
➢ Causado por um fungo dimorfo - 25°C forma
filamentosa/miceliana e 37° forma leveduriforme;
➢ Doença subaguda ou crônica, geralmente benigna e
restrita à pele e aos vasos linfáticos adjacentes;
➢ Causada pelo Complexo Sporothrix (6 espécies) - As
mais prevalentes no Brasil são S. brasiliensis, S.
schenckii stricto sensu e S. globosa;
➢ Maioria benigna e limitada a pele e subcutâneo;
raramente dissemina para ossos e órgãos internos,
especialmente em pacientes imunodeprimidos;
➢ Distribuição universal, mais comum em áreas
tropicais e subtropicais, rara nas regiões frias;
➢ Encontrada preferencialmente em regiões rurais e
endêmica em certas regiões;
➢ Forma urbana, principalmente, SR e RGS;
➢ Não é letal.
ETIOLOGIA E PATOGENIA
➢ Transmissão zoonótica - fungo já foi encontrado em
gatos, cachorros, chimpanzés, iguanas, tatus e
roedores;
➢ Necessário erradicação da endemia animal: vacinas,
castração e cremação de animais doentes;
➢ Veterinário também faz notificação compulsória;
➢ Mais frequente em adultos; a incidência por sexo e
idade depende da possibiliade de exposição;
➢ Período de incubação: de 3 semanas a 6 meses após
inoculação, em média 3 semanas;
➢ A infecção e a doença não conferem imunidade ao
indivíduo;
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
➢ Dependente da condição imunológica do paciente à
quantidade e à profundidade do inóculo fúngico e à
patogenicidade e à termotolerância da cepa;
➢ Geralmente, em adultos as lesões são nos membros e
em criança no rosto pelo hábito de levar o animal ao
rosto e até beijá-lo;
FO��� CU�ÂNE�-LI��ÁTI��
➢ É a forma mais comum (60 a 75% dos casos);
➢ Inicia com uma lesão inicial (nódulo ou goma) no
local do traumatismo constituindo o cancro de
inoculação (cancro esporotricótico) pequeno e
indolor;
➢ Evolui para lesões ulceradas com secreção purulenta
que aspectos diferentes dependendo do tempo de
evolução;
➢ Seguindo trajeto ascendente nos membros, forma-se
cadeia de nódulos indolores, ao longo dos vasos
linfáticos, que podem amolecer e ulcerar-se (cordão
linfangítico centrípeto);
➢ Adenopatia regional discreta;
➢ O estado geral não é afetado.
FO��� CU�ÂNE� LO����ZA��
➢ Aproximadamente 25% dos casos;
➢ Lesão apenas no ponto de inoculação do fungo;
➢ Adenite regional é rara;
➢ Face é mais acometida;
➢ Vários tipos de lesão: papulosa, ulcerada,
úlcera-vegetante, úlcera gomosa, gomosa,
forunculoide, ectimatoide, sarcoidea, verrucosa, etc.
➢ Forma verrucosa faz diagnóstico diferencial com
grupo PLECT: Paracoccidioidomicose, Leishmaniose
tegumentar, Esporotricose, cromomicose e
Tuberculose cutânea.
FO��� CU�ÂNE� DI���M��A��/EX���C��ÂNE�
➢ Menos de 5% dos casos;
➢ Caracterizada pela presença não contígua de
múltiplas lesões na pele (pápula, úlceras, gomas e
nódulos), seja por inóculos traumáticos multifocais,
seja por disseminação hematogênica a partir do local
da inoculação;
➢ Observada em pacientes imunossuprimidos: AIDS,
etilistas e usuários de imunossupressores. Nos
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DE���T��O���
hospedeiros imunocompetentes, a apresentação com
várias lesões cutâneas está vinculada a transmissão
felina pela múltiplas arranhaduras que inoculam o
fungo. Pode ocorrer da ingestão ou inalação do fungo
e disseminação por via hematogênica;
➢ Evoluem com lesões viscerais ou lesões subcutâneas,
amolecidas, que se ulceram após semanas ou meses;
➢ Em alguns casos podem ocorrer fraqueza, anemia,
caquexia e disfunção local;
➢ Pode envolver qualquer tecido ou órgão (olhos,
glândula mamária, tireóide, pulmões, rins, fígado,
baço, SNC, testículos, ossos, periósteo e articulações),
de forma isolada ou múltipla;
➢ As lesões são resultantes da disseminação
hematogênica, mas em números significativo de
casos, não se encontra a lesão primária,
acreditando-se que a infecção teria sido resultado da
inoculação ou ingestão do fungo;
➢ São raras e de difícil diagnóstico.
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE - Eritema multiforme;
eritema nodoso; Síndrome de Sweet e artrite reativa.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
➢ CULTURA - secreção (pus aspirativo) ou raspado da
lesão - padrão ouro
➢ EXAME MICOLÓGICO DIRETO - raramente se
encontra o fungo, baixa sensibilidade;
➢ HISTOPATOLÓGICO - Pode auxiliar mas raramente é
efetivo;
➢ O diagnóstico imunológico ou os métodos
moleculares, embora validados, não estão
comercialmente disponíveis, sendo apenas realizados
por instituições de pesquisa ou por produção própria
(“in house”)
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
➢ PLECT
TRATAMENTO
➢ Itraconazol - normalmente se inicia com 100 mg e não
aumenta a dose, o primeiro mês piora as lesões e
melhora a partir do segundo;
➢ Se for dar 200 mg dividir para duas vezes ao dia;
➢ Tratamento dura em torno de 3 a 4 meses;
➢ A esporotricose sempre deixa cicatriz, o critério de cura
é clínico que seria como reepitelização, com ausência
de crostas e resolução do eritema e da infiltração
iniciais;
➢ Esses fármacos não podem ser utilizados em gestantes,
nesses casos se realiza curetagem com eletrocirurgia,
termoterapia - 45° C por 30 minutos 3x ao dia, ou
crioterapia.
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ESPOROTRICOSE TEM CURA!
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