Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Júlia Morbeck – @med.morbeck Sistema renal - REVISÃO A mácula densa é uma coleção de células nos rins que ajudam no controle da pressão sanguínea e do volume sanguíneo no corpo. As células da mácula densa são altamente especializadas e densamente compactadas no túbulo distal do primeiro ponto de filtração no rim, o glomérulo. Essas células detectam alterações na concentração de cloreto de sódio no sangue e enviam sinais para outras células renais para agir de modo a manter a taxa de filtração glomerular (TFG) estável. ESTRUTURAS CARACTERÍSTICAS Mácula densa Células cilíndricas alta, ou seja, epitélio colunar simples. Núcleos alongados. Palidamente coradas. Estão próximas umas as outras. Células justaglomerulares Células musculares lisas. Localizam-se na túnica média da arteríola aferente. Túbulo contorcido proximal Epitélio cuboide simples. Orla em escova (microvilos), por isso tem o lúmen reduzido. Células achatadas. Muitas mitocôndrias, citoplasma acidófilo. Segmento descendente delgado Epitélio simples pavimentoso. Permeável a água. Poucas mitocôndrias. Tem microvilosidades. Segmento ascendente delgado Epitélio simples pavimentoso. Impermeável a água. Segmento ascendente espesso Epitélio cúbico baixo. Túbulo contorcido distal Epitélio simples. Lúmen maior, pois não tem orla em escova. Poucas mitocôndrias. Contém a mácula densa. Amiloidose renal ↠ Doença rara em que proteínas dobradas de forma anormal formam fibrilas de amiloide que se acumulam em vários tecidos e órgãos, às vezes levando a disfunção ou insuficiência e morte. ↠ Nesta lâmina de rim há profunda alteração da estrutura normal devida à amiloidose. Não há mais glomérulos normais. Em todos há deposição de amilóide, transformando-os em 'bolas” hialinas. ↠ A maior parte dos túbulos está atrófica (devido à parada de funcionamento dos glomérulos) e alguns LAB. 08 - ANATOMOPATOLÓGICO Estrela amarela → glomérulo Seta vermelha → mácula densa 2 Júlia Morbeck – @med.morbeck estão hipertróficos (pertencentes a néfrons ainda funcionantes). ALTERAÇÕES TUBULARES: Os túbulos correspondentes aos néfrons cujos glomérulos estão totalmente hialinizados e, portanto, não funcionantes, também sofrem atrofia. Há extensas áreas de atrofia tubular, com fibrose e infiltrado inflamatório crônico inespecífico no interstício. Os túbulos atróficos podem ser difíceis de identificar devido ao pequeno tamanho. ↠ Em contraste, os túbulos de néfrons ainda funcionantes sofrem hipertrofia, dita vicariante ou compensatória. Trabalham mais que o habitual para compensar a perda dos demais. Mais tardiamente, também eles sofrerão atrofia. Na fase hipertrófica ficam dilatados e proeminentes. Contêm cilindros proteicos que aparecem como massas róseas na luz, e correspondem a proteínas filtradas nos glomérulos. Isso ocorre porque, devido à deposição de amilóide, os glomérulos ficam anormalmente permeáveis por lesão da membrana basal (o principal elemento de filtração). 3 Júlia Morbeck – @med.morbeck ALTERAÇÕES VASCULARES: Também são proeminentes neste caso. As pequenas artérias apresentam espessamento da parede e redução da luz. Isto ocorre porque houve grande redução da circulação sanguínea pelos glomérulos devido à hialinização da maior parte deles. Síndrome nefrítica ↠ Histologicamente, caracterizam-se por uma reação inflamatória intraglomerular e proliferação celular, podendo levar à disfunção renal em graus variáveis. • Difusas: quando o acometimento glomerular ocorre em mais de 50% do total de glomérulos da biópsia. • Focais: quando há menos de 50% de glomérulos acometidos. DIFUSA Mais de 50% dos glomérulos estão adoecidos. GLOBAL Envolve todo o glomérulo. FOCAL Envolve somente uma proporção dos glomérulos. SEGMENTAR Afeta uma parte ou segmento de cada glomérulo. MESANGIAL Afeta predominantemente a região mesangial. GLOMERULONEFRITE PÓS-INFECCIOSA AGUDA OU GN PÓS- ESTREPTOCÓCICA AGUDA 4 Júlia Morbeck – @med.morbeck ↠ A glomerulonefrite pós-infecciosa é a causa mais comum da síndrome nefrítica. ↠ Todos os glomérulos estão aumentados de volume, hipercelulares e com numerosos neutrófilos. Este é um caso de GNDA pós-estreptocócica. Nesta doença há formação de imunocomplexos que estão depositados nos glomérulos. Em geral as imunoglobulinas depositadas são IgG, havendo ativação do complemento e quimiotaxia para neutrófilos através da fração c5a. A GNDA é um exemplo de doença imune por mecanismos adaptativos humorais do tipo por deposição de imunocomplexos. Comparando-se as duas colunas, nota-se que os glomérulos com GNDA são maiores e mais celulares que os correspondentes normais. O espaço de Bowman é comprimido pelo maior volume dos tufos capilares. O aumento da celularidade se deve não só à proliferação das células glomerulares, mas também à infiltração por neutrófilos, atraídos pela fixação do complemento, consequente à deposição de imunocomplexos. Todas fotos deste quadro no mesmo aumento. A GN pós-estreptocócica é na maioria das vezes, assintomática, mas a sua apresentação característica é de início rápido de síndrome nefrítica aguda de 10 a 20 dias após a infecção faríngea ou cutânea, com período latente usual de 1 a 3 semanas após faringite e 3 a 6 semanas com as infecções cutâneas.
Compartilhar