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MELHORAMENTO DE SUÍNOS - MELHORAMENTO ANIMAL

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ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA – MELHORAMENTO GENÉTICA
Produção, consumo e exportação de carne suína 
 
-Do ano de 2017 a 2021 a produção 
brasileira de carne suína cresceu em 
média 7% ao ano, ou seja, o mercado 
interno de carne suína brasileira está em 
constante expansão. Isso pode acontecer 
também pela alta de exportações por uma 
crescente demanda global. O Brasil tem se 
beneficiado desse aumento da demanda 
externa, aproveitando as oportunidades de exportação e 
aumentando sua produção para atender às exigências dos mercados 
internacionais. 
 
-O mercado mundial de carne suína é caracterizado pela China como 
maior produtor de carne suína devido a o tamanho da sua 
população, cultura e tradição alimentar, renda e crescimento 
econômico, subsistência agrícola e políticas governamentais. 
-O Brasil tem a China como destino da maior parte das suas 
exportações de carne suína. Isso acontece por uma demanda 
crescente do país, que possui uma população enorme e em rápido 
crescimento. Além disso, Brasil e China tem estabelecido acordos 
comerciais favoráveis que facilitam as exportações de carne suína 
entre os dois países. 
-Nos últimos anos, o consumo 
per capita no Brasil tem 
apresentado um aumento 
gradual. Essa tendência está 
relacionada a uma série de 
fatores, incluindo mudança nos 
padrões de consumo, influência 
cultural, diversificação na 
oferta de produtos suínos e 
campanhas de promoção do 
consumo da carne suína. 
 
Qual a origem do suíno atual? 
-A espécie Sus scrofa, também 
conhecida como javali 
selvagem, é considerada a 
origem dos suínos domésticos. 
Esses animais naturalmente se 
espalharam por diversas 
regiões, abrangendo 
principalmente Europa e Ásia. 
Ao longo do tempo, os javalis selvagens foram domesticados e 
selecionados pelos seres humanos para obter características 
desejáveis. A partir desses processos de domesticação e 
melhoramento genético, surgiram as diferentes raças de suínos 
domesticados encontrados atualmente pelo mundo todo. 
-Após a domesticação dos suínos, as estratégias de criação e 
melhoramento foram aplicadas para atender às demandas humanas 
em relação às características desejadas nos animais. No entanto, no 
início desse processo, essas técnicas eram aplicadas de forma 
intuitiva, baseadas em observações empíricas e sem critérios 
definidos. 
 
-Foi somente no século XX que a ciência genética começou a 
desempenhar um papel fundamental no melhoramento de suínos e 
outras espécies animais. Com os avanços no entendimento da 
genética, foi possível compreender melhor como as características 
dos suínos eram herdadas e controladas pelos genes. 
Melhoramento de suínos no Brasil 
-Década de 70: Brasil passou por um período de importação 
significativa de suínos da Europa e América do Norte. Esse processo 
foi impulsionado pelo objetivo de introduzir novas linhagens e 
melhorar geneticamente a população suína brasileira. 
-Década de 70: Estação de Teste de Reprodutores Suínos (ETRS) – 
essas estações são instalações especializadas onde reprodutores 
suínos são testados e avaliados em relação a suas características de 
desempenho, qualidade de carne, reprodução e outros parâmetros 
relevantes. 
 
-Década de 80: as empresas Sadia, Seara, Granja Rezende 
Cooperativas e Agroceres PIC desempenham um papel significativo 
no mercado de comercialização de reprodutores suínos. Destacam-se 
como importantes fornecedores de genética suína e são 
reconhecidas pela qualidade e desempenho de seus reprodutores. 
-Década de 90: houve a entrada de várias empresas de 
melhoramento genético no setor suinícola brasileiro. Essas empresas 
trouxeram novas tecnologias, linhagens genéticas avançadas e 
conhecimento especializado para impulsionar a produção. 
 
Estação de Teste de Reprodutores Suínos 
(ETRS) 
 
-O ETRS (Estação de Teste de Reprodutores Suínos) é um programa 
de avaliação que visa medir o desempenho dos machos de raça pura 
em relação a características específicas. Os principais objetivos do 
ETRS são avaliar o desempenho em termos de Ganho de Peso Diário 
(GPD) e Conversão Alimentar Individual (CAI) dos suínos no intervalo 
de peso vivo entre 30 e 100 kg, bem como medir a espessura de 
toucinho quando os animais atingem o peso vivo de 100 kg. 
Obs.: a espessura de toucinho é medida quando os suínos atingem 
100 kg de peso vivo. Essa característica está relacionada composição 
de gordura dos animais e pode ser um indicativo de qualidade da 
carcaça. 
-Essas avaliações realizadas no ETRS são importantes para auxiliar 
na seleção e melhoramento genético dos suínos de raça pura. Os 
dados obtidos permitem aos produtores identificar os animais com 
melhor desempenho em relação às características avaliadas, o que 
contribui para a obtenção de animais mais produtivos e eficientes 
em termos de conversão alimentar. 
-Ao final do teste na ETRS, os melhores animais podem ser 
direcionados para diferentes destinos, dependendo dos objetivos e 
necessidades dos produtores e da indústria suinícola. Algumas 
opções comuns incluem: 
1. Retorno às granjas: Os melhores animais podem ser devolvidos 
às granjas de origem para serem incorporados ao rebanho e 
utilizados na reprodução. Essa é uma prática comum para 
melhorar a qualidade genética dos suínos da granja. 
2. Comercialização: Em alguns casos, os melhores animais podem 
ser vendidos para outros produtores ou criadores 
interessados em melhorar seus próprios rebanhos. Essa 
comercialização pode envolver a venda de reprodutores ou 
matrizes selecionados pela sua alta performance na ETRS. 
3. Envio para as Centrais de IA (Inseminação Artificial) da ABCS 
(Associação Brasileira dos Criadores de Suínos): Em algumas 
situações, os melhores animais podem ser encaminhados para 
as Centrais de IA da ABCS. Nessas centrais, são coletados e 
processados os sêmen desses suínos para posterior 
distribuição para uso na inseminação artificial em outras 
granjas. 
-No entanto, é importante mencionar algumas das desvantagens 
associadas à ETRS: 
1. Pequena capacidade de teste (baixa IS - Índice de Seleção): 
A ETRS tem uma capacidade limitada para testar muitos 
animais de forma simultânea. Isso pode resultar em uma 
seleção menos abrangente e, consequentemente, em uma 
menor representatividade da população suína. 
2. Problemas sanitários: A concentração de animais em uma 
Estação de Teste de Reprodutores Suínos pode aumentar o 
risco de problemas sanitários, como a disseminação de 
doenças. Medidas rigorosas de biossegurança devem ser 
adotadas para minimizar esses riscos, mas ainda assim existe 
a possibilidade de ocorrência de doenças que podem afetar 
os animais em teste. 
 
-Embora a ETRS possa não conseguir testar muitos animais de uma 
só vez, é importante destacar que o programa tem como objetivo 
principal selecionar e avaliar os melhores indivíduos com base em 
critérios específicos. Isso pode ser alcançado mesmo com uma 
capacidade de teste limitada, desde que os procedimentos sejam 
realizados de maneira cuidadosa e precisa. 
Teste de Granja 
-Os testes de granja são uma modalidade de avaliação de suínos que 
ocorrem dentro das próprias instalações das granjas. Nesses testes, 
tanto machos quanto fêmeas são avaliados em relação a diferentes 
características de desempenho. Alguns exemplos de características 
comumente avaliadas incluem: 
1. Ganho de Peso Diário (GPD): É uma medida do quanto os suínos 
estão ganhando de peso por dia desde o nascimento até os 
154 dias de idade. O GPD é um indicador importante da 
eficiência de crescimento e do potencial de ganho de peso dos 
animais. 
2. Idade para atingir 100 kg: Essa característica mede o tempo 
necessário para que os suínos alcancem o peso de 100 kg. É 
um indicador da precocidade de crescimento e pode ser 
utilizado para avaliar a eficiência de produção das granjas. 
3. Espessura de toucinho aos 154 dias: A espessura de toucinho 
é medida em um ponto específico dos suínos aos 154 dias de 
idade. Essa medida está relacionadaà composição de gordura 
dos animais e pode ser um indicativo da qualidade da carcaça 
em termos de marmoreio e cobertura de gordura. 
 
-Nos últimos anos, grandes empresas como Sadia, Seara, 
cooperativas como a Coopercentral e companhias de melhoramento 
genético como a Agroceres PIC têm desempenhado um papel 
dominante no mercado suinícola. Essas empresas possuem recursos 
financeiros, infraestrutura e programas de melhoramento genético 
mais avançados, o que lhes permite produzir suínos com melhor 
desempenho e atender às demandas do mercado. 
 
-Década de 90-2000: foram observadas melhorias nas 
características reprodutivas e de qualidade de carne na indústria 
suinícola. As principais tendências observadas foram as 
características reprodutivas (tamanho de leitegada) e de qualidade 
de carne. 
-Década 2010- atual: avanços 
significativos no uso da seleção 
genômica na indústria suinícola. Isso 
permite a seleção de animais com base 
no seu perfil genômico, em vez de 
depender somente de características 
fenotípicas observáveis. 
-Empresas instaladas no Brasil nas 
décadas de 1980 e 1990 tornaram-se os 
principais competidores do mercado de 
genética atual. 
 
 
Resultados alcançados 
-Com relação ao formato e proporção corporal dos suínos: 
 
-Com relação à espessura de toucinho: 
 
 
Estrutura Piramidal 
-Rebanho núcleo: é o topo da pirâmide e representa a parte mais 
especializada e avançada da produção de suínos. Nesse estrato, 
ocorre a seleção e melhoramento genético dos animais. Os suínos do 
núcleo são selecionados com base em critérios rigorosos de 
características genéticas desejáveis, como desempenho produtivo, 
qualidade da carne, resistência a doenças etc. As empresas de 
melhoramento genético suíno estão envolvidas no desenvolvimento 
e na manutenção dos reprodutores de núcleo, os quais são 
responsáveis por fornecer sêmen para a reprodução do rebanho 
suíno em geral. 
-Multiplicadores: consiste em fazendas que recebem os reprodutores 
do núcleo para reprodução. Essas fazendas são responsáveis pela 
produção de leitões que herdam as características genéticas 
desejáveis dos reprodutores de núcleo. Os leitões produzidos pelos 
multiplicadores são destinados principalmente para a venda a 
produtores de suínos comerciais. 
-Rebanho comercial: é a base da pirâmide e representa a maior 
parte da produção de suínos. Os produtores de suínos comerciais 
adquirem os leitões dos multiplicadores para criar e engordar até o 
peso de abate. Esses suínos são criados em fazendas comerciais, onde 
recebem cuidados, alimentação e manejo adequados. O objetivo 
principal é produzir 
suínos para o abate, 
visando a obtenção da 
carne suína de 
qualidade para 
atender à demanda do 
mercado consumidor. 
 
-A genética líquida refere-se ao processo de coleta, processamento 
e armazenamento do sêmen suíno em doses inseminantes prontas 
para uso. 
Principais pontos do melhoramento de suínos 
-Uso de linhas especializadas (linha macho e fêmea): os programas 
de melhoramento genético geralmente possuem populações de 
linhas macho e fêmea distintas. Essas linhas são criadas com base 
em características específicas desejadas para cada sexo e as linhas 
darão origem ao rebanho utilizado comercialmente. Nos rebanhos 
comerciais, os suínos são frequentemente obtidos por meio de 
cruzamento entre linha macho e fêmea especializadas. Isso permite 
aproveitar a heterose, resultando em animais com melhor 
desempenho em termos de crescimento, reprodução, eficiência 
alimentar e resistência a doenças. 
-Uso de índices de seleção diferentes para linhas macho e fêmea: 
essa abordagem permite que os programas enfatizem 
características específicas e relevantes para cada grupo, 
maximizando o progresso genético nas características desejadas. No 
caso das linhas fêmeas, são atribuídos maiores pesos para 
características reprodutivas. Nas linhas macho, maiores pesos são 
atribuídos a características relacionadas à eficiência de 
crescimento e carcaça. 
 
 
Principais Raças no Brasil 
-Landrace: é uma raça que tem origem na Dinamarca e é usada 
tanto para linhas fêmea quanto para linhas macho. Ela é conhecida 
por suas características relacionadas à prolificidade, habilidade 
materna e desempenho (rápido crescimento e eficiência alimentar). 
 
Raça Landrace. 
-Large White: essa raça é originária da Inglaterra e utilizada para 
linhas fêmea e macho em programas de melhoramento. Assim como 
a raça Landrace, a Large White é valorizada por suas características 
relacionadas à prolificidade, habilidade materna e desempenho. 
 
Raça Large White. 
-Pietrain: a raça suíça Pietrain tem origem na Bélgica e é 
amplamente utilizada como linha macho, sendo conhecida por seu 
alto rendimento de carcaça e desempenho. No entanto, em relação 
à habilidade materna, as fêmeas da raça Pietrain têm uma 
reputação baixa. Isso significa que elas podem ter dificuldades em 
cuidar dos leitões e apresentar menor instinto materno em 
comparação com outras raças. 
 
Raça Pietrain. 
-Duroc: essa raça tem origem nos Estados Unidos e é amplamente 
utilizada como linha macho, sendo valorizada por sua qualidade de 
carne, caracterizada por um maior conteúdo de gordura 
intramuscular. Entretanto, assim como a raça Pietrain, as fêmeas 
possuem baixa habilidade materna. 
Raça Habilidade 
Landrace -Desempenho 
-Prolificidade 
-Carcaça 
Large White -Desempenho 
-Prolificidade 
-Carcaça 
Pietrain -Desempenho 
-Carcaça 
Duroc -Qualidade de carne 
-As raças locais brasileiras, como o piau, são mais adaptadas às 
condições climáticas, resistentes à doenças, maior importância 
social e conservação, além de caracterizarem uma produção com 
baixo nível de insumos. 
 
Raça Piau. 
Era Genômica 
 
-A seleção genômica é uma técnica 
consolidada e amplamente utilizada 
em programas de melhoramento de 
suínos. Essa abordagem faz parte da 
rotina da avaliação genética, 
permitindo predizer valores genéticos 
dos animais com base em informações 
fenotípicas, genômicas e pedigree. 
-A metodologia mais amplamente 
utilizada na seleção de suínos é o Single-Step GBLUP. Essa 
metodologia combina informações fenotípicas e genealógicas para 
estimar os valores genéticos dos animais de forma precisa. O GBLUP 
utiliza uma matriz de relação genômica para capturar as relações 
genéticas entre os animais com base em seus marcadores genômicos 
(SNPs). 
-Resultados: com a utilização desses métodos para estimar os 
valores genéticos, é possível observar no gráfico que a predição da 
acurácia aumentou, ou seja, a confiabilidade ou precisão das 
estimativas dos valores genéticos e de outros parâmetros genéticos 
aumentou. 
 
-Uso de informações de animais cruzados: no contexto de programas 
de melhoramento que utilizam animais cruzados, o foco está em 
melhorar o desempenho dos animais resultantes desses cruzamentos, 
conhecidos como animais cruzados ou híbridos. Esses programas 
visam obter animais com características desejáveis que combinem o 
melhor de diferentes raças ou linhagens, aproveitando os benefícios 
da heterose (vigor híbrido). 
-A seleção para o progresso genético nesses programas geralmente 
é baseada no desempenho dos animais de raça pura, ou seja, das 
raças ou linhagens utilizadas para realizar os cruzamentos – as 
estimativas de valores genéticos e as informações genômicas 
normalmente estão disponíveis para raças puras. 
 
-A acurácia da seleção em programas que envolvem animais 
cruzados é influenciada pela correlação entre o desempenho dos 
animais de raça pura e o desempenho dos animais cruzados. Essa 
correlação genética é geralmente menor que 1 pela relação 
genótipo x ambiente, ou seja, o desempenho dos animais pode variar 
em diferentes ambientes de produção, diferentes formas de medir as 
características e efeitos de heterose. 
 
 
-Para levar em conta as diferenças genéticas entre os indivíduos de 
raça pura e cruzados, assim como as circunstâncias locais em que as 
animais serão criados,é importante que as estratégias de seleção 
incluam informações dos animais cruzados na seleção de animais de 
raça pura. 
-Os animais de núcleo, que são representativos da raça pura, 
fornecem informações valiosas sobre as características de interesse. 
Suas informações de fenótipo, pedigree e genótipo são usadas para 
estimar GEBVs para as linhas puras do núcleo. 
-Por outro lado, os animais dos rebanhos comerciais, que são animais 
cruzados, fornecem informações sobre o desempenho real desses 
animais em condições comerciais. Suas informações de fenótipo e 
genótipo também são coletadas e podem ser usadas para 
complementar as informações dos animais do núcleo. 
-Ao combinar essas informações, incluindo fenótipos, pedigree e 
genótipos do núcleo, juntamente com fenótipos e genótipos de 
rebanhos comerciais, é possível obter estimativas mais precisas dos 
valores genéticos para as características desejadas nas linhas puras 
do núcleo. Esses GEBVs fornecem informações valiosas para a seleção 
de animais de raça pura, levando em consideração tanto as 
diferenças genéticas entre animais de raça pura e cruzados quanto 
as circunstâncias locais em que os animais cruzados serão criados. 
 
 
O futuro do melhoramento genético de suínos 
-A fenotipagem passou a ser o principal gargalo dos programas de 
melhoramento. Para explorar todo o potencial da seleção genômica 
e incluir novas características como critérios de seleção, é preciso 
obter fenótipos precisos, acurados e em larga escala. 
-Desafios futuros: aumentar a eficiência de produção com as novas 
técnicas de fenotipagem. 
 
-Avaliação de carcaças e qualidade de 
carne por meio de tomografia 
computadorizada – cálculos automáticos 
do peso vivo, densidade e volume de carga 
magra, gordura e ossos no animal vivo. 
Permite a coleta de repetidas mensurações 
ao longo da vida do animal. 
-Análise do comportamento utilizando câmeras de vídeo: 
 
-Avaliação da eficiência 
alimentar utilizando 
comedouros automáticos: a 
utilização desses comedouros 
permite a coleta de dados 
individuais do consumo de 
ração, o que possibilita a 
avaliação da eficiência 
alimentar de cada animal e a 
construção de curvas de 
crescimento e consumo para 
cada animal. Com a ampliação 
da velocidade e capacidade de 
compartilhamento, 
processamento e análise de dados, é possível aperfeiçoar a 
utilização da informação coletada pelos comedouros e aumentar os 
ganhos genéticos para eficiência. 
Eficiência Aliemntar 
-A seleção para maior eficiência alimentar passou a ter uma 
importância extra nos programas. Além de impactar diretamente nos 
custos de produção, ela está intimamente ligada à redução dos 
impactos ambientais da suinocultura. A seleção para eficiência 
reduz a pegada ambiental associada à produção dos ingredientes 
da ração e à quantidade de efluente produzida por suíno. 
-Objetivos da seleção: 
 
-A estrutura dos programas de melhoramento, somada aos avanços 
na coleta de dados, na avaliação genética e a adoção da seleção 
genômica resultaram em ganhos genéticos expressivos para diversas 
características de importância econômica na suinocultura. A 
utilização de sistemas de monitoramento digital para ampliação e 
melhoria da coleta de fenótipos, incluindo dados de animais 
cruzados em ambiente comercial, associada à genômica permitirá 
selecionar à genômica permitirá selecionar animais cada vez mais 
eficientes.