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Introdução e contextualização
A aula Introdução e contextualização faz parte do prefácio aos demais conteúdos, destacando os temas iniciais para estruturação e desenvolvimento da disciplina: Ambiente e as doenças no trabalho.
Objetivos da aula
Neste primeiro módulo dedicaremos aos conceitos de ambiente e as doenças do trabalho, destacando pontos históricos do campo da saúde ocupacional e as atuais bases legais para as ações prevencionistas, contextualizando as principais doenças laborais e a situação de saúde dos trabalhadores no Brasil.
Resumo
Mesmo que de maneira subconsciente, costumamos pensar no meio ambiente como algo metafórico, por muitas vezes, como objeto de estudos e reflexões distantes. Assim, para muitos, quando falamos sobre o tema estamos querendo retratar a Amazônia, os mares, as geleiras e o aquecimento global, não que esteja errado, o meio ambiente também é isso, mas vai muito além dessa categorização. O meio ambiente geral é tudo o que envolve por todos os lados e constitui o meio em que se vive, dessa maneira, nossa casa, o carro, o bairro, a cidade, o país, o planeta o cosmos, tudo faz parte do meio ambiente no qual vivemos e por ele estão intrinsecamente ligados. Dentro desse universo de possibilidades do meio ambiente geral, encontramos o ambiente de trabalho.
Um atleta esquiador que treina e compete na neve, possui parte do ambiente do meio ambiente geral como ambiente de trabalho, sendo: a montanha, a neve, as árvores, elementos de convivência constante. Da mesma forma: carteiros, técnicos de telecomunicações, trabalhadores rurais, entre outras atividades, possuem ambientes de trabalho, que muitas vezes podem ser confundidos com o meio ambiente geral. Para que isso não aconteça, entende-se o ambiente de trabalho no qual se está inserido para exercício exclusivo do trabalho.
Obviamente que existirão ambientes laborais mais controlados, edificados exclusivamente para o exercício do trabalho, como: galpões, escritórios, fábricas etc. Tanto esse ambiente de trabalho, como aqueles que são realizados em ambientes abertos, são considerados estabelecimentos do empregador, localizados apenas em ambientes diferentes.
Do ponto de vista legal, o estabelecimento do empregador é o local privado ou público, edificado ou não, móvel ou imóvel, próprio ou de terceiros, onde a empresa ou a organização exerce suas atividades em caráter temporário ou permanente.
Esses estabelecimentos ainda podem ser divididos dentro das empresas por setores, que são a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento, complementando e organizando o ambiente de trabalho.
Historicamente observamos a evolução científica para garantia da saúde dos trabalhadores, possuindo o ambiente e as consequentes doenças como objeto de estudos em várias épocas. Desde a Grécia antiga, com o pai da medicina, Hipócrates, que relatou os primeiros relatos sobre a silicose no século IV e V a.C, depois com o romano Plínio, que no século I citou em seus escritos as primeiras máscaras de proteção (EPI) desenvolvidas pelos trabalhadores da época. O grande marco do passado a obra prima dos estudos das doenças ocupacionais, o livro Doenças do Trabalho, publicado por Bernardino Ramazzini em 1700, com enfoque na inspeção e análise do ambiente de trabalho, vinculando os riscos e as doenças, assim como também medidas preventivas para dezenas de profissões. Evolução histórica também com a revolução industrial, sendo que no ano de 1802 os ingleses implementam a primeira legislação trabalhista, a Moral and Health Act, promulgada na Inglaterra por iniciativa do então primeiro-ministro, Robert Peel, fixou medidas importantes sobre cargas horárias, turnos e trabalho infantil.
No Brasil as primeiras legislações trabalhistas nascem no início do século 20, sendo a CLT – Consolidações das Leis do Trabalho de 1943 a mais importante. Aliás, foi dela que a partir de 1978 nasceram as Normas Regulamentadoras, ambas legislações existentes até os dias de hoje.
Dentro dessa evolução histórica, convencionamos que não se deve confundir os estudos da saúde convencional com a ciência da saúde ocupacional, sendo a saúde convencional um conjunto de medidas para garantia do bem-estar físico, mental e social da população em geral e a saúde ocupacional iniciativas de saúde para proteger e preservar os trabalhadores frente aos riscos gerados pelos ambientes e atividades de trabalho.
Costumamos organizar um modelo hierárquico das normas legais para atendimento da segurança e saúde dos trabalhadores. Nesse entendimento, da parte trabalhista, a CLT - Consolidações das Leis do Trabalho é a base dos direitos adquiridos, seguida das Normas Regulamentadoras, que instrui como esses direitos devem ser aplicados, acompanhadas dos decretos e portarias que podem fundamentar, ou complementar medidas protetivas aos trabalhadores.
Do âmbito de vista previdenciário legislações como a Lei 8213/91 estruturam questões relacionadas a saúde dos trabalhadores e benefícios previdenciários, seguida pelo decreto 3048/1999 e instruções normativas previdenciárias, que subsidiam parâmetros para aplicação e garantia de benefícios aos trabalhadores que por motivos de saúde se afastem do trabalho.
Na sequência classificamos as normas metodológicas, que são fundamentais para padronizar, harmonizar, parametrizar e instruir sobre técnicas e métodos de avaliações dos ambientes e atividades de trabalho, entre as quais destacamos: NHO – Normas de Higiene Ocupacional; ACGIH - Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais; Normas Técnicas ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas; Normas Técnicas ISO - Organização Internacional para Padronização.
Contextualizando as principais doenças laborais, podemos observar que o trabalho pode afetar diversos aspectos das vidas dos trabalhadores, tanto físicos, como mentais. Dessa maneira podemos destacar:
· LER/DORT e transtornos nas articulações, como: tendinites, tenossinovites e lesões de ombro causadas por movimentos repetitivos e posturas inadequadas;
· Dorsalgias, como: hernias de disco, problemas de coluna, causadas por movimentos repetitivos e força com uso do tronco, levantamento e transportes de pesos, posturas inadequadas, obesidade e sedentarismo;
· Transtornos Mentais, como: depressão, ansiedade, stress pós-traumático, causados por alta demanda, imprecisão quanto às expectativas, metas inalcançáveis, trabalho extremamente monótono, percepção de trabalho “sem importância”, violência no trabalho, situações momentâneas e súbitas de alto nível de estresse, testemunha constante de sofrimento humano de terceiros.
· Varizes nos membros inferiores, como: varizes tronculares, varizes reticulares, microvarizes, ocasionadas por trabalho em pé (posição ortostática), ou sentado, com pouca movimentação.
· Transtornos auditivos, ocasionando PAIRO – Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional, sendo as principais causas exposições a ruídos extremos, trabalho com produtos químicos ototóxicos, principalmente solventes (Tolueno, Xileno e similares).
· Transtornos respiratórios, causados por agentes tóxicos, asfixiantes, alérgenos, ácidos, corrosivos, carcinogênicos, biológicos etc.; possivelmente prejudiciais quando inalados em ambientes de trabalho.
No Brasil, apesar de uma melhora expressiva ao longo dos anos, a situação de saúde dos trabalhadores ainda possui números alarmantes de acidentes e adoecimentos, o que ainda desperta um cenário desafiador para todos os envolvidos.
A critério de comparação, em 1972 existiam 16,638 milhões com carteira assinada, naquele mesmo ano foram registrados 1.551.461, com 5.016 doenças ocupacionais. Mais recentemente, em 2020, eram 41,289 milhões com carteira assinada, quase o dobro dos trabalhadores de 1972, porém com 3 vezes menos acidentes de trabalho, com um total de 445.814 registrados em 2020. Mas um fato curioso chama atenção, mesmo possuindo menos acidentes, em 2020 foram registradas 30.599 doenças do trabalho.
Observando os números, em 1972, as doenças do trabalho correspondiam0,03% do percentual total dos trabalhadores e 0,32% em comparação ao total de acidentes de trabalho registrados, porém, em 2020, correspondia a 0,07% em comparação ao total dos trabalhadores e 6,86% em comparação ao total de Acidentes de Trabalho registrados, mais de 20 vezes o número de 1972). Isso se deve principalmente à subnotificação de doenças do trabalho que ocorreram na década de 70, mas também 2020 mostra a necessidade de se manter foco na melhoria da saúde dos trabalhadores, estudando os ambientes e as doenças do trabalho para desenvolvimento de ações protetivas contínuas.
Fonte: MELERO, Observatório Smartlab MPT - período 1972/2020.
Como aplicar na prática o que aprendeu
Possuir o conhecimento conceitual dos ambientes de trabalho, bem como seu processo histórico de desenvolvimento, contextualizando as doenças do trabalho, amparando-se das legislações fundamentais para aplicações de direito trabalhistas, legislações de benefícios previdenciários, observando as principais ocorrências de tipos de doenças do trabalho com a situação da saúde dos trabalhadores no Brasil nos dias de hoje, todos esses fatores proporcionam  a possibilidade de entendimento do problema e os focos a serem combatidos.
Conhecendo o ambiente de trabalho, temos como melhorá-lo e controlar suas diversas formas de interações com os trabalhadores. Acompanhando o desenvolvimento histórico da saúde no trabalho, podemos constatar a importância de evolução dos aspectos ocupacionais e suas relações diretas com as doenças do trabalho. Observando os tipos de manifestações de doenças ocupacionais podemos entender como o trabalho pode ser fator determinante para o adoecimento dos trabalhadores. Quando estamos conscientes dos parâmetros legais trabalhistas, podemos parametrizar ações de medidas de controle para os trabalhadores, tanto no ambiente do ambiente do trabalho, como quando tem que se afastar dele, como é o caso das legislações previdenciárias, também utilizando parâmetros normativos para metodologias de avaliações das condições dos ambientes de trabalho. Finalmente, evidenciando dados estatísticos para que se possa conhecer os alarmantes fatores de adoecimento dos trabalhadores no Brasil e a necessidade constante de melhoria das medidas protetivas e de saúde da população laboral em nosso país.
Conteúdo bônus
Os profissionais prevencionistas devem estar atentos às mudanças constantes das legislações, pois são continuamente aperfeiçoadas para atender as mudanças contemporâneas das relações dos trabalhadores e os ambientes de trabalho. Sobretudo, deverão ser observadas quando em versões modernizadas de métodos e aplicações de melhorias dos ambientes e respectivas interações com os riscos ocupacionais, garantindo maior saúde e qualidade de vida aos trabalhadores.
 
 
Referência Bibliográfica
Como prevenir as doenças ocupacionais | São Paulo | ANAMT - Associação Nacional de Medicina do Trabalho. Disponível em: <https://www.anamt.org.br/portal/2017/08/08/ministerio-do-trabalho-como-prevenir-as-doencas-ocupacionais/l>. Acesso em: 3 jul. 2022.
Meio ambiente do trabalho| São Paulo | Enciclopédia Jurídica. Disponível em: < https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/364/edicao-1/meio-ambiente-do-trabalho >. Acesso em: 3 jul. 2022.
Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho – SMARTLAB | Brasília | MPT – Ministério Público do Trabalho. Disponível em: < https://smartlabbr.org/sst  >. Acesso em: 3 jul. 2022.
Introdução a Higiene Ocupacional | São Paulo | FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo. Disponível em: < http://antigo.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional>. Acesso em: 3 jul. 2022.  
01
Extremamente importante no processo de garantia da saúde e segurança ocupacional, como pode ser definido o ambiente de trabalho?
02
A ciência historicamente desenvolveu-se para garantir melhores condições de saúde para os trabalhadores. Qual a definição correta de Saúde Ocupacional conforme o conteúdo observado neste módulo?
03
Estruturada para questões relacionadas à saúde dos trabalhadores e concessões de benefícios previdenciários, qual é o exemplo de legislação previdenciária?
04
Várias partes do corpo dos trabalhadores pode sofrer prejuízos decorrentes de doenças ocupacionais. Quando falamos de doenças causadas por transtornos auditivos, as principais causas são:

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