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HEMOGRAMA 
O hemograma é o exame preferencial na triagem da saúde, o diagnóstico do paciente começa a 
ser feito muitas vezes, antes do paciente ser examinado e questionado. Isso pode ser justificado 
pela abrangência de seus parâmetros. Este exame de preferência universal deve ser feito com 
atenção, pois apresenta variações com a hora e condições da coleta, além das variações de idade 
e sexo. 
Este exame pode ser feito manualmente com a câmara de Neubauer ou com o processamento 
automático. 
Atualmente este é feito com contadores eletrônicos, que oferecem alta sensibilidade e precisão na 
quantificação das células sanguíneas, na contagem diferencial de leucócitos e plaquetas, utilizando 
pouca quantidade de sangue, facilitando o procedimento e análise. 
Mas apesar da tecnologia eletrônica há variação laboratorial, devido à qualidade do equipamento 
e as variações dos fatores pré-analíticos, pois até uma punção venosa difícil, acarreta uma amostra 
com coágulos, o que não é percebido e acarreta mudanças importantes 
 
Procedimento de coleta 
O que é necessário para a coleta de sangue? 
Sala bem iluminada e ventilada Pia Cadeira reta com braçadeira regulável ou maca Garrote 
Algodão hidrófilo Álcool iodado a 1% ou álcool etílico a 70% Agulha descartável Seringa descartável 
Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável Tubos de ensaio com tampa Pinça Pipetas 
Pasteur Etiquetas para identificação de amostras Caneta Recipiente de boca larga, com parede 
rígida e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2% Avental e máscara Luvas descartáveis Estantes 
para tubos O que deve ser feito antes da coleta da amostra de sangue? Identifique os tubos para 
colocação da amostra. Escreva na etiqueta os dados do paciente: nome, número do registro, data 
de nascimento, sexo, data da coleta, número ou código de registro da amostra e o nome da 
instituição solicitante. Em algumas unidades, utiliza-se apenas códigos ou abreviaturas em lugar 
do nome do paciente. 
Como fazer coleta de sangue com seringa e agulha descartáveis? 
1- Coloque a agulha na seringa sem retirar a capa protetora, Não toque na parte inferior 
da agulha; 
2- Movimente o êmbolo e pressione-o para retirar o ar; 
3- Ajuste o garrote e escolha a vela 
4- Faça a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70% ou 
álcool iodado a 1 %. Não toque mais no local desinfetado 
5- - Retire a capa da agulha e faça a punção 
6- Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir na seringa 
7- Colete aproximadamente 10 ml de sangue. Em crianças, colete de 2 a 5 ml 
8- Separe a agulha da seringa com o auxílio de uma pinça, descarte a agulha em 
recipiente de boca larga, paredes rígidas e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2%; 
9- Oriente o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada, mantendo o braço 
estendido, sem dobrá-lo; 
10- Transfira o sangue para um tubo de ensaio sem anticoagulante, escorra 
delicadamente o sangue pela parede do tubo. Este procedimento evita a hemólise da 
amostra. Descarte a seringa no mesmo recipiente de descarte da agulha, 
Como proceder quando a coleta é feita com sistema a vácuo? 
1- Rosqueie a agulha no adaptador (canhão). Não remova a capa protetora de plástico 
da agulha; 
2- Ajuste o garrote e escolha a veia; 
3- Faça a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70% ou 
álcool iodado a 1%. Não toque mais no local desinfetado; 
4- - Remova o protetor plástico da agulha. Faça a punção; 
5- - Introduza o tubo no suporte, pressionando-o até o limite; 
6- Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir no tubo; 
7- Separe a agulha do suporte com o auxílio de uma pinça. Descarte a agulha em 
recipiente de boca larga, paredes rígidas e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2%; 
8- Oriente o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada, mantendo o braço 
estendido, sem dobrá-lo 
 
Vários cuidados devem ser tomados com o objetivo de reduzir as fontes de erros na fase pré-
analítica, como: ` Observar o volume correto de sangue nos tubos após a coleta, a maioria dos 
tubos tem marcas indicando o volume mínimo e máximo de sangue. ` Escolha dos tubos de coleta, 
os tubos devem ser de polipropileno ou de vidro siliconado. Atualmente, a maioria dos laboratórios 
utiliza tubos de polipropileno contendo vácuo suficiente para o volume de sangue desejado, que 
segundo a literatura não promove malefício à amostra. Para estudos de agregação plaquetária é 
recomendada a coleta do sangue com a de seringa. ` Homogeneização da amostra logo após a 
coleta, o sangue deve ser misturado com o anticoagulante delicadamente por inversão do tubo de 
8 a 10 vezes, evitando a formação de espuma. ` Observar a sequência de tubos durante a coleta 
para evitar a contaminação indesejada entre os diferentes anticoagulantes. No caso de veias de 
difícil acesso é recomendável o descarte do primeiro tubo e sempre com anotação no pedido de 
exames do paciente para futuras interpretações. 
Caso a coleta do sangue seja realizada com seringa agulhada, deve-se retirar a agulha antes de 
adicioná-lo no tubo aberto, pelas paredes. Jamais perfurar a tampa do tubo com a agulha para 
passagem do sangue. ` Escolher o calibre da agulha de acordo com o calibre do vaso. É 
recomendável o uso dos calibres: 25x6 (23G1), 25x7(22G1) e 25x8(21G1). 12 ` Evitar 
garroteamentos prolongados, ou seja, acima de 1 minuto. Um procedimento que contribui para 
reduzir o tempo de estase sanguínea é o preparo de todo o material a ser utilizado na coleta antes 
de realizar o garroteamento. ` Evitar a coleta de sangue em acesso venoso periférico (cateter). 
Caso tenha que utilizar esse acesso, a orientação é o enxague da cânula com solução fisiológica 
e descarte de 5 ml de sangue, ou 6 vezes o volume da cânula. Desprezar o primeiro tubo ou utilizar 
o tubo de soro (sem ativador do coágulo) antes de coletar o sangue no tubo com citrato de sódio. ` 
Para evitar erros de identificação de amostras é recomendável que o flebotomista identifique o(s) 
tubo(s) antes da coleta do sangue. ` No caso de necessidade de nova coleta de amostra, anotar no 
pedido de exame o horário do procedimento. Esse cuidado deve ser tomado no caso de haver 
alterações fisiológicas, fisiopatológicas ou a realização de procedimentos como a transfusão de 
hemocomponentes ou uso de medicamentos, entre a primeira e a nova coleta. 
ORDEM DE COLETA E TUBO PARA HEMOGRAMA 
Para a realização do hemograma, o sangue é recebido em um tubo contendo EDTA por ml coletado, 
portanto, o coletador deve estar atento ao volume recomendado, havendo uma proporção sangue 
e anticoagulante. A heparina não serve como anticoagulante para leucograma e plaquetograma, 
este anticoagulante destrói os leucócitos e modifica a coloração da lâmina 
 
Fatores que interferem nos resultados 
70% dos erros laboratoriais estão na fase de pré-coleta 
O garroteamento, o tipo de coleta, a punção sanguínea, o anticoagulante utilizado, a 
homogeneização após a coleta e a confecção do esfregaço sanguíneo, são fatores pré-analíticos 
inerentes ao exame, fundamentais para um exame fidedigno. Os episódios de sangramento 
sofridos pelo paciente, assim como o conhecimento sobre o que este fez antes da realização do 
exame, qual o tipo de medicação que está utilizando, se este praticou atividade física, a idade e o 
sexo, são fatores inerentes ao paciente que devem ser anotados, possibilitando a minimização da 
ocorrência de erros que influenciam na qualidade dos resultados. 
No momento da coleta deve-se considerar também a posição do paciente pois a mudança da 
postura supina para ereta promove um afluxo de água e 9 substâncias filtráveis do vaso capilar 
para o interstício assim, a concentração do hematócrito, hemoglobina e leucócitos podem aumentar 
de 8 a 10% 
 
DE ONDE VEM O SANGUE 
 
HEMOGRAMA 
Você sabe a importância de um Hemograma? 
O hemograma é o exame que avalia a quantidade e forma dos elementos celulares do sangue. É 
o examecomplementar mais requerido nas consultas, sendo uma triagem muito útil que fornece 
informações valiosas sobre o paciente, muitas vezes tomadas como ponto de partida para a maioria 
das investigações médicas. 
O hemograma além de avaliar a condição do sangue e seus tecidos formadores pode ser uma 
indicação de alguma doença presente em outros órgãos. Resultados anormais podem indicar a 
presença de uma variedade de condições incluindo anemias, leucemias e infecções, muitas vezes 
antes mesmo que o paciente apresente os sintomas da doença. 
Por que o exame é solicitado? 
Avaliar a saúde geral 
Como parte de um exame médico de rotina para monitorar a saúde geral e para identificar algumas 
doenças como anemia, leucemia, entre outras. 
Diagnosticar uma condição médica 
Em casos de fraqueza, fadiga, febre, inflamação, hemorragias, um hemograma pode ajudar a 
diagnosticar a causa desses sintomas. 
Monitorar uma condição médica 
Se um indivíduo já foi diagnosticado com uma doença, o hemograma será usado para monitorar o 
seu estado. 
Monitorar o tratamento médico 
Acompanhar a saúde, por exemplo, em uma situação na qual há administração de medicamentos 
que podem afetar a contagem de células do sangue. 
Quais as etapas? 
quatro etapas, começando pela coleta do material biológico e processamento deste, passando para 
a determinação da série vermelha, logo após a diferenciação dos leucócitos e por fim na 
microscopia e liberação dos resultados 
 
ERITROGRAMA 
O perfil hematológico é avaliado quantitativamente e qualitativamente em três séries diferentes: o 
eritrograma inclui a contagem de eritrócitos, dosagem de hemoglobina, hematócrito e os índices 
hematimétricos (VCM, HCM, CHCM, RDW etc) 
VCM: que significa Volume Corpuscular Médio, é um índice presente no hemograma que indica a 
média do tamanho das hemácias, que são as células vermelhas do sangue. O valor normal do VCM 
é entre 80 e 100 fl, podendo variar de acordo com o laboratório. 
Saber a quantidade de VCM é particularmente importante para auxiliar o diagnóstico da anemia e 
para fazer o acompanhamento do doente após o início do tratamento 
HCM Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) é um dos parâmetros do exame de sangue que mede 
tamanho e a coloração da hemoglobina dentro da célula sanguínea, que também pode ser 
chamada de hemoglobina globular média (HGM). 
O HCM, assim como o VCM são pedidos num hemograma a fim de identificar o tipo de anemia que 
a pessoa possui, hipercrômica, normocrômica ou hipocrômica. 
CHCM é a sigla para Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média. No hemograma, os 
valores de CHCM servem para verificar a quantidade de hemoglobina presente nas hemácias, 
também conhecidas como eritrócitos ou glóbulos vermelhos. Quando o valor de CHCM está alto, 
os eritrócitos são mais escuros. Se a pessoa estiver com anemia, ela é chamada hipercrômica. 
Por outro lado, se a CHCM estiver baixa, as hemácias estão mais claras e a anemia é 
denominada hipocrômica. 
Quando os valores de CHCM estão dentro do normal, a coloração dos glóbulos vermelhos é 
considerada normal. Logo, em caso de anemia, ela é classificada como normocrômica. 
RDW é a sigla para Red Cell Distribution Width, o que em português significa Amplitude de 
Distribuição dos Glóbulos Vermelhos, e que avalia a variação de tamanho entre as hemácias, sendo 
essa variação denominada anisocitose. 
Dessa forma, quando o valor está elevado no hemograma significa que os glóbulos vermelhos têm 
um tamanho superior ao normal, podendo ser visto no esfregaço sanguíneo hemácias muito 
grandes e muito pequenas. Quando o valor é abaixo do valor de referência, normalmente não 
apresenta significado clínico, somente se além do RDW outros índices estiverem também abaixo 
do valor normal, como o VCM, por exemplo. RDW é um dos parâmetros que constituem o 
hemograma e, juntamente com as outras informações fornecidas pelo exame, é possível verificar 
como está a produção das células sanguíneas e o estado geral da pessoa. Quando o resultado do 
RDW se encontra alterado, é possível desconfiar de algumas situações, como anemia, diabetes ou 
problemas hepáticos, cujo diagnóstico deve ser feito a partir da análise do hemograma completo e 
de exames bioquímicos 
 
LEUCOGRAMA 
leucograma é composto pela contagem global e diferencial dos leucócitos; e, plaquetograma é a 
contagem e avaliação morfológica de plaquetas, sendo que estes podem sofrer interferências por 
erros na fase pré-analítica. 
Contagem de leucócitos e plaquetas em câmera Neubauer 
 
ALTERAÇÕES HEMOGRAMA 
1 Anemia falciforme, 
2 Leucopenia (distúrbio MO) 
3 infecções 
4 Leucemia 
 
DESVIO A ESQUERDA 
desvio à esquerda" estamos nos referindo à presença de células sanguíneas imaturas presentes 
numa amostra de sangue periférico. 
No Brasil, culturalmente, usamos esse termo especificamente para a linhagem dos neutrófilos. 
 desvio nuclear a esquerda, definido quando se encontra mais de 600 bastões no sangue periférico, 
o desvio a esquerda categórico surge quando são encontrados no exame do sangue periférico mais 
de 10% de bastões 
Definição de Desvio à Esquerda 
Mesmo depois de tanto tempo e de ser um termo muito utilizado nas práticas clínica e laboratorial, 
a definição de desvio à esquerda ainda não tem um consenso. 
Existem duas definições que prevalecem na hematologia. 
Em uma, autores consideram desvio à esquerda como o aumento do número, absoluto ou 
percentual (> 10%), de neutrófilos bastões no sangue periférico. 
Na outra, autores definem o desvio à esquerda como sendo a presença e/ou aumento na 
quantidade de neutrófilos (granulócitos) imaturos no sangue periférico: promielócitos, 
mielócitos, metamielócitos e bastões. 
Visto que a própria caracterização morfológica dos neutrófilos bastões não é unânime entre os 
profissionais de laboratório, e que muitos os consideram já como neutrófilos maduros, eu sou mais 
adepto da segunda definição. 
Significado clínico do Desvio à Esquerda 
A causa mais comum do aparecimento do desvio à esquerda, associados à neutrofilia, são os casos 
de infecções, principalmente as bacterianas. 
Porém, ainda faltam correlações entre a presença do desvio à esquerda e a gravidade da infecção. 
Nessas infecções, os neutrófilos dos pools marginal e circulante migram para o sítio da infecção. 
Uma diminuição dos neutrófilos no sangue periférico estimula a medula óssea a liberar neutrófilos 
imaturos, após os maduros que estavam armazenados serem depletados. 
A diminuição dos neutrófilos imaturos e maduros armazenados no pool da medula óssea pode 
também estimular a produção mais neutrófilos. 
Um desvio à esquerda mais avançado indica um consumo maior de neutrófilos no sítio da infecção 
e, consequentemente, maior produção de novos neutrófilos. 
Além de causas reacionais, o desvio à esquerda pode ser encontrado em muitas doenças 
hematológicas, como leucemias mieloides, policitemia vera, trombocitemia essencial, mielofibrose 
primária, etc. 
 
CONTAGENS ANORMAIS DE HEMÁCIAS 
A baixa contagem de glóbulos vermelhos pode ocorrer por: 
• Anemia devido a um sangramento prolongado ou perda de sangue (hemorragia), uma 
dieta carente de ferro ou certas vitaminas, alguns tipos de quimioterapia, doenças do sangue 
ou doenças crônicas; 
• Linfoma de Hodgkin e outros linfomas; 
• Neoplasias do sangue, tais como leucemia e mieloma múltiplo; 
A alta contagem de glóbulos vermelhos pode ocorrer por: 
• Desidratação, como em caso de diarreia grave; 
• Tumores renais; 
• Doenças pulmonares. 
 
CONTAGENS ANORMAIS DE LEUCÓCITOS 
A baixa contagem de glóbulos brancos pode ocorrer por: 
• Infecção viral ou bacteriana grave; 
• Supressão da medula óssea, causada por tratamentos como quimioterapia ou 
radioterapia; 
• Doenças da medula óssea, como leucemia ou síndrome mielodisplásica; 
• Deficiência de algumas vitaminas (B 12 e ácido fólico) 
• Relacionada a etnia do paciente 
A alta contagem de leucócitos pode ocorrer por: 
• Infecções; 
• Leucemia;• Alguns distúrbios mieloproliferativos; 
• Certos tipos de câncer, como o carcinoma broncogênico; 
• Algumas drogas (estimulantes); 
• Estresse, alergias ou lesão tecidual. 
 
CONTAGENS PLAQUETÁRIAS ANORMAIS 
A baixa contagem de plaquetas pode ocorrer por: 
• Alguns tipos de câncer, como leucemia ou linfoma; 
• Doenças autoimunes; 
• Infecção bacteriana ou viral; 
• Quimioterapia ou radioterapia; 
• Muitas transfusões de sangue; 
• Alguns medicamentos, como anti-inflamatórios, ibuprofeno e outros. 
A alta contagem de plaquetas pode ocorrer por: 
• Sangramento prolongado ou perda de sangue (hemorragia); 
• Anemia causada por baixos níveis de ferro; 
• Infecção (inflamação); 
• Remoção cirúrgica do baço; 
• Doenças Mieloproliferativas 
• Alguns tipos de leucemia.

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