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Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
 
 
➢ São vias que levam ao sistema nervoso central os 
impulsos nervosos originados nos receptores 
periféricos 
➢ Elementos importantes de serem estudados nas 
vias aferentes: Receptor (terminação nervosa 
sensível ao estímulo que caracteriza a via), trajeto 
periférico (compreende um nervo espinal ou craniano 
e um gânglio sensorial anexo a esses nervos), trajeto 
central (compreende núcleos, onde estão os neurônios 
II, III e IV da via considerada) e área de projeção 
cortical (está no córtex cerebral, onde distingue os 
diversos tipos de sensibilidade e é consciente, ou no 
córtex cerebelar, o qual não determina nenhuma 
manifestação sensorial e é utilizada pelo cerebelo 
para a realização de sua função primordial de 
integração motora, sendo inconsciente) 
➢ Nas vias inconscientes (cerebelares), a cadeia é 
constituída apenas por dois neurônios. Enquanto as 
vias conscientes (cerebrais), esses neurônios são 
três, que são estabelecidos da seguinte maneira 
Neurônio I: Neurônio sensorial, geralmente é 
localizado fora do SNC, em um gânglio sensorial (ou na 
retina e mucosa olfatória, nas vias óptica e olfatória). 
Neurônio II: Localiza-se na coluna posterior da 
medula ou em núcleos de nervos cranianos do tronco 
encefálico (com exceção nas vias óptica e olfatória). 
Os axônios geralmente cruzam o plano mediano logo 
após a sua origem e entram na formação de um trato 
ou lemnisco 
Neurônio III: Localiza-se no tálamo e origina um 
axônio que chega ao córtex por uma radiação talâmica 
(com exceção na via olfatória) 
➢ Via de dor e temperatura, constitui-se basicamente 
pelo trato espinotalâmico lateral 
➢ É uma cadeia envolvendo três neurônios: 
Neurônio I: Localizado no gânglio espinal, na raiz 
dorsal da medula. O prolongamento periférico desse 
neurônio liga-se aos receptores através dos nervos 
espinais, e o prolongamento central penetra na 
medula e termina na coluna posterior, onde realiza 
sinapse com o neurônio II 
Neurônio II: Os axônios desse neurônio cruzam o 
plano mediano pela comissura branca, passam pelo 
funículo lateral contralateral. Na altura da ponte, as 
fibras desse trato unem-se com as do espinotalâmico 
anterior para constituir o lemnisco espinal, que 
termina no tálamo, onde realiza sinapse com o 
neurônio III 
Neurônio III: Localizam-se no tálamo, no núcleo 
ventral posterolateral. Seus axônios formam 
radiações talâmicas que, pela cápsula interna e coroa 
radiada, chegam na área somestésica do córtex 
cerebral, localizada no giro pós-central (áreas 3,2 e 1 
de Brodmann) 
➢ Por meio dessa via chegam ao córtex impulsos 
originados em receptores térmicos e dolorosos, 
situados no tronco e membros do lado oposto 
➢ Responsável apenas pela sensação de dor aguda e 
bem localizada na superfície do corpo, aquela 
chamada de dor em pontada 
 
 
 
 
 
 
Vias ascendentes 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
➢ Via de dor e temperatura, constitui-se basicamente 
pelo trato espinorreticular e pelas fibras 
reticulotalâmicas 
Neurônio I: Localizam-se no gânglio espinal e seus 
axônios penetram na medula do mesmo modo que os 
das vias de dor e temperatura 
Neurônio II: Situam-se na coluna posterior. Seus 
axônios dirigem-se ao funículo lateral do mesmo lado 
e do lado oposto. Sobem na medula junto ao trato 
espinotalâmico lateral e termina fazendo sinapse com 
o neurônio III em vários níveis da formação reticular 
Neurônio III: Localiza-se na formação reticular e 
originam às fibras reticulotalâmicas que terminam 
nos núcleos do grupo medial do tálamo, em especial 
nos núcleos intralaminares. Esses núcleos projetam-
se para territórios muito amplos do córtex cerebral. 
Essas projeções estão mais relacionadas com a 
ativação cortical do que com a sensação de dor, aqui 
se torna consciente em nível talâmico 
➢ Alguns neurônios III dessa via vão para o núcleo 
parabraquial na porção dorsolateral da ponte e 
dirigem-se para a amígdala, que é responsável pelo 
componente emocional da dor 
➢ Ela é responsável pelo tipo de dor pouco localizada, 
uma dor profunda do tipo crônico, o que chamamos de 
dor em queimação 
➢ Os receptores de tato e pressão são tanto os 
corpúsculos de Meissner com os de Ruffini 
Neurônio I: Localizados nos gânglios espinais, chegam 
na coluna posterior onde realizam sinapse com os 
neurônios II 
Neurônio II: Lozalizam-se na coluna posterior da 
medula e seus axônios cruzam o plano mediano na 
comissura branca, atingem o funículo anterior do lado 
oposto, onde vão constituir o trato espinotalâmico 
anterior. Este, na altura da ponte, une-se ao 
espinotalâmico lateral para formar o lemnisco espinal, 
cujas fibras terminam no tálamo, realizando sinapse 
com os neurônios III 
Neurônio III: Ficam no núcleo ventral posterolateral 
do tálamo e originam axônios que formam radiações 
talâmicas que, passando pela cápsula interna e coroa 
radiada, atingem a área somestésica do córtex 
cerebral 
➢ Os impulsos dessa via tornam-se conscientes já a 
nível do tálamo 
 
➢ Os receptores de tato são os corpúsculos de Ruffini e 
Meissner e as ramificações dos axônios em torno dos 
folículos pilosos. Já os receptores responsáveis pela 
propriocepção consciente são os fusos 
neuromusculares e órgãos neurotendinosos e os da 
sensibilidade vibratória são os corpúsculos de Paccini 
Neurônio I: Localizam-se nos gânglios espinais. O 
prolongamento periférico liga ao receptor e o 
prolongamento central penetra na medula pela divisão 
medial da raiz posterior e divide-se em um ramo 
descendente e um ramo ascendente, que estão 
situados nos fascículos grácil e cuneiforme. Os ramos 
ascendentes longos terminam no bulbo, onde realizam 
sinapse com o neurônio II 
Neurônio II: Ficam nos núcleos grácil e cuneiforme do 
bulbo. Os axônios desse neurônio mergulham 
ventralmente, constituindo as fibras arqueadas 
internas, cruzam o plano mediano e formam o 
lemnisco medial. No tálamo ele realiza sinapse com o 
neurônio III 
Neurônio III: Situados no núcleo ventral 
posterolateral do tálamo, originando os axônios que 
constituem radiações talâmicas que chegam à área 
somestésica passando pela cápsula interna e coroa 
radiada 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
➢ Por essa via chegam os impulsos nervosos 
responsáveis pelo trato epicrítico, pela propriocepção 
consciente e pela sensibilidade vibratória 
➢ O tato epicrítico e a propriocepção consciente 
permitem ao indivíduo a discriminação de dois pontos 
e o reconhecimento da forma e tamanho dos objetos 
colocados na mão (estereognosia) 
➢ Os impulsos dessa via se tornam conscientes no 
âmbito cortical 
 
➢ Os receptores são os fusos neuromusculares e 
órgãos neurotendinosos situados nos músculos e 
tendões 
Neurônio I: Situados nos gânglios espinais e realizam 
sinapse com o neurônio II da coluna posterior 
Neurônio II: Podem estar em duas posições, 
originando duas vias 
Situados no núcleo torácico (ficam na coluna 
posterior): Axônios se dirigem para o funículo lateral 
do mesmo lado, formam o trato espinocerebelar 
posterior, que termina no cerebelo onde penetra pelo 
pedúnculo cerebelar inferior 
Situados na base da coluna posterior e na 
substância cinzenta intermédia: Originam axônios 
que, na sua maioria, cruzam para o funículo lateral do 
lado oposto, constituindo o trato espinocerebelar 
anterior. Este penetra no cerebelo pelo pedúnculo 
cerebelar superior e as fibras que cruzam na medula 
cruzam novamente antes de penetrar no cerebelo, 
pois a via é homolateral 
➢ Por essas vias, os impulsos proprioceptivos chegam 
até o cerebelo 
➢ O receptor visceral geralmente é uma terminação 
nervosa livre, embora também existam corpúsculos de 
Paccini na cápsula de algumas vísceras 
➢ Os impulsos originados nas vísceras são, em sua 
maioria, inconscientes e se relacionam com a 
regulação reflexa da atividade visceral➢ Os que atingem níveis mais altos do neuroeixo tornam-
se conscientes 
➢ O trajeto periférico dos impulsos viscerais costuma 
ser feito através de fibras viscerais aferentes que 
percorrem nervos simpáticos ou parassimpáticos 
➢ Os impulsos que seguem por nervos simpáticos, como 
os nervos esplâncnicos, passam pelo tronco 
simpático, ganham os nervos espinais pelo ramo 
comunicante branco passam pelo gânglio espinal onde 
se encontram o neurônio I e penetram na medula pelo 
prolongamento central dos neurônios 
➢ Uma parte do trajeto central da via da dor visceral 
segue o trato espinotalâmico lateral. No entanto, a 
maior parte segue pelo funículo posterior 
➢ Fibras nociceptivas das vísceras pélvicas e 
abdominais realizam sinapse com os neurônios II, 
localizados na substância cinzenta intermédia medial 
➢ Os axônios dos neurônios II formam um fascículo que 
sobe no funículo posterior, medialmente ao fascículo 
grácil e realiza sinapse com o neurônio III, no núcleo 
grácil do bulbo 
➢ O neurônio III cruza a linha média e termina no núcleo 
ventral posterolateral do tálamo. Suas fibras seguem 
para a parte anterior da ínsula 
➢ A via nociceptiva originadas nas vísceras torácicas 
seguem o mesmo trajeto das originadas no abdome e 
na pelve, no entanto, sobem ao longo do septo 
intermédio que separa o fascículo grácil do 
cuneiforme

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