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Financiamento Industrial Financiamento Industrial Para uma empresa efetivar um investimento, seja para Ativo Fixo ou Capital de Giro, ela pode recorrer basicamente a três fontes: Reinversão de Lucros Aporte de Capital Financiamento É usual a recorrência simultânea às três fontes. Modalidades de financiamento Os financiamentos industriais podem ser classificados segundo: A finalidade, A origem dos recursos, Segundo o tipo de operações, e Segundo as instituições financeiras. Modalidades de financiamento Segundo a finalidade: Investimento Fixo; Capital de Giro; Pré-investimentos Desenvolvimento Tecnológico Saneamento Financeiro Modalidades de financiamento Segundo a origem dos recursos: Instituições federais; Instituições federais ou estaduais de capitalização; Captação direta de recursos junto ao público; Recursos externos. Modalidades de financiamento Segundo o tipo de Operações: Empréstimos; Descontos de títulos; Arrendamento Mercantil; Operações de mercado; Capitalização Modalidades de financiamento Segundo a Instituição financeira; Bancos de desenvolvimento Bancos de investimento Bancos comerciais Direto do público Empresas de leasing Instituições de capitalização. Financiamento para investimento fixo Caracterizam-se por um longo prazo (cinco a doze anos) com carência também dilatada (até três anos). A carência é explicada pelo prazo de maturação do investimento fixo e o prazo longo é um incentivo ao investimento ( maioria das modalidades provêm de agências governamentais). As principais modalidades para investimento fixo atualmente existentes no Brasil são de órgãos federais e repassados por bancos de desenvolvimento ou bancos de investimento. Financiamento para investimento fixo Principais fundos e suas aplicações: Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP): Pré-investimento; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): Construções, Instalações e Capital de Giro Adicional; Agência Especial de Financiamento Industrial (BNDES/FINAME): Equipamentos. Normalmente, caracterizam-se por taxas de juros de até 12% a.a., fixas, e saldo devedor corrigido com base na inflação. Financiamento para o Capital de Giro Os financiamentos para capital de giro normalmente se caracterizam pelo prazo, mais curto, compatível com a maturação do investimento, pois são utilizados normalmente para formar estoques ou financiar as vendas. Os órgãos federais normalmente possuem linhas com taxas moderadas e prazos de até três anos para atendimento a empresas de pequeno e médio porte em áreas prioritárias mas prioritariamente só financia o capital de giro associado a um investimento fixo que aumente a capacidade de produção. Desconto de duplicatas Uma operação para capital de giro de curto prazo é a chamada operação de desconto de duplicatas, praticada por bancos comerciais. A empresa entrega as duplicatas ao banco para cobrança, sendo que o banco antecipa o valor, deduzindo os juros no ato. Normalmente, os bancos exigem do cliente que partes dos recursos seja deixada como saldo médio, numa espécie de contrapartida, comumente chamada de “reciprocidade”. Financiamento com recursos externos Os bancos nacionais captam recursos no exterior, normalmente por prazo de oito anos, repassando para as empresas com prazos variáveis de três meses a oito anos. A finalidade de utilização dos recursos é geral, podendo atingir inversões em capital de giro ou fixo. As taxas incidentes, além da variação cambial, são: Libor ou Prime Rate, que são taxas médias de operações de bancos ingleses e norte-americanos; Spread, que é a comissão sobre o saldo devedor para cobrir o risco e remunerar o banco externo financiador; Flat fee, que é uma taxa de abertura do banco externo; Comissão de Repasse do Banco Nacional agenciador, que é cobrada sobre o saldo devedor, de forma antecipada a cada semestre. Debêntures Uma forma de a empresa obter recursos é por emissão de debêntures, que são títulos de renda fixa negociáveis. A emissão pode ser fechada aos acionistas (lançamento privado) ou aberta ao público (lançamento aberto). No caso de lançamento aberto, as debêntures podem ser conversíveis ou não em ações. No caso de serem conversíveis, uma fórmula de conversão deve ser previamente ajustada. No caso de lançamento privado a empresa tem total liberdade de fixar os prazos e rendimentos. Debêntures Para ocorrer um lançamento aberto, há a interveniência de bancos, corretoras e dos investidores. Os bancos avalizam as debêntures e garantem a subscrição, ou seja, compram as debêntures para vendê-las através de corretoras. Leasing e Lease-back O leasing é uma operação de arrendamento mercantil. A empresa, em vez de tomar um financiamento para adquirir o equipamento ou outro ativo fixo, simplesmente aluga-o de uma empresa especializada. Numa operação de leasing, estão envolvidos o arrendados, o arrendatário, o produtor do equipamento e uma instituição financeira (que provavelmente financiará a aquisição do bem para a empresa de leasing) Leasing e Lease-back Do ponto de vista do arrendatário, a análise resume-se em comparar o custo da operação de compra com o custo da operação de leasing, após os efeitos fiscais. Vantagem para o arrendatário: dedução integral da prestação do IR. Desvantagem: deixa de deduzir a depreciação e os juros do financiamento preterido. Após o prazo de arrendamento, o arrendatário poderá exercer a opção de compra, por um valor residual garantido pela arrendadora. Leasing e Lease-back Existem várias opções de leasing, em que a arrendatora, além de simplesmente arrendar, pode responsabilizar-se por certos custos, como manutenção. Outra fonte de financiamento, é o lease-back, cuja definição é a de uma arrendamento mercantil no qual o arrendador adquire o bem do próprio futuro arrendatário. Este é um bem já com certo tempo mínimo de uso definido em legislação. No Brasil, esta modalidade é operada por bancos de investimento, bancos de desenvolvimento e empresas de leasing e a legislação condiciona que os prazos mínimos são de dois anos para veículos leves e três anos para equipamentos, veículos pesados e imóveis. Leasing e Lease-back O bem deve estar contabilizado no ativo do arrendatário há pelo menos seis meses, antes da venda ao arrendador. A instituição bancária, ao adquirir este bem, incorpora-o a seu ativo passando a depreciá-lo sob taxas definidas em legislação. A diferença básica entre o leasing e o lease-back está na finalidade do operação: No leasing a empresa recebe um equipamento ou outro ativo fixo, No lease-back, a empresa recebe recursos normalmente utilizados para capital de giro. Operações de capitalização Através da emissão de ações, a empresa pode obter recursos para investimentos. Além dos lançamentos públicos e privados, as empresas podem emitir ações que são compradas por instituições de fomento governamentais, voltadas exclusivamente para este fim. Normalmente, as ações são preferenciais (sem direito a voto) e os contratos estipulam condições prefixadas de recompensa destas ações. Existem também modalidades de financiamento para os acionistas aportarem capital na empresa, usadas para evitar um endividamento elevado da empresa.
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