Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO CIDADE VERDE - UNICV CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I RELATÓRIO CRÍTICO: EDUCAÇÃO ESPECIAL NA BNCC Joyce Caroline Gonçalves Três Lagoas – MS 2023 RELATÓRIO INTRODUÇÃO Conseguir consolidar todo o conteúdo que agregamos durante o período de estudo e colocar o mesmo em prática, não é uma tarefa fácil, sendo assim, conseguir conectar estes dois pontos principais no momento ao qual nos encontramos é demasiadamente difícil, devido a isto, possibilitar um maior aprofundamento didático neste momento é o mais necessário, sendo assim, na revisão de literatura é possível observar importantes questões sobre as competências e habilidades para o curso de educação especial. O estágio é uma forma de os acadêmicos realizarem uma ligação entre a teoria e a prática possibilitando uma visão do funcionamento da área específica do estágio. “O estágio é uma prática de aprendizado por meio do exercício de funções referentes à profissão será exercida no futuro e que adiciona conhecimentos práticos aos teóricos aprendidos nos cursos.” (SCALABRIN; MOLINARI, 2013, p. 2) A educação especial, tal como as demais áreas da educação possui as suas ressalvas sobre o funcionamento e necessidades tanto dos alunos, como dos profissionais. No momento em que o professor detiver o conhecimento dos instrumentos de ação para efetivar sua prática educativa e não só tiver o conhecimento, mas souber operacionalizar estes instrumentos em favor de seu alunado, passará então a ter Educação inclusiva na educação infantil, liberdade de criação e direcionamento de sua prática embasada em uma teoria viva. (ZANATA, 2004, p. 9). Sendo assim, o estágio curricular tem extrema importância para a formação do discente, pois, com ele podemos aprender mais profundamente da diversidade que podemos encontrar na sala de aula, assim como se deparar com a realidade que aprendemos dentro da teoria e ter um preparo fundamentado para o segue após a especialização. Assim, a experiência do estágio representa um importante aspecto na formação do futuro docente, mesmo com todas as dificuldades que possam encontrar durante o estágio, são dificuldades normais no seu futuro profissional, onde apenas com mais experiência consegue administrar melhor esta situação. O estágio é um momento de aprendizagem, abrangendo observação, problematização e reflexão a respeito do exercício docente. (SCALABRIN; MOLINARI, 2013, p. 7) O relatório critico tem como seu principal objetivo conciliar tudo o que foi aprendido na disciplina, e o que foi possível se obter na construção desse conhecimento através do estudo da BNCC, diante disto, as pesquisas realizadas pelo foram em sites confiáveis como o google acadêmico e Scielo, assim como, foi utilizada a BNCC com a intenção de compreender melhor sobre as competências e habilidades na educação especial. DESENVOLVIMENTO Análise da Educação Especial na BNCC Levando-se em consideração a variedade de estudantes e suas características pessoais, a prática pedagógica inclusiva deve ser construída com o auxílio da combinação dos conhecimentos adquiridos com o uso de instrutores ao longo de sua trajetória e a disposição para a busca de novas técnicas. O exercício educativo agora não começa do zero: quem quiser trocá-lo deve abraçar o modo de agregar conhecimentos. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade (BRASIL, 2017, p. 9). Trazendo esse olhar para a BNCC sabemos o quanto é crucial que tenhamos o entendimento de que para realizarmos uma prática inclusiva é preciso que tenhamos em mente a compreensão do básico para se trabalhar com a educação especial, que vem a ser a questão da inclusão em sala de aula e respeito as diferenças. A inovação não é nada mais do que uma correção de trajetória. Mencionamos de antemão que não sabemos ser inclusivos. Isso vem das experiências culturais e sociais a que fomos submetidos. Há menos de dois anos, os cursos de formação de formadores já nem sequer relacionavam a existência de diferenças educativas derivadas da incapacidade, que resultava na escolarização e, portanto, na prática, desvinculada desta verdade. Esta escolarização deve consistir na imagem espelhada da função do formador na escolarização de todos os seus alunos. fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. (BRASIL, 2017, p. 10). Levando em consideração a diversidade dos alunos e suas características pessoais, a prática pedagógica inclusiva deve ser construída combinando os conhecimentos adquiridos pelos professores ao longo de sua trajetória e a disponibilidade para a busca de novos métodos. A prática educativa não começa do zero: quem quiser mudá-la deve agarrar o processo "contínuo". A inovação nada mais é do que uma correção de trajetória. Mencionamos anteriormente que não sabemos como ser inclusivos. Isso vem das experiências culturais e sociais a que fomos submetidos. Há menos de duas décadas, os cursos de formação de professores nem mesmo faziam referência à existência de diferenças educacionais derivadas da deficiência, o que resultava em formação e, consequentemente, na prática, desvinculado dessa realidade. Essa formação deve abranger a reflexão sobre o papel do professor na formação de todos os seus alunos. 5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. (BRASIL, 2017, p. 65). As ações do professor na sala de aula comum estão diretamente relacionadas ao que é feito, pelos chamados alunos normais, ou seja, aqueles que são considerados normais dentro dos padrões socialmente estabelecidos. E mesmo com estes existem diferenças metodológicas, bem como no que diz respeito às relações interpessoais em sala de aula, pois sabe-se que a aprendizagem é um fenômeno individual e especial que é vivenciado de forma diferenciada por diferentes sujeitos. 7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. (BRASIL, 2017, p. 267). Análise de Competência Específica Quando o educador recebe um aluno com necessidades especiais em sua classe, sua programação deve ser flexível para permitir uma mudança efetiva sem comprometer a qualidade. Essa flexibilidade curricular deve abranger toda a prática pedagógica do professor. No planejamento de suas atividades, deve-se levar em consideração os diferentes métodos de aprendizagem utilizados pelos alunos. No caso dos estudantes com incapacidades, é necessário obter características de aprendizagem específica, tomando medidas práticas para implantar na classe, encontrando métodos, estratégias e recursos que satisfaçam as necessidades individuais, para que haja uma evolução formativa de cada um. Linguagens Arte (EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos teatrais (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narrativas etc.). Ciências da natureza Ciências (EF01CI04) Comparar características físicas entre os colegas, reconhecendo a diversidade e a importância da valorização, do acolhimento e do respeito às diferenças. Ciências humanasHistória (EF05HI04) Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos (BRASIL, 2017, p. 203; BRASIL, 2017, p. 333; BRASIL, 2017, p. 415). Quando se estabelece uma cultura colaborativa de apoio em uma educação mais exclusiva, a principal mudança ocorre com os profissionais da escola, ou seja, uma mudança significativa nos papéis dos membros do grupo. Entre outros aspectos, os autores destacam que os líderes em todos os níveis (estadual, municipal, escolar) desempenham um papel ativo na mobilização e motivação dos participantes, traçando rumos, apoiando a mudança e compartilhando decisões. Proposta de Como desenvolver a competência Os atos do educador na sala de aula comum estão intimamente ligados ao que fazem os chamados alunos normais, ou aqueles que são considerados normais segundo critérios socialmente estabelecidos. Mesmo com estes, existem disparidades metodológicas, bem como variações nas conexões interpessoais em sala de aula, pois a aprendizagem é um fenômeno único e individual que vários sujeitos vivenciam de forma diferente. Além de pensar que o aluno é capaz, o professor que deseja fazer do seu trabalho uma ação inclusiva também deve considerar a revisão de sua prática docente. Nas palavras de Sacristán (1995), as mudanças educacionais não dependem diretamente do conhecimento, porque a prática educativa é uma prática histórica e social, não se baseia no conhecimento científico, como se fosse uma espécie de Tecnologia de Aplicação. A dialética entre conhecimento e ação ocorre no ambiente em que ocorre toda a prática, é preciso ter um olhar atencioso para cada aluno, direcionando esse cuidado para a individualidade de cada um. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através da leitura da BNCC pude observar as importantes questões que se relacionam a educação especial, em principal, o que diz respeito ao trabalho do professor, que sempre que necessário deve ser pensado de maneira que auxilie nas demandas dos alunos, mas também ao apoio do educador. Foi possível verificar que o papel do professor na inclusão é o de trazer para a sala de aula pensamentos que possam se tornar ações que tenham a real possibilidade de acontecerem, pois sabemos que nem sempre se tem a disponibilidade dentro da realidade social e econômica da escola de implantar tais possibilidades. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. SACRISTÁN, J. G. Consciência e ação sobre a prática como libertação profissional dos professores. In: NÓVOA, A. Profissão Professor. Portugal: Porto Editora, 1995. SCALABRIN, Izabel Cristina; MOLINARI, Adriana Maria Corder. A importância da prática do estágio supervisionado nas licenciaturas. Revista Unar, v. 7, n. 1, p. 1-12, 2013. ZANATTA, E. M. Práticas pedagógicas inclusivas para alunos Surdos numa perspectiva colaborativa. 2004. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de São Carlos. 2004.