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Parasitose não contagiosa relacionada à transmissão vetorial. Agente causador: plasmodium spp (4 espécies de plasmodium); parasita intracelular (hemácias). Agente biológico (transmissor, vetor): mosquito anófeles (mosquito prego) -> hospedeiro definitivo. Heteroxeno: mosquito anófeles e ser humano Ciclo de vida: Transmitido ao ser humano durante o repasto sanguíneo dos anófeles infectados, através dos esporozoítos do parasita, que é intracelular. Esporozoítos presentes na saliva do mosquito. 2 fases distintas no humano: 1ª (fase hepática, pré ou exoeritrocítica): nos hepatócitos (fígado), se reproduzem assexuadamente (esquizogonia tecidual) e se diferenciam, saindo do fígado e indo para hemácias como merozoítos. 2ª (fase eritrocítica): os merozoítos vão para os eritrócitos (hemácias) e se reproduzem assexuadamente (esquizogonia sanguínea), quando não há mais nada nutritivo para se alimentar, causa hemólise e vai para outra hemácias. Gametócitos: não fazem mal para ser humano, mas é o tipo que sobrevive e consegue ingressar no inseto, onde ocorre a reprodução sexuada e também a assexuada. Formas de transmissão: Transmissão vetorial: via saliva do anófeles fêmea durante o repasto sanguíneo. Transmissão não vetorial: através do sangue de infectados com o plasmodium (merozoítos): transfusões de sangue, compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis, transplante de órgãos, acidentes de laboratório, transmissão materno-fecal (vertical). Espécies de plasmodium: Vivax: amazônia, BR Falciparum: causa malária grave, presente principalmente na África. Produz alterações na microcirculação devido à adesão dos eritrócitos parasitados ao endotélio vascular (citoaderência), causando insuficiência renal, edema pulmonar agudo, anemia grave, icterícia acentuada, hipertermia, vômitos, podendo ser fatal principalmente em crianças e gestantes. Malarium: BR Ovale: África, não encontrado no BR. Patogenia e Sintomatologia: Período de incubação: varia de acordo com a espécie, média de 15 dias. Acesso maláricos (paroxismo) Cíclico e sistêmico. Sinais e sintomas de 3 em 3 dias (febre terçã). Calafrios e tremores, temperatura em elevação; febre alta, sensação de calor e cefaleia intensa; queda da temperatura, sudorese. Falciparum: terçã maligna, intervalos de 36 a 48 horas. Vivax: terçã benigna, 48 em 48 horas. Malarie: febre quartã, a cada 72 horas. Toxinas (pigmento malárico/hemozoína) liberadas no sistema quando o plasmódio estourar as hemácias. Recaída x Recrudescência Nas infecções por vivax e ovale, alguns plasmódios formam estruturas chamadas hipnozoítos no fígado (estruturas dormentes), que permanecem em estado de latência por períodos que variam de um mês a 1-2 anos. Recrudescências: parasita reaparece acompanhado de sintomatologia, após um período de cura aparente. Resistência à cloroquina (falciparum). Formas de diagnóstico: Microscopia: esfregaço sanguíneo. Laboratorial: testes rápidos de detecção de antígenos (imunocromatógráficos); testes para detecção de anticorpos (imunofluorescência indireta e ELISA); PCR. MALÁRIA Tratamento: Vivax: cloroquina (formas sanguíneas) e primaquina (formas hepáticas). Falciparum não grave: associação de quinina e doxiciclina ou quinina e tetraciclina. Falciparum casos graves: associação artesunato e mefloquina ou quinina e clindamicina. Profilaxia: Tratar os doentes; Proteger as pessoas sadias do contato com o vetor; Combater o vetor; Vacina.
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