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1 SISTEMAS E FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA PRODUÇÃO 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 SISTEMAS E FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA PRODUÇÃO ........ 3 Resumo ................................................................................................... 3 Sistemas da Qualidade ............................................................................ 3 Ferramentas da Qualidade ...................................................................... 7 Ciclo PDCA ............................................................................................ 27 Considerações Finais ............................................................................ 29 Referências ............................................................................................ 30 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 SISTEMAS E FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA PRODUÇÃO Resumo A administração teve seu berço na indústria, onde os primeiros escritos e experimentos tomaram forma e contribuíram muito no gerenciamento da produção, ganhos de produtividade e melhoria da qualidade de seus produtos. A seguir essas novas teorias e métodos de administração foram disseminados em comércio e serviços, por meio de uma nova ferramenta: o Sistema de Gestão da Qualidade. Também conhecido pela sigla SGQ, esse sistema é composto por elementos ligados entre si e integrados nas organizações. Funcionando como uma engrenagem, atende aos objetivos da empresa, à sua política de qualidade e visa atender as expectativas do cliente. Para que tudo isso seja alcançado, entram em cena as ferramentas de gestão da qualidade. Esses instrumentos ajudam a fazer a análise de fatos e em tomadas de decisão. São utilizados com o objetivo que se chegue a um grau de eficiência ou eficácia em um determinado processo ou atividade. Embora as ferramentas de gestão da qualidade sejam excelentes meios de garantir às empresas a sua competitividade no mercado, de nada adiantam se não forem aplicadas de forma correta. Para que você conheça mais sobre os sistemas e ferramentas da qualidade na produção, detalharemos mais sobre esse assunto no decorrer dessa apostila. Desejamos bons estudos! Sistemas da Qualidade 4 Sistema de Qualidade é um conjunto de partes, que interagem entre si formando um todo, realizando uma função com objetivo comum e tem como objetivo a ser alcançado a excelência em qualidade. Todos os envolvidos na cadeia produtiva devem ser participativos. O sistema deve ser executado por todos os colaboradores da empresa (gerentes, farmacêuticos, técnicos e estagiários), de forma a atender os padrões legais e atender as necessidades do cliente. O Sistema de Qualidade adotado pela empresa deve tratar das questões fundamentais: Planejamento da qualidade: estabelecer metas; desenvolver o processo; originar recursos; determinar os padrões de qualidade; estabelecer estratégias, ações e responsabilidades. Manutenção da qualidade: acompanhamento, supervisão e controle para atendimento dos padrões propostos; autoavaliação do sistema adotado; revisão ou atualização se necessário. Melhoria da qualidade: aperfeiçoamento; melhoria dos processos; programas de Qualidade: são filosofias, procedimentos e estratégias das quais os sistemas se utilizam para funcionar em busca da qualidade. A introdução de um sistema da qualidade dentro de uma organização objetiva promover de forma clara a gestão desta empresa. Assim, quando se 5 pretende que uma determinada empresa que opera em um determinado setor de atividade, onde ao longo da geração de seu produto encontram-se envolvidos vários fornecedores e prestadores de serviço diferentes, pode-se constatar que esta visão do conjunto faz a diferenciação na procura de uma posição estratégica dentro do mercado. Assim, por exemplo, ocorre com empresas de construção civil que se dedica a inserir um sistema da qualidade, o fazem necessariamente nas normas familiar da serie ISO 9000, a qual possibilita uma maior flexibilização em conformidade ao mercado a ser atingido, a natureza do produto, o processo de produção e a necessidade do consumidor. Deve-se ressaltar que é necessário a buscar para atingir a máxima eficácia e o atendimento das expectativas do cliente. Conforme se verifica, pela literatura, não existe um princípio da qualidade uniformizado que possa ser aplicado em todas as organizações, independente de atuarem ou não no mesmo ramo de atividade, apesar de não serem iguais podem ser similares, nesse contexto, pode-se verificar os subsídios que foram amplamente analisados pelas literaturas consultadas, em referência as empresas de construção civil e que são adequados ao ciclo da qualidade do setor. Segundo, Reis e Melhado (1998) para se dar início ao processo de implantação do sistema da qualidade da organização, é necessária a criação de um comitê denominado comitê da qualidade, o qual deve ser formado por um grupo de pessoas, que representem os diversos setores da empresa. O planejamento ficará a critério deste grupo que será dirigido pelo gestor da qualidade. Observa-se que o modelo de implantação consiste a princípio, na obtenção do diagnóstico da organização, elaborado pelo comitê da qualidade. Assim, a partir do diagnóstico concluído verifica-se a posição da empresa em relação à qualidade ambicionada, definindo quais elementos devem compor necessariamente o sistema da qualidade da empresa (CARPINETTI, 2010). 6 Posteriormente, é elaborado o plano de ação, que é composto pela definição do sistema da qualidade esperado, o planejamento das ações, o cronograma e a criação dos grupos da qualidade. Carpinetti (2010) ressalta que os grupos da qualidade são elementos de trabalho designados para desenvolver e implementar ações específicas, que tem como finalidade primordial a busca da padronização dos procedimentos. Os profissionais passam por treinamentos objetivando familiarizá-los com o uso das ferramentas para análise e melhoria de processos e serviços. Dessa forma, entre os diversos elementos envolvidos, destaca-se que devem ser preferencialmente selecionados as pessoas que irão verificar a correta aplicação dos procedimentos padronizados, através das auditorias internas. Esses profissionais têm a função primordial de verificar a eficácia das ações implantadas e fornecer as devidas informações para aprimoramento da eficiência dos procedimentos utilizados. A consolidação da implantação do sistema da qualidade se efetiva com a elaboração do manual da qualidade da empresa, sendo este um documento que apresenta a políticada qualidade da organização e determina a forma pela qual a empresa procura atingir os objetivos da qualidade expressos em sua política (CIERCO et al, 2007). As normas da família da série ISO 9000 apresentam um determinado ciclo de qualidade específico, onde se insere de inúmeras etapas passíveis em um processo de produção, de forma que a mesma possa ser aplicada em todos os setores da transformação, fazendo-se quando necessário, as adaptações necessárias (FERREIRA, 2005). Observa-se que por meio do ciclo da qualidade é possível ter uma visão rápida e ao mesmo tempo completa de todo o processo, o que facilita em muito a montagem do sistema da qualidade de uma organização. Dessa forma, se verifica o ciclo da qualidade de uma empresa da área de incorporação, onde tem seu inicio na identificação das necessidades dos usuários da obra, passando por diversas etapas onde são agregados insumos, os quais possuem níveis de qualidade diversos (CARPINETTI, MIGUEL e GEROLAMO, 2008). 7 Entretanto, apesar da variação da qualidade apresentada nos insumos, decorrente da falta de padronização de fornecedores e processos, a qualidade do produto final deve satisfazer as necessidades do usuário. Ferramentas da Qualidade Os programas de qualidade têm dois componentes: os conceitos e princípios fundamentais que geram uma cultura organizacional propícia ao desenvolvimento da melhoria contínua e da qualidade total; e as inúmeras metodologias e ferramentas da qualidade, que podem vir a ser aplicadas na implementação das ações nas diferentes fases do ciclo de produção. As metodologias e ferramentas podem ser genericamente classificadas como organizacionais ou estatísticas. Abaixo, algumas dessas ferramentas e metodologias são brevemente consideradas. Ferramentas Estatísticas Folha de Verificação Técnica utilizada quando se deseja obter dados, baseados em observações amostrais, para definição de um modelo. É o ponto de partida na maioria dos ciclos de solução de problemas, sendo uma ferramenta de fácil compreensão que mostra a frequência com que certos eventos ocorrem. As folhas de verificação têm como objetivos: a) Verificação do processo de produção; b) Verificação de itens defeituosos; c) Verificação da localização dos defeitos; d) Verificação das causas dos defeitos. 8 Sua construção envolve 4 etapas: 1. Estabelecimento do evento que será estudado; 2. Definição do período durante o qual os dados serão coletados; 3. Coleta dos dados de forma consistente; 4. Construção de um formulário claro e de fácil manuseio. As observações devem ser as mais aleatórias possíveis, o universo observado deve ser homogêneo e o processo de amostragem eficiente. Um exemplo de folha de verificação é apresentado na figura abaixo. Figura - Folha de Verificação para erros de digitação Diagrama de Pareto Usado quando se deseja ressaltar a importância relativa entre vários problemas, facilitando a escolha do ponto de partida para a solução, avaliar o progresso ou identificar a causa básica de um problema. Ele auxilia no direcionamento da atenção e esforços para os problemas mais importantes, dividindo um problema grande num grande número de problemas menores e de fácil resolução, permitindo a priorização dos projetos e o estabelecimento de 9 metas concretas e tangíveis. É uma técnica universal que permite separar os problemas em duas classes: os poucos vitais e os muito triviais. As etapas de construção do Diagrama de Pareto são: 1. Identificação do problema. Um problema é qualquer resultado indesejável: um grande número de reclamações dos clientes, custo elevado que impossibilita a prática de preços competitivos; atrasos de entrega de produtos/serviços, insatisfação dos funcionários, número elevado de acidentes de trabalho, etc. 2. Estratificação. Divisão do problema em estratos de problemas de origens diversas. É uma análise do processo que busca a origem do problema com a participação de todas as pessoas que possam colaborar. 3. Coleta de dados. Para cada estrato são levantados dados referentes à sua frequência que auxiliarão na verificação da importância de cada um. 4. Priorização com ajuda do diagrama de Pareto. O diagrama de Pareto é a representação gráfica da estratificação dos dados coletados. Este gráfico permite priorizar quantitativamente os itens mais importantes. 5. Desdobramento. Os estratos que apresentam maior frequência são desdobrados em problemas menores, quantificados e analisados para encontrar soluções. 6. Estabelecimento de metas. Com base no diagrama de Pareto, analisam-se os problemas prioritários e suas frequências e estabelecem-se metas de melhoramento. Diagrama de Causa e Efeito Conhecido também como diagrama espinha de peixe ou diagrama Ishikawa (devido ao seu criador), ele é usado quando se deseja identificar, explorar e ressaltar as causas possíveis de um problema, representando a relação entre o efeito (resultado) e suas possíveis causas. As causas principais podem ser divididas em 6 categorias principais, conforme segue: 10 a) Método: expõe itens relacionados aos procedimentos operacionais como clareza e simplicidade dos procedimentos, facilidade de execução, ausência de passos essenciais ao desempenho da função, etc. b) Mão de obra: trata os aspectos físicos e mentais dos trabalhadores envolvidos no problema, a pontualidade, o absenteísmo, cumprimento das regras e o comportamento em geral. c) Máquina: refere-se aos equipamentos quanto a sua deterioração, manutenção, identificação, armazenagem, etc. d) Meio ambiente: aspectos relativos ao ambiente de trabalho como iluminação, resíduos, temperatura, vibração, pó, nas oficinas, escritórios, corredores, passagens e áreas ligadas ao problema em estudo. e) Material: aborda itens como situação dos fornecedores, fornecimento interno, condições de armazenagem, etc. f) Medida: detalha itens relacionados à medição como condições do instrumento de medida, condições de medição, frequência, inspeção, etc. Depois de levantar as principais causas, deve-se selecionar as mais prováveis e analisá-las. As etapas da construção do diagrama são: 1. Definição do problema a ser analisado, onde ocorre, quando ocorre, sua extensão. 2. Levantamento das causas do problema e outras que auxiliem sua organização, após a observação. 3. Construção do diagrama de causa e efeito. O problema é colocado à direita de uma linha horizontal; as causas são colocadas nas pontas de ramos que partem da linha horizontal, conforme a figura abaixo apresentada. Para cada causa questiona-se o porquê de sua ocorrência e anotam-se as respostas em ramos menores que nascem dos ramos principais. 11 4. Interpretação. Observação da repetição das causas, obtenção do consenso do grupo e coleta de dados para determinar a frequência relativa das causas. A análise do diagrama destaca a causa mais importante do problema. Figura - Diagrama de Causa e Efeito. Fonte: CAMPOS (1992). A próxima figura apresenta um exemplo de utilização do Diagrama de causa e efeito de acidentes nas escadas. Figura - Diagrama causa e efeito de acidentes nas escadas. Fonte: BRASSARD (1985). Diagrama de Dispersão 12 Usado para visualizar a relação de dependência entre um parâmetro de qualidade e uma variável do processo, analisando uma possível relação entre elas, bem como sua intensidade. O diagrama de dispersão é construído através dos seguintes passos (BRASSARD, 1985): 1. Coletar de 50 a 100 pares de amostras. 2. Plotar os valores em um gráfico x,y em ordem crescente para cima e para a direita, colocando no eixo horizontal a variável que "possivelmente" é a causa. 3. Marcar os dados no diagrama. Quando houver valores repetidos circulá-los tantas vezes quantonecessário. A direção e espessura da nuvem de pontos indicam a intensidade da relação entre as variáveis. Quanto mais o agrupamento tender a uma reta, maior a relação entre elas. A figura apresenta um exemplo de aplicação do diagrama de dispersão para relacionar o número de erros decorrentes de falha humana com o número de horas extras. Figura - Gráfico da média de horas extras por semana x média de erros na semana. Fonte: BRASSARD (1985). Cartas de Controle 13 Cartas de Controle fornecem informações sobre um dado processo, com base em amostras periodicamente coletadas dele. As amostras são reunidas em grupos com o mínimo de variação, os grupos são selecionados e o valor médio de cada um é plotado no gráfico. A flutuação dos pontos dentro dos limites de controle e distribuída de forma aleatória é resultado da variação intrínseca do processo, devido às causas comuns, inerentes ao sistema. Pontos localizados fora dos limites ou, ainda que dentro dos limites, com uma distribuição não aleatória (cíclica, crescente ·etc.) podem refletir causas especiais, que devem ser eliminadas. Para distinguir as causas especiais das comuns e prever se o processo está sob controle ou não, é preciso avaliar se há mudança de parâmetros como a média e o desvio padrão. Se não houver mudança nesses parâmetros ao longo do tempo, o processo estará sob controle estatístico e só as causas comuns estarão presentes. Mas, se houver mudança nos parâmetros, diz-se que uma causa especial agiu sobre o processo. Essas cartas somente monitoram o processo, mantendo-o sob controle estatístico, ou seja, mostrando que o processo é consistente, mas não garantem que ele é capaz de atender às especificações. A figura ilustra uma carta de controle. Figura - Carta de Controle. Capacidade do Processo 14 Capacidade do Processo é uma técnica utilizada para julgar se o processo, com suas variações naturais, é capaz de atender às especificações estabelecidas, mostrando assim o potencial que o processo tem de produzir peças dentro dos limites de especificação. Fluxograma Utilizado na identificação de problemas, através desta técnica as pessoas que conhecem bem o processo, desenham o fluxograma do processo atual, o fluxograma do processo ideal, os passos que o processo deveria seguir, se tudo corresse bem, e comparam os 2 esquemas para verificar as diferenças e encontrar a raiz do problema. É uma representação gráfica, através de símbolos padronizados, conforme figura abaixo, mostrando os passos de um processo e suas relações. Figura - Fluxograma. Fonte: BRASSARD (1985). FMEA 15 Análise dos tipos de falhas e seus efeitos, FMEA (Failure Mode and Effects Analysis), é uma técnica usada para analisar todas as possíveis falhas de um processo ou produto, objetivando sua eliminação. Através do FMEA é possível: a) Identificar itens críticos e de segurança; b) Determinar as características do produto/processo que necessitam de controles adicionais; c) Rever controles atuais em produtos/processos existentes, buscando a eliminação daqueles desnecessários e melhorando os ineficientes; d) Auxiliar no projeto do processo, indicando as operações e circunstâncias em que o processo pode falhar e promovendo a melhoria contínua do processo de prevenção; e) Indicar prioridades de implantação para as ações corretivas necessárias. Esta técnica requer um profundo conhecimento do projeto e processo do produto e uso do bom senso de cada participante na elaboração das análises. O FMEA deve ser realizado ou revisado nas seguintes situações: a) Produto ou processo novo; b) Alterações significativas no produto ou processo; c) Transferência de ferramenta existente em outra instalação; d) Alteração de fornecedor; e) Existência de problemas de qualidade no processo. Um FMEA tem 5 pontos importantes: 1. Identificação dos tipos de falhas possíveis; 2. Descrição dos efeitos e das causas de cada tipo de falha e dos controles existentes; 16 3. Cálculo do risco para cada causa de falha, levando-se em consideração a frequência de ocorrência, o grau de severidade e a probabilidade de detecção; 4. Proposta de ação corretiva para as causas de falhas apontadas; 5. Reavaliação após a implantação das ações. O FMEA é uma técnica de grupo em que os participantes devem ser representantes ·de áreas envolvidas no desenvolvimento e produção de produtos e processos. Durante a execução do FMEA as seguintes informações devem ser levantadas: Descrição do produto/processo: Descrição detalhada do produto ou processo que está sendo analisado, destacando sua função. Tipo de Falha: Descrição do tipo de falha que o processo pode gerar. Devem ser previstas falhas para características que não estejam explícitas nas especificações, tais como: falha de pintura, corrosão e outras que podem causar algum tipo de descontentamento ao cliente. Falhas ocorridas em processos e produtos semelhantes, reclamações dos clientes e relatórios de produtos devolvidos em garantia, podem ser fontes de informações para previsão de falhas. Efeito da Falha: Análise da consequência que a falha acarretará ao produto e consequentemente ao cliente. Como cliente, deve ser entendida também a próxima operação ou qualquer operação subsequente. CCS - Características Críticas - Funcionais ou de Segurança: Identificação das características críticas (C) e de segurança (S) do produto ou processo. Causa da Falha: A determinação da causa da falha é essencial em um estudo do FMEA, pois é nela que o grupo irá atuar para determinação das ações recomendadas. A causa deve ser corretamente determinada para que as ações recomendadas possam ter o efeito desejado. Deve-se notar que, para alguns tipos de falha, podem existir duas ou mais causas, e neste caso, todas elas 17 devem ser consideradas, analisando-se os índices de ocorrência e de detecção para cada uma delas. Severidade: Representa a gravidade da falha para o cliente. Os critérios para determinação do grau de severidade levam em consideração o efeito da falha e estão descritos abaixo. Tabela - Índices de severidade. Ocorrência: É a frequência com que um tipo de falha ocorre, devido a uma causa específica. No caso de duas causas, para um mesmo tipo de falha, deve ser verificada a frequência de cada uma. Se o processo está sob Controle Estatístico, dados como Cpk podem ser utilizadas para determinação do índice de ocorrência, conforme a tabela. 18 Tabela - Índices relacionados ao tipo de falha. Detecção: É a estimativa da probabilidade de detectar a falha no processo. O índice de detecção independe do índice de ocorrência. Os critérios para determinação do índice de detecção são: Tabela - Índices de detecção. Controle Atual: Descrição dos controles empregados atualmente no produto ou em produtos semelhantes, da frequência e do tamanho da amostra para verificação. Estes controles podem ser para prevenção ou detecção de falhas. Risco: É o produto dos índices de ocorrência, severidade e detecção. Seu objetivo é somente indicar prioridades às ações recomendadas. Para verificar a 19 necessidade ou não de ações corretivas, devem ser analisados conjuntamente os índices de ocorrência, severidade e detecção. Ações Recomendadas: As ações recomendadas têm a finalidade de: a) Impedir ou diminuir a frequência de ocorrência da falha; b) Diminuir o índice de severidade da característica, desde que alterado o projeto; c) Aumentar a probabilidade de detecção e consequentemente diminuir o seu índice. As ações recomendadas devem ser direcionadas para a prevenção de falhas, ou seja, para eliminar a causa da falha ou pelo menos diminuir sua ocorrência. Aumentar o número de controles geralmente é maisoneroso para a empresa e não constitui uma ação positiva para a melhoria contínua do processo e da qualidade. Reavaliação: Após a implantação da ação, deve-se reavaliar os índices de ocorrência, detecção e o risco. Caso os resultados obtidos com a ação tomada sejam insatisfatórios, portanto insuficientes para diminuir os índices de ocorrência ou detecção, novas ações devem ser recomendadas. O FMEA é um documento vivo, e, portanto deve ser atualizado sempre que houver alterações de projeto, processo, matéria prima ou fornecedor. Ferramentas Organizacionais 5S O programa ”5S” tem grande importância nas mudanças a serem realizadas dentro da empresa, visando à implantação de um programa de qualidade total. O programa 5S é uma metodologia criada e idealizada no Japão, nos anos 60, visando à melhoria do ambiente das empresas, que eram muito sujas e desorganizadas, e ainda, acabar com o desperdício, diminuir o número de acidentes pessoais e impessoais e melhorar a produtividade das empresas (FILHO, 2003). 20 O programa objetiva: melhorar o ambiente de trabalho, reduzir o desperdício, evitar acidentes de trabalho, aperfeiçoar os processos, melhorar a moral dos funcionários e incentivar a criatividade (ZANELLA, 2009). O Programa 5S poderá se constituir em um instrumento técnico de suporte dos programas de gestão de qualidade, e se fundamenta nos conceitos: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke (ZANELLA, 2009). Seu nome provém de palavras que, em japonês, iniciam com S. Na tradução para o português, foram interpretados como Sensos, não somente para manter o nome 5S, mas porque refletem melhor o significado das palavras em japonês (UDESC, 1996). Neste sentido, adotou-se: 1. Seiri: Senso de Organização ou utilização O senso de organização ou utilização consiste em analisar os locais de trabalho e classificar os objetos segundo sua utilidade ou frequência de uso e retirar do ambiente tudo o que não necessita estar neste local (UDESC, 1996). Para isto, deve-se: Fonte: Filho, 2003. Ao passo em que se livra do que não é necessário, é preciso dar-se atenção a equipamentos que não funcionam corretamente e a peças quebradas, pois só se percebe a utilidade e a necessidade que se tem de algo que está bem conservado e em perfeito funcionamento (OSADA, 1992). 21 A implantação deste Senso traz vários benefícios para a empresa, que vão desde a melhoria do ambiente de trabalho e da moral dos funcionários, até a liberação de áreas que eram ocupadas com materiais desnecessários, redução do estoque de peças sobressalentes, redução de risco de acidentes por materiais dispostos sem controle, redução e eliminação do tempo de procura de materiais, ferramentas e documentos, reciclagem de materiais e liberação de máquinas paradas sem uso (ABRANTES, 2007). 2. Seiton: Senso de Arrumação ou Ordem Neste senso efetua-se a arrumação dos objetos, materiais e informações úteis, de forma funcional, possibilitando o acesso rápido e fácil (UDESC, 1996). Deve-se usar o conceito de que o primeiro material que entra é o primeiro que deve sair, assim como é preciso padronizar a nomenclatura dos objetos, evitando que um material tenha vários nomes e para que todos os colaboradores falem apenas um idioma dentro da empresa (FILHO, 2003). Este senso literalmente acaba com os “feudos” e segredos, onde apenas poucos funcionários sabem onde estão guardados os objetos, documentos e dados (ABRANTES, 2007). O senso de ordenação traz benefícios como: facilidade e rapidez para encontrar documentos e materiais; reduz acidentes de trabalho que podem ocorrer devido à desorganização; facilita a comunicação entre empregados; evita a compra de materiais e componentes desnecessariamente; facilidade no controle de pedidos de compras para reposição de estoques e boa apresentação do ambiente de trabalho (FILHO, 2003). 3. Seiso: Senso de Limpeza Para Filho, (2003) o senso de limpeza não se limita em retirar pó e sujeira, mas é imprescindível que cada pessoa, após utilizar o material ou equipamento, deixe-o em condições de uso. Já para Udesc (1996), significa também demonstrar que está limpo e que cada pessoa deve ter o compromisso de manter limpo seu local de trabalho antes, durante a após a jornada diária. 22 Todo e qualquer lixo deve ser jogado em local apropriado, pois um local limpo não é o que mais se varre, e sim o que menos se limpa. Lixo no lixo e sucata na sucata: cada coisa em seu lugar (FILHO, 2003). A limpeza é a atividade mais básica do 5S, não existe trabalho que não envolva limpeza. Pode também ser encarada como uma inspeção, pois com equipamentos e máquinas limpas, é possível detectar qualquer problema enquanto ele ainda é pequeno, possibilitando que seu reparo seja realizado imediatamente. O grau de limpeza é muito importante para a segurança e a qualidade dos produtos oferecidos (OSADA, 1992). O senso de limpeza tem como benefícios: prevenção de acidentes, refletindo na redução de afastamentos de funcionários; ambientes de trabalho mais limpos e seguros; combate aos desperdícios; redução de poluição e agressões ao meio ambiente e maior controle na conservação de materiais (ABRANTES, 2007). 4. Seiketsu: Senso de Padronização ou Saúde Filho (2003), afirma que este senso refere-se à manutenção das condições de trabalho físicas e mentais adequadas a boa saúde. Osada (1992) aponta esse senso como sendo o resultado de concentração constante em organização, arrumação e limpeza, além disso, é preciso manter rotinas definidas e esforços constantes para manter os sensos anteriores. Praticar o senso de saúde é estar atento ao bem-estar próprio e coletivo, preocupando-se em manter um bom clima organizacional e zelo pela qualidade das relações de trabalho (UDESC, 1996). Este requisito preconiza a manutenção dos funcionários no trabalho em perfeitas condições de higiene, asseio e bem-estar, com medidas de proteção a saúde e segurança, abrangendo ruídos, odores, iluminação, temperatura, ergonomia e equipamentos de proteção. Para isto devem ser estabelecidas regras de segurança e proteção aos ambientes de trabalho (ZANELLA, 2009). Os apelos visuais estão entre as ferramentas mais eficazes à disposição. Pode-se usar etiquetas para identificação de materiais, equipamentos ou produtos armazenados em determinado local; uso de marcadores para 23 visualização do que está ocorrendo, realizar o mapeamento dos problemas (OSADA, 1992). O senso de padronização traz como benefícios o equilíbrio mental e físico, a melhoria do ambiente de trabalho e convivência social dentro da empresa, melhoria da imagem empresarial ao público externo e melhoria do nível de satisfação e motivação das pessoas envolvidas (FILHO, 2003). 5. Shitsuke: Senso de Disciplina Significa a observância da rotina, da busca constante de melhorias e reeducação de hábitos e atitudes (ZANELLA, 2009). É o ultimo S e refere-se à manutenção de todos os outros quatro já implantados, pois se está bom, pode ficar melhor ainda (FILHO, 2003). Segundo Udesc (1996), o senso de autodisciplina é algo pessoal, pois indica o momento em que as pessoas se conscientizam da necessidade de buscar o auto-desenvolvimento e consolidar as melhorias já alcançadas com a prática dos demais sensos, não descuidando do constante aperfeiçoamento. É o senso mais complexo de ser alcançado, pois exige ações e tempo para que todos o desenvolvam, principalmente porque este senso mexe com a cultura e o comportamento das pessoas (ABRANTES, 2007). Através da prática dos outros S implantados, todos os colaboradores incorporarão as regras criadas para o bem estar de cada um e o bom funcionamento empresarial (FILHO, 2003). Para Osada (1992), em muitos aspectos, a criação de um ambiente de trabalho disciplinadoé a mais importante medida para garantir a qualidade, pois, como errar é humano, é muito difícil fazer a mesma coisa corretamente sempre. Todos têm uma grande tendência de fazer algo da forma mais fácil e não da forma mais correta, aumentando assim, a chance de cometer erros. Este senso tem como benefícios: o cumprimento dos procedimentos operacionais; constante auto-análise e busca de aperfeiçoamento; manutenção dos quatro sensos anteriores e colaboradores mais motivados (FILHO, 2003). Para implantar o 5S é preciso montar um programa que não entre em choque com a cultura da empresa, permitindo que a mudança ocorra a partir de uma base existente, sem rupturas bruscas. Experiências alheias e planos 24 prontos devem ser analisados e nunca copiados. Não há receita para a implantação do 5S, devendo ser usada a criatividade para montar um plano adequado à realidade da empresa. A alta administração deve comprometer-se com a implantação do 5S através de um documento com seus objetivos, estratégias e diretrizes, aplicando-o no seu local de trabalho e autorizando a execução de melhorias propostas pelos funcionários. Para elaborar um programa é preciso: 1. Saber os objetivos que se deseja atingir. 2. Adquirir conhecimento sobre o assunto através de seminários, cursos, material didático e visitas às empresas que o implantaram. 3. Relacionar todas as ideias possíveis sobre o tema, analisando-as e eliminando as inadequadas. 4. Fazer uma separação entre plano conceitual, que contém as ações abrangentes, e plano executável, que contém as ações detalhadas, prontas para serem executadas. 5. Definir as ações que estarão no programa (o que), responder às questões complementares (quem, como, onde, porque, quando) e sintetizá-las na folha de planejamento. 6. Definir a forma de avaliação dos resultados, sua periodicidade e certificar-se de que o sistema garante as ações corretivas necessárias. 7. Esclarecer os aspectos complementares num relatório. Alguns aspectos importantes a serem considerados são: a) Previsão dos custos envolvidos; b) Atenção às resistências à execução do programa, exploração dos fatores que favorecem seu sucesso e montagem de um plano de atividades para cada funcionário. Brainstorming O brainstorming caracteriza-se como uma reunião de grupo em que novas ideias são buscadas e, portanto, a livre expressão dos participantes deve ser 25 assegurada. O objetivo é o de maximizar o fluxo de ideias, a criatividade e a capacidade analítica do grupo. A primeira etapa da reunião de brainstorming é a apresentação de ideias relacionadas com algum problema. Nessa etapa, os participantes apresentam ideias de forma livre e, às vezes, aparentemente caótica. Nenhuma crítica deve ser feita. As ideias devem fluir. Um facilitador coordena a reunião e assegura a livre expressão das ideias. Um relator anota as ideias, à medida que forem sendo apresentadas, preferencialmente em quadro-negro ou em flip-chart. Não deve haver interpretação da ideia; esta deve ser anotada com as palavras usadas por seu autor. A seguir, quando o grupo entender que esgotou as possibilidades relativas ao problema, as ideias devem sofrer um agrupamento, de forma a serem ordenadas. Em seguida, outras ferramentas podem ser utilizadas para aprofundar uma análise, conforme o tipo de problema abordado: diagrama de causa e efeito, folha de verificação, análise de forças de campo etc. Há, basicamente, duas maneiras de se conduzir um brainstorming: a condução estruturada e a não estruturada. No primeiro caso, todos os participantes devem expor suas ideias de forma ordenada, cada um apresentando uma ideia quando chegada a sua vez e aguardando a próxima rodada para expor a ideia seguinte. Os participantes podem usar algum material de apoio para anotar ideias enquanto aguardam sua vez. No segundo caso, a exposição das ideias é livre. 5W2H A ferramenta 5W2H foi criada como uma ferramenta auxiliar na utilização do PDCA, mais precisamente na parte de planejamento, por profissionais da indústria automobilística do Japão. Segundo Polacinski (2012) essa ferramenta consiste em um plano de ação para atividades pré-estabelecidas que tem a necessidade de ser desenvolvidas com a maior clareza possível, além de funcionar como um mapeamento dessas atividades. Também tem como objetivo principal responder a sete questões e organizá-las. 26 5W2H é uma ferramenta para elaboração de planos de ação que, por sua simplicidade, objetividade e orientação à ação, tem sido muito utilizada em Gestão de Projetos, Análise de Negócios, Elaboração de Planos de Negócio, Planejamento Estratégico e outras disciplinas de gestão. O objetivo básico desta fase do procedimento técnico é permitir que todas as atividades planejadas possam ser discutidas em grupo, antes da sua configuração no cronograma de ações administrativas de uma empresa ou instituição. A finalidade principal é fazer com que todas as tarefas a serem executadas sejam planejadas de forma cuidadosa e objetiva, assegurando a implementação de forma organizada. Segundo o SEBRAE (2008), a ferramenta 5W2H é prática e permite, a qualquer momento, identificar as rotinas mais importantes de um processo, projeto ou até mesmo de uma unidade de produção. Também possibilita identificar quem é quem dentro da organização, o que faz e porque realiza tais atividades. O método é constituído de sete perguntas, utilizadas para implementar soluções: Dentro de cada uma dessas perguntas, inúmeros outros questionamentos podem ser feitos para melhor entendimento da função do 5W2H: a) O quê? Qual a atividade? Qual é o assunto? O que deve ser medido? Quais os resultados dessa atividade? Quais atividades são dependentes dela? Quais atividades são necessárias para o início da tarefa? Quais os insumos necessários? b) Quem? Quem conduz a operação? Qual a equipe responsável? Quem executará determinada atividade? Quem depende da execução da atividade? A atividade depende de quem para ser iniciada? 27 c) Onde? Onde a operação será conduzida? Em que lugar? Onde a atividade será executada? Onde serão feitas as reuniões presenciais da equipe? d) Por quê? Por que a operação é necessária? Ela pode ser omitida? Por que a atividade é necessária? Por que a atividade não pode fundir-se com outra atividade? Por que A, B e C foram escolhidos para executar esta atividade? e) Quando? Quando será feito? Quando será o início da atividade? Quando será o término? Quando serão as reuniões presenciais? f) Como? Como conduzir a operação? De que maneira? Como a atividade será executada? Como acompanhar o desenvolvimento dessa atividade? Como A, B e C vão interagir para executar esta atividade? g) Quanto custa realizar a mudança? Quanto custa a operação atual? Qual é a relação custo / benefício? Quanto tempo está previsto para a atividade? Através dessas perguntas é possível direcionar, planejar, definir as responsabilidades e quantificar as ações. Ainda segundo o SEBRAE (2008), a técnica 5W2H é uma ferramenta simples, porém poderosa, para auxiliar a análise e o conhecimento sobre determinado processo, problema ou ação a serem efetivadas, podendo ser usado em três etapas na solução de problemas: a) Diagnóstico: na investigação de um problema ou processo, para aumentar o nível de informações e buscar rapidamente as falhas; b) Plano de ação: auxiliar na montagem de um plano de ação sobre o que deve ser feito para eliminar um problema; c) Padronização: auxilia na padronização de procedimentos que devem ser seguidos como modelo, para prevenir o reaparecimento de modelos. Ciclo PDCA Embora trate de uma ferramenta da qualidade, o PDCA (Plan: planejar, Do: fazer; Check: verificar; Act: agir) merece uma atenção especial, pois possui um ciclo virtuosode melhoria contínua, pois é um instrumento de repetição, que busca o aprimoramento dos processos que é fundamental para a sobrevivência da organização. 28 A melhoria continua consiste num processo que tem como objetivo analisar o processo atual e propor melhorias para aumentar a produtividade e reduzir custos (HARRINGTON e KNIGHT, 2001). O ciclo PDCA tem uma proposta de definir bem as etapas de preparação e execução de atividades para solucionar problemas, com intuito de agilizar os processos dentro das empresas, apoiando a tomada de decisões e minimizando as chances de erros. Por isso, as organizações se apoiam constantemente nestas ferramentas; em função de sua simplificação e pelos resultados que podem oferecer. Ressaltando que qualquer tipo de empresa pode utilizar e tomar bom proveito deste ciclo. As etapas do PDCA estão dispostas em: I – Planejamento: Nesta etapa será elaborado um plano de ação com base nas metas estabelecidas ou ainda nos elementos que ocasionam determinado problema. II – Execução: É o momento de “pôr a mão na massa”, onde efetivamente coloca-se em prática o que foi definido previamente. III – Verificação: Momento de avaliar os resultados obtidos, confrontando- os com o planejado e se realmente responderam às expectativas. A checagem deve ser feita não somente ao término das ações, como durante a execução das mesmas. IV – Ação: Nesta etapa leva-se em consideração as avaliações realizadas na fase da verificação, alinha novamente com os problemas e metas para que possa traçar novos planos de ação para evitar falhas e aprimorar o processo. 29 Figura – Ciclo PDCA. Fonte: Qualidade total: o que é e como alcançar, Bond (2012) – ADAPTAÇÃO. Considerações Finais As ferramentas da qualidade fazem parte do processo de implementação de programas de melhorias e a padronização de atividades vem sendo cada vez mais importante para empresas que buscam excelência em seus negócios, com isso as empresas ganham em credibilidade, qualidade e consequentemente isso impacta diretamente, nas vendas, pois tendo todos os processos padronizados e corretos o tempo de entrega dos produtos, certamente será menor. Qualquer tipo de empresa pode se beneficiar da gestão da qualidade e da aplicação de suas ferramentas, pois fornecem um vasto portfólio que não necessariamente precisam de grandes investimentos para colocá-los em prática. O essencial é que seus princípios sejam seguidos e sua metodologia seja fielmente aplicada a fim de alcançar a qualidade do que se pretende. O Sistema de Gestão da Qualidade é possível em todas as organizações, independentemente de seu porte; sendo imprescindível que os profissionais envolvidos no processo conheçam bem este modelo de gestão e o adaptem à suas necessidades, sempre levando em consideração a natureza da sua atividade e suas reais necessidades. 30 Referências Abrantes, José (2007). Programa 8S: Da alta administração à linha de produção: o que fazer para aumentar o lucro? O combate aos desperdícios nas empresas, protegendo o meio ambiente e facilitando o desenvolvimento sustentável. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2ª edição. Brassard, M. (1985). Qualidade -Ferramentas para uma melhoria contínua. São Paulo, Quality Mark. Campos, V. F. (1991). Qualidade total- padronização em empresas. Belo Horizonte, Fundação Christiano Ottoni, Universidade Federal de Minas Gerais. Campos, V. F. (1992). TQC controle da qualidade total (no estilo japonês). Belo Horizonte, Fundação Christiano Ottoni, Universidade Federal de Minas Gerais. Carpinetti, L. C. R.; Miguel, P. A. C.; Gerolamo, M. C (2008). Gestão da Qualidade ISO 9001:2008. 2ª. ed. São Paulo: Editora Atlas. Costa, A. F. B.; Epprecht, E. K.; Carpinetti, L. C. R (2012). Controle estatístico de qualidade. 2 ed. São Paulo: Atlas. Ferreira, J. J. do A (2005). Modelos normalizados de sistemas de gestão. conceitos e certificação ISO 9001; ISO 14001 e TS 16949. In: Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 4ª. reimpressão. Filho, Geraldo Vieira (2003). Gestão da qualidade Total: uma abordagem prática. Alínea Editora, Campinas, SP. Harrington, H.J; Knight, A (2001). A implementação da ISO 14000: como atualizar o sistema de gestão ambiental com eficácia. São Paulo, Atlas. Osada, Takashi (1992). Housekeeping, 5S’s: seiri, seiton, seiso, seiketsu, shitsuke. São Paulo: Instituto IMAM. Polacinski et al (2012). Implantação dos 5Ss e proposição de um SGQ para uma indústria de erva-mate. Reis, Palmyra Farinazzo; Melhado, Silvio Burrattino (1998). Análise do impacto da implantação de sistemas de gestão da qualidade nos processos de produção 31 de pequenas e médias empresas de construção de edifícios. Congresso latinoamericano. Tecnologia e gestão na produção de edifícios - soluções para o terceiro milênio. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Depto. de Engenharia de Construção Civil . PCC-USP, São Paulo – Brasil. Silva, Alisson; Roratto, Lucas; Servat, Marcos E.; Dorneles, Leandro; Polacinski, Edio (2013). Gestão da qualidade: aplicação da ferramenta 5W2H como plano de ação para projeto de abertura de uma empresa. Horizontina. UDESC, Universidade do Estado de Santa Catarina (1996). 5S – Cartilha da qualidade. Editora da Udesc, Florianópolis. Zanella, Luis Carlos (2009). Programa de qualidade total para empresas de pequeno e médio porte: roteiro prático de implantação. Juruá Editora, Curitiba.