Buscar

Código de Ética profissional e documentações do psicólogo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Código de Ética pro�ssional e
documentações do psicólogo
Susy Rocha
Descrição
Os órgãos, instrumentos técnicos e políticos orientadores e reguladores da atuação do profissional da
Psicologia.
Propósito
A compreensão dos padrões de conduta é essencial para a formação de profissionais da Psicologia que
possam, além de ofertar práticas positivas para a sociedade, também fortalecer o reconhecimento social
dessa categoria profissional.
Objetivos
Módulo 1
Conduta ética na prática pro�ssional
Reconhecer a importância da conduta ética na prática profissional do psicólogo.
Módulo 2
Conselhos de Psicologia nas esferas Regionais e
Federal
Identificar as interlocuções inerentes aos Conselhos de Psicologia nas esferas Regionais e Federal, bem
como suas atribuições e funcionamento.
Módulo 3
Dilemas éticos na prática do pro�ssional
Analisar os diferentes dilemas éticos inseridos na prática do profissional da Psicologia e suas
implicações.
Módulo 4
Documentação
Identificar os documentos elaborados pelos profissionais da Psicologia.
Introdução
Como saber se estamos sendo éticos no exercício da nossa profissão? O que irá nortear a nossa prática?
Afinal, o que é a ética profissional? Um ponto essencial a ser esclarecido de antemão é que a ética diz
respeito aos conhecimentos que chegam até nós por meio da investigação do comportamento humano.
Na busca do exercício ético, as profissões contam com códigos que buscam estabelecer padrões de
conduta exemplares para determinada classe. No caso da Psicologia, mais que estabelecer um padrão
técnico de conduta, o Código de Ética do psicólogo é um importante instrumento político que visa atender
às necessidades da sociedade. Vale destacar que tendo em vista que a própria sociedade promove a
relevância das práticas psicológicas, ela permite ancorar e demarcar o espaço de atuação da Psicologia
como ciência e profissão. Portanto, neste conteúdo discutiremos a forma como se deu a construção do
Código de Ética da Psicologia no Brasil, assim como seu funcionamento ao orientar as práticas dessa
profissão.
Essa base inicial nos permitirá entender os instrumentos que pautam e orientam as práticas e
responsabilidades individuais e coletivas acerca das ações e suas consequências no exercício profissional
da Psicologia.

1 - Conduta ética na prática pro�ssional
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância da
conduta ética na prática pro�ssional do psicólogo.
Ética ou moral?
Neste momento vamos conhecer um pouco sobre a normatização da profissão e as principais
regulamentações da atuação do psicólogo. Vamos juntos descobrir o que a categoria profissional e a
sociedade esperam como ação e resposta de nós.
Com base na concepção de Chauí (1995), temos:
Ética
Significa a filosofia moral que possibilita a reflexão, a discussão, a problematização e a interpretação
do significado dos valores morais. Ela nos permite refletir sobre as normas e valores que orientam as
atitudes e comportamentos humanos.
Moral
Fala sobre a aplicação desses conhecimentos no dia a dia, que podem ser manifestados na profissão,
na empresa ou em situações mais abrangentes como os comportamentos que guiam a nossa
sociedade.
Com isso, você pode estar se perguntando: “Mas como o psicólogo se insere em toda essa dinâmica?
Afinal de contas, ele lida com a ética ou com a moral?”.
A resposta para essas perguntas é bem complexa, pois, em nossa prática profissional, nos diferentes
contextos em que nos encontrarmos, vamos nos deparar com sujeitos e instituições que preservam seus
valores, padrões e convicções (a moral), porém, nunca estaremos no papel de julgadores da moral, do que é
bem e mal, certo e errado, pois, na nossa prática, esse papel ético deve ser encarado pelo próprio indivíduo,
de forma reflexiva.
Não cabe ao psicólogo, portanto, determinar o que é certo e errado, ou o que pode e não pode ser feito.
A ética, portanto, se constitui na reflexão crítica sobre a moral. Isso pressupõe
pensar a respeito do que se faz, bem como repensar os costumes, as normas e as
regras vigentes na sociedade, mas sem imposições unilaterais.
A Psicologia, então, deve superar essas dicotomias e avançar na investigação do sentido e do significado
desses padrões (em outras palavras, a ética), mas não determiná-los, priorizando a integridade e o respeito
pelo humano. Com isso, por mais que esteja atravessada pela moral, a Psicologia trará consigo uma atitude
ética e respeitosa.
E o que é ética na profissão?

A ética profissional pode ser entendida como uma codificação, ou seja, é elencado
um conjunto de regras e atividades que norteiam as práticas profissionais.
Esse instrumento é comumente nomeado de Código de Ética profissional e visa organizar e regulamentar
os padrões sociais e técnicos de determinada categoria de especialistas. Dessa forma, o trabalho técnico e
social do psicólogo deve estar baseado nas normas e modos de conduta estabelecidas no Código de Ética
da profissão.
A ética no Código de Ética
O Código de Ética do psicólogo está em sua terceira reformulação e foi instituído em 2005 pela Resolução
do Conselho Federal de Psicologia (CFP) nº 010/2005. Ele foi elaborado de forma colaborativa por meio de
um amplo processo de construção coletiva e democrática que retratava a época social vivida pelo país, na
qual a história da Psicologia se modificava de acordo com as mudanças sociais da nação.
Basicamente, esse novo Código de Ética do psicólogo traz como discussão dois pontos fundamentais na
atuação profissional:
Os limites colocados à ação do profissional em sua relação com o usuário, para que a atividade
profissional seja realizada sem causar prejuízos nem ao psicólogo nem ao usuário do serviço psicológico.
A representatividade acerca do significado e reconhecimento social da profissão, além da orientação sobre
a intervenção da Psicologia na sociedade.
Sendo assim, o Código de Ética leva o psicólogo a refletir sobre as suas responsabilidades, não apenas em
suas práticas de trabalho individuais, mas também em suas responsabilidades para com o
desenvolvimento e o estabelecimento da profissão.
Os princípios fundamentais do Código de
Ética do psicólogo
É necessário que a atuação do psicólogo seja embasada em sete princípios fundamentais descritos no
Código de Ética profissional e que são transversais às atividades descritas como de sua responsabilidade
(CFP, 2005, p.7):
I.
“O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade,
da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II.
O i ól t b lh á i d úd lid d d id d d
O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das
coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
III.
O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a
realidade política, econômica, social e cultural.
IV.
O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional,
contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento
e de prática.
V.
O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às
informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da
profissão.
VI.
O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando
situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
Pautadas nesses princípios são descritas mais de 70 condutas que norteiam o profissional no exercício da
profissão. Mas embora o Código de Ética seja bem claro e explicativo em suas orientações, é comum,
muitas vezes, os profissionais se depararem com situações que os fazem refletir sobre sua prática em
contraposição com o que está normatizado no Código.
Saiba mais
Vale ressaltarque o Código de Ética tem como princípio geral se instituir como um instrumento de reflexão
que visa nortear e não estabelecer condutas entre os psicólogos e suas relações com a ciência, a
sociedade e a profissão.
O que fazer? Como fazer? Qual o meu papel na sociedade como profissional da Psicologia?
Todos esses questionamentos nos permitem construir a Psicologia ciência e profissão, e o Código de Ética
deve estar alinhado com as mudanças e necessidades sociais.
Portanto, cabe a todo psicólogo conhecer, além do Código de Ética, também as resoluções, leis e decretos,
ou seja, toda a legislação da profissão, verificando se essa cumpre seu papel político e social, pois esses
documentos devem garantir que as práticas estejam adequadas aos valores da sociedade e pautadas no
respeito aos direitos fundamentais do ser humano.
Baseadas no Código de Ética da profissão, todas as resoluções, notas técnicas, cartilhas e demais
documentos elaborados pelo CFP abordam contextos específicos da atuação do psicólogo.
Dica
VII.
O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos
dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e
em consonância com os demais princípios deste Código.”
É importante que os profissionais estejam sempre atualizados em relação à variedade de documentos, pois
eles são modificados constantemente, reafirmando o caráter dinâmico, colaborativo e transformador da
Psicologia como profissão.
A Psicologia visa atender às necessidades sociais e políticas, o que demonstra a sensibilidade dos
sistemas de Conselho (Federais e Regionais) às demandas da categoria e da sociedade. Dentre essas
documentações podemos exemplificar:
Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) na atenção básica à saúde.
Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) na rede de proteção às crianças e adolescentes em
situação de violência sexual.
Nota técnica sobre a Resolução nº 1, de 22 de março de 1999, que estabelece normas de atuação para os
psicólogos em relação à questão de orientação sexual.
Nota orientativa sobre ensino da avaliação psicológica em modalidade remota no contexto da pandemia
da covid-19 17/11/2020.
Cartilha de boas práticas para avaliação psicológica em contextos de pandemia.
Ao analisarmos os exemplos anteriores, podemos verificar o sistema ético proposto, no qual se preconiza
uma atuação profissional engajada social e politicamente no mundo, e não um profissional a serviço
exclusivo do indivíduo.
Embora o Código seja o pilar que norteia a atuação profissional, muitos psicólogos nem sempre cumprem
suas orientações, assim como ocorre em todos os campos de atuação profissional.
Comentário
Os comportamentos questionáveis desses colegas acabam por fazê-los utilizar os conhecimentos
proporcionados pela Psicologia para benefício próprio em detrimento do bem-estar social.
São inúmeras as denúncias de situações antiéticas registradas e vivenciadas, tais como atitudes de
desrespeito e desconfiança aos pares e à sociedade, o que acaba por desmerecer a atuação profissional de
psicólogos e enfraquecer a classe de um modo geral.
A responsabilidade social do psicólogo, sua
atuação pro�ssional e relação com o Código

de Ética
A especialista Susy Rocha reflete a seguir sobre o papel do psicólogo em atender às necessidades sociais
e políticas no Brasil e no mundo, relacionando documentações do CFP com o Código de Ética do psicólogo.
Vamos lá!
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Aprendemos que ética se constitui na reflexão crítica sobre a moral, o que nos leva a pensar a respeito
do que se faz e a repensar os costumes. Ainda refletindo sobre o conceito de ética, marque a
alternativa correta:
A
A ética e a moral orientam os comportamentos humanos tanto a partir da reflexão
sobre as normas quanto na aplicação desses conhecimentos no dia a dia da profissão.
B
Ética é um conjunto de regras imutáveis que devem ser seguidas para se manter um
bom relacionamento social.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A ética se constitui na reflexão crítica, o que pressupõe pensar a respeito do que se faz, bem como
repensar os costumes, as normas e as regras vigentes na sociedade, porém, sem imposições
unilaterais, pensando no benefício individual sem ferir os costumes e as condutas sociais.
Questão 2
O Código de Ética é um instrumento no qual é listado um conjunto de regras e atividades que norteiam
as práticas profissionais. Sobre a função do Código de Ética do psicólogo podemos afirmar que:
C
Ao pensarmos em ética, podemos dizer que ela vai de encontro ao benefício próprio,
pois é pautada no benefício social.
D
É o conjunto de princípios de uma sociedade que visa manter os padrões e as
tradições.
E
Trata exclusivamente da reflexão sobre os deveres das pessoas contidos nos códigos
específicos dos grupos sociais e profissionais.
A
O Código de Ética tem como função ditar os comportamentos e atuações dos
profissionais de Psicologia de modo que todos possam atuar da mesma forma.
B
É o único instrumento que regulamenta os padrões a serem seguidos pelos
profissionais da categoria.
C
Se caracteriza como uma orientação que não precisa ser cumprida, pois ele apenas
norteia, portanto, o profissional deve usar da sua moral e bom senso para direcionar
sua atuação.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O Código de Ética tem como princípio geral se instituir como um instrumento de reflexão que visa
nortear, e não estabelecer, condutas entre os psicólogos e suas relações com a ciência, sociedade e
profissão. Além do Código, outros documentos como as resoluções, as notas técnicas e as cartilhas
são orientativos e regulamentam as ações dos psicólogos.
2 - Conselhos de Psicologia nas esferas
Regionais e Federal
D
É um instrumento de reflexão que visa nortear de forma dialógica as condutas entre os
psicólogos e suas relações com a ciência, sociedade e profissão, de modo geral.
E
O Código de Ética se baseia em orientar a atuação do profissional. É um documento
técnico que não deve sofrer influências políticas e sociais para que a categoria não
perca seu foco.

Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as interlocuções
inerentes aos Conselhos de Psicologia nas esferas Regionais e Federal,
bem como suas atribuições e funcionamento.
Atuações do Conselho Regional e Conselho
Federal de Psicologia
Você sabe quando foi regulamentada a profissão de psicólogo no Brasil?
Falamos sobre os Conselhos de Psicologia. Você sabe qual a função deles?
1962
A profissão de psicólogo foi regulamentada pela Lei nº 4.119, em 27 de agosto de 1962
(BRASIL, 1962), razão pela qual o seu dia é comemorado nessa data anualmente.
1971
No entanto, somente nove anos mais tarde é que foram criados e regulamentados o
Conselho Federal Psicologia (CFP) e seus Conselhos Regionais, oficializados pela Lei Federal
nº 5.766 (BRASIL, 1971).
1977
Mais tarde, com o Decreto nº 9.822, de 17 de junho de 1977 (BRASIL, 1977) que regulamenta
a Lei nº 5.766, ficaram, por fim, determinadas as finalidades do Conselho Federal de
Psicologia.
Os Conselhos Regionais e o Federal são autarquias, ou seja, realizam funções
que lhes são atribuídas pelo Estado brasileiro. Eles se destinam a orientar,
disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de psicólogo, e realizam, entre
outras atividades, as funções de expedir resoluções necessárias ao
cumprimento das leis em vigor, de funcionar como tribunal superior de ética
profissional e de zelar pelo exercício da profissão, orientando, disciplinando e
fiscalizando.
(BRASIL, 1971)
Autarquias
Entidades que cumprem a função de administrar e fiscalizar as atividades de uma classe profissional que
precisa de regulamentação para exercer as atribuições que lhe competem.
Dessa forma, os Conselhos funcionam como um tipo de mediação entre a Psicologia e a sociedade. Nesse
contexto, mais adiante, discutiremoscada uma de suas atribuições, trazendo para a prática e
contextualizando com a atuação profissional do psicólogo.
Atenção!
Os Conselhos orientam a profissão por meio das resoluções, do Código de Ética profissional e do Código
de Processamento Disciplinar, definindo parâmetros para a atuação profissional do psicólogo.
Como forma de gerenciar o funcionamento do Sistema Conselhos de Psicologia, foram criadas
determinadas instâncias deliberativas em âmbito nacional e regional. Veja:
Nessa esfera, podemos citar o Congresso Nacional da Psicologia (CNP), que é realizado a cada três
anos e nos períodos de eleições. Em continuidade, semestralmente são realizadas a Assembleia de
Políticas, da Administração e das Finanças (APAF), com a presença de representantes de todos os
Conselhos Regionais e Federal, o Plenário e a Diretoria do CFP.
Esfera Nacional 
Nas esferas regionais, o Congresso Regional de Psicologia (COREP) é realizado a cada três anos,
enquanto as Assembleias Gerais são convocadas pelo menos uma vez a cada ano. Vale lembrar
que o Plenário é restrito ao âmbito da jurisdição do Regional. O planejamento das atividades do CFP
e dos Conselhos Regionais é feito com base nas discussões e decisões do Congresso Nacional de
Psicologia, quando são aprovadas diretrizes sobre a estrutura funcional dos Conselhos, bem como
os princípios que deverão nortear seus trabalhos.
Os Conselhos Regional e Federal de Psicologia são os agentes que regem a orientação, fiscalização e
legislação da atuação profissional dos psicólogos. Dessa forma, cabe a eles sancionar, defender e informar
as ações práticas da profissão de maneira ética e moral, pautadas na legitimação e nas comprovações
científicas. Os Conselhos, juntamente com as instituições acadêmicas, exercem um diálogo contínuo
acerca do processo de formação de psicólogos e do exercício profissional.
Saiba mais
As atividades do CRP são garantidas pelo trabalho de funcionários e conselheiros eleitos, em número
proporcional ao de psicólogos inscritos no Conselho, para mandatos de três anos. A chapa eleita é
responsável pelas decisões políticas voltadas para a efetivação do Plano de Trabalho da Gestão.
Como você pôde observar até aqui, os Conselhos atuam ativamente na orientação, disciplina e fiscalização
do profissional da Psicologia. Vale ressaltar que essa relação entre eles e as instituições tem o objetivo de
promover enlaces e o máximo alcance no aproveitamento dos espaços para pesquisas, esclarecimentos
acerca da inserção do profissional no mercado de trabalho, fomentar a elaboração de estratégias e metas,
identificar os meios e os recursos para a inserção do psicólogo na comunidade, bem como esclarecer a
população e os profissionais de Psicologia sobre o papel, importância e funcionalidade de se ter psicólogos
inseridos nos mais diversos contextos sociais.
Atendimento psicológico.
Esfera Regional 
Conselho Federal de Psicologia (CFP)
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é uma autarquia de direito público, com autonomia administrativa e
financeira, cujos objetivos, além de regulamentar, orientar e fiscalizar o exercício profissional, são pautados
em promover espaços de discussão sobre os grandes temas da Psicologia que levem à qualificação dos
serviços profissionais prestados por essa categoria à sociedade. Órgão central do Sistema Conselhos, o
CFP tem sede e foro no Distrito Federal e jurisdição em todo o território nacional.
É importante discutirmos acerca das principais atribuições do Conselho Federal de Psicologia e, para tais
fins, o esquema a seguir, baseado na Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971, esquematiza suas
atribuições e práticas fundamentais previstas por lei:
Elaborar seu regimento e aprovar os regimentos organizados pelos Conselhos Regionais.
Orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Psicólogo.
Expedir as resoluções necessárias ao cumprimento das leis em vigor e das que venham a modificar as
atribuições e competência dos profissionais de Psicologia.
Definir nos termos legais o limite de competência do exercício profissional, conforme os cursos
realizados ou provas de especialização prestadas em escolas ou institutos profissionais reconhecidos.
Elaborar e aprovar o Código de Ética profissional do psicólogo.
Funcionar como tribunal superior de ética profissional.
Servir de órgão consultivo em matéria de Psicologia.
Julgar em última instância os recursos das deliberações dos Conselhos Regionais.
Publicar, anualmente, o relatório de seus trabalhos e a relação de todos os psicólogos registrados.
Expedir resoluções e instruções necessárias ao bom funcionamento do Conselho Federal e dos
Conselhos Regionais, inclusive no que tange ao procedimento eleitoral respectivo.
Aprovar as anuidades e demais contribuições a serem pagas pelos psicólogos.
Fixar a composição dos Conselhos Regionais, organizando-os à sua semelhança e promovendo a
instalação de tantos Conselhos quantos forem julgados necessários, determinando suas sedes e zonas
de jurisdição.
Propor ao Poder competente alterações da legislação relativa ao exercício da profissão de psicólogo.
Promover a intervenção nos Conselhos Regionais, na hipótese de sua insolvência.
Dentro dos prazos regimentais, elaborar a proposta orçamentária anual a ser apreciada pela Assembleia
dos Delegados Regionais, fixar os critérios para a elaboração das propostas orçamentárias regionais e
aprovar os orçamentos dos Conselhos Regionais.
Elaborar a prestação de contas e encaminhá-la ao Tribunal de Contas.
Dentre as atribuições do CFP encontram-se a elaboração de regimentos voltados aos Conselhos Regionais,
supervisionando sua atuação em nível territorial. Outra função importante diz respeito à orientação,
disciplina e fiscalização do exercício profissional dos psicólogos quanto ao Código de Ética e prática
profissional.
Dentro do CFP, temos a Comissão de Orientação e Ética e a Comissão de Orientação e Fiscalização. Vamos
ver qual a função de cada uma delas:
Comissão de Orientação e Ética (COE)
Na fiscalização do exercício profissional, a Comissão de Orientação e Ética (COE) tem como
responsabilidade instruir os novos profissionais a como agirem administrativamente em relação à prática
profissional e o que se tem previsto pela categoria no Código de Ética.
Comissão de Orientação e Fiscalização (COF)
Existe também a Comissão de Orientação e Fiscalização (COF), que recebe denúncias de usuários da
Psicologia sobre práticas inapropriadas e afins que podem abrir processos devido a condutas profissionais
inadequadas.
Os Conselhos fiscalizam conforme o Código de Ética da profissão e de acordo com diversas resoluções
que complementam e definem parâmetros para as práticas dos psicólogos. Como já estudamos, tais
resoluções são fruto de demandas e debates que ocorrem na sociedade, levados à discussão pela
categoria e seu exercício profissional. As diversas demandas e assuntos do momento passam a ser
sistematizados e, ao chegarem, por fim, ao CFP, podem se tornar resoluções.
Conselho Regional de Psicologia (CRP)
O Conselho Regional de Psicologia é uma autarquia de direito público com a finalidade de orientar,
disciplinar, fiscalizar e regulamentar o exercício da profissão de psicólogo em âmbito regional. Entre suas
atribuições estão o zelo pela fiel observância dos princípios éticos e a contribuição para o desenvolvimento
da Psicologia como ciência e profissão.
Saiba mais
Os Conselhos devem atuar na complexidade e totalidade da atuação da categoria. Desse modo, é de suma
importância que eles, as instituições acadêmicas e, especialmente, os profissionais independentes,
possam firmar uma ação conjunta e progressiva para o aperfeiçoamento da profissão, bem como estimular
e tornar o profissional de Psicologia um agente propenso à mudança e à inovação, e não apenas um
propagador de conhecimentos técnicos e científicos.
Portanto, os Conselhos devem participar ativamente nas lutas sociais da categoria, de modo queé de
suma importância que se tenha uma inserção ética da profissão e que se comprometa com o
aperfeiçoamento desses profissionais, docentes, privados ou liberais, com as instituições que ofertam os
cursos de graduação, e com melhores condições de trabalho e remuneração.
Os Conselhos devem estar atentos para a integração dialética entre estudante,
docente e profissional, bem como para a integração entre ciência, técnica e arte ou
conhecimento, pesquisa e aplicação, para que se possa desenvolver a Psicologia
em todas as suas vertentes.
Vejamos agora o papel dos Conselhos Federal e Regional. Para isso, devemos pautar a atuação dos
Conselhos em quatro vertentes: a política, a de regulamentação, a de orientaçãoefiscalização e a de
formaçãoe aperfeiçoamento do psicólogo.
Ressalta-se também a vertente que trata da relação entre Política e Psicologia, bem como o papel político
da Psicologia e como ela se depara com as questões psicossociais, dissociando-se do papel social do
psicólogo, cujo objetivo trata da promoção de saúde e bem-estar dos sujeitos e da comunidade.
Vamos ver como cada uma das quatro vertentes atua. Acompanhe a seguir:
No que que diz respeito à vertente política, os Conselhos devem engajar, articular e promover
discussões sobre o desenvolvimento de uma consciência ética da profissão, bem como serem os
principais responsáveis por zelar pela ética na atuação do psicólogo. Eles devem também promover
o estabelecimento de vínculos e parcerias com os órgãos do Poder Legislativo. Essa aproximação
com as jurisdições propiciará algumas conquistas para a categoria profissional, além dos acessos
aos âmbitos educacionais, do trabalho e da saúde. Ela também promoverá a implementação de
programas e ações sociais apropriadamente embasados, respaldados tanto pela categoria quanto
pela ciência psicológica. Por esse motivo, o psicólogo deve assumir o seu papel como um agente
Vertente política 
transformador da realidade. Para isso, é fundamental que o processo de formação desse futuro
profissional seja comprometido com o dever ético.
Ao entramos na vertente da regulamentação vamos tratar do Conselho como agente legislador
sobre o exercício da profissão e como garantidor do cumprimento dessa legislação. Em outras
palavras, esse é o órgão responsável pelo processo de se fazer cumprir a lei e o Código de Ética,
visto que a principal finalidade dessa vertente é de regulamentar a organização, bem como de
estabelecer um quadro profissional acessível e relevante.
A vertente de orientação e fiscalização corresponde às principais atribuições dos Conselhos, de
modo que as funções de orientação e fiscalização sejam inseparáveis. Recomenda-se a função de
orientação por uma questão preventiva e elucidativa, além de conseguir estabelecer um parâmetro
sobre o que se trata a Psicologia, promovendo esclarecimentos sobre esse campo. Como já
mencionado, grande parte da classe profissional dos psicólogos desconhece e/ou não compreende
as prerrogativas necessárias de seus órgãos legisladores.
A vertente da formação e aperfeiçoamento do psicólogo deve ser priorizada, pois não se pode
separar a formação do exercício profissional. Ambos dependem um do outro e, se os Conselhos não
se preocuparem com a orientação e a supervisão da formação do futuro psicólogo, basicamente se
esquivarão de seu compromisso ético, reforçando uma ideia dicotomizada, antiquada e
contraditória da Psicologia. Diante disso, deve-se acompanhar a formação e a iniciação profissional
do psicólogo, bem como a abertura e o fechamento de cursos de graduação nessa área.
De acordo com os encaminhamentos do Congresso Nacional Constituinte da Psicologia, as ações do
Conselho deveriam se pautar em alguns direcionamentos. São eles:
Assim, fica evidente que é da competência dos Conselhos de Psicologia conduzir e averiguar as atividades
desenvolvidas e relacionadas à difusão da prática profissional privativa do psicólogo.Compromisso social da Psicologia no âmbito da transformação da realidade nacional;
Vertente da regulamentação 
Vertente de orientação e fiscalização 
Vertente da formação e aperfeiçoamento do psicólogo 
Compromisso científico do psicólogo, com vistas à produção e disseminação do conhecimento;
Compromisso com a interdisciplinaridade em relação à integração e articulação dos valores e
conhecimentos da Psicologia com as demais áreas;
Compromisso com a qualificação dos responsáveis pela formação de novos profissionais;
O entendimento de que a formação do psicólogo deve ser consistente e abrangente;
Compromisso com uma formação que envolva um posicionamento ético e político, inserindo o
profissional nas discussões sociais, no âmbito da organização da categoria e de uma postura de
cidadania;
A ideia de que o processo de formação deve ser o de construção do conhecimento e de atitude científica,
aqui entendida a partir de uma ampliação do próprio conceito de ciência;
A ênfase numa formação generalista, que contemple a interdisciplinaridade, as demandas e relações
sociais e a diversidade da atuação profissional;
Assim, fica evidente que é da competência dos Conselhos de Psicologia conduzir e averiguar as atividades
desenvolvidas e relacionadas à difusão da prática profissional privativa do psicólogo.
Exemplo
Esse é o caso dos métodos e técnicas psicológicas, incluindo os cursos de formação, treinamentos ou
especialização na área da Psicologia, sejam eles organizados e ministrados por profissionais liberais
(pessoas físicas) ou por meio de pessoas jurídicas (instituições, clínicas, institutos, núcleos, centros de
estudos ou outros). Também se enquadram nessa lista os cursos que se ocupam de técnicas psicológicas
(em especial os que lidam com testes projetivos, de personalidade etc.).
O principal contexto do qual os Conselhos devem se encarregar é o de promover a integração entre a
práxis, a formação do psicólogo e a pesquisa, seja ela acadêmica ou científica.
Os direcionamentos que pautam as ações
dos conselhos

A especialista Susy Rocha aborda a seguir os diversos direcionamentos que pautam as ações dos
conselhos. Vamos lá!
Fiscalizações e penalidades
Agora que você chegou até aqui, com certeza já conhece um pouco mais sobre a atuação dos Conselhos e
sua territorialização, entende seus objetivos, atribuições e como atuam nas localidades em âmbito Federal
e Regional. Contudo, é possível que você esteja neste momento se perguntando: “Caso o profissional
infrinja alguma conduta ética ou não siga as resoluções estabelecidas pelo CFP, o que pode acontecer
com ele?”. Ou então: “Caso o cidadão se sinta lesado pela atuação profissional de psicólogos, ele pode
encaminhar denúncias? Como se faz isso?”.
Resposta
Qualquer cidadão pode fazer uma queixa aos Conselhos pelo site e pelos telefones disponíveis, inclusive de
forma anônima. Todas as denúncias prestadas são passiveis de punições, sejam elas faltas disciplinares e
infrações ao Código de Ética profissional do psicólogo ou a quaisquer resoluções, e podem ser apuradas
em todo o âmbito nacional.
O CFP se encarrega dos julgamentos de processos éticos e todas as representações devem ser
repassadas primeiramente ao CRP. Para a realização de uma denúncia, essa representação segue o art. 59
do Código de Processamento Disciplinar e será processada pelo presidente do respectivo Conselho
mediante documento escrito e assinado.
Quais são as informações que devem constar nessa representação? Veja:
Nome e quali�cação do representante.
Agora que você já conhece como ocorre a representação de um processo disciplinar ético, saiba que os
procedimentos posteriores tomam como base a Resolução 11/2019 do CFP, por meio da qual, em seguida,
ocorrerá a apuração dos fatos pelo Conselho Regional de Psicologia. A partir dos dados obtidos, o
processo disciplinar ético poderá ser arquivado ou instaurado.
Vale lembrar que todo conteúdo do processo deverá possuir um carácter sigiloso,
permitindo o acesso aos autos apenas às partes e respectivosprocuradores.
Observação: A Resolução 11/2019 revoga a Resolução CFP nº 006/2007, bem como todas as demais
disposições em contrário.
São exemplos de processos éticos:
Procedimento ético-disciplinar; recurso de processo administrativo; irregularidade em avaliação
psicológica, dentre outras posturas inadequadas do profissional da Psicologia; conivência com
violação de direitos humanos; divulgação profissional indevida; queixa contra mau atendimento;
ofensa do psicólogo ao paciente durante atendimento; maus-tratos a crianças e a adolescentes;
facilitação do exercício ilegal da profissão; perturbação da ordem no local de trabalho, causando
prejuízo a terceiros; associação da prática psicológica à religiosidade; falsificação de documentos;
Nome e quali�cação do representado.
Descrição circunstanciada do fato.
Indicação dos meios de prova de que pretende o representante se valer para
provar o alegado.
facilitação de aplicação de testes psicológicos por não psicólogos; clínicas com irregularidades na
prestação de serviços de Psicologia.
(ZAIA, 2018, p. 14)
Agora que já conhece os principais processos éticos, você deve estar se perguntando: “E quanto às
penalidades? Quais são elas?”. Conforme o art. 21 do Código de Ética profissional do psicólogo, são
passíveis de cinco opções. São elas: advertência, multa, censura pública, suspensão do exercício
profissional por até 30 (trinta) dias e até mesmo a cassação do exercício profissional.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Os Conselhos Regional e Federal de Psicologia são os agentes que regem a orientação, fiscalização e
legislação da atuação profissional dos psicólogos. Com base nessa informação, analise as
proposições acerca da atuação dos Conselhos e assinale a alternativa correta.
A
Cabe somente ao CFP orientar e disciplinar o exercício da profissão, e ao CRP a
fiscalização dos princípios éticos.
B
A função dos CRPs é de orientar, supervisionar e disciplinar o exercício da profissão de
psicólogo em todo o território nacional.
C
Os Conselhos devem auxiliar o Poder Legislativo a sancionar, defender e informar as
ações práticas da profissão de forma ética e moral pautadas na legitimação e em
comprovações científicas.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Todos os Conselhos, tanto o Federal quanto os Regionais, devem orientar, disciplinar e fiscalizar o
exercício da profissão, porém, cabe ao Federal supervisionar e disciplinar o exercício em âmbito
nacional. É necessário que os Conselhos criem ligações com as instâncias governamentais com a
finalidade de propiciar melhores esclarecimentos acerca da inserção do profissional de Psicologia nas
áreas da saúde, educação e trabalho. Sendo assim, o CFP promove encontro e espaços para que sejam
discutidos temas ligados à Psicologia em benefício da qualificação, desenvolvimento e atuação das
práticas psicológicas.
Questão 2
Quanto ao papel dos Conselhos, vimos quatro vertentes que norteiam sua atuação. São elas: a
vertente política, a vertente de regulamentação, a vertente de orientação e fiscalização e a vertente de
formação e aperfeiçoamento do psicólogo. Sobre elas, assinale a alternativa correta:
D
O CFP tem o objetivo de regulamentar, orientar e fiscalizar o exercício profissional, além
de promover espaços de discussão sobre os grandes temas da Psicologia que levem à
qualificação dos serviços profissionais prestados pela categoria à sociedade.
E
É dever somente dos CRPs promover espaços de discussão sobre os grandes temas da
Psicologia que levem à qualificação dos serviços profissionais prestados pela categoria
à sociedade.
A
A vertente de orientação e fiscalização se refere ao regimento das questões
psicossociais, dissociando-se do papel social do psicólogo, que se caracteriza pela
promoção da saúde e do bem-estar dos sujeitos e da comunidade.
B
Cabe à vertente da regulamentação, ao se vincular à orientação e à supervisão da
formação do psicólogo, apenas realizar o acompanhamento do exercício da profissão.
C
A vertente da regulamentação refere-se ao agente legislador sobre o exercício da
profissão, ou seja, ao processo de se fazer cumprir a lei e o Código de Ética, visto que a
Parabéns! A alternativa C está correta.
A vertente política se refere à relação entre política e Psicologia, ao papel político da Psicologia e como
ela se depara com as questões psicossociais. Essa vertente também diz respeito à aproximação da
Psicologia das jurisdições públicas para que ela tenha acesso aos âmbitos educacionais, de trabalho e
de saúde para implementar programas e ações sociais. Cabe à vertente de formação e
aperfeiçoamento manter a conexão entre a formação e o exercício profissional. Diante disso, deve-se
acompanhar a formação e a iniciação profissional, bem como a abertura e o fechamento de cursos de
graduação nessa área. A vertente de orientação e fiscalização corresponde às principais atribuições
dos Conselhos, de modo que as funções de orientação e fiscalização são inseparáveis. Recomenda-se
favorecer o papel de orientação por uma questão preventiva e elucidativa.
finalidade dessa vertente é normalizar a organização, bem como estabelecer um
quadro profissional acessível e relevante.
D
A vertente política está, por sua vez, associada às questões políticas envolvidas no
acompanhamento da formação e da iniciação profissional, bem como da abertura e do
fechamento de cursos de graduação em todo o território brasileiro.
E
Segundo as vertentes, os Conselhos não devem estabelecer vínculos com os órgãos
públicos e nem aproximação com as jurisdições devido aos retrocessos que isso pode
trazer para a categoria profissional, além de promover barreiras aos âmbitos
educacionais, do trabalho e da saúde.

3 - Dilemas éticos na prática do pro�ssional
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os diferentes dilemas
éticos inseridos na prática do pro�ssional da Psicologia e suas
implicações.
Situações éticas críticas na prática do
psicólogo
Agora que entendemos sobre o Código de Ética do psicólogo e como se dá todo o processo de fiscalização
pelos Conselhos, vamos abordar alguns dilemas éticos inerentes à prática do profissional da Psicologia.
Discutiremos algumas situações pelas quais nenhum psicólogo está isento de passar.
Como saber se estamos sendo éticos dentro da nossa profissão?
O que irá nortear nossa prática?
Afinal, o que é a ética profissional?
O Código de Ética do profissional de Psicologia visa estabelecer padrões esperados em relação às práticas
referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procurando fomentar a autorreflexão
exigida de cada indivíduo acerca da sua prática profissional, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e
coletivamente, por ações e suas consequências no exercício profissional.
No Código, você encontrará os deveres fundamentais do psicólogo; as orientações daquilo que nos cabe no
coletivo e no individual; bem como a recomendação de que devemos manter a postura da Psicologia como
ciência e profissão.
Saiba mais
No Código, você encontrará os deveres fundamentais do psicólogo; as orientações daquilo que nos cabe no
coletivo e no individual; bem como a recomendação de que devemos manter a postura da Psicologia como
ciência e profissão.
Você sabia que grande parte das faltas e denúncias éticas que a nossa classe recebe é por simplesmente
não seguir o Código de Ética?
É curioso notar que a maior frequência de denúncias se refira à inobservância dele pelos próprios
psicólogos, o que nos remete a uma pergunta: será que o que falta é o conhecimento do Código de Ética ou
o problema é que não existe uma interpretação adequada dele, encarando-o como uma lista normativa
obrigatória de conduta e não como um meio reflexivo no cotidiano do exercício da nossa profissão e do
cuidado com o outro?
Ao fazermos esse questionamento, precisamos entender que o Código não serve somente para nos dar
respaldo, mas tambémpara fomentar reflexões sobre uma Psicologia engajada, ética, plural e
acolhedora. Assim, juntos podemos contribuir para uma reflexão sobre a qualidade da prática
profissional do psicólogo a partir do Código de Ética.
Princípios fundamentais e
responsabilidades gerais do psicólogo
Para uma melhor compreensão, vale destacar alguns pontos que norteiam fortemente o nosso cotidiano
profissional dentro do Código de Ética do psicólogo. Veja:
Todos esses pontos foram retirados do Código de Ética profissional do psicólogo (2005). Não tem sentido
apresentarmos o Código aqui na íntegra, com todos os seus artigos, princípios ou parágrafos. No entanto,
achamos pertinente destacar alguns pontos básicos dele que passarão a ser usados como fundamentos
na discussão de dilemas éticos que serão apresentados a seguir.
Na prática da Psicologia (seja na clínica, nas empresas, na justiça etc.), podemos nos deparar com
questões e dilemas éticos relacionados ao sigilo profissional, às técnicas e instrumentos psicológicos,
aos documentos psicológicos, à relação profissional e ao vínculo, e às convicções filosóficas e morais.
Nesses momentos, é importante termos respaldo de como agir e por que agir, de forma que nossa
atuação seja respeitosa, assertiva e íntegra.
Todos esses pontos foram retirados do Código de Ética profissional do psicólogo (2005). Não tem sentido
apresentarmos o Código aqui na íntegra, com todos os seus artigos, princípios ou parágrafos. No entanto,
achamos pertinente destacar alguns pontos básicos dele que passarão a ser usados como fundamentos
na discussão de dilemas éticos que serão apresentados a seguir.
Destacamos, como um dos princípios fundamentais que aparecem no Código de Ética o de número 1, que
ressalta que o psicólogo baseará o seu trabalho no respeito à dignidade e à integridade do ser humano.
Nesse princípio, fica claro o compromisso do profissional de Psicologia com os valores relativos aos
direitos humanos, que devem permear de forma contínua e consistente a prática profissional.
Deveres e interdições
O art. 1º do Código destaca os deveres fundamentais dos psicólogos, dos quais podemos ressaltar:
Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e
apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos
e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética
e na legislação profissional.
(CFP, 2005, p. 8)
Nesse ponto fica evidente o compromisso que devemos assumir com a excelência e a qualidade dos
serviços ofertados.
O psicólogo precisa cuidar tanto da validade técnico-científica do seu trabalho
como das condições em que oferece os seus serviços.
Nesse mesmo artigo aparecem outros deveres, como o de que devemos também zelar para que o exercício
profissional seja efetuado com a máxima dignidade, recusando e denunciando situações em que o
indivíduo esteja correndo risco ou que o exercício profissional esteja sendo vilipendiado (CFP, 2005).
Já o art. 2º destaca aquilo que é vedado ao psicólogo, do qual ressaltamos os seguintes pontos:
Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de
suas funções profissionais.
(CFP, 2005, p. 9)
Dessa forma, todo psicólogo deve se manter distante de qualquer movimento que procure determinar a
ideologia, filosofia ou doutrina que deve ser seguida por um grupo num momento determinado. Não cabe
ao profissional de Psicologia esse tipo de determinação e ele sempre deve realizar a sua prática de forma
neutra e objetiva no que diz respeito a essas definições.
Nesse mesmo artigo encontramos que é vedado interferir na validade e fidedignidade dos resultados de
instrumentos e técnicas psicológicas, assim como fazer declarações falsas e dar atestado sem a devida
fundamentação técnico-científica (CFP, 2005).
O psicólogo deve se ater ao uso de técnicas com comprovação científica e
apresentar os resultados de forma objetiva sempre de acordo com o que foi
observado empiricamente, seguindo os princípios éticos e científicos no seu
trabalho.
Também é proibido estabelecer, com a pessoa atendida, relacionamentos pessoais que possam interferir
negativamente nos objetivos do atendimento.
Sigilo pro�ssional
Sobre o sigilo profissional, temos:
Art. 6º
É expresso que o psicólogo garantirá o caráter confidencial das informações que vier a receber em razão de
seu trabalho, bem como do material psicológico produzido.
Art. 9º
É considerada a importância do sigilo, pois ele protegerá o atendido em tudo aquilo que o psicólogo ouve,
vê ou tenha conhecimento como decorrência do exercício da atividade profissional.
Já no art. 10 é explicitado, como condição especial em relação à quebra do sigilo profissional:
Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do
disposto no art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código,
excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela
quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo. Parágrafo
único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o
psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente
necessárias.
(CFP, 2005, p. 13)
Vemos, assim, que o sigilo é muito importante na prática profissional do psicólogo, não apenas no setting
psicoterápico, mas também em outros contextos, como em empresas, escolas, hospitais e outros. No
entanto, o sigilo pode ser quebrado em casos em que fique comprovada que a integridade física dos
envolvidos – paciente ou cliente e terceiros – pode correr perigo.
No que diz respeito a denúncias em que as relações do psicólogo com instituições é o foco central,
observa-se infrações diretamente ligadas aos casos em que o atendimento for realizado por psicólogo
vinculado a trabalho multiprofissional numa clínica, empresa ou instituição ou a pedido de outrem,
conforme podemos observar no art. 12.
Saiba mais
Nesses casos, só poderão ser dadas informações a quem as solicitou, a critério do profissional, dentro dos
limites do estritamente necessário aos fins a que se destinou o exame.
Exemplos de dilemas éticos
Agora vamos analisar alguns exemplos cotidianos que podem acontecer nos mais diversos contextos, e
que exigem cuidado da nossa parte para que não tomemos nenhuma atitude antiética. Os casos aqui
citados são apenas alguns exemplos. Não é possível esgotarmos todas as diversas possibilidades de
infrações ou dilemas que podem ser vistos na nossa prática profissional.
Exemplo 1: O psicólogo não lhe explica sobre os objetivos e resultados do trabalho
Isso pode acontecer quando não informamos ao indivíduo em um processo seletivo o porquê de ele
responder determinado teste psicológico ou até mesmo quando aplicamos alguma intervenção em um
grupo terapêutico.
Curiosidade
O psicólogo deve informar ao paciente ou instituição sobre os objetivos que se pretende atingir, o que e
quais os pontos que pretende trabalhar.
Mesmo que os objetivos mudem ao longo do processo, ou ainda que surjam novos objetivos, isso deve ser
comunicado com clareza ao usuário dos nossos serviços. Além de informar a ele a finalidade e os
resultados de possíveis testes, técnicas etc.
Exemplo 2: O psicólogo está envolvido em situações que promovem discriminação ou
preconceito
Pode parecer óbvio este item, e você, como profissional em formação, vai pensar: “É claro que um
psicólogo sabe que não pode praticar discriminação, desigualdade etc.” Sim, é fácil imaginar que todos os
psicólogos estão cientes disso, mas existem muitas situações nas quais o preconceito aparece de forma
velada, camuflada e nas quais também poderemos aparecer envolvidos indiretamente, especialmente
quando somos coniventes com a situação. Um exemplo muito comum disso é o uso que se faz das redes
sociais para expressar a sua “opinião pessoal” sobre os fatos.
Saiba mais
Mesmo que esteja fora de seu ambiente de trabalho,como já foi dito no início, o psicólogo deve, sim, tomar
cuidado com a sua postura, que poderá trabalhar contra ou a favor dele.
Como podemos indicar o trabalho de um colega da área se ele expressa opiniões preconceituosas por aí? E
neste item cabem todos os tipos possíveis de preconceito: gênero, orientação sexual, idade, classe social,
etnia, nível de escolaridade, entre outros.
Comentário
Precisamos lembrar do compromisso social que temos com o ser humano e a representação social que
detemos em nossa sociedade. Isso a todo tempo vem exigindo de nós mesmos o exercício do
autoconhecimento (terapia pessoal), estudos e postura reflexiva do impacto das nossas opiniões.
Exemplo 3: O psicólogo tenta usar sua pro�ssão para induzir a determinadas convicções
Precisamos ter bastante cuidado com esse exemplo, que pode acontecer de forma muito sutil, inclusive na
prática clínica.
O profissional de Psicologia é proibido, pelo Código de Ética, de usar sua profissão
para induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito.
Isso não quer dizer que o psicólogo não pode ter suas próprias opiniões, ter uma religião, ser a favor ou
contra determinado candidato político, entre outras coisas, mas ele não deve tentar se aproveitar de seus
conhecimentos psicológicos ou mesmo do exercício da sua profissão para convencer alguém a pensar
como ele nesse sentido.
Um exemplo disso pode ser verificado quando, em um setting terapêutico, manifestamos expressões
faciais/corporais e emoções negativas, bem como proferimos discursos contrários ou que tentam
convencer o cliente ou paciente daquilo que acreditamos ser o certo.
Vamos ilustrar!
Exemplo
Um paciente/cliente informa que sua namorada está o traindo, mas que ainda assim a ama. Seria
totalmente errado que, automaticamente, o psicólogo emitisse risos e sua expressão facial demonstrasse
nojo ou algum tipo de desqualificação. Outra reação inadequada diante dessa situação seria se o psicólogo
conduzisse o discurso de modo que seu cliente tomasse a decisão que, segundo o ponto de vista do
psicólogo, é a mais adequada, ou seja, o término do relacionamento.
Cuidado, nós não decidimos pelos nossos clientes, nem fazemos julgamentos morais. É o cliente o
detentor de sua história e autônomo em suas decisões. Para isso, temos que estar em dia com a nossa
própria terapia pessoal, com a leitura do Código e fazendo supervisão.
Exemplo 4: O psicólogo expõe informações sigilosas ou realiza diagnósticos em meios de
comunicação
Informações sigilosas são sigilosas (mesmo!) e, portanto, se o psicólogo as divulga publicamente, está
cometendo falta grave, e pode, inclusive, perder seu registro profissional. Por isso é importante, em nossa
prática, realizarmos a construção de um contrato, seja na clínica ou em outros contextos, no qual fiquem
claras as únicas situações especiais em que pode acontecer a quebra de sigilo (rever o art. 10 do Código).
Quando isso ocorrer, é necessário fazer referência ao Código de Ética de modo a justificar o motivo dessa
quebra de sigilo.
As informações sigilosas provenientes de procedimentos utilizados com os pacientes e resultados de
serviços psicológicos, quando divulgados em público, podem expor pessoas, grupos, organizações e
outros. Essa divulgação é fortemente condenada. Realizar diagnósticos em meios de comunicação
também é falta grave, pois isso deve ser feito no sigilo do setting terapêutico e com base em todo um
processo de análise.
É lógico que o psicólogo pode dar entrevistas e dizer sua opinião sobre determinados assuntos, até mesmo
como uma forma de disseminar os conhecimentos sobre a Psicologia como ciência e profissão, mas
desconfie quando vir aquele psicólogo na TV fornecendo um diagnóstico ou revelando resultados de testes
psicológicos (muitas vezes de alguém que ele nem sequer atendeu ou tem conhecimento suficiente sobre
seu histórico).
Atenção!
Lembre-se de que no atendimento a pessoas menores de 18 anos precisamos alinhar com o paciente e
seus responsáveis as condições de quebra de sigilo, bem como a assinatura de um termo de
consentimento e um de assentimento.
Existem outras situações que poderiam ser citadas aqui, mas a ideia é estimular nos nossos leitores uma
postura crítica e reflexiva que permita ler e conhecer o Código de Ética de uma maneira dinâmica. Dessa
forma, convidamos você a acessar e imprimir o Código de Ética do psicólogo no site do CFP, mantendo-o
em lugar acessível para consulta durante a sua prática, especialmente durante os estágios básicos e
específicos da sua formação.
Situações éticas críticas na prática do
psicológo
Está na hora de falarmos sobre o comportamento esperado do psicólogo em situações éticas críticas, na
prática. Com a palavra, a especialista Susy Rocha!

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um profissional de Psicologia divulga um curso cujo objetivo é demonstrar as atualizações da
Psicologia do Trabalho, bem como novos testes que se baseiam na Astrologia para caracterizar o perfil
psicológico, a fim de subsidiar a tomada de decisão do perfil mais adequado para cada cargo. Diante
do exposto, questiona-se se essa é uma atitude que está ou não consoante com a postura ética do
profissional de Psicologia.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A solução desta questão deve ter por referência os princípios fundamentais estabelecidos no Código
de Ética profissional do psicólogo, como, por exemplo: “o psicólogo atuará com responsabilidade
social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural” (CFP, 2005,
p. 7).
A
Caracteriza-se como uma postura ética, pois a atitude do profissional é de ampliar o
leque de habilidades do psicólogo que atua no contexto organizacional.
B
A opinião da maioria do grupo, uma vez que o psicólogo deve assumir um
posicionamento democrático e conciliatório, zelando pela resolução dos conflitos nos
grupos em que trabalha.
C
Os temas relativos ao campo da Psicologia, como a promoção da dignidade do ser
humano, o contexto político e social, a promoção da saúde das coletividades e a
eliminação da violência.
D
A defesa do campo da Psicologia, beneficiando, portanto, o projeto que promova a
prática da Psicologia, independentemente de suas outras características ou das
características do projeto com o qual concorre.
E
Os critérios circunscritos pelos saberes produzidos pela Psicologia, pois o art. 6º do
Código de Ética do psicólogo recomenda que, ao lidar com profissionais não
psicólogos, o psicólogo encaminhe a outros as demandas que extrapolem seu campo
de atuação.
Questão 2
Um psicólogo está envolvido na seleção de projetos a serem financiados por uma organização. Sua
participação se justificou, a princípio, pela presença de projetos na área de atenção à saúde dos
hipertensos (grande maioria na organização), tópico sobre o qual ele é recorrentemente consultado
pelos outros participantes da seleção. Dentre os dois projetos finalistas, um deles, inclusive, é de
autoria de um grupo de psicólogos. Nessa situação, em termos éticos, o que deve orientar a posição
do psicólogo diante do grupo que conduz a seleção?
Parabéns! A alternativa C está correta.
A
A avaliação da viabilidade financeira dos projetos concorrentes e a projeção que
podem alcançar no entorno social, uma vez que o psicólogo tem, antes de tudo,
responsabilidade em relação à organização para a qual trabalha.
B
A opinião da maioria do grupo, uma vez que o psicólogo deve assumir um
posicionamento democrático e conciliatório, zelando pela resolução dos conflitos nos
grupos em que trabalha.
C
Os temas relativos ao campo da Psicologia, como a promoção da dignidade do ser
humano, o contexto político e social, a promoção da saúde das coletividades e a
eliminação da violência.
D
A defesa do campo da Psicologia, beneficiando, portanto, o projeto que promovaa
prática da Psicologia, independentemente de suas outras características ou das
características do projeto com o qual concorre.
E
Os critérios circunscritos pelos saberes produzidos pela Psicologia, pois o art. 6º do
Código de Ética do psicólogo recomenda que, ao lidar com profissionais não
psicólogos, o psicólogo encaminhe a outros as demandas que extrapolem seu campo
de atuação.
Como é um processo de avaliação psicológica, o documento a ser escrito e assinado pelo psicólogo é
o laudo psicológico. Ambas as nomenclaturas são correspondentes, segundo a Resolução CFP nº
06/2019, que norteia os documentos escritos pelo psicólogo e instrui cuidados éticos e técnicos em
procedimentos como a avaliação psicológica. Vale lembrar que o parecer não decorre de avaliação
psicológica.
4 - Documentação
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os documentos
elaborados pelos pro�ssionais da Psicologia.
Documentos elaborados pelo psicólogo
Neste módulo iremos discutir os documentos escritos pelos psicólogos, no que se refere à sua finalidade,
princípios básicos e a legislação que rege o padrão da escrita e das informações contidas em cada
documento.

Inicialmente, neste módulo iremos trabalhar com estas três diretrizes:
Precisamos entender que os documentos, em geral, possuem como base as seguintes características:
são materiais escritos;
são uma forma de comunicação de serviços prestados;
possuem valor legal;
devem obedecer ao regimento da profissão.
A partir dessas características, é importante compreendermos que os documentos escritos pelo psicólogo
têm valor legal e ético, e obedecem às regras do Código de Ética do psicólogo (2005) e da Resolução CFP
nº 06/2019.
Essa resolução tem como objetivos orientar o psicólogo na elaboração de documentos escritos,
fornecendo os subsídios éticos e técnicos necessários para a produção qualificada da comunicação
escrita.
Saiba mais
A Resolução CFP nº 06/2019 substituiu a Resolução CFP nº 07/ 2003, que contemplava um Manual de
Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, com foco na prestação de serviços
decorrentes de avaliação psicológica.
Discutir o papel dos documentos psicológicos.
Apresentar os diferentes tipos de documentos psicológicos e suas utilizações.
Desenvolver a capacidade de elaborar um documento psicológico nas mais diversas áreas
de atuação.
Avaliação psicológica
Avaliação psicológica é a coleta e interpretação de dados, obtidos por meio de um conjunto de procedimentos
reconhecidos pela ciência psicológica, que podem abarcar o uso de diferentes instrumentos, tais como os
testes psicológicos, as entrevistas, as observações e as análises de documentos. Dessa forma, o profissional
da Psicologia deve planejar e realizar o processo avaliativo com base em aspectos técnicos e teóricos (CFP,
Cartilha de avaliação psicológica, 2013a).
Devemos lembrar da complexidade do exercício profissional do psicólogo para compreendermos que essa
resolução foi construída de modo a ampliar o leque de documentos psicológicos para aqueles decorrentes
do exercício profissional nos mais variados campos de atuação, fornecendo os subsídios éticos e técnicos
necessários para a elaboração qualificada da comunicação escrita.
Dica
Nessa aula sobre os documentos psicológicos, convido você, psicólogo em formação, a ler mais uma vez a
Resolução CFP nº 06/2019 para conhecer os detalhes sobre os princípios éticos, técnicos, as disposições e
linguagem que irão nortear toda a construção dos documentos.
Independentemente do tipo de documento que seja entregue, precisamos ter a consciência de que estamos
diante de dois questionamentos: “Por quê?” e “Para quê?”.
Esses questionamentos irão requerer uma atitude ética de avaliar a demanda, a necessidade, a quem vai se
destinar o documento, as informações que se comunicam somente com a demanda (devemos informar
nos documentos o que fora solicitado e o que é pertinente e ético) e o impacto da nossa escolha sobre qual
documento emitir, pois eles vão informar sobre um trabalho que foi ou está sendo desenvolvido, ou seja,
vão comunicar a prestação de um serviço.
Com isso, nossa escrita terá que ser integradora, avaliativa, não julgadora, ética,
responsável e relacionada ao contexto-demanda.
Vamos conhecer os tipos de documentos psicológicos?
Declaração
É o documento mais simples e não está condicionada à avaliação psicológica. Ela tem caráter informativo
sobre a rotina de prestação de serviços e visa informar ao cliente a ocorrência de fatos ou situações
objetivas relacionados ao serviço psicológico.
Atenção!
Ao contrário do atestado psicológico, a declaração nunca deve apresentar registro de sintomas, estados
psicológicos, ou qualquer outra informação que diga respeito ao funcionamento psicológico da pessoa
atendida.
Ela deve conter:
1. Título: "Declaração".
2. Nome da pessoa atendida: Identificação do nome completo ou nome social completo.
3. Finalidade: Descrição da razão ou motivo do documento.
4. Informações sobre local, dias, horários e duração do acompanhamento psicológico.
5. O documento deve ser encerrado com indicação do local, data de emissão e carimbo, em que conste
nome completo ou nome social completo do psicólogo, acrescido de sua inscrição profissional e
assinatura.
Atestado psicológico
Documento expedido pelo psicólogo, o atestado é oriundo de um processo de avaliação psicológica,
realizado para verificar determinada situação ou condição do estado psicológico (diagnóstico psicológico).
Curiosidade
Vale ressaltar que os registros devem estar transcritos de forma corrida, ou seja, separados apenas pela
pontuação, sem parágrafos, evitando, com isso, riscos de adulterações. No caso em que seja necessária a
utilização de parágrafos, o psicólogo deverá preencher esses espaços com traços. O atestado psicológico
indica a necessidade de afastamento e/ou dispensa da pessoa baseados na avaliação de aspectos
psicológicos.
O atestado, bem como o laudo, emitido com a finalidade de justificar estar apto ou não para atividades
específicas após realização de um processo de avaliação psicológica, deverá guardar relatório
correspondente ao processo de avaliação psicológica realizado nos arquivos profissionais do psicólogo. É
muito importante saber que o psicólogo deve manter em seus arquivos uma cópia dos atestados
psicológicos emitidos, junto a todo o material resultante do processo avaliativo, protocolado com data,
local e assinatura de quem recebeu o documento, para fins de comprovação e fiscalização.
O atestado deve conter:
1. Título: "Atestado Psicológico".
2. Nome da pessoa ou instituição atendida: Identificação do nome completo ou nome social completo e,
quando necessário, outras informações sociodemográficas.
3. Nome do solicitante: Identificação de quem solicitou o documento, especificando se a solicitação foi
realizada por alguma instituição ou pelo próprio usuário.
4. Finalidade: Descrição da razão ou motivo do pedido.
5. Descrição das condições psicológicas do beneficiário do serviço psicológico advindas do raciocínio
psicológico ou do processo de avaliação psicológica realizado, respondendo à finalidade deste último.
Lembre-se de que quando justificadamente necessário, fica facultado ao psicólogo o uso da
Classificação Internacional de Doenças (CID) ou outras Classificações de diagnóstico, científica e
socialmente reconhecidas, como fonte para enquadramento de diagnóstico.
6. O documento deve ser encerrado com indicação do local, data de emissão e carimbo, em que conste
nome completo ou nome social completo do psicólogo, acrescido de sua inscrição profissional, com
todas as laudas numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e a assinatura do psicólogo na
última página.
Relatório psicológico
O objetivo do relatório psicológico é apresentar os procedimentos e conclusões do processo da avaliação
psicológica, relatar encaminhamento (caso necessário), bem como as intervenções, o diagnóstico,o
prognóstico e a evolução do caso. Podem ser elaborados relatórios psicológicos decorrentes de visitas
domiciliares, como em situações de orientação ou de acolhimento nos serviços psicológicos, para
subsidiar atividades de outros profissionais.
Constitui-se enquanto instrumento de comunicação escrita resultante da prestação de serviço psicológico
à pessoa, grupo ou instituição, limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à
demanda, solicitação ou petição.
O relatório psicológico deve apresentar as informações da estrutura detalhada a seguir, na forma de itens
ou em texto corrido:
1. Identificação: Título "Relatório Psicológico"; nome da pessoa ou instituição atendida; nome do solicitante;
finalidade; nome do psicólogo e seu número de registro no CRP.
2. Descrição da demanda: Informações sobre o que motivou a busca pelo processo de trabalho prestado,
indicando quem forneceu as informações e as demandas que levaram à solicitação do documento.
3. Procedimento: Apresentar o raciocínio técnico-científico que justifica o processo de trabalho utilizado na
prestação do serviço psicológico e os recursos técnico-científicos utilizados.
4. Análise: Forma descritiva, narrativa e analítica, as principais características e evolução do trabalho
realizado, baseando-se em um pensamento sistêmico sobre os dados colhidos e as situações
relacionadas à demanda.
5. Conclusão: Conclusões tiradas, a partir do que foi relatado na análise, considerando a natureza dinâmica
e não cristalizada do seu objeto de estudo. Na conclusão pode constar encaminhamento, orientação e
sugestão de continuidade do atendimento ou acolhimento. O documento deve ser encerrado com
indicação do local, data de emissão, carimbo, em que conste nome completo do psicólogo.
Relatório multipro�ssional
Esse documento é uma inovação da resolução mais atual. Ele é fruto do acolhimento da diversidade da
atuação e dos contextos profissionais do psicólogo. O relatório multiprofissional é resultante da atuação do
psicólogo em contexto multiprofissional, podendo ser produzido em conjunto com especialistas de outras
áreas, preservando-se a autonomia e a ética profissional dos envolvidos.
Exemplo
Relatório multiprofissional sobre reabilitação de paciente afásico. O tratamento da afasia é realizado por
equipe multiprofissional que pode ser composta por médico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, enfermeiro e
psicólogo, com o objetivo de promover o desenvolvimento da linguagem e da fala por meio de diversas
terapias.
Segundo a resolução que rege a escrita dos documentos psicológicos, as informações para o cumprimento
dos objetivos da atuação multiprofissional devem ser registradas no relatório em conformidade com o que
institui o Código de Ética profissional do psicólogo em relação ao sigilo. O psicólogo deve observar as
mesmas características do relatório psicológico.
O relatório multiprofissional deve apresentar, no que tange à atuação do psicólogo, as informações da
estrutura detalhada a seguir, em forma de tópicos ou texto corrido. Sendo assim, ele é composto de cinco
itens:
1. Identificação.
2. Descrição da demanda.
3. Procedimento.
4. Análise (neste item orienta-se que cada profissional faça sua análise separadamente, identificando, com
subtítulo, o nome e a categoria profissional. Vale lembrar que esse tipo de relatório não isenta o
psicólogo de realizar o registro documental, conforme Resolução CFP nº 01/2009 ou outras que venham
a alterá-la ou substituí-la).
5. Conclusão.
Laudo psicológico
Esse é um documento muito importante e o mais requisitado na prática profissional depois do atestado e
da declaração. Ele revela a grande responsabilidade que temos como profissionais da Psicologia. O laudo
decorre de avaliação psicológica.
O laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou
condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e
culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica.
Deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas,
dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em
referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
Vale destacar o caráter específico do laudo psicológico, diferenciando-o do relatório. O laudo é fruto de um
processo de avaliação psicológica diante de uma demanda específica e deve apresentar os itens descritos,
com destaque para o procedimento conduzido, a análise realizada e a conclusão gerada a partir desse
processo de avaliação (que envolve entrevistas, testagem psicológica, observação ou outros métodos
aprovados pelo CFP). Já o relatório não envolve um processo de avaliação psicológica.
Exemplo
O laudo psicológico pericial pode ser requerido quando há suspeita de abuso sexual infantil, bem como
sentenças judiciais envolvendo a custódia de menores ou para verificar se uma pessoa que é acusada de
cometer um crime tem algum transtorno mental. O laudo psicológico pode ser elaborado para processos
seletivos de empresas privadas e concursos públicos.
Ele deve apresentar as informações da estrutura detalhada a seguir, em forma de itens, cuja descrição do
que deve compor cada um deles é a mesma dos relatórios já mencionados:
1. Identificação
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão
6. Referências
As referências entram como um novo campo, pois, na elaboração de laudos, é obrigatória a informação das
fontes científicas ou referências bibliográficas utilizadas, em nota de rodapé, preferencialmente. A
conclusão deve estar em harmonia com os demais itens do laudo psicológico. Ela deve ser gerada a partir
dos resultados e análise realizados, além de conter alguma orientação de encaminhamento/intervenções,
ou diagnóstico/hipótese diagnóstica, ou orientação/sugestão de projeto terapêutico oferecido.
Parecer psicológico
Esse documento não é condicionado a uma avaliação psicológica. Ele é um pronunciamento por escrito
que tem como finalidade apresentar uma análise técnica que possa responder a uma questão-problema do
campo psicológico ou a documentos psicológicos questionados. Entretanto, existe ainda um ponto a ser
salientado a você, que é um profissional em formação: o psicólogo deve ter conhecimento específico e
competência no assunto demandado.
O profissional parecerista deve fazer a análise do problema apresentado, destacando seus aspectos
relevantes, e opinar a respeito, considerando os quesitos apontados e com fundamentação em referencial
teórico-científico. Havendo quesitos, o profissional deve respondê-los de forma sintética e convincente, não
deixando nenhum deles sem resposta.
Sua estrutura é parecida com a do laudo, porém reduzida e mais focada:
1. Identificação.
2. Exposição dos motivos: Destina-se à transcrição do objetivo da consulta e dos quesitos ou à
apresentação das dúvidas levantadas pelo solicitante.
3. Análise: Constitui-se na análise minuciosa da questão explanada e argumentada, com base nos
fundamentos necessários existentes, sejam eles feitos por meio da ética, da técnica ou do corpo
conceitual da ciência psicológica.
4. Conclusão: Apresentar seu posicionamento, respondendo à questão levantada. Em seguida, deve-se
informar o local e a data em que foi elaborado, seguidos pela assinatura do documento.
Documentos elaborados pelos pro�ssionais
da psicologia
A seguir, a especialista Susy Rocha compara e caracteriza os diversos documentos elaborados pelos
profissionais da Psicologia. Vamos lá!

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 2
João é um psicólogo hospitalar responsável pela ala adulta de um grande hospital. Nos últimos dias,
ele foi convocado pelo serviço médico para realizar uma avaliação psicológica e mental de um
paciente chamado Ricardo, que já está internado há aproximadamente dois meses ali por causa da
apresentação de sintomas de distimia(falta de ânimo, humor deprimido etc.). O médico solicitante vê
na avaliação psicológica um modo de discutir o caso de Ricardo e possibilitar sua adaptação e
condução. Após a realização do procedimento, nos moldes possíveis do contexto hospitalar, João
necessitou encaminhar um documento seguindo as normas do seu conselho profissional para o
médico solicitante. Qual dos documentos a seguir e em qual resolução do CFP João deveria basear a
escrita de seu documento?
A Relatório multiprofissional e Resolução 007/2003.
B Relatório psicológico e cartilha de avaliação psicológica (2013).
C Laudo psicológico e Resolução CFP n.º 06/2019.
D Parecer psicológico e Resolução de documentos escritos do psicólogo (2003).
Parabéns! A alternativa C está correta.
Como é um processo de avaliação psicológica, o documento a ser escrito e assinado pelo psicólogo é
o laudo psicológico. Ambas as nomenclaturas são correspondentes, segundo a Resolução CFP nº
06/2019, que norteia os documentos escritos pelo psicólogo e instrui cuidados éticos e técnicos em
procedimentos como a avaliação psicológica. Vale lembrar que o parecer não decorre de avaliação
psicológica.
Questão 1
Este documento é uma inovação da resolução mais atual. Ele é fruto do acolhimento da diversidade da
atuação e dos contextos profissionais de psicólogo. Segundo a Resolução CFP nº 06/2019 o
documento descrito é o:
Parabéns! A alternativa A está correta.
Segundo o CFP, a Resolução citada no enunciado avança ao separar os documentos que são
provenientes de avaliação psicológica de outros relativos às diversas formas de atuação do psicólogo,
E Atestado psicológico e Código de Ética do psicólogo (2005).
A Relatório multiprofissional.
B Relatório psicológico.
C Laudo psicológico.
D Código de Ética.
E Atestado psicológico.
ao estabelecer o relatório multiprofissional e, também, ao regulamentar aspectos referentes ao destino
e envio de documentos e fatores relacionados à entrevista devolutiva.
Considerações �nais
O Código de Ética do psicólogo é o principal documento norteador não apenas das práticas técnicas, mas
também da função social da Psicologia, além de ser uma importante ferramenta de fortalecimento da
profissão.
Os Conselhos (CFP e CRPs) são órgãos responsáveis por verificar se tanto o Código de Ética como as
demais regulamentações da categoria profissional estão sendo cumpridos, atuando também nas esferas
de formação dos profissionais. Os Conselhos devem orientar, fiscalizar e disciplinar, garantindo o exercício
da profissão de acordo com os princípios e normatização da classe.
Obedecendo às regras do Código de Ética e às devidas resoluções elaboradas pelos Conselhos, temos os
documentos psicológicos, que visam estabelecer a comunicação escrita das informações que concernem
às práticas da profissão. Como vimos, muitos são os dilemas éticos vivenciados pelo profissional da
Psicologia, portanto, devemos sempre estar atentos ao Código de Ética e atualizados em relação às notas
técnicas e orientações da nossa categoria, que devem sempre estar pautadas nas atuais necessidades
políticas, econômicas e sociais de acordo com o momento e a realidade dos territórios.
Podcast
Para encerrar, a especialista Susy Rocha reflete sobre a importância das documentações produzidas pelo
psicólogo. Vamos ouvir!


Referências
BRASIL.Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962. Dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e
regulamenta a profissão de psicólogo. Brasília, 1962.
BRASIL. Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971. Dispõe da criação do Conselho Federal e os Conselhos
Regionais de Psicologia. Brasília, 1971.
BRASIL. Decreto nº 79.822, de 17 de junho de 1977. Regulamenta a Lei 5.766, de 20 de Dezembro de 1971,
que criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia e dá outras providencias. Brasília,
1977.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Resolução CFP nº 10/05. Aprova o Código de Ética profissional
dos psicólogos. Brasília, 2005.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Psicologia, ética e direitos humanos. Comissão Nacional de
Direitos Humanos. Brasília, 1998.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Resolução CFP nº 06/2019. Institui regras para a elaboração
de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional e revoga a Resolução
CFP nº 15/1996, a Resolução CFP nº 07/2003 e a Resolução CFP nº 04/2019. Brasília, 2019.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Cartilha avaliação psicológica. Brasília, 2013a.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Código de Processamento Disciplinar. Brasília, 2019.
FRANCISCO, A. L.; BASTOS, A. V. B. Conhecimento, formação e prática: o necessário caminho da
integração, In: Conselho Federal de Psicologia, Psicólogo Brasileiro. Construção de novos espaços,
Campinas: Editora Átomo, 1992.
HOLANDA, A. Os Conselhos de Psicologia, a formação e o exercício profissional. Psicologia: Ciência e
Profissão. 1997, v. 17, (1), p. 3-13. Consultado na internet em: 2 ago. 2021.
MUNIZ, M. Ética na avaliação psicológica: velhas questões, novas reflexões. Psicologia: Ciência e Profissão
[online]. 2018, v. 38, n. sp., p. 133-146. Consultado na internet em: 1 ago. 2021.
ZAIA, P.; OLIVEIRA, K. S.; NAKANO, T. C. Análise dos processos éticos publicados no jornal do Conselho
Federal de Psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão Jan./Mar. 2018 v. 38 nº 1, 8-21.
Explore +
1. Entenda a relação entre a formação em Psicologia e a construção das demandas nessa área lendo o
artigo de Maria Fernanda Amendola intitulado Formação em Psicologia, demandas sociais
contemporâneas e ética: uma perspectiva, publicado em 2014 na revista Psicologia: Ciência e Profissão.
2. Veja como o CFP amplia a discussão da ética nos documentos psicológicos e nos processos de
avaliação lendo a cartilha de avaliação psicológica, de 2013, bem como a Resolução nº 6/2019.
3. Confira o que Adriano Holanda diz a respeito das funções dos CRPs e do CFP em seu artigo intitulado Os
Conselhos de Psicologia, a formação e o exercício profissional, publicado em 1997 na revista Psicologia:
Ciência e Profissão.
4. Conheça os motivos de denúncias feitas contra os psicólogos no artigo de Ana Lúcia Francisco intitulado
As questões de ética: denúncias encaminhadas aos CRPs e CFP, publicado em 1991 na revista Psicologia:
Ciência e Profissão.

Continue navegando