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- O serviço social é uma profissão. Toda profissão existe somente porque se cria uma divisão 
sócio-técnica do trabalho. Tal divisão, no caso do Serviço Social, se dá na sociedade capitalista 
no estágio concorrencial. 
- A sociedade começa a se configurar a partir da divisão do trabalho, tanto socialmente, 
quanto de forma técnica. Essa sociedade está regida pelo trabalho, fundamentalmente pela 
sua exploração, ou seja, utiliza-se da possibilidade de desenvolvimento do capitalismo a partir 
da extração da mais valia (acumulação de capital). Essa exploração ocorre entre duas classes 
sociais, uma que produz riqueza (trabalhadores) e outra que se apropria dela (burguesa). 
Assim, a exploração de uma classe sobre a outra estabelece uma luta de classes, por meio de 
movimentos sociais. 
- O Serviço Social não é uma extensão do assistencialismo, ou algo filantrópico. 
- No período concorrencial, O Estado só atua em momentos de crise. Em meados do século 
XIX, o capitalismo passa a se organizar a partir dos modelos de monopólios, ou seja, controle 
do mercado, o que aprofunda a exploração. O Estado passa a ter um papel fundamental na 
organização da sociedade capitalista, um Estado interventor. 
- No processo de exploração de uma classe sobre a outra e obtenção da mai valia, surge a 
questão social (produção dessas relações) 
- O Estado vai aprofundar a exploração do trabalho, logo, da questão social. Ele atua de modo 
a garantir a reprodução da força de trabalho a partir de políticas sociais 
- O Serviço Social surgiu porque, no início do século XX, mas especificamente em 1917, o 
Estado passa a ser forçado a atuar nessas políticas publicas. As políticas públicas eram vistas, 
pela classe burguesa, como medidas empregadas para amenizar as tensões sociais e seus 
movimentos. O Serviço Social rompeu com isso, pois reelaborou o seu projeto profissional 
 
 
Origem do Serviço Social 
Segundo Montaño, há duas teses que explicam a origem do Serviço Social, em tempos 
distintos: 
- A primeira foi criada no final dos anos 70, com uma percepção conservadora. É endogenista, 
no que diz respeito à evolução, organização e profissionalização, como forma de ajuda e 
caridade, vista como continuação da filantropia. 
Faltava uma análise da própria sociedade e a perspectiva de que ela é formada por 
classes. Isso porque havia uma visão a partir de si mesma, ou seja, uma visão particularista e 
focalista, ingênua e acrítica, que apenas se preocupa em explicar o que acorre dentro do 
próprio Serviço Social. 
Problemas teóricos metodológicos: 
Considera um numero vasto de antecedentes; não consegue explicar porque ainda existe essas 
formas de ajuda; não visualiza que houve uma ruptura profissional assalariado; 
 
- A segunda, com o movimento de reconceituação nos anos 60, adquira-se uma perceptiva 
mais crítica, rompe com a ideia de profissionalização da assistência. É uma perspectiva 
histórico-crítica, na qual há a divisão sócio técnica do trabalho no processo de 
desenvolvimento da sociedade. 
O Serviço Social tem como função o controle e o apaziguamento dos conflitos e 
tensões sociais para contribuir para a acumulação capitalista, via socialização dos custos da 
reprodução das forcas de trabalho. 
As políticas sociais são respostas fragmentadas das demandas sociais e o Estado é se 
torna responsável por executá-las. A profissão se legítima a partir do momento em que são 
dadas as respostas às determinadas necessidades. Por isso ela não se explica por ela mesma, 
mas sim pelo lugar em que ela ocupa na divisão do trabalho, ou seja, o Serviço Social surge 
com a ruptura das formas de ajuda. 
 
O projeto ético-político da profissão 
O projeto ético político é o projeto que constitui a profissão. Foi nomeado assim em 
1998, mas teve sua origem no final dos anos 70 e começo dos 80, devido ao movimento de 
reconceituação ocorrido nos anos 60 e a recusa do conservadorismo. Essa critica ao 
conservadorismo se dá na ruptura teórica a partir da teoria e do método de Marx, assim, 
compreende-se o Serviço Social como uma profissão atrelada nas relações sociais capitalistas. 
O período do seu surgimento é marcado pela crise da ditadura, o que provocou o 
questionamento do próprio controle estatal, frente oposicionista da classe operário e da 
resistência. Na primeira metade dos anos 80 houve demandas democráticas e populares no 
campo e na cidade, dinamização da vida cultural, etc. 
 
 1 congresso (1947) – Debate para levar a constituição de uma projeto distinto 
 2 congresso (1961) – Articulado com a teoria do Serviço Social norte americano. Não havia 
espaço para o pluralismo, debate das ideias; sem contestação do Serviço Social; 
fundamentado no desenvolvimentismo; desenvolvimento de comunidade 
 3 congresso (1979) – Vivíamos um período de crise, o que levou a possibilidade de um 
contestação e crítica dentro do Serviço Social; Foi possível a visibilidade de um outro 
projeto e a consolidação deste; opção de compromisso das classes trabalhadoras; essa 
opção irá aparecer em diversos ambitos, no de formação, exercício profissional, ética, etc 
 
- Só foi possível pensar nesse projeto, porque o Serviço Social consegue se apropriar da base 
teórico-metodológica marxista, mais especificamente nos anos 80. 
- O Serviço Social adota uma nova forma de fortalecer as instituições na prática profissional, 
mudando o modo de pensar. 
- Houve alteração na prática profissional, na formação e diretrizes – currículo baseado na 
ABPSS (1982), na forma jurídico-político (como leis, competências a atribuições). 
 
Determinações externas para a crítica do Serviço Social 
- Exploração econômica 
- Do final dos anos 50 à início dos 60 houve um fortalecimento das lutas, organização política 
que preocupava a soberania estadunidense. 
- Ruptura co as organizações políticas: implantação da ditadura, qualquer forma de 
contestação era reprimida 
- 1965 à 1975: Movimento de reconceituação, tentativa de romper com o projeto conservador 
 
Determinações internas para a crítica do Serviço Social 
- O Serviço Social necessita acompanhar a modernização 
- O perfil profissional é alterado 
- Ruptura importante: inserção no âmbito acadêmico, pós graduação e laicização 
(racionalização – ruptura com o neotomismo) 
- Consolidação do mercado de trabalho: execução 
- Experiências organizativas, como sindicatos e associações 
 
O congresso da virada 
O congresso da virada, ocorrido em 1979, rompe com o projeto ético político 
conservador e torna-se crítico. Há o reordenamento da posição política, com direção teórica 
marxista e isso interviu na formação profissional, que contém as diretrizes do Serviço Social. 
Também ocorre uma reconfiguração na prática profissional e ética, obtendo uma visão mais 
crítica e uma nova organização política (CFESS, CRESS). 
Frutos da virada: 
No âmbito da política administrativa: militância política importante 
CFESS 
- Código de ética: liberdade/igualdade, democracia, cidadania 
- No nível da formação, se expressa a partir das revisões curriculares 
- A Questão Social passa a ser o eixo do currículo, o fundamento do Serviço Social 
 
Código de ética 
 A ética se refere a normas, princípios e fundamentos 
(65 – novo código; 75, 86, 93 – alteração no código) 
- 1◦ código de ética (1947): regulamenta as ações dos assistentes sociais e do que estão 
vinculados à eles 
- 1947: fundamentos do neotomismo sobre o homem, pensado abstratamente, concepção 
moral. 
- No desenvolvimento do Serviço Social, os princípios do neotomismo foram deixados de lado 
1965: O Serviço Social se reatualiza, pois precisava acompanhar o projeto dos governos 
militares 
- 1965 à 1975: Positivismo 
- 1986: Momento importante com a ética em uma perspectiva profissional. Trouxe uma 
perspectiva política 
- 1993: Está fundamentado na relação do assistente social com esses princípios – projeto 
sociedade