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PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA Sandra Muttoni Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 Revisão técnica: Juliana S. Closs Correia Nutricionista (Centro Universitário São Camilo) Mestre em Biologia Odontológica (UNITAU) Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UniSL) Coordenadora do Curso de Nutrição do UniSL Secretária da Associação Brasileira de Educação em Nutrição (ABENUT) M992p Muttoni, Sandra. Patologia da nutrição e dietoterapia / Sandra Muttoni ; revisão técnica: Juliana S. Closs Correia. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 373 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-100-6 1. Nutrição - Doença. 2. Dietoterapia. 3. Nutrição – Alimentação I. Título. CDU 616.39 Iniciais_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 2 27/06/2017 17:40:07 Dietas hospitalares: modi� cações de consistência da dieta, químicas e físicas Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: n Conhecer as modi� cações químicas das dietas hospitalares. n Reconhecer as modi� cações físicas que podem acontecer nas dietas para enfermos. n Identi� car o uso de recursos da gastronomia no preparo das dietas hospitalares. Introdução As dietas hospitalares são elaboradas ao considerar o estado nutricional e fisiológico dos indivíduos, conforme cada situação de internação. Estas devem estar adequadas ao estado clínico do paciente, assim como pro- porcionar melhoria na sua qualidade de vida. Portanto, as modificações necessárias na consistência das dietas hospitalares devem garantir o aporte mais adequado possível de nutrientes ao paciente internado, preservando seu estado nutricional, pelo fato de ter um papel coterapêutico em do- enças crônicas e agudas. Sendo assim, neste capítulo, você irá conhecer as modificações quími- cas e físicas que podem acontecer nas dietas hospitalares, que englobam desde alterações na consistência até a composição de nutrientes e o uso de recursos da gastronomia no preparo dessas dietas. As dietas hospitalares e suas modificações químicas As dietas hospitalares são padronizadas segundo as modifi cações (caracte- rísticas) qualitativas e quantitativas da alimentação normal. As modifi cações químicas estão incluídas nas qualitativas. A partir disso, as dietas podem ser classifi cadas em suas principais características, indicações e alimentos ou preparações que serão servidos. Os aspectos químicos dizem respeito, então, aos macro e micronutrientes que necessitam ser modificados, conforme o motivo de internação de cada paciente. A dieta terá restrição ou acréscimo de determinado nutriente ou calorias, independente de sua consistência, volume, etc. Considerando isso, as dietas poderão ser: Normocalórica: dieta com quantidades normais de calorias, dentro das neces- sidades distintas de cada paciente. Hipocalórica: dieta com calorias em quantidades abaixo do necessário. Sua função é produzir balanço energético negativo e, consequentemente, perda de peso. Indicada para pacientes obesos ou em caso de doenças que re- querem urgência médica em perda de peso. Não possui alimentos de alta densidade calórica. Hipercalórica: dieta com calorias em quantidades acima do valor energético total (VET) do paciente. Tem a função de gerar balanço positivo e, conse- quentemente, ganho de peso. Indicada para pacientes em subnutrição. Possui alimentos de alta densidade calórica. Normoprotéica: dieta que possui quantidades normais de proteínas, segundo as necessidades distintas do paciente. Hipoproteica: possui quantidades diminuídas de proteínas, cuja fi nalidade é prevenir o acúmulo de metabólitos nitrogenados. Indicada para pacientes com insufi ciência renal crônica, encefalopatia hepática ou outra patologia cujo catabolismo proteico possa interferir na evolução positiva do quadro clínico. Hiperptoteica: dieta com quantidades aumentadas de proteínas a fi m de pro- duzir balanço positivo de nitrogênio. A relação caloria/proteína deve ser sufi ciente. Indicada para pacientes em estado de hipercatabolismo. Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas2 Normoglicídica: dieta em quantidades normais de carboidratos, conforme as necessidades distintas de cada paciente. Hipoglicídica: possui quantidades de carboidratos reduzidas, tendo como principal objetivo diminuir a quantidade destes sem reduzir, necessariamente, as calorias. Como exemplo temos a dieta para o diabético, a qual é normocalórica e hipoglicídica, tendo redução de carboidratos simples, com destaque à sacarose. Hiperglicídica: dieta com quantidades aumentadas de carboidratos. Normolipídica: possui quantidades normais de lipídios, segundo as necessi- dades individuais de cada paciente. Hipolipídica: dieta com teor reduzido de gorduras, principalmente as satu- radas, indicada para pacientes com hipercolesterolemia e obesos. Hiperlipídica: dieta com uma boa quantidade de gorduras, principalmente de triglicerídeos de cadeia média (TCMs). Geralmente é indicada para tratamento de desnutrição grave. Nem sempre pode ser associada à dieta hipercalórica, pois pode ser ajustada de acordo com as necessidades do paciente, com foco apenas na maior oferta de gorduras de boa qualidade. Hipossódica: dieta com teor reduzido de sódio, o qual é presente em grande quantidade em diversos tipos de alimentos. É indicada para pacientes hiper- tensos, cardiopatas, edemaciados, entre outros. Rica em potássio: dieta contendo alimentos fonte de potássio. Conforme alguns estudos, a carência de potássio é comum em pós-operatórios, em casos de má nutrição, equilíbrio nitrogenado prolongado, perdas gastrintestinais e alcalose metabólica, assim como em casos de insufi ciência cardíaca, em que o teor de potássio no miocárdio se esgota e com a recuperação ocorre repleção de potássio. Pobre em potássio: dieta com teor reduzido de potássio. Este tipo de dieta pode ser administrada em casos de doenças renais em que a acidose metabólica é comum. Rica/pobre em fi bras: a escolha destas dietas depende, basicamente, da motilidade intestinal do paciente. Quanto maior for a quantidade de fi bras, maior será o peristaltismo intestinal e, quanto menor for a quantidade de fi bras, menor o esforço gastrintestinal. A dieta com baixo teor de fi bras é 3Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas indicada, principalmente, nos problemas de trato gastrintestinal e cirurgias de cólon. No caso das dietas com alto teor de fi bras, alguns cuidados devem ser considerados. Se não houver ingestão adequada de água, o quadro de constipação, por exemplo, pode se agravar. É possível, também, ocorrer alte- rações no funcionamento do intestino, causando gases e até diarreias. Além disso, a ingestão excessiva de fi bras pode prejudicar a absorção de nutrientes importantes ao nosso organismo, como o cálcio e o ferro, por exemplo. Teor reduzido de colesterol: consiste em restringir a utilização de gorduras saturadas, utilizando-se, moderadamente, das gorduras poli e monoinsaturadas. Indicada para pacientes com dislipidemias ou pressão arterial elevada. Restrita em líquidos: dieta em que se restringe a ingestão de líquidos. Uti- lizada, principalmente, em casos de doença renal aguda, pois os rins são incapazes de manter a homeostasia de água e eletrólitos. Muitos tipos de dietas ainda podem ocorrer, com diferentes restrições ou adaptações, de acordo com as necessidades do paciente, e sempre condicionadas à(s) enfermidade(s) apresentada(s). Pode-se ter dieta: isenta de glúten, isenta de lactose, para diabetes, para doença renal crônica, para insuficiência hepática, para fenilcetonúria, entre outras. Justamente por isso, cada instituição de saúde precisa ter o seu manual de dietas, que deve ser elaborado pelo serviço de nutrição e tem como objetivo principal a padronização das refeições servidas no local (instituição) e informar toda a equipe envolvidacom os cuidados dos pacientes sobre a nomenclatura, as indicações e as características de cada dieta padronizada, assim como a sua adequação nutricional. Modificações físicas das dietas hospitalares Conforme já foi abordado, a dietoterapia tem o objetivo de adequar a dieta para o paciente, em determinado momento e situação, visando a sua recuperação ou a manutenção do estado nutricional. A dieta é adaptada ao paciente, dentro dos limites possíveis, pois nem sempre o permitido é o mais adequado. Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas4 Uma das possibilidades de adaptação é a questão física da dieta, que nada mais é do que a sua consistência. Quanto às modifi cações na consistência, pode-se ter: Dieta líquida É comumente indicada para favorecer a hidratação e facilitar o trabalho do aparelho digestório de pacientes com problemas no processo de mastiga- ção. Tem indicação em alguns pré e pós-operatórios e no preparo de alguns exames. Essa dieta deve ser prescrita por um breve período em função de sua inadequação em relação aos nutrientes. Quando houver necessidade de manter a dieta por período superior a dois dias, são fornecidos suplementos alimentares líquidos industrializados. Caracteriza-se por incluir líquidos ou alimentos que se liquefazem na boca. Alimentos permitidos: água, chá, gelatinas, sucos, vitaminas de frutas, cal- dos, sopas liquidificadas e mingau ralo. Restrições: todos os alimentos sólidos. Fazendo parte da dieta de consistência líquida, pode-se ter restrições quanto ao tipo de alimento oferecido: na dieta líquida sem resíduos (ou líquida restrita), por exemplo, os sucos de frutas devem ser coados, assim como o caldo de sopa ou de canja. O leite e os derivados não podem ser oferecidos. Essa dieta tem o objetivo de fornecer líquidos e eletrólitos por via oral, a fim de prevenir a desidratação, minimizar o trabalho do trato digestório e evitar a formação de resíduos no cólon. Trata-se de uma dieta altamente restritiva e nutricionalmente inadequada (em calorias e nutrientes), não devendo ser utilizada por um período superior a três dias. Suas principais indicações são: preparo e pós-operatório de cirurgias do trato digestório, após o uso de nutrição parenteral (reintrodução da via oral), durante infecções graves e diarreia aguda e em alguns preparos para procedimentos de diagnóstico (colonoscopia, por exemplo). Dieta leve Tem consistência semilíquida. É uma dieta de transição entre a dieta branda e a dieta líquida. Tem por fi nalidade favorecer a digestão e o esvaziamento gástrico dos alimentos, sendo utilizada em alguns pré e pós- operatórios, em preparo de exames e em problemas de deglutição ou mastigação. 5Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas Alimentos permitidos: caldos, sopas, carnes, verduras, legumes (bem cozidos e em forma de purê), arroz, frutas macias, gelatinas e pudins. As características da dieta leve são: n Promove mínimo trabalho digestório. n Restrições – alimentos crus (exceto alguns com textura mais suave, p. ex., pera, banana prata e mamão), frituras, doces concentrados, alimentos fermentescíveis, leguminosas, enlatados, conservas e arroz. Dieta branda Constituída de alimentos bem cozidos, restrita em celulose e alimentos fer- mentáveis. Usada em pré e pós-operatórios e em transição para a dieta geral. É muito utilizada para a transição entre a dieta pastosa e a dieta geral, indicada para indivíduos que necessitem abrandar os alimentos para facilitar o trabalho mecânico (mastigação e deglutição) e digestivo. As características da dieta branda são: n Dieta com tecido conectivo e celulose abrandados por processo me- cânico ou cocção. n Sem alteração de nutrientes. n Restrições – alimentos crus (exceto alguns com textura mais suave) e alimentos fermentescíveis, doces concentrados, frituras, leguminosas (servir apenas o caldo), embutidos, conservas, enlatados e condimentos fortes, alimentos ácidos. Dieta pastosa Usada principalmente em casos em que há difi culdade de mastigação e deglu- tição. É uma dieta de transição entre a dieta leve e a dieta branda. Alimentos permitidos são todos com consistência pastosa/cremosa (purês, sopas cre- mosas, arroz bem cozido, papa de bolacha, pudins, frutas cozidas, etc.). As características da dieta pastosa são: n Dieta com alimentos bem cozidos, de fácil mastigação e deglutição. n Mínima alteração de nutrientes. n Restrições – alimentos crus (exceto alguns com textura mais suave) e ali- mentos fermentescíveis, doces concentrados, frituras, leguminosas (servir apenas o caldo), embutidos, conservas, enlatados e condimentos fortes. Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas6 Dieta geral, livre ou voluntária Usada nos casos em que o paciente pode receber qualquer tipo de preparação e alimentos variados sem restrições, de acordo com sua tolerância. Atende às leis da nutrição: lei da harmonia, adequação, qualidade e quantidade dos alimentos. As características da dieta geral, livre ou voluntária são: n Sem alteração de consistência. n Sem alteração de nutrientes. n Consistência – normal. Apesar de as terminologias utilizadas para definir a consistência da dieta parecerem padronizadas, conforme suas modificações físicas, não é o que realmente ocorre em pesquisas sobre as terminologias das dietas nos hospitais. A maioria dos estudos realizados mostra que há problemas no uso de diferentes nomenclaturas das dietas. A consistência alimentar é primordial para a sobrevivência do paciente, sendo que a oferta da consistência incorreta pode acarretar sérias complicações, podendo inclusive levar o paciente a óbito. Para que ocorra um atendimento mais eficaz com o paciente, é desejável uma equipe interdisciplinar que faça uso da terminologia acordada, mini- mizando o risco de oferecer uma dieta com consistência equivocada e, assim, também reduzindo o dano ao paciente. A gastronomia hospitalar: seus recursos e aplicabilidade Todas as dietas terapêuticas baseiam-se no padrão dietético normal, sofrendo modifi cações para suprir as necessidades do paciente no que se refere às características organolépticas, físicas e químicas e à forma e volume de admi- nistração, levando em consideração o quadro clínico e os fatores psicossociais. A dieta hospitalar deve, antes de tudo, preservar e/ou resgatar o prazer do indivíduo em se alimentar. Nesse sentido, as características organolépticas são fundamentais para que exista esse prazer. A apresentação da dieta deve ser harmônica em cor, textura, consistência e temperatura, de forma a aumentar a palatabilidade e servir de estímulo ao paciente. 7Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas Antigamente, as dietas hospitalares eram consideradas monótonas e fre- quentemente levavam o paciente à desnutrição, devido à baixa aceitação, fazendo com que se criasse o mito de que “comida de hospital é sempre ruim”, ou o clássico bordão “parece comida de hospital”, como referência às comidas insossas ou com sabor e apresentação ruins. Atualmente, porém, a visão da dieta hospitalar está sendo ampliada e adaptada às tendências da gastronomia, buscando aliar a prescrição dietética e as restrições alimentares a refeições atrativas e saborosas. Tudo isso é um desafio que exige aprimoramento técnico e assistência nutricional individualizada. Por outro lado, a gastronomia é um dos principais agregadores da sociedade, pois o ato de comer sempre se relaciona com o cotidiano das pessoas que ampliam os laços de amizade ou espírito de convivência, como nascimento, casamento, trabalho, etc. Enfim, o comer ou o não comer envolvem os fato- res social, psicológico e/ou religioso, mas estes aspectos não ultrapassam a necessidade fisiológica. Percebe-se que para haver consumo é preciso existir qualidade na ali- mentação, o que não se limita apenas ao aspecto nutricional,mas também ao higienico-sanitário e ao sensorial. Nesse contexto, o alimento deverá provocar prazer, resultante de sensações visuais, táteis, gustativas e olfatórias. Assim, o conhecimento e a aplicação de técnicas gastronômicas corretas viabilizam e podem assegurar que as recomendações nutricionais sejam seguidas. A combinação da dietoterapia com a gastronomia é chamada de gastro- nomia hospitalar. Esta serve de instrumento para que a dietoterapia ocorra de forma agradável, no visual e no paladar, aumentando assim a aceitação da dieta e levando à recuperação do estado nutricional do paciente de uma forma mais rápida, principalmente ao se tratar de desnutridos, pois há melhora nas características sensoriais das preparações, na apresentação das dietas e no atendimento a estes. Assim, o objetivo primordial da gastronomia hospitalar é: melhorar as características sensoriais das preparações em todos os seus aspectos, promovendo nutrição e saúde, humanização e respeito ao paciente. Para que este objetivo seja alcançado, torna-se necessário: n Implantar técnicas de gastronomia eficazes, que representam as bases da cozinha, e treinamentos práticos destinados à equipe operacional. n Realizar a prescrição da dieta de acordo com as necessidades nutri- cionais individuais. n Tornar o atendimento humanizado, por intermédio da oferta de alimentos que estejam de acordo com os hábitos, preferências e valores culturais Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas8 individuais, sendo que a melhor maneira de se conseguir isso é pela implantação de cardápios opcionais. A implantação de cardápios de opção independe dos recursos financeiros da instituição, pois o que influencia é o tipo de preparação oferecida e não a “glamourização” de tais preparações. Não importa se é oferecido filé de salmão com molho de mirtilo, ou sobrecoxa de frango assada, ou omelete de legumes. O principal é oferecer opções ao paciente e observar: n Os hábitos alimentares do paciente. n Pontos de cocção. n Uso de ervas aromáticas e especiarias na elaboração dos pratos. n Consistência. n Apresentação. n Variedades de alimentos e de técnicas culinárias. n A necessidade do paciente, em termos da quantidade de sua alimentação. n O direito de escolha ou alternativa de opção do paciente. n O direito do paciente ao diálogo com o responsável pela administração do serviço. n O direito do paciente à informação relativa à dieta que lhe é servida. Além disso, é indispensável que os cardápios sejam nutritivos, atrativos em aparência e sabor, seguros sob a esfera sanitária, preferencialmente de fácil e rápido preparo, versáteis no uso e de custo compatível com sua destinação de uso. A nutrição hospitalar e a gastronomia, portanto, agregam valor ao trabalho do nutricionista e resultam no aprimoramento contínuo da assistência nutricional. A gastronomia hospitalar auxilia o nutricionista a minimizar os sintomas dos tratamentos de diversas doenças. Modificando o sabor dos alimentos, com receitas adocicadas, por exemplo, mesmo em consistências menos atrativas, como a pastosa e a branda, já aumentam a aceitação da dieta. Assim, podemos dizer que a gastronomia hospitalar interfere na redução da inapetência alimentar, potencializando a recuperação do paciente e reduzindo seu tempo de internação. 9Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas 1. As dietas hospitalares podem sofrer várias modificações. As modificações químicas estão relacionadas com: a) Características qualitativas. b) Exclusão de macronutrientes. c) Aumento obrigatório do valor calórico. d) Redução considerável e necessária do valor calórico. e) Exclusão de micronutrientes. 2. Dieta com modificação química, cuja finalidade é prevenir o acúmulo de metabólitos nitrogenados. É indicada para pacientes com insuficiência renal crônica, encefalopatia hepática ou outra patologia cujo catabolismo proteico possa interferir na evolução positiva do quadro clínico. Qual dieta é essa? a) Hipercalórica. b) Hipoproteica. c) Hiperglicídica. d) Hipolipídica. e) Rica em potássio. 3. Qual das características a seguir correspondem à dieta leve? a) Consistência exclusivamente líquida. b) Restringe alimentos sólidos. c) Consistência semilíquida, usada como transição entre dieta branda e dieta líquida. d) Usada como transição entre dieta pastosa e dieta geral. e) Os doces concentrados e alimentos fermentescíveis podem ser oferecidos. 4. A dieta geral/livre ou voluntária é usada em quais situações? a) Quando se deve alterar a consistência. b) Quando se alteram os nutrientes, necessariamente. c) Quando é necessário oferecer a consistência líquida. d) Quando o paciente pode receber qualquer tipo de preparação. e) Quando é necessário fazer a transição da dieta pastosa para a dieta branda. 5. Corresponde a uma característica da gastronomia hospitalar: a) Não interfere no sabor dos alimentos. b) Desconsidera a dietoterapia, preconizando somente as técnicas gastronômicas. c) Não interfere no visual dos alimentos. d) O paciente não pode obter informações da dieta. e) Proporciona ao paciente o direito de escolha ou alternativa de opção na dieta. Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas10 ANASTÁCIO, N. (Org.). Manual de dietas hospitalares. 4. ed. São Paulo: Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva, 2012. (Coleção Protocolos HMEC). Disponível em: <sms.sp.bvs.br/lildbi/docsonline/get.php?id=3450>. Acesso em: 04 jul. 2017. CASTRO, I. R. R. et al. A culinária na promoção da alimentação saudável: delineamento e experimentação de método educativo dirigido a adolescentes e a profissionais das redes de saúde e de educação. Revista Nutrição, Campinas, v. 20, n. 6, p. 571-588, nov./dez., 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v20n6/a01v20n6.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2017. DIEZ GARCIA, R. W. A dieta hospitalar na perspectiva dos sujeitos envolvidos em sua produção e em seu planejamento. Revista Nutrição, Campinas, v. 19, n. 2, p. 129-144, mar./abr. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v19n2/a01v19n2.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2017. DIEZ-GARCIA, R. W.; PADILHA, M.; SANCHES, M. Alimentação hospitalar: proposições para a qualificação do Serviço de Alimentação e Nutrição, avaliadas pela comunidade científica. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 2, p. 473-480, 2012. Dispo- nível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n2/a20v17n2>. Acesso em: 01 jul. 2017. GOMES, A. de O. et al. Os benefícios da gastronomia na dieta hospitalar. [2015?]. Dispo- nível em: <https://goo.gl/LSs8oT>. Acesso em: 01 jul. 2017. ISOSAKI, M.; CARDOSO, E.; OLIVEIRA, A. Manual de dietoterapia e avaliação nutricional: Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto do Coração – HCFMUSP. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. JORGE, A. L. História e evolução da gastronomia hospitalar. 2005. Disponível em: <http:// www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=1>. Acesso em: 01 jul. 2017. MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição & dieto- terapia. 13. ed. São Paulo: Roca, 2013. MARTINS, C. et al. Manual de dietas hospitalares. Curitiba: Nutroclínica, 2001. MESSIAS, G. M.; PRESTA, F. M. P.; SOUZA, M. V. M. Benefícios da gastronomia hospitalar na alimentação do paciente idoso. Revista Eletrônica Novo Enfoque, Rio de Janeiro, v. 12, n. 12, p. 23-31, 2011. Disponível em: <http://www.castelobranco.br/sistema/ novoenfoque/files/12/artigos/04.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2017. Leituras recomendadas 11Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas http://sms.sp.bvs.br/lildbi/docsonline/get.php?id=3450 http://www.scielo.br/pdf/rn/v20n6/a01v20n6.pdf http://www.scielo.br/pdf/rn/v19n2/a01v19n2.pdf http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n2/a20v17n2 https://goo.gl/LSs8oT http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=1http://www.castelobranco.br/sistema/ MIYOKO, N. et al. A gastronomia hospitalar como instrumento de humanização. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE HUMANIDADES & HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE, 2014. Anais... São Paulo: Editora Blucher, 2014. v.1, n.2. Disponível em: <http://pdf.blucher. com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/medicalproceedings/cihhs/10326.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2017. PAIVA, D. C. S. de et al. A gastronomia como alívio dos sintomas do tratamento do câncer. 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Dietas hospitalares: modificações de consistência da dieta, químicas e físicas12 http://pdf.blucher/ http://com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/medicalproceedings/cihhs/10326.pdf https://www.saocamilo-sp.br/pdf/ Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo:
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