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Correspondências Oficiais

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121
Comunicação escrita: 
correspondências oficiais 
A comunicação escrita é altamente utilizada nas organizações, sejam públicas 
ou privadas. Nas empresas privadas a relação estabelecida é comercial, por isso elas 
produzem correspondências denominadas comerciais ou empresariais. Já os órgãos 
públicos, civis ou militares utilizam-se da redação oficial.
É fundamental para o secretário ter clareza da diferença entre a correspondência 
oficial e empresarial, pois, ao atuar em organizações públicas, elaborará correspondên-
cias oficiais e, ao atuar em organizações privadas, redigirá correspondências empresa-
riais. O trato com a documentação é responsabilidade do secretário, desde a elabora-
ção, emissão, classificação, distribuição, recebimento até o arquivamento.
Neste capítulo é abordada a redação oficial, buscando promover o aperfeiçoa-
mento de habilidades comunicativas para produção de correspondências oficiais. São 
apresentados conceitos e qualidades da redação oficial, bem como exemplos dos seus 
principais tipos.
Redação oficial: qualidades fundamentais 
A correspondência oficial é o meio usado para manter relações de serviço na ad-
ministração pública, nas esferas federal, estadual e municipal. A redação se reveste de 
certas formalidades que são peculiares ao meio. A redação oficial tem como objetivo ra-
cionalizar o trabalho e diminuir custos, por isso preocupa-se com a objetividade e a pre-
cisão da comunicação, logo, é também considerada redação técnica (KASPARY, 2004).
A administração pública tem uma linguagem particular para comunicar seus di-
versos atos no âmbito interno e externo. No entanto, ficou para trás o tempo em que 
se privilegiava o uso de palavras e expressões pomposas, que buscavam impressionar 
o leitor. A prolixidade e redundância dão lugar à simplicidade e espontaneidade, sem, 
no entanto, deixar de ser nobre.
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Observa-se que a administração pública vem buscando maior dinamicidade e ex-
celência em seus processos – fazer mais e melhor em menos tempo e menor esforço 
físico e recursos financeiros – semelhante ao que ocorre no meio empresarial. Com 
esse direcionamento, a redação oficial passa a ser pragmática e informativa, prezando 
pela rapidez e eficácia na transmissão das mensagens. No entanto, também é comum 
nas repartições públicas a resistência a mudanças, no sentido de abandonar expres-
sões e modelos ultrapassados, para que a escrita se torne mais objetiva e criativa.
Kaspary (2004) defende que para a redação oficial, no atual contexto, cumprir o 
seu objetivo de comunicar eficientemente, é necessário que contemple as qualida-
des de objetividade, correção, concisão, clareza, precisão, harmonia e polidez. Vejamos 
cada uma delas.
Na elaboração de qualquer documento, o redator deve ter em mente o receptor, 
adaptando a sua linguagem, vocabulário e estilo de escrita, visto que o objetivo prin-
cipal é que a mensagem seja plenamente compreendida pelo leitor. Por isso, quanto 
mais objetiva for a mensagem melhor. Para Kaspary (2004, p. 19) “[...] o estilo é objetivo 
quando quem escreve se esquece de si mesmo e procura dar uma impressão exata das 
coisas”. Medeiros (2008, p. 85) complementa ao considerar que a redação objetiva “[...] 
é a que apresenta o assunto utilizando, sobretudo, substantivos e verbos, que não se 
desculpa com argumentações falsas, não é melosa nem artificial”.
A correção é uma qualidade básica na redação oficial. O respeito às normas e 
princípios do idioma utilizado, isto é, da gramática, é um requisito fundamental. Para 
Medeiros (2008, p. 74) a “[...] correção é a obediência à gramática. Se, por um lado, a 
excessiva preocupação com o que é errado prejudica a espontaneidade, por outro há 
necessidade de um padrão de linguagem que sirva de instrumento geral de comuni-
cação entre os membros de uma mesma sociedade”.
Não se admite o envio de um documento com erros de digitação, pontuação, 
acentuação, concordância verbal e nominal, evidenciando a importância da correção. 
A linguagem deve ser igualmente formal e acompanhar a evolução da sociedade, pois, 
mesmo baseando-se em modelos ou exemplos de documentos já prontos, é essencial 
fazer adaptações de acordo com o objetivo e momento atual. Os próprios modelos, 
para serem úteis e facilitarem para o redator, devem ser revisados constantemente. 
Caso contrário, causarão uma imagem negativa do emissor e da organização. Isso quer 
dizer que as expressões pomposas, características da redação oficial de décadas ante-
riores, não traduzem mais as demandas atuais.
Em mesma proporção, a redação oficial moderna deve ser concisa, similar à re-
dação empresarial. A concisão se caracteriza pelo uso apenas das palavras, frases e 
expressões necessárias para transmitir o desejado, evitando prolixidades, devaneios 
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ou ideias em segundo plano ou supérfluas. A concisão possibilita o melhor aproveita-
mento do tempo do leitor. Quanto menor o documento e parágrafos, menos desperdí-
cio de tempo e mais facilmente a mensagem é compreendida, o que não significa que 
ideias importantes possam ser prejudicadas.
A clareza é mais uma qualidade da redação oficial, e para tanto, antes de qual-
quer elaboração, o redator deve deter conhecimento suficiente sobre o assunto a ser 
escrito, uma vez que o pensamento deve ser claro para se traduzir em frases claras. 
Quem não conhece o assunto acaba divagando e nada ou pouco informando. Em favor 
da clareza deve-se evitar ambiguidades, isto é, palavras que possibilitam várias inter-
pretações, bem como excessos de opiniões ou fatos que dificultem a compreensão. 
Outro fator importante na clareza está relacionado com frases muito longas e com 
a pontuação. Um texto pontuado inadequadamente pode se tornar ambíguo e até 
incompreensível.
Outra qualidade da redação oficial diz respeito à precisão, que é revelada com o 
emprego de palavras concretas, simples e objetivas, que transmitam aquele sentido 
que o emissor pretendeu dar. Em benefício da precisão, o redator pode evitar pala-
vras complexas, abstratas ou vagas, que evocam vários significados. Do mesmo modo, 
expressões familiares ou coloquiais não são aceitas na redação técnica, sobretudo na 
oficial.
Na mesma linha, segue a importância da harmonia entre as palavras, frases e pa-
rágrafos do documento. As palavras podem ser combinadas e organizadas harmoni-
camente, de forma que possibilitem uma leitura agradável do texto. O cuidado com a 
repetição de palavras e a preferência pela ordem direta favorecem a produção de um 
texto harmônico.
A polidez também é uma qualidade da redação oficial e pode ser usada como 
sinônimo de cortesia. É demonstrada através do tratamento respeitoso, adequado a 
cada receptor, seja de nível superior, igual ou inferior ao do emissor. Refere-se, ainda, à 
prática de boas maneiras no decorrer de todo o documento, o que quer dizer que não 
se trata apenas do vocativo e da despedida da correspondência. Ao contrário, cada pa-
lavra empregada provoca a cortesia, ironia ou rigidez. Para Kaspary (2004, p. 22) “[...] a 
polidez abrange ainda a discrição, qualidade indispensável a todos quantos lidam com 
assuntos oficiais, muitas vezes sigilosos e de publicidade inconveniente”.
Com base no exposto acerca das qualidades da redação oficial, percebe-se que 
o ato da escrita no geral e, em especial, de correspondências oficiais, é um processo 
dinâmico e evolutivo, que precisa ser aprimorado a cada dia. Por isso exige reflexão e 
aprendizagem contínuas do redator. Percebe-se, também, que as expressões estereo-
tipadas, características de um tempo passado, de fato precisam ser totalmente aban-
donadas, dando lugar à informação rápida, objetiva e clara.
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Tratamento na redação oficial 
O emprego dos pronomes de tratamento, especialmente nas correspondências 
oficiais, obedece à tradição secular. O Manual de Redação da Presidência da República 
é a principal fonte de orientação para o uso dos pronomes de tratamento para cada 
autoridade. Sua primeira edição ocorreu em 1991, e foi revisada e atualizada em 2002, 
quando foram abolidos alguns tratamentos, tais como: Digníssimo, Mui(to) Digno, Me-
ritíssimo e Ilustríssimo. Esta segunda edição encontra-se em vigência até os dias de 
hoje.
Com base no Manual de Redação da Presidência da República (2002), seguem os 
respectivos pronomes de tratamento a serem utilizados em correspondências dirigi-
das às autoridades:
Vossa Excelência 
 Autoridades do Poder Executivo:
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
 Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natu-
reza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
 Autoridades do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministros do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;Co
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Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
 Autoridades do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
Vocativo 
Nas correspondências dirigidas aos Chefes de Poder emprega-se, no vocativo, Ex-
celentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal:
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do respec-
tivo cargo:
Senhor Senador:
Senhor Juiz:
Senhor Prefeito:
Senhor Governador:
Endereçamento 
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades trata-
das por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
70064-900 – Brasília. DF
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A Sua Excelência o Senhor
Senador Fulano de Tal
Senado Federal
70165-900 – Brasília. DF
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10.a Vara Cível
Rua ABC, n.o 123
01010-000 – São Paulo. SP
Vossa Senhoria 
É empregado para todas as demais autoridades e para particulares. O vocativo 
adequado é:
Vocativo 
Senhor Fulano de Tal:
Senhor Diretor:
Senhor coordenador:
Endereçamento 
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, n.o 123
12345-000 – Curitiba. PR
Vossa Magnificência 
Empregado por força da tradição em comunicações dirigidas a reitores de 
universidades.Co
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Vocativo 
Magnífico Reitor:
Endereçamento 
A Sua Magnificência o Senhor
Fulano de Tal
Reitor da Universidade Federal do Paraná
Aos poucos, no entanto, Vossa Magnificência vem sendo substituído por Vossa 
Excelência. Nesse caso:
Vocativo 
Senhor Reitor:
Endereçamento 
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Reitor da Universidade Federal do Paraná
Tratamento aos religiosos 
De acordo com a hierarquia eclesiástica, os religiosos recebem os seguintes 
tratamentos:
Pronome 
de tratamento Destinatário Vocativo Endereçamento
Vossa Santidade Papa Santíssimo Padre:
A Sua Santidade o Papa
.....................................
Vossa Eminência Cardeais Eminentíssimo Senhor Cardeal:
A Sua Eminência
Dom..............................
Cardeal de ..................
Vossa Eminência Reve-
rendíssima Cardeais
Eminentíssimo e Reve-
rendíssimo Senhor Car-
deal:
A Sua Eminência Reve-
rendíssima
Dom..............................
Cardeal de ..................
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Pronome 
de tratamento Destinatário Vocativo Endereçamento
Vossa Excelência Reve-
rendíssima Arcebispos e Bispos
Excelentíssimo e Reve-
rendíssimo Senhor Ar-
cebispo:
A Sua Excelência Reve-
rendíssima
Dom..............................
Arcebispo de ..................
Vossa Reverendíssima Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos
Reverendíssimo Monse-
nhor:
A Sua Reverendíssima o 
Monsenhor
Fulano de Tal
Vossa Reverência Sacerdotes, clérigos e demais religiosos Reverendo Padre:
A Sua Reverência o Pa-
dre
Fulano de Tal
Além do exposto, alerta-se que doutor é título acadêmico concedido a quem con-
clui curso de doutorado, e não forma de tratamento. Por isso, deve ser evitado o uso 
indiscriminadamente.
Os pronomes de tratamento e seus respectivos vocativos e endereçamentos com-
põem as correspondências oficiais e devem ser adequadamente empregados para não 
gerar desconforto a certas autoridades. Observá-los, portanto, é função dos que se de-
dicam à redação de atos oficiais.
Tipos e exemplos de correspondências oficiais 
São vários os tipos de correspondências utilizadas nos serviços público, civil e mi-
litar nos âmbitos federal, estadual ou municipal, cada uma com uma finalidade espe-
cífica. Aqui damos ênfase às mais utilizadas, que são: atestado, edital, ofício, parecer, 
requerimento e resolução. Cada um dos tipos de documentos obedece certas normas 
técnicas de elaboração, no entanto, as de formatação são comuns, como segue:
 impressão em folha A4 branca, com letras em cor preta;
 fonte Times New Roman;
 tamanho da letra 12 para o texto, 11 para citações e 10 para notas de rodapé;
 margem superior 3, inferior 2, esquerda 3 e direita 2;
 espaço entrelinhas simples, com 6 pontos após cada parágrafo ou então espa-
çamento entrelinhas 1,5, sem espaços entre parágrafos;
 o início de cada parágrafo do texto pode ter até 2,5cm a partir da margem 
esquerda;
 em documentos com mais de uma página numera-se a partir da segunda;Co
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 os parágrafos do texto podem ser numerados, com exceção do primeiro e do 
último;
 quando o documento for assinado por mais de uma pessoa, à esquer-
da fica a assinatura do superior e à direita assina o responsável pelo teor da 
correspondência;
 quando a correspondência é dirigida a uma pessoa de hierarquia menor, a re-
dação é feita na primeira pessoa do singular. Ex.: “Solicito que providencie...”. 
Já quando o documento se destina a uma hierarquia maior, usa-se a primeira 
pessoa do plural. Ex.: “Solicitamos que seja enviado...”.
A seguir apresenta-se cada um dos principais tipos de correspondência oficial, sua 
finalidade, elementos e exemplo.
Atestado 
Assim como a declaração é utilizada na esfera privada para afirmar a existência 
ou não de um fato ou situação, o atestado é emitido pela esfera pública com a mesma 
finalidade. É um documento mediante o qual “[...] a autoridade comprova um fato ou 
situação de que tenha conhecimento em razão do cargo que ocupa ou da função que 
exerce” (KASPARY, 2004, p. 76).
O atestado diferencia-se da certidão, também utilizada na administração pública, 
visto que o atestado declara fatos ou situações que podem se modificar com frequên-
cia, enquanto a certidão comprova a existência de um fato ou situação permanente. São 
comuns atestados de sanidade mental, de trabalho ou vínculo empregatício.
O atestado é altamente utilizado nas escolaspara comprovar matrícula e frequên- 
cia dos alunos. Uma ressalva é necessária quanto ao uso de atestado pelas escolas pri-
vadas, visto que afirmamos que a emissão de correspondências oficiais é feita apenas 
pela esfera pública. É prática das escolas e universidades privadas e filantrópicas, e, por 
extensão, das públicas, emitir atestados, e essa prática é considerada procedente.
O atestado é composto das seguintes partes:
 timbre do órgão emissor;
 título – ATESTADO – em letra maiúscula;
 texto: exposição do fato ou situação que se atesta, afirma ou declara, normal-
mente num único parágrafo. Pode-se constar o objetivo do documento, a quem 
se destina ou interessa e dados de identificação;
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 local, podendo-se citar a seção, secretaria ou similar responsável pela emis-
são, acompanhado da data de emissão;
 assinatura: nome e cargo ou função da autoridade que atesta.
Observe e diferencie cada uma dessas partes no exemplo que segue, salientando 
que as informações e nomes constantes no exemplo são aleatórios.
Figura 1 – Exemplo de atestado.
1 - Timbre - dados do emissor.
2 - Título. 
3 - Texto.
4 - Local e Data.
5 - Nome e cargo do responsável pela informação.
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Av. Brasil, 233 – Centro
Curitiba/PR - 99010-110
Tel. (41) 2106 1000
A T E S T A D O
Atestamos que o Senhor Mario Quintana, PIS sob número 
12658746210, é nosso funcionário desde 01 de agosto de 1980, e exerce 
a função de secretário. O referido servidor trabalha de segunda a sexta-
feira, das 13 às 19 horas.
Seção de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Curiti-
ba, aos quatro dias do mês de junho de 2010.
Jair Rodrigues,
Encarregado do RH.
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Edital 
Tem a finalidade de tornar público um fato, aviso ou ordem. Uma espécie de no-
tícia que deve ser divulgada para conhecimento das pessoas envolvidas e de todas as 
demais que possam se interessar. Por isso, normalmente é afixado em lugares públicos, 
de fácil acesso à comunidade, bem como publicado em jornais de ampla circulação 
e, principalmente, na internet. Após a publicação do edital, nenhuma pessoa pode 
alegar não conhecer o conteúdo nele mencionado, por isso é um documento bastante 
utilizado.
São objetos de editais a inscrição para casamento, concurso para provimento de 
cargos públicos, convocação para assembleia, concorrência administrativa para con-
tratação de bens ou serviços, intimação, notificação, venda de bens de menores, arre-
matação de bens penhorados, entre outros.
Os elementos a serem constados no edital variam de acordo com a finalidade e 
objeto do mesmo. Os editais de licitação, por exemplo, devem seguir uma regulamen-
tação específica. Os de concurso contemplam desde a(s) vaga(s) disponível(is), remu-
neração, prazo de inscrições, até mesmo o conteúdo da prova. Apesar das diferenças, 
todos os editais possuem, pelo menos, quatro partes:
 timbre do órgão expedidor;
 título – é a denominação do ato, normalmente seguido pelo respectivo 
número e data de expedição. Também se usa no título a sua finalidade, por 
exemplo, edital de casamento. Quando não se usa a data de expedição no 
título ela deve aparecer logo depois do texto;
 ementa – é uma espécie de resumo de que trata o edital, porém, não é obriga-
tório. É mais comum em editais extensos, pois, nesses casos, facilita o leitor;
 texto – o desenvolvimento do assunto em forma de parágrafos. Caso haja 
vários parágrafos, é pertinente numerá-los com algarismos arábicos a partir 
do segundo parágrafo. O texto também pode ser subdividido em itens e alí-
neas, de acordo com a necessidade. Pode-se citar a legislação que embasa o 
conteúdo do edital;
 assinatura – consta o nome e cargo/função da autoridade competente;
 visto – alguns órgãos expedidores exigem o visto de um funcionário hierar-
quicamente superior do que assinou. Nesses casos, escrevem-se a palavra 
“Visto”, seguida do nome e cargo ocupado pelo assinante.
Para melhor compreensão, apresenta-se um exemplo de edital, destacando que 
as informações e nomes constantes no exemplo são fictícios.
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GOVERNO ESTADUAL DO PARANÁ
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
EDITAL Nº15 de 01 de junho de 2010
A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO torna público que receberá propostas para 
a concorrência pública referente à aquisição de merenda escolar para as escolas do 
Estado, de acordo com o projeto e especificações disponíveis nos anexos 1, 2 e 3 do 
presente edital. As propostas e documentos (anexo 4) serão recebidos no dia 30 de 
julho de 2010, às 14 horas, na Avenida XII, nº 350, Centro, Curitiba, Paraná.
João Costa Larga,
Ministro de Educação.
1 - Órgão Expedidor.
4 - Assinatura.
2 - Título.
3- Texto. Para deixar o exemplo curto, optamos por citar anexos. Normalmente todas as informações do edital 
constam no próprio texto, utilizando quantas páginas forem necessárias e não em anexo. 
Figura 2 – Exemplo de edital.
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3
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Ofício 
O ofício é a correspondência oficial mais comum, normalmente utilizado para 
tratar de assuntos administrativos ou sociais: informar, solicitar, agradecer, comunicar, 
convidar. Assim como a carta é emitida pela esfera privada, o ofício é emitido pela pú-
blica com as mesmas finalidades. O ofício pode, no entanto, se dirigir a outra autorida-
de ou órgão público, a um particular ou a uma empresa. Quando enviado para vários 
destinatários, adquire o papel de ofício-circular.
A redação e formatação do ofício evoluíram bastante, aproximando-se muito da 
carta. Evoluíram justamente para atender as demandas atuais da administração públi-
ca, ligadas à excelência nos serviços e a melhor gestão do tempo. Assim, certas expres-
sões estereotipadas ficaram para trás, tornando o documento mais objetivo, simples, 
claro e de fácil entendimento, que é o propósito da comunicação escrita.
No tocante aos elementos do ofício, vamos aqui tratar dos que não podem faltar 
no documento, visto que alguns são desnecessários e outros facultativos, mas ainda 
aparecem por não terem sido totalmente abolidos da prática. Como vivenciamos um 
momento de transição dessa nova cultura na administração pública, destaca-se a im-
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ondências oficiais
portância dos secretários revisarem os “modelos” de correspondências em uso, man-
tendo apenas as informações e partes essenciais, como posto na sequência.
 Timbre – informações de identificação do emissor, tais como nome, endereço, 
contatos telefônico e virtual, centralizadas na folha.
 Índice e número: todos os ofícios devem conter as iniciais (sigla) do expedi-
dor e ser numerados numa sequência lógica de emissão. Essa numeração é 
reiniciada a cada ano. Exemplo: ofício DP n.º 05. Nesse caso, é o quinto ofício 
emitido pelo departamento pessoal no ano. Não há necessidade de o número 
ser acompanhado pelo ano justamente porque o próximo elemento é a data. 
Esse elemento deve ser alinhado à esquerda.
 Local e data: devem aparecer no documento na mesma linha que o índice e 
alinhados à direita.
 Vocativo: tratamento e/ou cargo/função do destinatário, seguido de dois 
pontos. O tratamento utilizado deve ser de acordo com o cargo e autoridade e 
também deve combinar com o tratamento no endereçamento do documento, 
como visto no tópico 2, Tratamento na redação oficial.
 Se o ofício for dirigido a chefes do poder, por exemplo, usa-se no vocativo:
 ExcelentíssimoSenhor Presidente do Congresso Nacional:
 Se o ofício for dirigido ao diretor da escola, utiliza-se no vocativo:
 Senhor Diretor:
 Texto: exposição do assunto, com introdução, desenvolvimento e conclusão. 
Elaboram-se quantos parágrafos forem necessários, mas apenas os necessá-
rios. Nada de prolixidades, devaneios ou supérfluos. Muito cuidado com ex-
pressões pomposas que servem apenas para impressionar o leitor. Para textos 
longos, enumeram-se os parágrafos em números arábicos, com exceção do 
primeiro.
 Quanto à introdução do texto, a recomendação é iniciar pelo verbo:
 Informamos que...
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 Comunicamos a Vossa Senhoria que...
 Solicitamos que o Senhor...
 Lembramos Vossa Excelência que...
 Recebemos o ofício DP n.º 05 datado de...
 Evite expressões como as que seguem, visto que são descontextualizadas:
 Vimos por meio deste, comunicar a Vossa Excelência que...
 No momento em que saudamos Vossa Excelência, comunicamos que...
 Este tem por objetivo solicitar a Vossa Senhoria que nos informe...
 Damos em nosso poder o ofício que trata sobre...
 Fecho: cumprimento final ou fórmula de despedida, alinhado ao parágrafo e 
com vírgula. O ideal é resumir o fecho a uma palavra.
 Para autoridades de mesma hierarquia ou inferiores:
 Atenciosamente,
 Para autoridades superiores:
 Respeitosamente,
Os fechos que seguem e outros similares revelam arcaísmos que marcam a reda-
ção oficial e que devem ser aos poucos totalmente substituídos.
 Com protestos de estima e apreço...
 Sendo o que se nos oferece para o momento...
 Limitamos ao exposto...
 Sem mais para o momento...
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ondências oficiais
 Na expectativa de suas providências, subscrevemo-nos...
 Aproveitamos o ensejo para reafirmar a V. Exa. nossos protestos de elevada 
estima e distinta consideração.
 Assinatura: nome do signatário e seu respectivo cargo ou função. Após o 
nome usa-se vírgula e após o cargo o ponto final, já que se trata de um verda-
deiro aposto. Observe o exemplo:
 Fulano de Tal,
 Diretor.
 Endereçamento: compreende o tratamento, cargo/função do destinatário, 
seguidos da localidade de destino. Como forma de cortesia, pode-se também 
citar o nome civil do destinatário, porém não é obrigatório. O endereçamento 
é redigido à margem esquerda e inferior da folha, ocupando geralmente duas 
ou três linhas. O Manual de Redação da Presidência da República (2002), en-
tretanto, prevê o endereçamento após a data. Mesmo que o documento tenha 
mais de uma folha o endereçamento deve aparecer na primeira. Exemplo:
 Ao Senhor Diretor do Hospital Municipal,
 NESTA CIDADE.
 A Sua Excelência a Senhora,
 Yeda Crusius,
 Governadora do Estado do Rio Grande do Sul.
 Senhor Fulano de Tal,
 Diretor da Escola Menino Deus,
 CURITIBA/PR.
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 Timbre 
Índice e número Local e data.
Vocativo:
Texto 
Fecho,
Nome do signatário,
Cargo/função.
Endereçamento 
Figura 3 – Esquema de ofício.
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ondências oficiais
Parecer 
Documento escrito em que uma autoridade, por solicitação de outra ou por interes-
se próprio, expõe o seu entendimento a respeito de determinado assunto, fato ou situ-
ação, após criteriosa análise. O parecer busca esclarecer dúvidas, indicar e fundamentar 
soluções acerca do assunto. Amplamente utilizado no meio jurídico, sendo que o jurista, 
embasado em razões doutrinárias, concluiu por uma solução que deve ser aplicada ao 
caso. Em síntese, “é um ato de procedimento administrativo que indica e fundamenta so-
lução para determinado assunto tratado” (MEDEIROS, 2008, p. 316).
O parecer pode ter caráter administrativo, quando se refere a assunto burocrático, 
ou caráter científico e técnico, quando está relacionado à matéria específica (MEDEIROS, 
2008). Kaspary (2004, p. 161) classifica o parecer em:
a) normativo: aquele que se aprovado torna-se obrigatório aos casos futuros 
idênticos;
b) vinculante: aquele cuja decisão da autoridade solicitante está comprometida 
às conclusões do documento;
c) facultativo: aquele em que a autoridade solicitante não é obrigada a conside-
rar as conclusões do documento.
O parecer é composto dos seguintes elementos:
 número do respectivo processo, na margem superior, centralizado na folha;
 título – PARECER – seguido do número de ordem e data;
 ementa – que é o resumo do assunto – adotado quando o parecer é mais longo;
 texto, que compreende a introdução com o histórico do processo e fato em aná-
lise; análise do fato e a conclusão clara e objetiva do assunto. Pode-se fazer refe-
rência a outros documentos, legislações, bem como subdividir o texto em itens e 
alíneas;
 fecho com a denominação do órgão a que pertence o redator (sigla), data, assi-
natura e cargo/função de quem emite o parecer.
A título de exemplificação, apresenta-se o parecer do assessor da Federação Nacional 
dos Secretários e Secretárias (Fenassec) acerca da obrigatoriedade do registro profissional 
para participação em concursos públicos na área, datado de março de 2009.
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PARECER JURÍDICO n.º 19/2008
Endereçado à Fenassec, aprovado em reunião de diretoria do dia 
27/03/2009
Obrigatoriedade do registro profissional em concurso público
Este parecer tem a finalidade de demonstrar a importância para a coletividade e a 
necessidade da formação do profissional de Secretariado, e a obtenção do registro 
nos termos da lei 7377/85 seja como técnico, tecnólogo ou portador de diploma de 
curso superior, para concorrer às vagas para os cargos de Técnico em Secretariado, 
Tecnólogo em Secretariado e Secretário Executivo que são oferecidas pela adminis-
tração pública direta e indireta, tudo de acordo com o princípio da eficiência esta-
belecido pela Carta Magna de 1988 (artigo 37 CF).
Introduzido de maneira expressa em nossa constituição, este princípio impõe ao 
Poder Público a busca pelo aperfeiçoamento na prestação de seus serviços, como 
forma de chegar à preservação dos interesses que representa.
Pode-se sentir sua presença em diversos dispositivos do texto constitucional, que 
surgem como desdobramento natural na busca pela otimização das atividades 
administrativas.
Como desdobramento deste princípio, é conveniente anotar a obrigação atribuída à 
União, aos Estados e aos Municípios de manutenção de Escolas do Governo visando 
à formação e ao aperfeiçoamento dos servidores, constituindo a participação nestes 
cursos requisito para a promoção na carreira. (artigo 39 §7.º).
A administração deve buscar, por conseguinte, a eficiência consoante com a pre-
visão deste princípio expresso no texto constitucional, por intermédio da Emenda 
Constitucional 19/98.
Destarte, bem antes desse período, existiam previsões em diversos diplomas legais, 
podendo-se destacar aquelas contidas nas Lei 8.078/90, art. 22 e na Lei 8.987/95, 
que em seu artigo 6.º, inclui, entre as características do serviço público, a adequação 
à eficiência.
Sob este prisma, observa-se que a profissão do secretário é reconhecida há mais de 
vinte e três anos e que, hoje, existem no país vários cursos profissionalizantes, sejam 
eles técnicos, tecnológicos, bacharéis e de pós-graduação, além de profissionais ins-
critos nas Superintendências do Ministério do Trabalho e Emprego por cumprirem 
os requisitos contidos na Lei 7377/85, alterada pela Lei 9261/96 . in verbis:
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ondências oficiais
“Art. 3.º É assegurado o direito ao exercício da profissão aos que, embora não habi-
litados nos termos do artigo anterior, contem pelo menos cinco anos ininterruptos 
ou dez anos intercalados de exercício de atividades próprias de secretaria, na data 
da vigência desta Lei.”
Por conseguinte, há de se reconhecer que, a bem da eficiência exigida pela nossa 
Constituição Federal, se faz mister a exigência do diploma em secretariado, ou do 
competente registro junto ao MTE para consecução das vagas abertas pelo setor 
público.
Para exemplificar, não se espera que o funcionário público, delegado de polícia, 
não detenha conhecimentos jurídicos adquiridos em curso de Ciências Jurídicas e 
Sociais ou que um professor de matemática não tenha especialização nas ciências 
exatas, com licenciatura.
Da mesma maneira, não se pode admitir que um profissional de Secretariado, que 
atue no setor público, não tenha adquirido conhecimentos em sua área de atua-
ção, a não ser por um curso profissionalizante ou pela experiência que lhe conferiu 
o registro profissional.
Posição contrária detém aquele que não conhece a atuação de um profissional de 
Secretariado, suas atribuições e deveres, e a atira na vala comum das funções de 
mero expediente.
Cumpre salientar que tal posição desrespeita a lei, o bom senso e o reconhecimen-
to público, por parte do Poder Executivo, desta profissão que, além do conheci-
mento técnico, é diferenciada em razão de suas atribuições específicas.
Por todo o exposto, é forçoso reconhecer que para atender ao disposto no artigo 
37 da nossa Constituição Federal, especificamente ao princípio da eficiência, os 
concursos públicos para o preenchimento de cargos de secretário devem obser-
var, como exigência mínima, o registro do candidato no Ministério do Trabalho e 
Emprego, pois trata-se de profissão regulamentada e que só deve ser exercida por 
profissionais habilitados. Este é o meu parecer, salvo melhor juízo.
Dr. Marco Antonio Oliveira Rocha da Silva Júnior
OAB - SP N.º 222.173
Assessor da Fenassec
Figura 4 – Exemplo de parecer.
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Requerimento 
Documento pelo qual se pede ou se solicita algo que é justo ou legal a uma auto-
ridade pública. Não se trata de uma correspondência empresarial, mas também é utili-
zado pelo setor privado, pessoas físicas e jurídicas, no relacionamento com as diversas 
repartições públicas. Ainda pode-se encaminhar requerimento aos estabelecimentos 
de ensino particular. Compõem um requerimento:
 Vocativo – tratamento e nome da autoridade, e não o nome civil da pessoa.
 Identificação e qualificação do requerente – dados de acordo com a nature-
za da solicitação e as exigências da repartição a que se destina o documento. 
Deve ser elaborado sempre na terceira pessoa. Ex.: FULANO DE TAL requer.
 Texto – exposição do pedido. Podem-se citar leis, decretos, portarias que jus-
tifiquem o direito do pedido, bem como apresentar os motivos e/ou finali-
dades da solicitação, levando em conta a linguagem clara, simples, precisa e 
concisa.
 Fecho – expressões costumeiras que encerram o documento:
 Nestes termos,
 Pede deferimento.
 Termos em que pede deferimento.
 Espera deferimento.
 Aguarda deferimento.
 Pede deferimento.
 Local e data;
 Assinatura.
Na sequência, apresenta-se um exemplo de requerimento, destacando, mais uma 
vez, que os nomes e informações nele constante são fictícios.
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Senhor Secretário Municipal de Habitação de Passo Fundo
MARIA DO ROSÁRIO, brasileira, viúva, aposentada, portadora 
do CPF 123456789-01, residente e domiciliada na cidade de Passo 
Fundo, proprietária do imóvel registrado sob matrícula 4567XX, requer 
à Vossa Senhoria a isenção do imposto predial e territorial urbano (IPTU), 
referente ao ano de 2009, de acordo com o que estabelece a Lei nº 125 
de 2007. 
Nestes termos,
pede deferimento. 
Passo Fundo, 05 de março de 2008.
Maria do Rosário.
Figura 5 – Exemplo de requerimento.
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Resolução 
Ato de uma autoridade por meio da qual decide, ordena ou determina certa 
medida. Trata-se do estabelecimento de normas regulamentares acerca de assuntos 
de ordem administrativa. Medeiros (2008, p. 324) afirma que significa, “em direito pú-
blico ou administrativo, determinação ou deliberação”. Por isso, também pode ser de-
nominada deliberação.
A resolução compreende quatro elementos principais:
 título – resolução, acompanhado do número de ordem e da data de emissão;
 ementa – resumo do assunto;
 texto – inicialmente deve aparecer a fundamentação legal que baseia a deci-
são tomada, podendo utilizar a expressão considerando para justificar, seguin-
do com a expressão resolve. Na sequência é exposta a determinação. O texto 
pode ser divido em artigos, itens e alíneas, conforme a necessidade;
 assinatura e cargo da autoridade emissora.
A título de exemplificação de resolução, apresenta-se como leitura complementar 
a resolução do Conselho Nacional de Educação que estabelece as diretrizes curricula-
res nacionais dos cursos superiores de tecnologia.
Texto complementar
Resolução CNE/CP 3, de 18 de dezembro de 2002
Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a organização e o 
funcionamento dos cursos superiores de tecnologia.
O Presidente do Conselho Nacional de Educação, de conformidade com o dis-
posto nas alíneas “b” e “d” do artigo 7.º, na alínea “c” do §1.º e na alínea “c” do §2.º do 
Artigo 9.º da lei 4.024/61, na redação dada pela Lei Federal 9.131, de 25 de novem-
bro de 1995, nos artigos 8.º, §1.º, 9.º, Inciso VII e §1.º, 39 a 57 da Lei 9.394, de 20 de 
novembro de 1996 (LDBEN), nos Decretos 2.208, de 17 de abril de 1997, e 3.860, de 
9 de julho de 2001, e com fundamento no Parecer CNE/CES 436/2001 e no Parecer 
CNE/CP 29/2002, homologado pelo Senhor Ministro da Educação em 12 de dezem-
bro de 2002, resolve:
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Art. 1.º A educação profissional de nível tecnológico, integrada às diferentes formas 
de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, objetiva garantir aos cidadãos o 
direito à aquisição de competências profissionais que os tornem aptos para a inser-
ção em setores profissionais nos quais haja utilização de tecnologias.
Art. 2.º Os cursos de educação profissional de nível tecnológico serão designados 
como cursos superiores de tecnologia e deverão:
I - Incentivar o desenvolvimento da capacidade empreendedora e da compreensão 
do processo tecnológico, em suas causas e efeitos;
II - Incentivar a produção e a inovação científico-tecnológica, e suas respectivas apli-
cações no mundo do trabalho;
III - Desenvolver competências profissionais tecnológicas, gerais e específicas, para a 
gestão de processos e a produção de bens e serviços;
IV - Propiciar a compreensão e a avaliação dos impactos sociais, econômicos e am-
bientais resultantes da produção, gestão e incorporação de novas tecnologias;
V - Promover a capacidade de continuar aprendendo e de acompanhar as mudanças 
nas condições de trabalho, bem como propiciar o prosseguimento de estudos em 
cursos de pós-graduação;
VI - Adotar a flexibilidade, a interdisciplinaridade, a contextualização e a atualização 
permanente dos cursos e seus currículos;
VII - Garantir a identidade do perfil profissional de conclusão de cursoe da respecti-
va organização curricular.
Art. 3.º São critérios para o planejamento e a organização dos cursos superiores de 
tecnologia:
I - O atendimento às demandas dos cidadãos, do mercado de trabalho e da 
sociedade;
II - A conciliação das demandas identificadas com a vocação da instituição de ensino 
e as suas reais condições de viabilização;
III - A identificação de perfis profissionais próprios para cada curso, em função das 
demandas e em sintonia com as políticas de promoção do desenvolvimento susten-
tável do País.
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Art. 4.º Os cursos superiores de tecnologia são cursos de graduação, com caracterís-
ticas especiais, e obedecerão às diretrizes contidas no Parecer CNE/CES 436/2001 e 
conduzirão à obtenção de diploma de tecnólogo.
§1.º O histórico escolar que acompanha o diploma de graduação deverá incluir as 
competências profissionais definidas no perfil profissional de conclusão do respec-
tivo curso.
§2.º A carga horária mínima dos cursos superiores de tecnologia será acrescida do 
tempo destinado a estágio profissional supervisionado, quando requerido pela na-
tureza da atividade profissional, bem como de eventual tempo reservado para tra-
balho de conclusão de curso.
§3.º A carga horária e os planos de realização de estágio profissional supervisionado 
e de trabalho de conclusão de curso deverão ser especificados nos respectivos pro-
jetos pedagógicos.
Art. 5.º Os cursos superiores de tecnologia poderão ser organizados por módulos que 
correspondam a qualificações profissionais identificáveis no mundo do trabalho.
§1.º O concluinte de módulos correspondentes a qualificações profissionais fará jus 
ao respectivo Certificado de Qualificação Profissional de Nível Tecnológico.
§2.º O histórico escolar que acompanha o Certificado de Qualificação Profissional de 
Nível Tecnológico deverá incluir as competências profissionais definidas no perfil de 
conclusão do respectivo módulo.
Art. 6.º A organização curricular dos cursos superiores de tecnologia deverá contem-
plar o desenvolvimento de competências profissionais e será formulada em conso-
nância com o perfil profissional de conclusão do curso, o qual define a identidade 
do mesmo e caracteriza o compromisso ético da instituição com os seus alunos e a 
sociedade.
§1.º A organização curricular compreenderá as competências profissionais tecno-
lógicas, gerais e específicas, incluindo os fundamentos científicos e humanísticos 
necessários ao desempenho profissional do graduado em tecnologia.
§2.º Quando o perfil profissional de conclusão e a organização curricular incluírem 
competências profissionais de distintas áreas, o curso deverá ser classificado na área 
profissional predominante.
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Art. 7.º Entende-se por competência profissional a capacidade pessoal de mobilizar, 
articular e colocar em ação conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessá-
rios para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do 
trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico.
Art. 8.º Os planos ou projetos pedagógicos dos cursos superiores de tecnologia a 
serem submetidos à devida aprovação dos órgãos competentes, nos termos da le-
gislação em vigor, devem conter, pelo menos, os seguintes itens:
I - justificativa e objetivos;
II - requisitos de acesso;
III - perfil profissional de conclusão, definindo claramente as competências profissio-
nais a serem desenvolvidas;
IV - organização curricular estruturada para o desenvolvimento das competências 
profissionais, com a indicação da carga horária adotada e dos planos de realiza-
ção do estágio profissional supervisionado e de trabalho de conclusão de curso, se 
requeridos;
V - critérios e procedimentos de avaliação da aprendizagem;
VI - critérios de aproveitamento e procedimentos de avaliação de competências pro-
fissionais anteriormente desenvolvidas;
VII - instalações, equipamentos, recursos tecnológicos e biblioteca;
VIII - pessoal técnico e docente;
IX - explicitação de diploma e certificados a serem expedidos.
Art. 9.º É facultado ao aluno o aproveitamento de competências profissionais ante-
riormente desenvolvidas, para fins de prosseguimento de estudos em cursos supe-
riores de tecnologia.
§1.º As competências profissionais adquiridas em cursos regulares serão reconheci-
das mediante análise detalhada dos programas desenvolvidos, à luz do perfil profis-
sional de conclusão do curso.
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