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S15P1 - As dores do mundo

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Jorge Vinícius Silva Cristo 
2023.1 
“Lembre de olhar 
para as estrelas, não 
para seus pés” 
Dr. S. H. 
Jorge Vinícius Silva Cristo – TXXXII/UNISL 
 
 
 Dor articular mecânica: artralgia; 
 Dor articular inflamatória: artrite, apresenta 
sinais flogísticos 
 A dor pode afetar uma ou mais articulações, 
dessa forma, caso envolva mais de uma, pode assim 
ser classificada: 
 Oligoarticular: comprometendo ≤ 4 
articulações; 
 Poliarticular: envolvendo > 4 articulações. 
 
 As artralgias devem ser diferenciadas das 
artrites pois são duas entidades clínicas comuns na 
prática médica e que podem ser sintomas iniciais de 
diversas doenças. 
 As artralgias são manifestações dolorosas 
sem sinais de inflamação local. As principais causas 
são: 
 Trauma direto sobre articulação; 
 Movimentos repetitivos; 
 Postura inadequada; 
 Pressão mecânica extrínseca; 
 Sobrecarga mecânica sobre a articulação; 
 Alterações degenerativas 
 Alterações senis; 
 Lesões de cápsulas, tendões e ligamentos. 
As artrites costumam estar associadas a 
infecção sistêmica ou doença inflamatória sistêmica. 
O examinador deve comparar articulações 
 
 
homólogas, procurando reconhecer aumento de 
volume, rubor, atrofia, desalinhamento articular, 
deformidades, nódulos e fístulas. 
 O acometimento poliarticular agudo 
geralmente está associado a: 
 Infecção viral; 
 Surto de doença inflamatória sistêmica; 
 Gota. 
Quadros crônicos costumam se relacionar 
com: 
 Artrite reumatoide; 
 Espondilite anquilosante 
 Artrite 
 
Causa Achados 
sugestivos 
Diagnóstico 
Febre 
reumática 
Dor migratória 
e assimétrica, 
manifestações 
sistêmicas 
(febre), sinais 
e sintomas de 
disfunção 
cardíaca 
Critérios de 
Jones 
Testes para 
estreptococos 
ECG e 
ecocardiogra
ma 
Hemoglobinopa
tias 
Dor articular 
por vezes 
simétrica, 
frequente em 
afrodescenden
tes 
Eletroforese 
de 
hemoglobina 
Artrite infeciosa 
bacteriana 
Artrite aguda 
com dor forte 
e derrame 
articular 
Às vezes, 
imunossupress
Artrocentese 
Etiologia 
 Compreender como diferenciar e diagnosticar as dores articulares inflamatórias de mecânicas; 
 Conhecer os fatores de risco associados a dores articulares inflamatórias e mecânicas. 
 Estudar a classificação da dor articular. 
Jorge Vinícius Silva Cristo – TXXXII/UNISL 
ão ou fatores 
de risco de 
infecções 
sexualmente 
transmissíveis 
Lúpus 
eritematoso 
sistêmico 
Manifestações 
sistêmicas, 
como 
exantema (p. 
ex., eritema 
malar), lesões 
mucosas (p. 
ex., úlceras 
orais), serosite 
(p. ex., pleurite 
e pericardite), 
glomerulonefri
te 
Anticorpos 
antinucleares, 
anti-dsDNA, 
hemograma 
completo 
(leucopenia ou 
trombocitope
nia) 
Espondilite 
anquilosante 
Dor e rigidez, 
piora com 
atividade 
Radiografia 
da coluna 
lombossacral 
Endocardite 
infecciosa 
Artralgia ou 
artrite 
Sintomas 
sistêmicos, 
como febre, 
sudorese 
noturna, 
exantema, 
perda 
ponderal, 
sopro cardíaco 
Hemoculturas 
Ecocardiograf
ia 
 
 
 
 As origens articulares da dor situam-se no 
interior da articulação. As origens periarticulares da 
dor situam-se nas estruturas que envolvem a 
articulação (p. ex., tendões, ligamentos, bursas, 
músculos). 
 A sinóvia e a cápsula articular são as 
principais origens de dor no interior de uma 
articulação. A membrana sinovial é o principal local 
atingido pela inflamação (sinovite). A dor que atinge 
várias articulações na ausência de inflamação pode 
ser decorrente do aumento da flexibilidade articular 
e de trauma excessivo, como na síndrome de 
hipermobilidade benigna. 
 Geral, a causa da dor difere para cada tipo 
de doença: 
Doença reumatoide 
 Afecção crônica, de etiologia desconhecida, 
mas com envolvimento de autoimunidade, que 
costuma afetar articulações, mas também pode 
acometer pulmões, coração e nervos periféricos. 
 Clinicamente, a doença reumatoide 
manifesta-se por poliartrite evolutiva, de caráter 
crônico, não migratória, bilateral e simétrico, com 
deformação das articulações, em consequência da 
anquilose e da fusão das extremidades epifisárias, 
que pode provocar, inclusive, o desaparecimento da 
articulação. 
 
Doença reumática 
 Também de caráter crônico e autoimune, 
relaciona-se com infecção por estreptoco beta-
hemolítico do grupo A. é uma complicação tardia da 
doença, que também pode afetar as valvas 
cardíacas. 
 Por mimetismo molecular, o sistema imune 
finda atacando as articulações. Estas apresentam 
sinais de artrite com caráter migratório, isto é, a 
artrite vai passando de uma articulação para outra, 
sem deixar sequelas, ao contrário da artrite 
reumatoide, que provoca deformidades. 
 Para diagnóstico, utiliza-se os critérios de 
Jones, que descrevem sinais maiores e menores. 
 
Fisiopatologia 
Jorge Vinícius Silva Cristo – TXXXII/UNISL 
Artrose 
É uma doença articular degenerativa que 
acomete indivíduos de ambos os sexos, em geral 
após a quinta década da vida, não tendo 
preferência por raça ou cor. 
É uma doença localizada da cartilagem 
articular, não ocorrendo fenômenos inflamatórios 
sistêmicos, nem comprometimento do estado geral. 
Vários fatores são mencionados na patogenia 
da artrose, destacando-se a idade, a obesidade, o 
clima, a dieta, os traços genéticos e as alterações 
da mecânica articular. 
 
 O diagnóstico baseia-se nos dados clínicos, 
auxiliados pelos exames de imagem, que evidenciam 
diminuição do espaço articular (pinçamento 
articular), proliferação óssea marginal (osteofitose) 
e esclerose do osso subcondral. Os exames 
laboratoriais mostram-se normais. 
Síndrome do túnel do carpo 
 Pode ser isolada ou associada a doenças 
sistêmicas. O túnel pode ser estreitado por 
hipertrofia do tecido conjuntivo e edema do nervo. 
Pode haver fatores que alterem as dimensões do 
túnel, como acromegalia, mixedema, amiloidose, 
artrite reumatoide, tenossinovites, traumas locais, 
gravidez, osteoartrose do punho, neoplasias e 
linfedema. 
Contudo, a síndrome do túnel do carpo pode 
ocorrer sem qualquer causa aparente, incidindo 
preferencialmente em mulheres de meia-idade e em 
trabalhadores manuais (lavadeiras de roupa, 
ordenhadores, trabalhadores com perfuradoras e 
digitadores), sendo uni ou bilateral. 
A síndrome inicia-se com parestesias do tipo 
formigamento que, com o passar do tempo, tendem 
a ser constantes. Posteriormente, aparece dor ao 
nível do punho e diminuição da força no movimento 
de pinça do polegar. Dor tipo choque ou faísca, ou 
dor contínua no punho, com irradiação distal e 
também retrogradamente para o antebraço pode 
ocorrer. 
 
 A avaliação deve determinar se as 
articulações ou estruturas periarticulares, ou 
ambas, são a causa dos sintomas ou se há 
inflamação. Sintomas e achados extra articulares, 
que podem sugerir doença inflamatória sistêmica 
específica, também devem ser procurados e 
avaliados, particularmente se houver inflamação 
nas articulações. 
A história da doença atual deve identificar 
as características da dor articular, sintomas 
articulares associados e sintomas sistêmicos. Entre 
as características importantes do sintoma articular 
estão gravidade do início (p. ex., abrupto, gradual), 
padrões temporais (p. ex., variação diurna, 
persistente ou intermitente), duração (p. ex., aguda 
ou crônica) e fatores agravantes e atenuantes (p. 
ex., repouso, atividade). 
Deve-se perguntar ao paciente sobre contato 
sexual sem proteção (indicando risco de artrite 
infecciosa bacteriana com infecção gonocócica 
disseminada), picada de carrapatos ou se ele reside 
ou viaja para uma área onde a doença de Lyme é 
endêmica. 
Os sintomas mais comuns das enfermidades 
articulares são: 
 Dor (artralgia): 
 Aguda => gota, bursite, artrite 
séptica; 
 Crônica => artrite reumatoide, 
artrose. 
 Sinais inflamatórios (artrite); 
 Rigidez pós-repouso ou rigidez matinal => 
relacionada com inflamações,decorre do 
acúmulo de exsudatos produzidos pela 
inflamação; 
 Crepitação articular =>sinal característico 
de comprometimento da cartilagem articular 
Avaliação clínica 
Jorge Vinícius Silva Cristo – TXXXII/UNISL 
e está presente em todos os processos com 
degeneração daquele elemento, como ocorre 
nas artroses e nas artropatias neurogênicas; 
 Manifestações sistêmicas => febre, astenia, 
perda de peso e anorexia 
No exame físico, é feita inspeção, palpação e 
movimentação das articulações. 
Inspeção: deve-se analisar articulações 
homólogas, buscando: 
 Aumento de volume 
 Rubor 
 Desalinhamento articular 
 Deformidades 
 Nódulos 
 Fístulas 
Também é útil a verificação da relação ente 
a altura e a massa do paciente, pensando em 
sobrecarga das articulações. 
Palpação: é possível determinar a causa do 
aumento do volume articular, a presença de pontos 
hipersensíveis no nível da linha interarticular e em 
outras áreas, a presença de tumorações (nódulos, 
ossificações, neoplasias) e o aumento da 
temperatura local. A presença de calor local é sinal 
seguro de processo inflamatório. 
Ainda pela palpação, é possível caracterizar 
crepitações que, quando grosseiras e no nível das 
articulações, denotam comprometimento da 
cartilagem articular, significando degeneração 
articular. 
Exame das articulações: importante avaliar 
a amplitude da movimentação das articulações, se 
há dor ao longo do movimento e em quais destes é 
referido dor. 
 
 O distúrbio subjacente é tratado sempre que 
possível. Doenças inflamatórias sistêmicas podem 
precisar de imunossupressão ou de antibióticos 
determinados de acordo com o diagnóstico. 
A inflamação das articulações geralmente é 
tratada de forma sintomática com AINEs. A presença 
de dor sem inflamação geralmente é tratada de 
forma mais segura com acetaminofen. Às vezes, a 
imobilização da articulação com tala ou tipoia pode 
aliviar a dor. 
A termoterapia pode ser analgésica nas 
doenças articulares inflamatórias. Como a 
poliartrite crônica pode resultar em inatividade e 
atrofia muscular secundária, a atividade física 
continuada deve ser incentivada. 
Referências: 
Semiologia médica, 8ª ed. 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%
BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-
musculoesquel%C3%A9tico/dor-articular-e-
periarticular/dor-poliarticular. 
 
Tratamento 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/dor-articular-e-periarticular/dor-poliarticular
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/dor-articular-e-periarticular/dor-poliarticular
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/dor-articular-e-periarticular/dor-poliarticular
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/dor-articular-e-periarticular/dor-poliarticular

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