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APG 29 - Artralgias

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OBJETIVOS: 
1. Compreender a classificação da dor articular 
2. Entender a diferença entre dor inflamatória e mecânica para realizar o diagnóstico 
3. Analisar os fatores de risco para a dor articular 
DEFINIÇÃO: 
A dor articular é qualquer dor que ocorra na região de uma articulação, se relacionando com a mobilização ativa e 
passiva e melhorando com repouso. 
A dor articular pode ser de etiologia traumática, degenerativa ou inflamatória 
As artralgias se associam com o comprometimento articular, podendo restringir os movimentos ou até mesmo tornar 
o indivíduo incapaz de movimentar a determinada articulação 
CLASSIFICAÇÃO DA DOR ARTICULAR: 
A dor articular é classificada de acordo com o número de articulações acometidas (localização), causa da dor, 
intensidade, características e duração da dor 
OBS: manifestações como dor, calor, rubor (sinais flogísticos) indicam etiologia inflamatória. 
DIFERENTES CLASSIFICAÇÕES PARA A DOR ARTICULAR: 
LOCALIZAÇÃO: DURAÇÃO: INTENSIDADE: CARACTERÍSTICAS: CAUSA: 
• Monoarticular: 1 
articulação 
acometida 
 
• Aguda: <6 
semanas 
• Leve • Latejante Monoarticular: 
• Lesão, fratura, entorse 
• Artrite reumatoide ou osteoartrite 
• Infecções fúngicas ou bacterianas 
• Inflamação (gota ou artrite 
psoriásica 
• Oligoarticular: 2 a 
4 articulações 
acometidas 
 
• Crônica: >3 
meses 
• Moderada • Lancinante Oligoarticular: 
• Artrite reumatoide infantil 
• Artite psoriásica 
• Espondilite anquilosante 
• Lesões, fraturas e contusões 
• Poliarticular: >4 
articulações 
acometidas 
 
 • Grave • Queimação Poliarticular: 
• Artrite reumatiude 
• Lúpus eritematoso sistêmico 
• Fibromialgia 
• Infecções como hepatite C, doença 
de Lyme ou artrite séptica 
• Osteoartrite 
• Gota 
 
1. MONOARTICULAR: 
Na maioria das vezes está associada à dor aguda, e as principais causas são respectivamente: lesões (25%), artrite 
(reumatoide, desgaste de cartilagem como a osteoartrite), infecções 15% (artrite séptica), doenças inflamatórias 10% 
(gota, entre outras), tumores (5%) 
→ Monoartrite aguda: é uma emergência médica pela elevada intensidade dos sintomas e pela possibilidade de 
a artrite séptica levar a destruição articulas ou septicemia. O líquido sinovial deve ser sempre aspirado, 
analisado e cultivao para investigação de artrite infecciosa, exceto em casos que há trauma como causa 
evidente. 
→ Monoartitrite crônica: geralmente ocorre por doença reumática, em que o líquido sinovial apresenta 
características inflamatórias, afastando osteoartrose; a cultura pode revelar artrite tuberculosa ou fúngica. 
 
2. OLIGOARTICULAR: 
→ Oligoartrite Aguda: geralmente associada a processo inflamtorio e a causa infecciosa deve ser sempre 
descartada. A etiologia mais comum em jovens sexualmente ativos é a artrite gonocócica. As 
espondiloartropatias, tipicamente, manifestam-se como oligoartrite, mas, entre elas, a artrite reativa é a que 
mais comumente tem um curso agudo, e, no início da doença, pode ser confundida com a artrite gonocócica. 
Artrites virais e sistêmicas como a artritereumatoide e LES. 
→ Oligoartrite Crônica: As espondiloartropatias são as causas mais comuns de oligoartrites inflamatórias 
crônicas. As manifestações extraarticulares ajudam no diagnostico mas costumam passar despercebidas 
(lesões psoriásicas no couro cabeludo, cicatriz umbilical e pavilhão auricular, lesões mucosas na artrite reativa, 
diarreia intermitente na doença inflamatória intestinal e uveíte em todas elas). A osteoartrose de grandes 
articulações, por outro lado, provoca um acometimento não-inflamatório dos quadris e dos joelhos e não 
costuma apresentar grandes dificuldades diagnósticas. 
 
3. POLIARTICULAR: 
• Na maioria das vezes está associada a doenças sistêmicas 
• As principais causas são respectivamente: gota em fase crônica, osteoartrose, infecções virais, artrite reumatoide, 
febre reumática, espondiloartrites 
• São divididas em inflamatórias ou não inflamatórias 
• Podem ser divididas de acordo com a duração da dor (aguda ou crônica) 
→ Aguda: A maioria dos casos de poliartralgia ou poliartrite aguda são primariamente não-reumáticas e 
apresentam manifestações semelhantes à doença do soro (nefrite, serosite, rash cutâneo, febre e 
adenopatia), provocadas por deposição de imunocomplexos. Estas doenças são definidas como reativas, 
geralmente a uma infecção viral ou bacteriana. 
→ Crônica: pode ser a forma inicial de apresentação de uma doença reumática ou a evolução de uma 
monoartrite ou de uma poliartrite aguda. O protótipo 14 das doenças deste grupo é a AR, cujo diagnóstico 
requer a presença de poliartrite crônica e pode ser auxiliado por achados radiológicos. A maioria das doenças 
autoimunes sistêmicas, como LES, ES, PM-DM, DMTC e vasculites, manifesta-se por poliartrite ou poliartralgia 
crônica. 
ARTRALGIAS MECÂNICAS: 
Dor relacionada somente a utilização da articulação (articulação fica instável devido ao uso prolongado e\ou 
repetitivo). Os distúrbios não inflamatórios podem estar relacionados com traumatismo (laceração do manguito 
rotador), uso repetitivo (bursite, tendinite), degeneração ou reparo ineficaz (OA), neoplasia ou amplificação da dor 
(fibromialgia) 
Pode atingir as articulações periféricas de carga como os joelhos e as coxo-femorais, mas também articulações que 
sofrem movimentos repetitivos por períodos de tempo muito prolongados. 
A) OSTEOARTRITE: 
É o tipo mais comum de artrite. A osteoartrite afeta certas articulações, porém poupa outras. As articulações afetadas 
comumente são as da coluna cervical e lombossacra, o quadril, o joelho e a primeira articulação metacarpofalangeana 
(MTF). Nas mãos, as articulações interfalangeanas distais e proximais, assim como a base do polegar são afetadas com 
frequência. Em geral, são poupados o punho, o cotovelo e o tornozelo. A OA pode ser diagnosticada com base nas 
anormalidades estruturais ou nos sintomas evocados por essas anormalidades. De acordo com estudos necrópticos, 
as alterações estruturais da OA no idoso são quase universais e consistem em perda da cartilagem (visualizada como 
o desaparecimento do espaço articular nas radiografias) e osteófitos. Definição: a OA representa uma falência articular, 
uma doença na qual todas as estruturas da articulação sofreram alterações patológicas, na maioria das vezes 
simultaneamente. Ocorre a perda da cartilagem articular hialina, presente em conformidade com um padrão focal, e 
inicialmente, não uniforme, o que é acompanhado por um aumento na espessura e na esclerose da placa óssea 
subcondral, pelo crescimento excessivo de osteófitos nas margens articulares, pela distensão da cápsula articular, por 
ligeira sinovite em muitas articulações afetadas e pela fraqueza dos músculos que cruzam a articulação. Nos joelhos, a 
degeneração meniscal faz parte da doença. Existem numerosos caminhos que levam à falência articular, porém a etapa 
inicial é representada mais frequentemente por lesão articular na vigência de uma falha dos mecanismos protetores. 
B) TENDINITE: 
Tendinite é uma inflamação ou irritação de um tendão (parte final do músculo, como uma corda fibrosa que faz a 
fixação dos músculos aos ossos). Eles servem para transmitir a força de contração muscular necessária para mover um 
osso. As causas mais comuns são trauma local ou excesso do uso durante trabalho ou jogo. As tendinites, dependendo 
dos locais de incidência, podem ser classificadas em: 
• Entesite – tendinite de inserção 
• Tenossinovite - inflamação da bainha sinovial tendinea 
• Peritendinite - inflamação da junção músculo 
 
C) BURSITE 
Bursite é a inflamação ou irritação de uma “bursa”, que é uma pequena bolsa localizada entre o osso e outras estruturas 
móveis, como músculos, pele ou tendões. Ela permite e facilita um melhor deslizamento entre as estruturas. A bursite 
pode surgir de trauma único de forte intensidade ou micro-traumas repetitivos. Desde que os tendões e asbursas 
estão localizados próximos as articulações, qualquer processo inflamatório nestes tecidos moles será percebido 
frequentemente pelos distribuição simétrica. A destruição progressiva das articulações e tecidos moles leva as 
deformidades crônicas irreversíveis. Punhos e articulações metacarpofalângicas (MCFs) e interfalângicas proximais 
(IFPs) são mais envolvidas, raramente IFD. A inflamação e a proliferação sinovial, erosões ósseas focais e o afinamento 
(deformidade) da cartilagem articular. A inflamação crônica leva à hiperplasia da camada sinovial e à formação de 
pannus na membrana sinovial, um tecido granulomatoso com células gigantes, fibroblastos e macrófagos. pacientes 
com dor na articulação. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) 
Os sintomas entre tendinite e bursite são semelhantes: 
• Dor e rigidez, agravado por movimento. 
• Dor principalmente noturna. 
• Inchaço local pode acontecer. 
ARTRALGIAS INFLAMATÓRIAS: 
Podem ser infecciosos (infecção por Neisseria gonorrhoeae ou Mycobacterium tuberculosis, induzidos por cristais 
(gota, pseudo gota), relacionados com o sistema imunológico [artrite reumatoide (AR), lúpus eritematoso sistêmico 
(LES)], reativos (febre reumática, artrite reativa ou idiopáticas. 
A) ARTRITE REUMATOIDE (AR) 
A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória de etiologia desconhecida marcada por uma poliartrite simétrica 
periférica. Ela é a forma mais comum de artrite inflamatória crônica e geralmente leva àlesão articular e àincapacidade 
física. Por ser uma doença sistêmica, a AR pode levar a uma variedade de manifestações extra-articulares, incluindo 
fadiga, nódulos subcutâneos, envolvimento pulmonar, pericardite, neuropatia periférica, vasculite e anormalidades 
hematológicas. 
Iniciada pela ativação de linfócitos T auxiliares, liberação de citocinas (TNF, IL-1) e formação de anticorpos. O fator 
reumatoide (FR), anticorpo autólogo reage com IgG para formar complexos imunes na membrana sinovial, no líquido 
sinovial e nas lesões extraarticulares. Neutrófilos e macrófagos fagocitam os complexos imunes e liberam enzimas 
lisossomais que destroem cartilagem articular. A resposta inflamatória atrai células inflamatórias adicionais, 
perpetuando a doença. Células sinoviais e tecidos subsinoviais são submetidos à hiperplasia reativa. 
Os pacientes, em geral, se queixam de inchaço matinal nas articulações, que dura mais de uma hora e melhoracom a 
atividade física. As articulações inicialmente envolvidas são as pequenas articulações das mãos e pés. O padrão inicial 
do envolvimento articular pode ser distribuição simétrica. A destruição progressiva das articulações e tecidos moles 
leva as deformidades crônicas irreversíveis. Punhos e articulações metacarpofalângicas (MCFs) e interfalângicas 
proximais (IFPs) são mais envolvidas, raramente IFD. A inflamação e a proliferação sinovial, erosões ósseas focais e o 
afinamento (deformidade) da cartilagem articular. A inflamação crônica leva à hiperplasia da camada sinovial e à 
formação de pannus na membrana sinovial, um tecido granulomatoso com células gigantes, fibroblastos e macrófagos. 
B) LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: 
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune na qual órgãos e células sofrem algum dano inicialmente 
mediado por autoanticorpos e imunocomplexos ligados aos tecidos. Na maioria dos pacientes, os autoanticorpos estão 
presentes por alguns anos antes que apareçam os primeiros sintomas clínicos; as manifestações clínicas são 
heterogêneas. A maioria das pessoas com LES sofre de poliartrite intermitente, que varia de leve a incapacitante, 
caracterizada por tumefação dos tecidos moles e hipersensibilidade nas articulações, mais comumente nas mãos, 
punhos e joelhos. 
C) ESPONDILITE ANQUILOSANTE: 
Anquilosante = perda do espaço articular. Predomina no esqueleto axial (coluna e sacroilíaca), mas pode ter em outras 
articulações. Entesite é marca registrada = inflamação das ênteses, lugar de inserção dos tendões/ligamentos no osso. 
Em geral, os sintomas da doença são notados primeiro no final da adolescência, ou início da idade adulta; O sintoma 
inicial é uma dor surda, de início insidioso, sentida profundamente na região lombar inferior ou glútea, acompanhada 
de rigidez matinal na parte inferior das costas de até́poucas horas de duração, a qual melhora com a atividade, 
retornando após inatividade. Após poucos meses do seu início, a dor em geral se torna persistente e bilateral. A 
exacerbação noturna da dor, frequentemente, forca o paciente a erguer-se e se movimentar. 
D) GOTA: 
Doença inflamatória devido ao excesso de ácido úrico no sangue, que leva a um deposito de cristais de monourato de 
sódio nas articulações, causando inflamação. As causas podem ser devido ao um aumento da produção ou por 
deficiência de eliminação. 
CAUSAS DE ARTRALGIA MECÂNICA/CRÔNICA: CAUSAS DE ARTRALGIA INFLAMATÓRIA: 
• Osteoartrite • Artrite reumatoide 
• Bursite • Lupus eritematoso sistêmico 
• tendinite • Espondilite anquilosante 
 • Gota 
 
DOR INFLAMATÓRIA X DOR CRÔNICA: 
• DOR CRÔNICA: definida por processos que podem ser definidos como osteoartrite, tendinite, bursite e 
fibromialgia. Sinais e sintomas: rigidez matinal <30 min, sem sinais flogísticos, dor após o uso da articulação, pode 
haver edema, não está associado a doença sistêmica. 
• DOR INFLAMATÓRIA: é a dor que pode ser causada por artrite reumatoide, lúpus, espondilite anquilosante, gota, 
febre reumática, esclerodermia e doença de Sjogren. Sinais e Sintomas: Rigidez matinal >30 min, dor mesmo com 
inatividade articular, sinais flogísticos presentes (edema, dor, calor, rubor), presença de doença sistêmica, presença 
de febre, cansaço, inapetência. 
DOR INFLAMATÓRIA: DOR CRÔNICA: 
• Rigidez matinal >30min (horas) • Rigidez matinal <30min (minutos) 
• Dor pode ser aguda ou crônica • Dor sempre crônica 
• Associada a doenças sistêmicas, autoimunes, 
inflamatórias 
• Associada a lesões, desgaste articular, 
fibromialgia e neuropatias 
• Presença de sinais flogísticos (dor, calor, 
edema, rubor, febre) 
• Ausência de sinais flogísticos (dor, calor, 
edema, rubor, febre) 
• Dor associada à inatividade articular • Dor referida após o uso/esforço articular 
• Melhora com atividade • Melhora com repouso 
• Piora a noite • Piora com atividade 
• Fadiga e fraqueza • Sem fadiga e fraqueza 
• Sinais inflamatórios (calor, rubor, edema) • Esporões ósseos 
• Simétrica • Assimétrica 
 
FATORES DE RISCO PARA A DOR ARTICULAR: 
• Idade 
• Sexo feminino 
• Histórico familiar 
• Lesões articulares anteriores (entorse, fratura etc.) 
• Obesidade 
• Profissão (movimentos repetitivos, incluindo esportes) 
• Sedentarismo 
• Doenças autoimunes 
• Infecções 
• Genética 
• Comportamento sexual de risco 
• Imunossuprimidos 
• Ácido úrico elevado 
DIAGNÓSTICO: 
• TC 
• RM 
• FAN 
• Hemograma 
• Análise do Líquido Sinovial (ajuda a diagnosticas a etiologia majoritariamente em casos de artralgia infecciosa) 
SINAIS DE ARTROSE NO RX: 
• Diminuição do espaço articular (proximidade de osso com osso) 
• Esclerose subcondral 
• Osteófitos 
• Cistos subcondrais 
• Subluxação articular

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