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1 São compostos orgânicos complexos, encontrados em quantidades reduzidas na maioria dos alimentos. Compõe a classe dos micronutrientes, ou seja, são essenciais em quantidades reduzidas e possuem atividade reguladora (antioxidante ou coenzimática). Possuem distribuição irregular nos alimentos. A distribuição nos alimentos depende: Variedade da planta; Estação do ano; Condições de cultivo e maturação; Condição de transporte e estocagem; Método de preparo do alimento. As vitaminas são classificadas de acordo com a sua atividade biológica e química, e não pela sua estrutura. Na Nutrição, as vitaminas são subdivididas de acordo com a solubilidade em: 1)Lipossolúveis: Vitamina A e carotenóides Vitamina D Vitamina E Vitamina K 2)Hidrossolúveis: Tiamina Riboflavina Niacina Ácido pantotênico Piridoxina Folato Cobalaminas Biotina Vitamina C Com base no fato da deficiência afetar ou não a saúde, vai depender da magnitude, onde tem-se os seguintes estágios de deficiência : 1) Preliminar: quantidade insuficiente na dieta, afetada pela biodisponiblidade ou aumento das necessidades; 2) Deficiência bioquímica: redução do conjunto de vitaminas. Detectado por exames bioquímicos; 3) Deficiência fisiológica: aparecimento de sintomas não específicos, como perda de peso, fraqueza e fadiga; 4) Deficiência clinicamente manifesta: associada a sintomas específicos, como anemia. Os três primeiros estágios são conhecidos como deficiência latente ou marginal de vitamina ou desnutrição subclínica. 1)VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS A) VITAMINA A Foi denominada retinol devido sua função específica na retina do olho. È um álcool insaturado e sua estrutura permite a formação de 16 isômeros, mas apenas dois têm importância biológica: trans-retinol (forma biologicamente mais ativa) e o cis-retinol, com ação biológica na retina e ciclo visual (síntese de rodopsina). KRAUSE: O retinal é componente de um pigmento visual dos cones (iodopsina) e bastonetes (rodopsina) da retina, sendo essencial na fotorrecepção. Pode reagir com ácidos graxos formando ésteres de retinol e oxidar-se em aldeído (retinal) ou ácido retinóico. Pode ser derivada de carotenóides: alfa, beta e gama- carotenos, além da criptoxantina. Características biológicas importantes: - Insolúvel em água; - Degradados pela luz, estáveis no calor e à cocção. A atividade de vitamina A em mamíferos é dada pelo retinol e pelos carotenóides (PP o betacaroteno). KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência O teor de vitamina A dos alimentos é medido em equivalentes de retinol. 1 equivalente de retinol = 1mcg de retinol ou 12mcg de betacaroteno ou 3,33UI de atividade de vitamina A Os retinil ésteres devem ser hidrolisados pela enzima retinil éster hidrolase na borda em escova, reesterificados no enterócito, transportado via quilomícrons, via linfática, para rins, músculo e fígado. Do retinol absorvido, 80 a 90% ficam depositados nas células de Kupfer no fígado, na forma de éster de retinilo. No fígado, o retinil é mobilizado para atender as necessidades fisiológicas, sendo hidrolisado a retinol na circulação. O retinol é mobilizado no fígado pela PTN fixadora de retinol (RBP), dependente de PTN e zinco. Fígado e rins possuem enzimas para converter retinol em ácido retinóico, que é importante para células epiteliais. VITAMINAS Prof. José Aroldo Filho goncalvesfilho@nutmed.com.br 2 Fig. 1: Metabolismo de vitamina A. BCMO – Betacaroteno monoxidase; LRAT Lecitina:retinol aciltransferase; RBP – proteínas de ligação do retinol; TTR – transtiretina. Funções: crescimento, visão, integridade estrutural e funcional de tecido epitelial, reprodução e formação de dentes e ossos. Atua ainda na síntese protéica e de membranas celulares, além de proteção de barreira mucosa (ácido retinóico). Visão: fotorrecepção em bastonetes (visão noturna) e reações cromóforas nos cones (sentido da cor à luz brilhante). Nos processos de desintegração da rodopsina e isomerização do retinol, ocorre liberação de energia que ativa o nervo óptico, promovendo excitação nervosa que propicia a visão. Deficiência: quando há diminuição do retinol circulante (<0,35mcmol/L), a reconstituição da rodopsina torna-se mais lenta, ocasionando cegueira noturna (nictalopia), que é a forma mais precoce da hipovitaminose A. A deficiência também causa falha na síntese protéica e na diferenciação de células ósseas. A deficiência de ácido retinóico promove diminuição da diferenciação das células epiteliais basais em células produtoras de muco, deste modo, a carência de vitamina A provoca queratinização das mucosas do TGI e urinário, diminuindo a barreira contra infecções. Fig. 2: Níveis de deficiência de Vitamina A (COZZOLINO & COMINETTI 2013) Fontes: fígado, leite, ovos, queijo, manteiga, frutas (carotenóides), abóbora, cenoura, pimentão, tomate, alface, banana-comprida, manga, mamão, dentre outros. Dos alimentos regionais brasileiros, os mais ricos são pupunha, tucumã e umari (~1500ER/100g). Toxicidade: Ocorre quando uma grande dose (9000mcg/dia) é ingerida por períodos prolongados. Em humanos (WAITZBERG, 2009): irritabilidade, anorexia, cefaléia, diplopia, alopecia, ressecamento de mucosas, descamação, dores ósseas e musculares, alterações hepáticas e hemorragias. VITOLO (2014): perda mineral óssea em animais. Em humanos existe risco de alteração de densidade óssea e de fraturas de quadril quando em alta ingestão de vitamina A pré-formada (>1,5mg/dia). KRAUSE: Os sinais de toxicidade envolvem: - dor e fragilidade óssea; - hidrocefalia/espinha bífida e vômitos em crianças e adolescentes; - pele seca e fissurada; - unhas quebradiças e queda de cabelo; - gengivite e glossite; - anorexia; - irritabilidade e fadiga; - função hepática anormal e hepatomegalia; - ascite e hipertensão portal. Os sinais de toxicidade são observados quando os níveis de Vitamina A séricos (Retinol sérico) de 75 – 2000UI RE/100mL. Sinais de hipercarotenemia incluem o depósito de carotenóides nas superfícies mucosas e palmares e plantares (hipercarotenodermia). 3 B) VITAMINA D Entre as várias formas de vitamina D, encontra-se a vitamina D2, ou ergocalciferol, que é formada a partir de alimentos de origem vegetal, e a vitamina D3 ou calciferol, que é sintetizada pelo próprio organismo a partir do colesterol. Precursores naturais: ergosterol e o 7-desidrocolesterol (esteróides). Características biológicas importantes: - Insolúvel em água; - As vitaminas D2 e D3 são destruídas rapidamente pela luz, oxigênio e ácidos. Compostos cristalizados são relativamente estáveis. A vitamina D circulante é proveniente dos alimentos ingeridos, mas também pode ser sintetizada pela pele a partir da ação dos raios UV a partir do 7-desidrocolesterol (presente nas glândulas sebáceas). Tanto vitamina D absorvida pelos alimentos quanto a produzida pela pele são transportadas no plasma pela ação da PTN de ligação de vitamina D (PLD), até o fígado, no qual é transportada em vitamina D ativa. Locais de armazenamento de vitamina D e de suas formas ativas: fígado, pele, cérebro, ossos e outros tecidos. A maior parte da vitamina D é estocada no fígado como 25-hidroxicolecalciferol [25-OH-D3], que é transportada para os rins para tornar-se BIOLOGICAMENTE ATIVA, chamada 1,25 diidroxicolecalciferol [1,25-(OH)2-D3] ou CALCITRIOL. Fig 3: Metabolismo da Vitamina D. O calcitriol pode ser considerado um hormônio, tendo como tecidos alvo o intestino delgado e os ossos. Possui importante papel na homeostase de cálcio: quando os níveis de cálcio caem, as glândulas da paratireóide são estimuladas a secretar PTH (paratormônio), o qual estimula a síntese de vitamina D ativa (calcitriol). Quando os níveis de cálcio aumentam, há inibição da mobilização de cálcio pela calcitonina. Esse mecanismo é fundamental para manter a homeostase do cálcio. KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência As unidades preferidas para quantificação de vitamina D são os microgramas (mcg) de vitamina D3. As unidades internacionais (UI) são utilizadaspara quantificar a vitamina D total. 1mcg Vitamina D3 = 40UI vitamina D3 As DRIs para a vitamina D são estabelecidas para atingir as necessidades corporais quando uma pessoa possui exposição solar inadequada. 4 Supõe-se que o adulto normal obtenha vitamina D suficiente pela exposição solar e ingestão eventual em pequenas quantidades nos alimentos. Funções: - mineralização óssea, auxílio na absorção de cálcio (lembrando que a absorção de cálcio também está relacionada ao conteúdo do mineral na dieta). - estimula a absorção ativa de cálcio (estímulo da PTN de ligação do cálcio – PLCa) na borda em escova; a fosfatase alcalina também pode sofrer ação da vitamina D; - estimula o sistema de transporte ativo de fosfato no TGI; - associado ao PTH, regula os níveis de cálcio séricos; - Age na reabsorção renal de cálcio; -Provável papel na regulação das células beta- pancreáticas e secreção de insulina. WAITZBERG (2009) Casos de deficiência podem desencadear raquitismo e má formação esqueléticas em crianças e osteomalácia em adultos, fraqueza muscular, redução de cálcio e fósforo séricos e aumento de fosfatase alcalina. É considerado deficiente aquele com concentrações <20ng/mL. Causas de deficiência: baixa exposição à luz solar e, em idosos, alteração de metabolismo renal. Grupos de risco: pacientes em uso de terapia antiepiléptica (fenitoína e fenobarbital). Deficiência (KRAUSE) A deficiência se manifesta como raquitismo nas crianças e animais em crescimento e osteomalácia nos adultos. - Raquitismo: Doença que envolve mineralização prejudicada dos ossos em crescimento. Pode ocorrer não apenas da privação de vitamina D, mas também da deficiência de fósforo e cálcio. Caracteriza-se por anormalidades estruturais dos ossos que sustentam o peso (tíbia, costelas, úmero, rádio e ulna) e está associada a dor óssea, sensibilidade muscular e tetania hipocalcêmica. Os ossos frágeis não suportam os esforços, formando pernas arqueadas, costelas com contas (rosário raquítico), peito de pombo e protuberância frontal do crânio. Tratamento: concentrados de óleo de peixe (4mL de óleo de fígado de bacalhau = 360Ui de vitamina D). - Osteomalácia: Se desenvolve em adultos cujos espaços epifisários tornam aquela porção do osso resistente à deficiência de vitamina D. A doença envolve reduções generalizadas na densidade óssea e a presença de pseudofraturas, especialmente na coluna vertebral, fêmur e úmero. Prevenção: banho de sol de 10 a 15 minutos, duas a três vezes por semana. Tratamento: doses de 25 – 125mcg/dia. Naqueles com má absorção de lipídeos utiliza-se 1250mcg/d. - Osteoporose: Envolve massa óssea diminuída, mas com aparência histológica normal. Está associada com o envelhecimento e provavelmente a metabolismo alterado de vitamina D. Toxicidade (KRAUSE) – níveis superiores a 150ng/dl. Sinais de toxicidade incluem: - calcificação excessiva do osso; - cálculos renais; - calcificação metastática de tecidos moles (rins, coração, pulmão e membrana timpânica); - hipercalcemia; - cefaléia; - fraqueza; - náusea e vômitos; - constipação. - poliúria e polidipsia. C) VITAMINA E Foram identificadas inicialmente cinco formas de vitamina E: alfa, beta, gama e delta tocoferóis e os tocotrienóis. São insolúveis em água. O acetato de alfa-tocoferol é mais estável no ar, umidade e presença de ácidos e bases fortes. É estável ao calor, mas instável à luz. Os tocoferóis, juntamente com as vitaminas A, C e os carotenóides, possuem ação sinérgica em mecanismo de proteção celular. Principal propriedade química: antioxidante. Possui processo de digestão semelhante às outras vitaminas lipossolúveis. É transportada nas lipoproteínas e distribuídas nelas, deste modo, é fundamental para proteção das lipoproteínas, em função de estresse oxidativo presente. Possui importante efeito antioxidante sobre a vitamina A e sobre os PUFAS, em especial o alfa-linolênico. Esta função antioxidante, em especial inativando peróxidos, preserva as funções de comunicação celular (intra e intercelular), de receptores e de mensageiros de sinais celulares como o AMPc. Quando associada à vitamina C, possui efeito antioxidante ainda mais estável (pois possuem características de solubilidade diferentes). O armazenamento é maior em tecido adiposo que no hepático, diferindo das demais vitaminas lipossolúveis. As glândulas adrenal e hipófise (pituitária) possuem reservatório desta vitamina. Defesa endógena antioxidante: vitamina E, selênio e AA sulfurados (cisteína e cistina). A vitamina E também pode inibir a enzima ciclooxigenase, responsável pela síntese de prostaglandinas e, deste modo, modular o processo inflamatório. Fontes: óleos vegetais (obtidos da soja, milho e gérmen de trigo, principalmente), manteiga, ovos, oleaginosas e algumas hortaliças. KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência É quantificada em termos de equivalentes de tocoferol (alfa-TE) e suas ingestões estão associadas ao consumo de ácidos graxos poli-insaturados, sendo então definidos para a população americana 0,4mg de alfa-TE/mg de AGPI. Deficiência: hemólise e anemia em RNPT, em adultos, alterações em tecido muscular, coordenação, reflexo, visão e fala (sinais de neuropatia periférica), agregação plaquetária, anemia hemolítica, degeneração neuronal e redução da creatinina sérica. 5 Depleção prolongada lesões musculares e esqueléticas e alterações hepáticas. Toxicidade: alterações nos mecanismos de coagulação. D) VITAMINA K Esta vitamina existe na natureza em duas séries: filoquinona (K1) – presentes nos vegetais verdes - e menaquinona (K2) – produzida pelas bactérias do cólon. As menadionas (K3) são compostos sintéticos que possuem atividade biológica superior a K1 e K2 (3 a 20 vezes superior que as vitaminas K1 e K2) e sua absorção não depende dos sais biliares e normalmente é trabalhada na ração animal. Fig. 4: Metabolismo de vitamina K. É sensível à luz e lentamente destruída pelo oxigênio, relativamente estável ao calor e é decomposta por alcoóis. Função: Coagulação. É um fator essencial a carboxilases que convertem resíduos de ácido glutâmico de PTN em novos AA, o ácido alfa-carboxiglutâmico das PTNs completas, o que demonstra sua atuação no metabolismo ósseo. Fatores de coagulação dependentes de vitamina K: protrombina (fator II) e os fatores VII, IX e X. Lembrando que a coagulação ocorre em três etapas: vasoconstricção (diminui a afluência do sangue), aglutinação de plaquetas e formação de trombina. Existem outros fatores nutricionais envolvidos: PUFAs, vitamina E e o mineral cálcio. Os fatores de coagulação dependentes de vitamina K e o fator X circulam na corrente sanguínea em sua forma inativa, passando à sua forma ativa após atividade extrínseca (combinação de lipoproteínas do tecido lesado com um componente das plaquetas sanguíneas – mediado pelo fator VII) ou após atividade intrínseca (mediante contato das plaquetas com o colágeno exposto – mediado pelo fator IX). O fator X converte a protrombina em trombina. Outra função da vitamina K é, após interagir com as vitaminas do complexo B, poder participar da cadeia respiratória. Fontes: repolho, brócolis, couve, nabo, alface. Fontes variáveis queijo, gema de ovo e fígado. Deficiência: ocorre em casos de disbiose, uso crônico de antibióticos e carência dietética. Pode ser avaliada bioquimicamente pelo tempo de protrombina. Toxicidade - WAITZBERG (2009) doença hepática, anemia hemolítica e hiperbilirrubinemia em recém- nascidos, com tratamento com doses 5 – 10 vezes superior à DRI. Especificidades da Vitamina K – VITOLO, 2014: Possui função coagulante que pode eliminar o efeito de drogas anticoagulantes cumarínicas (warfarina). Após estabelecimento da dosagem de warfarina, o paciente deve manter seu padrão alimentar constante, e mudanças no uso de suplementos ou alterações alimentares/alimentos enriquecidos em vitamina K devem ser comunicadas à equipe. 6 2)VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS A) TIAMINA (B1) A tiamina (ou aneurina) age principalmente como tiamina pirofosfato(TPP), envolvida da ação das enzimas piruvato desidrogenase (glicólise e oxidação do piruvato), da alfa-cetoglutarato desidrogenase (Ciclo de Krebs) e na transcetolase (via das pentoses). É destruída em alta temperatura, a menos que o pH seja inferior a 5. pH > 7 perda de atividade biológica. É denominada vitamina antineurítica (ação no SNC). A presença da enzima tiaminase (presente em peixes e frutos do mar crus) provoca perda de até 50% do teor de tiamina do alimento. Chás, café, farelo de arroz, mirtilo e morangos podem disponibilizar fatores antitiamina (polifenóis e antagonistas de tiamina). Calor destruição dos fatores antinutricionais. A absorção de tiamina depende de transporte ativo específico em intestino delgado proximal. Após ser absorvida no intestino delgado e transformada em coenzima ativa, o que ocorre principalmente em fígado. Sua desfosforilação ocorre principalmente no tecido renal, onde é excretada. Função: Metabolismo energético. É importante no desdobramento do ácido pirúvico e respiração tecidual. Ela combina-se com o fósforo para formar a coenzima TPP. A TPP é necessária para a conversão do piruvato em Acetil-CoA e também na descarboxilação de alfa- cetoácidos, como o ácido alfa-cetoglutarato e dos cetoácidos do metabolismo da metionina, leucina, isoleucina e valina. A TPP também é coenzima da via das pentoses fosfato. Nas células nervosas, a tiamina é necessária para deslocar os íons sódio na membrana. Parece regular ainda a neurotransmissão colinérgica. Fontes: carne de porco magra, germe de trigo (principais fontes), vísceras, carnes magras, feijões, ervilhas, gema de ovo e peixes. Deficiência: beribéri, que pode se apresentar na forma seca, úmida, aguda ou mista. Manifestação: insuficiência cardíaca e nervosa, com neurite. Nutrizes com consumo insuficiente leite materno deficiente lactente com beribéri. Tab 1: Deficiência de TIAMINA – resumo segundo KRAUSE: Tipo de deficiência Características Estágio inicial da carência anorexia; indigestão e constipação; peso e fraqueza nas pernas; hipersensibilidade muscular em MMIIs; entorpecimento em pernas; anestesia da pele (tíbia principalmente); velocidade de pulsão aumentada e palpitações. Beribéri úmido edema nas pernas, face e tronco; tensão nos músculos das panturrilhas; pulso acelerado; distensão das veias do pescoço; PA elevada; Volume urinário diminuído. Beribéri seco Agravamento da polineurite inicial; Dificuldade para andar; Síndrome de Wernicke-Korsakoff – encefalopatia (confusão leve a coma). Beribéri infantil (2 – 5 meses) Agudo: - débito urinário diminuído; - choro excessivo, gemido fraco e queixoso; - insuficiência cardíaca. Crônico: - constipação e vômitos; - irritabilidade; - músculos sem tônus; - palidez da pele com cianose. Toxicidade - WAITZBERG (2009) rara. Hipersensibilidade e reações anafiláticas são possíveis quando a tiamina é dada em doses excessivas, repetidamente, via parenteral. B) RIBOFLAVINA (B2) Atua como as coenzimas flavina-adenina-dinucleotídeo (FAD) e flavina-mononucleotídeo (FMN), utilizadas em reações de oxidação e redução. Utilizada na cadeia de transportes de eletros e na ação da P-450 hidroxilase. É um pigmento de cor amarela, isolada primeiramente em tecidos animais, leite e ovos. É estável ao calor e oxidada em meio ácido. Possui baixa solubilidade em água e pode ser perdida adicionando bicarbonato na cocção ou exposta ao UV. É fosforilada na absorção e estocada no fígado, baço, rins e músculo cardíaco. Sua absorção aumenta na presença de alimentos (60% de eficiência) e, quando administrada isoladamente, apenas 15% é absorvido eficientemente. Função: coenzima da oxidação de intermediários de metabolismo de CHO e LIP. É importante para ativação da B6 e na preservação do folato. Participa da gliconeogênese, produção de corticoesteróides e formação de hemácias. Fontes: leite, queijo, ovos, carnes e hortaliças verdes. Deficiência: inflamação e quebra tissular, alterações visuais (perda da acuidade), fotofobia e lacrimejamento. KRAUSE: Os sintomas mais avançados incluem glossite e queilose (fissura nos lábios), estomatite angular (rachaduras na pele e cantos da boca), língua roxa e inchada, crescimento excessivo de capilar em torno da córnea e neuropatia periférica, além de anemia normocítica normocrômica. A fototerapia em lactentes com hiperbilirrubinemia (icterícia mononuclear) pode levar a deficiência de riboflavina. C) NIACINA (ÁCIDO NICOTÍNICO – B3 OU PP) É uma das principais coenzimas de metabolismo energético, pois participa de reações de oxidação e redução. A niacina é um ácido facilmente convertido em nicotinamida (composto biologicamente ativo). A niacina possui alta solubilidade e ponto de fusão alto (236°C). A niacina é absorvida no intestino, a qual é convertida em nicotinamida-adenina dinucleotídeo (NAD) e nicotinamida-adenina dinucleotídeo fosfato (NADP) no fígado Aproximadamente 60% do NAD formado pode ser encontrado no interior das células. 7 Funções: As desidrogenases que participam das reações de glicólise, oxidação de cetoácidos, AG e AA dependem dos co-fatores NAD e NADP. COZZOLINO & COMINETTI (2013) O ácido nicotínico tem sido utilizado em megadoses (100 a 200 vezes a RDA) como agente hipolipidemiante (reduz colesterol), pela atuação como inibidor de síntese e secreção de VLDL, redução de LpA, aumento de HDL e inibição de lipólise de tecido adiposo. Deficiência: Foram inicialmente denominada “mal da rosa”, que depois foi denominada pelagra. Os sinais iniciais incluíam eritema, despigmentação em membros inferiores (MMIIs) e superiores (MMSSs), conhecidos como luvas de pelagra. Na mucosa gástrica provoca acloridria, gastrite, estomatite, glossite, interferindo diretamente no processo digestivo e absortivo desse órgãos, exibindo sinais clínicos como vômitos, alternâncias entre constipação e diarréia. No sistema nervoso causa cefaléia, tremores até demência profunda. OBS.: caso o consumo de álcool esteja associado, aumenta a necessidade da niacina podendo causar doença mental. KRAUSE: Os sintomas iniciais são fraqueza muscular, anorexia, indigestão e erupções cutâneas. A deficiência grave leva à pelagra, caracterizam como síndrome 3D (demência, dermatite e diarréia), tremores e língua sensível (ou língua carnosa). As alterações dermatológicas são as mais proeminentes. A pele exposta ao sol desenvolve dermatite rachada, pigmentada e descamativa. COZZOLINO & COMINETTI (2013) Casos raros são observado em pacientes em uso de isoniazida ou azatioprina, pois são medicamentos que interferem no metabolismo do triptofano. Fontes: carnes, aves, peixes e oleaginosas (amendoim). Nozes e grãos integrais também são boas fontes. Leite e derivados são boas fontes de triptofano (precursor de niacina 60mg de triptofano = 1mg de niacina). Toxicidade: WAITZBERG (2009) hepatite, arritmia, náuseas, vômitos, diarréia, ulcera péptica, hiperuricemia, intolerância à glicose, miopatia. Há possibilidade de flushing (rubor em face e liberação de histamina). D) ÁCIDO PANTOTÊNICO (B5) É razoavelmente estável na cocção e armazenamento, mas perdido no refino. Está amplamente distribuído nos alimentos (vegetais e animais). Função: faz parte da CoA, que atua nos processo de acetilação, em reações bioquímicas, essencial no metabolismo dos macronutrientes. Atua ainda como coenzima da proteína acil carreadora (ACP), responsável pela síntese de AG. Deficiência: rara. Sintomas associados: dores de cabeça, fadiga, redução da coordenação motora, câimbras musculares e distúrbios GI. Fontes: leveduras e vísceras, ovos, leite, vegetais, legumes e cereais integrais. E) PIRIDOXINA (B6) A piridoxina é uma vitamina que envolve preferencialmente o metabolismo de AA, como transaminação, descarboxilação, oxidação do grupo amina e desaminação. Absorvida por difusão simples e quanto menor o pH, melhor a retenção e absorção. É o grupo prostético de transaminases, que removem o grupo alfa-amino de alanina, arginina, asparagina,ácido aspártico, cisteína, isoleucina, lisina, fenilalanina, triptofano, tirosina e valina. É um conjunto de três fatores: piridoxina e seus derivados piridoxamina e piridoxal. É estável ao calor em meio ácido, relativamente instável em meio alcalino e muito instável na presença de luz. Congelamento perdas de até 20% no teor. Função: papel no SNC. A vitamina B6 é cofator para síntese de neurotrasnimssores dopamina, serotonina e GABA. COZZOLINO & COMINETTI (2013) Parece ter efeito benéfico no estresse oxidativo, por neutralizar o radical livre oxigênio singlet; possui atividade neurológica e de apoio em algumas doenças como na epilepsia sensível à piridoxina; auxiliar no controle da êmese, em especial a hiperêmese gravídica (doses de 10 a 50mg/dia) e redução do risco de litíase renal por áicod oxálico (reduz a hiperoxalúria, em doses de 50 a 100mg/dia). Atua no metabolismo de lipídeos, na estrutura da fosforilase e no transporte de AA através da membrana celular. Há diminuição do teor de ácido araquidônico nas membranas plasmáticas, em especial em hepatócitos, quando há deficiência de piridoxina. Atenção: Excesso de leucina pode aumentar as necessidades de piridoxina. Caso não aconteça pode levar a deficiência de niacina também (e desenvolvimento de pelagra). - contraceptivos orais e álcool predispõe à deficiência de B6. Fontes: germe de trigo, levedura e produtos cárneos (carne de porco e frango), vísceras (pp fígado), cereais integrais, legumes, batatas, bananas e aveia. KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência: O estado adequado da vitamina B6 é mantido quando a ingestão for de 0,016mg vitamina B6/g de proteína. Deficiência (KRAUSE) Se manifesta por alterações dermatológicas e neurológicas, que incluem: - fraqueza; - insônia; - neuropatia periférica; - queilose, glossite e estomatite; Deficiência - WAITZBERG (2009): anemia microcítica, distúrbios de SNC (irritabilidade, depressão e demência), estomatite, glossite e seborréia nasolabial. Os casos de deficiência estão associados principalmente nas reações com drogas, por exemplo: - reação com tuberculostáticos (isoniazida): interfere no metabolismo da B6; 8 - reação com anti-parkinsonianos (levodopa):diminuem a concentração sérica da B6. COZZOLINO & COMINETTI (2013) O consumo de medicamentos que objetivam aumentar o pH de estômago, como os inibidores de bomba de prótons, como o omeprazol, pode prejudicar a biodisponibilidade desta vitamina (a B6 depende do meio ácido para dissociar-se e ficar solúvel para absorção intestinal). Pelo fato da B6 estar associada à ação de múltiplos sistemas, sua deficiência pode se manifestar por uma gama de sintomas e pode estar até relacionada a algumas doenças, como síndrome do túnel do carpo, TPM e distúrbios cognitivos. Toxicidade (KRAUSE) A toxicidade é muito rara e está relacionada a sinais de neuropatia sensorial. Toxicidade - WAITZBERG (2009): neurotoxicidade e fotossensibilidade com doses >500mg/dia (500 – 1000mg). F) ÁCIDO FÓLICO (B9) A folacina ou ácido fólico é um precursor do tetrahidrofolato (THF), doador de carbonos em reações biológicas. THF formação de purinas e consequentemente DNA e RNA. Folacina e B12 são necessários em células de alta atividade celular, ou seja, de alto poder de replicação, como células de medula óssea. Assim, tanto a deficiência de folacina quanto de B12 podem ocasionar anemia megaloblástica. O ácido fólico é a forma mais simples dos folatos. A ativação é dependente de niacina. Problemas de absorção, como doença celíaca e o excesso de consumo de álcool podem afetar diretamente a retenção desta vitamina e sua biodisponibilidade. O ácido fólico está presente na forma poliglutamato, e deve ser quebrado por enzimas pancreáticas e de mucosa, formando compostos na forma monoglutamato, assim, a folacina pode ser absorvida pela mucosa por transporte ativo, dependente de glicose ou por difusão. Fig. 5: Absorção do folato. Deficiência: Observa-se quando os níveis de folato em soro são inferiores a 7nmol/L. Tem-se anemia megaloblástica e alterações em TGI. Podem ser observadas alterações no metabolismo do DNA, resultando em conseqüências morfológicas múltiplas em células, envolvendo células de medula, enterócitos, vagina e colo uterino. WAITZBERG (2009): alcoólatras, pacientes em uso de drogas (anticonvulsivantes, antituberculose e contraceptivos orais), portadores de queimaduras, hepatopatias, câncer, anemia hemolítica crônica e doença inflamatória intestinal são grupos de risco para deficiência de B6. 9 Fontes: feijões, fígado e vegetais folhosos verdes frescos, carne magra, cereais integrais e grãos secos. KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência - DRI para folato são expressas como equivalentes de folato da dieta (DFE). 1 DFE = 1mcg folato alimentar = 0,6mcg de folato consumido com o alimento ou 0,5mcg de folato na forma de suplemento ingerido com o estômago vazio – é 100% biodisponível. O excesso de ingestão de ácido fólico pode exacerbar os prejuízos de deficiência de B12 (progressões de complicações neurológicas de indivíduos com deficiência de B12 que recebiam suplemento de ácido fólico). COZZOLINO & COMINETTI (2013) toxicidade: embora baixa, doses superiores a 800 a 1000mcg representam risco de efeitos adversos. G) CIANOCOBALAMINA (B12) É fator extrínseco contra anemia perniciosa. Uma coenzima de reações de reorganização e metilação. O parâmetro bioquímico para verificar deficiência de B12 é o acúmulo de ácido metilmalônico. Outro fator é a elevação de homocisteína no plasma, mas que pode ser decorrente de deficiência de B12, folato ou ambos. A deficiência de Fator Intrínseco (FI), por produção de anticorpos contra esta glicoproteína, observado pelo Teste de Schiling também pode levar a deficiência de B12. Fig. 6: Absorção da Vitamina B12. A B12 pode ser absorvida por dois mecanismos: baixa absorção no intestino delgado, dependendo apenas dos níveis da dieta; ou por meio de mecanismo específico (transporte ativo) que envolve FI (Fator Intrínseco secretado pelas células gástricas), dependente de cálcio, na região de íleo (em pH acima de 6). Uma vez absorvida, ela se desliga do FI e se liga a duas proteínas transcobalaminas 1 e 2, direcionando-a ao fígado. Fontes: alimentos protéicos, vísceras, leite, ovos, peixe e queijo. Segundo VITOLO, considera-se que 10 a 30% das pessoas de mais de 50 anos apresentam absorção diminuída de B12 (em razão da gastrite atrófica) e aproximadamente 1 a 2% apresentam ausência de FI (anemia perniciosa). Altas doses são efetivas mesmo na anemia perniciosa (ausência de FI), porque 1% da B12 é absorvido passivamente sem necessidade de FI. 10 COZZOLINO & COMINETTI (2013) A deficiência de cobalamina é verificada quando os níveis séricos são inferiores a 200pg/ml. As causas são por redução da capacidade absortiva, aumento das necessidades e consumo insuficiente. H) BIOTINA É uma coenzima de carboxilases. Transporta CO2 ativado. É facilmente absorvida no TGI, para sofrer hidrólise na parede intestinal. Pode ser armazenada em pequenas concentrações no fígado e rins, podendo ser excretada em fezes e urina. Deficiência: alterações cutâneas (dermatite seborréia e alopecia em crianças menores de seis meses). Anorexia, náuseas, vômitos, depressão mental, perda de memória, dor muscular, queda de cabelo e hipercolesterolemia. Pode ser por não ingestão ou ingestão do fator antinutricional avidina, presente na clara do ovo crua. Fontes: vísceras, fígado, gema de ovo, leite, frutas, hortaliças e cereais integrais. I) VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO) É um composto facilmente oxidado quanto exposto à luz e calor. Ocorre maior preservação na cocção rápida, em vapor ou em utensílios tampados. Congelamento rápido e resfriamento ajudam a reter a vitamina. Funções: Destaca-se a função antioxidante e na conversão da prolina do colágeno em hidroxiprolina (ligação cruzada). Demais funções incluem: - produção e manutenção do colágeno; - reduz a suscetibilidade de infecções; - participa do processode cicatrização; - essencial pára oxidação da fenilalanina em tirosina; - participa da conversão da folacina em THF; - redução do ferro férrico em ferroso; - síntese de serotonina; - hidroxilação de certos esteróides sintetizados pela supra- renal. Estresse metabólico altas perdas de vitamina C; - ação antioxidante, sinérgica à vitamina E e carotenóides; - efeito sobre doenças respiratórias e reações alérgicas (diminuição da síntese de histamina), mas ainda sem conclusão e recomendação precisa; - em fumantes, pelo excesso de radicais livres (RL) não apresentam resposta da vitamina como não fumantes. Fontes: frutas e hortaliças frescas. Teor depende da forma de cultivo, colheita, forma de maturação e condições de armazenamento. Consegue manter estabilidade em sucos e polpas concentradas, pela interação com compostos fenólicos e carotenóides. Deficiência - WAITZBERG (2009): anorexia, fadiga, dor muscular e suscetibilidade a infecções. Escorbuto: (distúrbios psicológicos, depressão, histeria, manifestações hemorrágicas, petequias e equimoses, anemia, prejuízo de cicatrização, edemas, eritemas e queratinização folicular). Toxicidade: elevação do risco de litíase renal por urato, cistina e oxalato. Doses além do recomendado podem levar a teste falso positivo para glicosúria. Especificidades da Vitamina C – VITOLO 2014: A quantidade adicional que uma pessoa tabagista precisa é de 35mg/dia a mais que a RDA. Não há evidências que a vitamina C seja cancerígena ou teratogênica. Além disso, altas doses possuem baixa toxicidade, foram observados efeitos adversos com doses superiores a 3g/dia (diarréia, distúrbios TGI, aumento da excreção de oxalato e urato, risco de cálculo renal, efeitos de abstinência, efeitos pró-oxidativos). 3)FATORES SEMELHANTES A VITAMINAS OU CORRELATOS COLINA E BETAÍNA Componentes ricos em metil e essencial para os tecidos animais. Ë estrutural para lecitina dos fosfolipídios de membrana plasmática e para síntese de acetilcolina (neurotransmissor). Pode ser sintetizada a partir da etanolamina. Fontes incluem soja, ovos, fígado, carne bovina, leite e amendoins. Em adultos, a suplementação de colina tem sido utilizada para melhorar memória de curto prazo (como no tratamento de Alzheimer e na Doença de Huntington), em doses de até 20g/dia UL é de 3,5g/dia. CARNITINA Auxilia no transporte mitocondrial de AGCC e oxidação. É sintetizada a partir de lisina, em processo dependente de vitamina C. A depleção tecidual foi observado em adultos submetidos à hemodiálise, pacientes com doença hepática e prematuros. Parece ser efetiva em DCV e DM. MIOINOSITOL Serve como âncora de proteínas em membrana plasmática, fornecendo suporte estrutural. Como fosfatidilinositol é considerado fonte importante de sinais celulares secundários em resposta à estímulos hormonais. Obtido de frutas, grãos, vegetais, nozes, leguminosas e vísceras. UBIQUINONAS (Coenzima Q10) Componentes essenciais de cadeia respiratória e oxidação de compostos. Possui capacidade antioxidante importante, semelhante à vitamina E. Sua suplementação é útil no tratamento de ICC e cardiomiopatias. É encontrada em óleos, nozes, peixes e carnes. BIOFLAVONÓIDES Não possuem função metabólica imediata. Sugere-se que possam reduzir a fragilidade capilar e potencializar a atividade antiescorbuto da vitamina C, por quelar metais divalentes (cobre e ferro). ESTABILIDADE, INTERAÇÕES E APLICAÇÕES GERAIS DAS VITAMINAS A adequação da dieta para atingir esse conceito deve considerar três fatores: Concentração das vitaminas a serem consumidas; Várias estruturas e formas das vitaminas; 11 Biodisponibilidade dessas formas de vitaminas que se apresentam nos alimentos e refeições a serem consumidas. Porém, podem acontecer fatores que podem interferir nessa biodisponibilidade de vitaminas, que incluem: Composição da dieta, a qual poderá interferir no tempo de trânsito intestinal, viscosidade, características de emulsão e pH; Forma da vitamina (formas que podem apresentar caminhos e extensões distintas de absorção para conversão na sua forma ativa (coenzima); Interações entre as vitaminas e os componentes da dieta que podem interferir na absorção intestinal destas; Efeitos do processamento e armazenamento de vitaminas. CATEGORIA NUTRIENTE NOAEL Não tóxicos (>20 vezes a DRI) Vitamina K 313 Ácido pantotênico 167 Tiamina 143 Riboflavina 125 Piridoxina 100 Vitamina E 80 Toxicidade baixa (10 – 20 vezes a DRI) Vitamina C 17 Biotina 17 Potencialmente tóxico (5 – 10 vezes a DRI) Folato 5 Tabela 2: NOAEL: nível máximo de segurança de ingestão.
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