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3 ALEXSANDRA DA SILVA COSTA RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR EM PEDAGOGIA I: EDUCAÇÃO INFANTIL PITÁGORAS AMPLI PEDAGOGIA Palmas-TO 2023 4 Palmas-To 2023 RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR EM PEDAGOGIA I: EDUCAÇÃO INFANTIL Relatório apresentado à Pitágoras Ampli, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina de Estágio Curricular Em Pedagogia I: Educação Infantil do curso de Pedagogia. ALEXSANDRA DA SILVA COSTA 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 6 1 LEITURA OBRIGATÓRIA ..................................................................................... 7 2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) ..................................................... 14 3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA.................................................................. 16 4 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC .................................................................................................................. 20 5 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS .............. 23 6 PLANOS DE AULA ............................................................................................. 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 28 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29 6 INTRODUÇÃO O estágio é uma etapa importante no processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno, porque promove oportunidades de vivenciar na prática conteúdos acadêmicos, propiciando desta forma, a aquisição de conhecimentos e atitudes relacionadas com a profissão escolhida pelo estagiário. O principal objetivo do estágio é proporcionar para os alunos os instrumentos de preparação para a introdução e inserção no mercado de trabalho, mediante ambiente de aprendizagem adequado e acompanhamento pedagógico supervisionado pelo professor em sala de aula. Desta forma, o docente contribui como um facilitador do processo de aprendizagem e profissionalização deste aluno, onde através do estágio, ele se prepara para assumir um papel importante na sociedade, como protagonista e profissional qualificado. 7 1 LEITURA OBRIGATÓRIA O PAPEL DO PROFESSOR E DO ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A PERSPECTIVA DE VYGOTSKY, LEONTIEV E ELKONIN 1.1 A concepção histórico-cultural do desenvolvimento infantil e a Cultura e desenvolvimento psíquico. O presente texto tem como objetivo investigar e analisar as relações entre desenvolvimento infantil e ensino na faixa etária de 0 a 6 anos em obras selecionadas de autores da psicologia histórico-cultural. Buscando identificar a concepção geral de desenvolvimento infantil e as especificidades desse período do desenvolvimento sobre as quais possa operar o ensino escolar, e no segmento da Educação Infantil de um ideário antiescolar, que tem como um de seus pilares a negação do ato de ensinar, e que de acordo com esses teóricos sustenta a defesa do ensino como elemento fundante do trabalho do professor que atua junto à referida faixa etária. Segundo Vygotsky, o desenvolvimento infantil constitui uma unidade dialética entre duas linhas genéticas – o desenvolvimento biológico e o cultural. Um processo único de formação biológico-social da personalidade da criança, mas não de uma simples “mistura” entre o plano biológico e o social. Para ele é a sociedade – e não a natureza – que deve figurar em primeiro plano como fator determinante da conduta e do desenvolvimento humano. Vygotsky (1996, p.264): “Não se pode aplicar à teoria do desenvolvimento infantil a mesma concepção do meio que se adota na biologia a respeito da evolução das espécies [...] a realidade social é a verdadeira fonte de desenvolvimento...”. Assim, o desenvolvimento infantil não é determinado por leis naturais universais, mas encontra-se intimamente ligado às condições objetivas da organização social, válida para toda e qualquer criança em todo e qualquer contexto e a qualquer tempo. Em relação a esses três teóricos, um aspecto fundamental da perspectiva segundo eles é a historicidade. Para Leontiev (2001a, p.65-6), nem o conteúdo dos estágios nem sua sequência no tempo são universais e imutáveis, pois dependem das condições históricas no desenvolvimento da criança: “não é a idade da criança, enquanto tal, que determina o conteúdo de estágio do desenvolvimento; os próprios limites de idade de um estágio, pelo contrário, dependem de seu conteúdo e se 8 alteram pari passu (no mesmo passo ou ritmo) com a mudança das condições histórico-sociais” De acordo com Leontiev e Elkonin, é necessário analisar a relação que se estabelece entre a criança e o meio que ela rodeia, esse vínculo entre criança e sociedade em um determinado momento histórico. O que determina diretamente o desenvolvimento da psique de uma criança é sua própria vida e o desenvolvimento dos processos reais desta vida. Em contraposição a uma visão idealizada da infância, Vygotsky, Leontiev e Elkonin evidenciaram a estreita relação entre o desenvolvimento da criança e a sociedade na qual ela se insere, compreendendo as condições objetivas disponibilizadas à criança como um fator determinante de seu desenvolvimento. Vygotsky explica que a gênese das funções psicológicas exclusivamente humanas não é biológica, mas fundamentalmente cultural. Na teoria vigotskiana refere-se à totalidade das produções humanas, isto é, a tudo aquilo que se contrapõe ao que é dado pela natureza, que resulta da ação criadora e transformadora do homem sobre a natureza. A transformação da natureza pelo homem implica também a transformação de sua própria natureza, emergindo, assim, historicamente, a partir da atividade social humana, novas formas de comportamento e novos processos psicológicos especificamente culturais. Sendo assim, as funções psíquicas exclusivamente humanas são produto do desenvolvimento histórico do homem em sociedade. Os processos psicológicos elementares são determinados fundamentalmente pelas peculiaridades biológicas da psique; já os processos psicológicos superiores nascem durante o processo de desenvolvimento cultural, representando uma forma de conduta geneticamente mais complexa e superior. O homem supera a relação imediata com a estimulação do meio, avançando na direção do domínio da própria conduta. A possibilidade de domínio dos próprios processos psicológicos é exclusivamente humana e caracteriza o que Vygotsky (1995, p.90) denominou funções psicológicas superiores. Segundo o autor, a peculiaridade da conduta humana “em primeiro lugar se deve a que o homem intervém ativamente em suas relações com o meio e que, através do meio ele mesmo modifica seu próprio comportamento, submetendo-o a seu poder”. 9 Desse modo, o traço característico da operação psíquica superior é o domínio do próprio processo de comportamento por meio da introdução de signos. Vygotsky (1995) define o signo como um estímulo-meio artificial introduzido pelo homem na situação psicológica que constitui um meio para dominar a conduta (própria ou alheia). A introdução do signo permite ao homem dominar os próprios processos de comportamento. Dessa forma, ao longo de seu desenvolvimento, a criança assimila as formas sociais da conduta e as transfere para si mesma, ou seja, a criança começa a aplicar a si própria as mesmas formas de comportamento que a princípio outros aplicavam a ela. Com a introdução de signosculturais, as operações psíquicas da criança se reorganizam, na direção do autodomínio de seus processos de comportamento. As funções psíquicas superiores são relações internalizadas de ordem social é coerente com a perspectiva de Leontiev (1978), que afirma que as novas aptidões e funções psíquicas formam-se no indivíduo por meio do processo de apropriação da cultura. A análise dos autores acerca do desenvolvimento psicológico traz implicações diretas para o trabalho pedagógico, pois evidencia a dependência do desenvolvimento das funções psíquicas da criança em relação aos processos educativos. Na medida em que se conclui que as funções psíquicas superiores têm gênese fundamentalmente cultural e não biológica, torna- se evidente que o ensino não deve basear-se na expectativa da maturação espontânea dessas funções, mas, ao contrário, é responsável por promover seu desenvolvimento. 1.2 Desenvolvimento, ensino e aprendizagem. Vygotsky afirma que a aprendizagem constitui um elemento necessário e universal no desenvolvimento das características humanas formadas historicamente na criança. O ensino e a aprendizagem são, portanto, compreendidos como “fonte de desenvolvimento”. Isso não significa que cada etapa da aprendizagem corresponda a uma etapa no desenvolvimento, ou seja, não há correspondência direta, linear e imediata entre o ensino e o desenvolvimento de determinada função. Contudo, os processos de desenvolvimento não poderiam produzir-se “por si mesmos sem a aprendizagem”. Para promover a correta organização da aprendizagem mencionada pelo autor, o ensino deve adiantar-se ao desenvolvimento. Para Vygotsky (2001a, p.333), o bom ensino é aquele que conduz o desenvolvimento, atuando sobre aquilo que ainda não está formado na criança: “o 10 ensino deve fazer o desenvolvimento avançar”. Atuar sobre aquilo que ainda não está formado na criança significa atuar na zona de desenvolvimento potencial (ZDP). Para Vygotsky (2001a), os processos psíquicos já plenamente desenvolvidos, os quais a criança domina com autonomia, constituem o desenvolvimento real/atual da criança; a ZDP, por sua vez, corresponde às funções psíquicas que estão iniciando seu ciclo de desenvolvimento, as quais a criança só é capaz de empregar com auxílio do educador (ou de crianças mais experientes). Para fazer o desenvolvimento avançar, o ensino não pode se limitar a aproveitar as possibilidades do desenvolvimento real, mas agir sobretudo na ZDP, ativando novos processos internos de desenvolvimento. A ZDP refere-se aos processos que a criança consegue realizar apenas em colaboração com outros, na atividade coletiva, ou seja, que só podem efetivar-se no plano interpsíquico. O que a criança é capaz de fazer hoje no plano interpsíquico, conseguirá fazer amanhã com autonomia, no plano intrapsíquico, como conquista de seu desenvolvimento psíquico individual. Com o conceito de ZDP, segundo Vygotsky (1995), altera-se profundamente a concepção sobre as relações entre educação e desenvolvimento. E observa-se a preocupação em se adaptar a educação ao desenvolvimento, respeitando os prazos, o ritmo, as características do pensamento e da percepção infantis. Assim, fica claro que, para Vygotsky (2001a, p.334), o ensino deve produzir o novo no desenvolvimento psíquico da criança, afinal: “o ensino seria totalmente desnecessário se pudesse utilizar apenas o que já está maduro no desenvolvimento, se ele mesmo não fosse fonte de desenvolvimento e surgimento do novo”. 1.3 Os períodos do desenvolvimento infantil e o ensino de 0 a 6 anos. Assim como Vygotsky e Leontiev, Elkonin (1960, p.498) enfatiza o papel diretivo do adulto no processo educativo. Para o autor: O desenvolvimento psíquico das crianças tem lugar no processo de educação e ensino realizado pelos adultos, que organizam a vida da criança, criam condições determinadas para seu desenvolvimento e lhe transmitem a experiência social acumulada pela humanidade no período precedente de sua história. De acordo com o autor, portanto, o desenvolvimento psíquico se efetiva mediante a apropriação da experiência social, num processo organizado e dirigido pelo adulto. Não obstante, Elkonin (1960, p.498) 11 chama a atenção para o fato de que nem todos os atos dos adultos têm suficiente influência sobre o desenvolvimento da criança. Pelo fato de que o desenvolvimento psíquico das crianças não reflete automaticamente tudo o que atua sobre elas não se deve subestimar, de forma alguma, o papel diretor do ensino e da educação em seu desenvolvimento, mas se faz indispensável uma organização tal que possibilite os melhores resultados e tenha a maior influência em sua formação integral. Para Elkonin (1960), garantir que a intervenção pedagógica esteja de acordo com as particularidades de cada idade ou período do desenvolvimento. Tendo isso em vista, uma das frentes de investigação dessa pesquisa consistiu na caracterização dos períodos ou estágios do desenvolvimento infantil até a transição à idade escolar, buscando compreender o papel do ensino e do educador em cada um desses estágios. Na perspectiva do autor, o desenvolvimento infantil não constitui um processo puramente quantitativo/evolutivo, mas caracteriza-se por rupturas e saltos qualitativos. A transição entre um estágio e outro do desenvolvimento não constitui uma mera mudança quantitativa/ de grau, mas uma mudança qualitativa. A cada novo estágio do desenvolvimento modifica-se o tipo de relação que a criança estabelece com o meio e com as pessoas que a rodeiam por meio de sua atividade; modificam-se suas necessidades e motivos e as qualidades de seu psiquismo. Para Vygotsky (1995), a transição a um novo estágio do desenvolvimento se caracteriza pela ocorrência de crises. Nos períodos de crise, produzem-se mudanças e rupturas bruscas e fundamentais na personalidade da criança. Leontiev (2001a, p.67), por sua vez, considera que as crises não são inevitáveis: Na realidade, as crises não são absolutamente acompanhantes do desenvolvimento psíquico. Não são as crises que são inevitáveis, mas o momento crítico, a ruptura, as mudanças qualitativas no desenvolvimento. Não ocorrerão crises se o desenvolvimento psíquico da criança não tomar forma espontaneamente. De forma clara, a perspectiva de Leontiev (2001a) de que o educador não pode limitar- se a “acompanhar” ou “seguir” o desenvolvimento espontâneo da criança, mas, ao contrário, deve dirigir ou controlar racionalmente esse processo. Leontiev (1978) defende que o professor conheça profundamente o processo de desenvolvimento infantil e com esse conhecimento possa estabelecer finalidades e 12 objetivos pedagógicos adequados e organizar atividades pedagógicas que promovam o desenvolvimento da criança. Apoiados nos pressupostos vigotskianos, Leontiev e Elkonin analisarão a questão da periodização do desenvolvimento tomando como eixo fundamental a categoria de atividade principal. Para Leontiev o que determina diretamente o desenvolvimento da psique da criança é o desenvolvimento de seus processos reais de vida, isto é, o desenvolvimento de sua atividade. Determinados tipos de atividade são mais importantes para o desenvolvimento em determinados estágios do desenvolvimento. Elkonin e Leontiev afirmam que cada estágio de desenvolvimento da criança é caracterizado por uma relação determinada, por uma atividade principal que desempenha a função de principal forma de relacionamento da criança com a realidade. A criança, nesse caso, por meio dessas atividades principais, relaciona-se com o mundo, e, em cada estágio, formam-se nela necessidades específicas em termos psíquicos. Leontiev (1987) enfatiza que o desenvolvimento dessa atividade condiciona as mudanças mais importantes nos processos psíquicos da criança e nas particularidades psicológicas da sua personalidade. SegundoElkonin (1987), os principais estágios de desenvolvimento pelos quais os sujeitos passam são: comunicação emocional do bebê; atividade objetal manipulatória; jogo de papéis; atividade de estudo; comunicação íntima pessoal; e atividade profissional/estudo. A comunicação emocional direta dos bebês com os adultos é a atividade principal desde as primeiras semanas de vida até mais ou menos um ano, constituindo-se como base para a formação de ações sensório- motoras de manipulação. Um elemento fundamental desse período é o surgimento das formas verbais de comunicação da criança com os adultos. Vygotsky (1996, p.356-7) destaca o papel do adulto no desenvolvimento da linguagem na primeira infância, afirmando que “são eles [os adultos] que impulsionam a criança a uma nova via de generalização, ao domínio da linguagem”. Assim, tanto a linguagem atua como meio para organizar a comunicação com o adulto quanto a comunicação mesma está mediada pelas ações objetais da criança. Sobre o estágio de desenvolvimento utilizado em jogos, Elkonin (1987a) afirma que as funções do pedagogo na organização do jogo infantil não são tão claras e definidas quanto em outras tarefas. Considera que, sendo o jogo a atividade principal da criança nessa faixa etária, é fundamental para o educador “saber 13 controlar o brinquedo de uma criança” sem incorrer, contudo, em uma “paralisação do brinquedo em vez de seu controle”. Nesse sentido, Elkonin (1960) é claro ao afirmar que a intervenção do professor no jogo não implica na supressão do caráter independente e criativo da atividade lúdica. Na perspectiva de Elkonin (1987a), a intervenção do professor pode se dar tanto na seleção de temas para a brincadeira quanto na distribuição dos papéis entre as crianças e sugestão/definição dos acessórios a serem utilizados. “Saturando o papel de conteúdo o tornamos mais atrativo, formamos o desejo da criança. Essa possibilidade de formar os desejos infantis, de dirigi-los, faz do jogo um poderoso meio educativo quando se introduzem nele temas que possuem grande importância para a educação” (ibidem, p.101). Na Educação Infantil, é preciso ensinar na e pela brincadeira. É preciso, para isso, romper com a artificial dicotomia entre “atividades dirigidas” (supostamente para ensinar) e “atividades livres” (supostamente para brincar), ainda tão presente nas escolas de Educação Infantil. É papel do professor revelar para a criança, como indica Elkonin (1960), as facetas da realidade que ela somente pode conhecer pela via de sua mediação. É preciso dar-lhes a conhecer aquelas facetas da realidade cuja reprodução nos jogos pode exercer uma influência educativa positiva e distraí- las da representação daquilo que possa desenvolver qualidades negativas. Dessa forma, se entendemos o ato de ensinar em oposição ao imperativo de “seguir as crianças...”, ou seja, como intervenção intencional e consciente do educador que visa garantir a apropriação do patrimônio humano-genérico pela criança, promovendo e guiando seu desenvolvimento psíquico, podemos afirmar que os pressupostos de Vygotsky, Leontiev e Elkonin sustentam a defesa do ensino junto à criança de 0 a 6 anos. 14 2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento que deve ser elaborado por todas as escolas, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Também conhecido como projeto pedagógico, o PPP é uma espécie de mapa que serve para guiar a instituição a crescer e melhorar sua qualidade de ensino. Assim, o Projeto Político Pedagógico deve levar em consideração o contexto em que a escola está inserida e fatores específicos da comunidade escolar. 1. O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente escolar? O Projeto Político Pedagógico é um documento obrigatório para as escolas e contém todas as metas, objetivos e os meios que serão usados para concretizá-los. Por isso, se torna essencial para nortear as ações da escola e envolve não apenas os professores e a equipe pedagógica, mas também os alunos, famílias e comunidade escolar. E sobre a sua importância, o Projeto Político Pedagógico deve ser realizado a partir de um diagnóstico interno da instituição, levando em consideração os dados de matrícula, inadimplência e outras informações específicas da escola. A partir disso, o PPP deve funcionar como um norteador para as atividades da escola e contemplar não apenas os objetivos e metas, mas também as ações que serão tomadas para alcançá-los, levando em consideração a realidade da instituição de ensino. Por isso, o Projeto Político Pedagógico deve ser atualizado no início de todo ano letivo e consultado periodicamente para garantir que seja colocado em prática. É fundamental que os indicadores trazidos pelo documento sejam usados como base para melhorar o ensino e o atendimento à comunidade escolar. Por isso, o PPP deve ser flexível para se adaptar às necessidades dos alunos e auxiliar a instituição a tomar decisões estratégicas para aprimorar seu trabalho. 2. Como as competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o PPP? As aprendizagens essenciais da Base Nacional Comum Curricular – BNCC estão expressas em dez competências gerais. Elas definem a base educacional, 15 norteando os caminhos pedagógicos. De acordo com os princípios éticos, estéticos e políticos, que visam à formação humana em suas múltiplas dimensões. E que englobam habilidades, conhecimentos, atitudes e valores que visam a promoção dos desenvolvimentos dos alunos em todas as dimensões (social, física, intelectual, cultural e emocional). Para suprir as demandas do cotidiano, a fim de garantir o crescimento do aluno como cidadão e qualificá-lo para o mercado de trabalho. 3. De que modo a escola apresenta o processo de avaliação? Os professores, a partir de observações e análise processual, embasados pelas atividades realizadas em sala de aula, avaliações quantitativas e outros instrumentos diagnósticos, indicarão alunos que estiverem defasados frente a competências e habilidades determinadas pela sua faixa de ensino. A avaliação considerará o desempenho da criança, a capacidade em solucionar problemas propostos, diagnósticos dos avanços e dificuldades, características inerentes ao processo de aprendizagem. A avaliação basear-se-á em dois pressupostos: • Observação atenta e criteriosa sobre as manifestações de cada criança; • Reflexão sobre o significado dessas manifestações de acordo com o desenvolvimento do (a) educando (a). Estratégias principais a serem consideradas: • Análise e revisão de Avaliações individuais realizadas durante a etapa e de atividades complementares; • Atividades para desenvolver capacidade de síntese e interpretação–resumos, resenhas etc.; • Orientações sobre a melhor maneira de estudo individual ou coletivo de acordo com cada componente curricular, a partir da utilização de esquemas, mapas semânticos (conceituais e de síntese), de acordo coma faixa etária. Não haverá avaliação quantitativa para efeitos de promoção ou reprovação, nem para ingresso no Ensino Fundamental. A Coordenação Pedagógica e a Orientação Educacional, juntamente com os professores, definirão os instrumentos de acompanhamento e de registro da aprendizagem do (a) aluno (a), com base nos aspectos cognitivo e psicossocial. 16 3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA Considerando os conhecimentos abordados sobre a docência na educação infantil, uma das primeiras atividades a serem desenvolvidas pelo professor é o Planejamento. E o que é planejar? Planejar é estudar, organizar, coordenar, ações a serem tomadas para a realização de uma atividade visando solucionar um problema ou alcançar um objetivo. O planejamento auxilia na orientação, organizaçãoe concretização daquilo que se desejar alcançar. O planejamento, para ter significado e validade precisa de uma ação participativa por parte do aluno. Usando também, do Projeto Político Pedagógico (PPP), Base Nacional Curricular (BNCC) e as Diretrizes para Educação Infantil. A rotina do professor é muito atarefada, existem muitas atribuições que estão presentes no desenvolvimento profissional do docente. A criação da rotina depende de um planejamento prévio. É importante estabelecer ações que farão parte do dia a dia da criança e, com o tempo, se tornarão naturais, quase que automáticas. 1. Três atividades que fazem parte da rotina de trabalho do professor e como essas atividades devem ocorrer: • Recepção: Consiste no primeiro contato do dia letivo com os colegas e professores, recebendo as crianças. Todas as atividades desenvolvidas pelo docente são atividades de caráter pedagógico. Sendo assim, a partir do momento que recebemos as crianças de manhã, nós já estamos exercendo uma atividade pedagógica, e sempre com uma atividade lúdica. Com brinquedos, jogos e livros espalhados pela sala para que as crianças ao chegarem já se interajam com esses materiais que estão disponíveis ali naquele ambiente. • Atividade Planejada: São as atividades que estão presentes no nosso planejamento. Seguindo pela BNCC, elas estão de acordo com os campos de experiência, como por exemplo uma atividade do campo é o: “Eu, O outro e Nós”. Que é uma atividade de interação, onde podemos cantar, conversar com as crianças sobre o que ela conhece sobre determinada temática, vamos ler histórias, trabalhar com músicas. Lembrando sempre que é necessário 17 despertar o interesse da criança pelos estudos a partir de atividades lúdicas e agradáveis. • Brincadeira: Na Educação Infantil, é preciso ensinar na e pela brincadeira. Diversificando esses momentos entre “atividades dirigidas” (supostamente para ensinar) e “atividades livres” (supostamente para brincar), ou dividindo o tempo entre ambas. Não usando apenas a sala de aula, mas também o pátio ou o parque da escola. Variando nesses espaços, sempre promovendo a interação, a alegra, a diversão e o desenvolvimento. E a tarefa do professor enquanto as crianças brincam, não é ficar apenas observando, ele precisa olhar com um olhar clínico, um olhar que está fundamentado em todas aquelas teorias que ele conhece. Observando o desenvolvimento de cada uma em sua especificidade. 2. De que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular: A equipe pedagógica pode contribuir na orientação do professor, apoiando projetos pedagógicos e executando tarefas escolares. Pensando na organização do trabalho pedagógico no espaço educativo, justamente porque essa é a função primordial da equipe pedagógica. E nós como futuros integrantes desse meio pedagógico é importante ter compreensão do que é que acontece na escola. Então no primeiro momento temos que entender qual é a função social da escola. A função social da escola é contribuir com a formação das pessoas, para inseri-los na prática social e no mundo do trabalho. Esses profissionais que ali estão com suas diferentes formações, têm como responsabilidade contribuir para que a escola alcance êxito nisso que ela se propõe. O fundamental para esses profissionais da equipe pedagógica é conhecer a realidade que esta escola acolhe. Quem é o aluno? O entorno da escola, o que a sociedade cobra da escola? A maneira como são conduzidas essas relações com a comunidade escolar. Pensar nessa realidade atendida pela escola é pensar no contexto de diversidade. E pensando em quem essa escola atende, vamos pensar também em quem são esses que estão matriculados na escola. São crianças da educação infantil (cada uma com seu perfil, que estão iniciando o seu desenvolvimento), se são crianças maiores do ensino fundamental ou adolescentes do ensino médio (já 18 tem outra perspectiva, inclusive de vida, a personalidade está ali destacada, sentimentos, emoções). A maneira de convivência dentro do ambiente familiar, são fatores dessa realidade também. Todo trabalho da escola segue uma legislação nacional, estadual e municipal. Então cabe ao pedagogo ter domínio sobre esses contextos ligado a legislação, as políticas educacionais, porque a partir delas vamos estruturar os documentos da escola. Que são eles: Projeto Político Pedagógico, Proposta Curricular, Regulamento interno da escola, entre muitos outros; que contribuem e dão sustentação para o trabalho da escola. O Projeto Político Pedagógico e a Proposta Curricular auxiliam os professores que tenham dificuldade no desenvolvimento do plano aula. Estabelece o que e como se ensina, as formas de avaliação da aprendizagem, a organização do tempo e o uso do espaço na escola, entre outros pontos. A Proposta curricular tem por objetivo principal garantir a autonomia das instituições de ensino no que se refere à gestão de suas questões pedagógicas. Na prática, trata-se de um documento que define a linha orientadora de todas as ações da escola, desde sua estrutura curricular até suas práticas de gestão. Já o Projeto Político Pedagógico (PPP) é um instrumento que reflete a proposta educacional da instituição de ensino. Também conhecido apenas como projeto pedagógico, é um documento que deve ser produzido por todas as escolas, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). 3. A importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos processos educativos no contexto escolar: A figura do diretor ele não é somente de um âmbito administrativo, não é somente na questão do recurso, da infraestrutura, de documentação ou normatização. O papel do diretor é isso, mas sempre também atrelado ao lado pedagógico. É atrelar a função administrativa e a organização. Que também é muito importante e essencial para que uma escola tenha não só; uma alta nota no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) ou tenha redução de evasão; mas que também tenha uma qualidade no papel do processo de ensino-aprendizagem, quer seja dos professores, alunos ou equipe pedagógica. E a função pedagógica também, que é em trabalhar de forma coletiva com ou outros atores do processo dentro do espaço escolar. 19 Sempre lembrando que o diretor nunca faz nada sozinho, ele precisa dessa rede e a rede de apoio também, como por exemplo: Conselhos tutelares e os Cras. Não só de atores do processo como da equipe pedagógica, dos funcionários da escola, dos professores, alunos e da comunidade. Dos postos-chaves para o desenvolvimento de suas funções, manter bom relacionamento com professores se destaca. Pois esses podem contribuir para facilitar e otimizar as ações promovidas pelo diretor. Sua relação com o professor não precisa e nem deve ser vertical. É extremamente importante que ambos consigam desenvolver trabalho em equipe. O que inclui respeitar as limitações de cada função para contribuir para o crescimento sólido e gradativo da instituição. Para isso, é imprescindível desenvolver competências gerenciais diversas. Dentre elas, implementando rotinas motivadoras, disciplinadas e que transpareçam bons resultados e desafios, de forma harmoniosa e saudável. As reuniões formais surgem como ótimas aliadas ao desenvolvimento institucional. Nas escolas, os encontros periódicos entre professores, diretores e coordenadores pedagógicos são muito eficientes. Representam momentos de pontuar as necessidades e falhas de cada área. O que permite a definição de estratégias pedagógicas e o acompanhamento das medidas paliativas e corretivas. Ambas são igualmente importantes, pois possibilitam conhecer diferentes pontos de vista, viabilizando a integração de toda a equipe pedagógica. É extremanteimportante ter contato com a rotina em sala de aula. Só será possível ter mais visão dos problemas na educação ao se envolver na rotina dos professores em classe. Esse contato periódico contribuirá para que tenhamos um olhar mais atento. Acompanhando pessoalmente as condições de aprendizagem, os fatores que atrapalham ou beneficiam o processo educacional. Além disso, esse contato possibilita observar táticas de ensino dos docentes e a forma como são recebidas pelos alunos. 20 4 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC O maior objetivo dessa abordagem é que o estudante conclua a sua educação formal reconhecendo e aprendendo sobre os temas que são relevantes para sua atuação na sociedade. Assim, espera-se que a abordagem dos Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) permita ao estudante compreender questões diversas, tais como cuidar do planeta, a partir do território em que vive; administrar o seu dinheiro; cuidar de sua saúde; usar as novas tecnologias digitais; entender e respeitar aqueles que são diferentes e quais são seus direitos e deveres como cidadão, contribuindo para a formação integral do estudante como ser humano, sendo essa uma das funções sociais da escola. Nesse sentido, os TCT’s têm a condição de explicitar a ligação entre os diferentes componentes curriculares de forma integrada, bem como de fazer sua conexão com situações vivenciadas pelos estudantes em suas realidades, contribuindo para trazer contexto e contemporaneidade aos objetos do conhecimento descritos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 1. Como podemos entender o termo Transversalidade? Transversalidade é um princípio que desencadeia metodologias modificadoras da prática pedagógica. Termo que, na educação, é entendido como uma forma de organizar o trabalho didático na qual alguns temas são integrados nas áreas convencionais de forma a estarem presentes em todas elas. O conceito de transversalidade surgiu no contexto dos movimentos de renovação pedagógica, quando os teóricos conceberam que é necessário redefinir o que se entende por aprendizagem e repensar também os conteúdos que se ensinam aos alunos. A partir da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, foram definidos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que, por sua vez, orientam para a aplicação da transversalidade. No âmbito dos PCNs, a transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real e de sua transformação (aprender na realidade e da realidade). Não se trata de trabalhá-los paralelamente, mas de trazer para os conteúdos e para a metodologia da área a perspectiva dos temas. Dessa 21 forma, os PCNs sugerem alguns “temas transversais” que correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo e Pluralidade Cultural. 2. Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola? É papel dos diretores, pedagogos e professores compreender que a transmissão de conhecimento não é um fim, e que a grande responsabilidade de cada uma das disciplinas é ser capaz de auxiliar os jovens a atribuir significado e conferir sentido àquilo que aprendem. Ao contrário das matérias obrigatórias, os conteúdos dos temas transversais não são divididos por ciclos, à medida que podem ser tratados em qualquer etapa do trabalho pedagógico. A ideia central do MEC é que eles sejam abordados de maneira interdisciplinar e coordenada, para que os estudantes tenham uma clara percepção da importância destes assuntos no contexto social contemporâneo. Pela ótica da ética, por exemplo, é necessário que os professores sejam capazes de oferecer aos alunos atividades que fomentem respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade, através de tarefas e projetos que estimulem interações sociais, trocas e a empatia. Cabe ainda às escolas avaliarem o contexto social no qual elas estão inseridas para, quando necessário, trazerem novos temas transversais para a grade curricular. Quando alunos e professores se veem imersos em um ambiente cuja formação se baseia na ética, moral e no compartilhamento e construção de princípios, valores e censo crítico, as chances de formação de cidadãos mais responsável, abertos ao diálogo e especialmente, mais consciente da importância do respeito mútuo no convívio em sociedade são muito maiores. Além de serem excelentes para prepara-los para o futuro, o benefício tem grande chance de serem colhidos já no ambiente escolar, que tende a ficar mais harmônico para todos. 3. Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no seu curso de graduação? Segundo o Ministério da Educação (MEC), “são temas que estão voltados para a compreensão e para a construção da realidade social e dos direitos e responsabilidades relacionados com a vida pessoal e coletiva e com a afirmação do princípio da participação política. Isso significa que devem ser trabalhados, de forma 22 transversal, nas áreas e/ou disciplinas já existentes”. Os temas transversais, nesse sentido, correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana. No entanto, os sistemas de ensino, por serem autônomos, podem incluir outros temas que julgarem de relevância social para sua comunidade. Os temas transversais são assim adjetivados por não pertencerem a nenhuma disciplina específica, mas atravessarem todas elas como se a todas fossem pertinentes. No entanto, vale ressaltar que a ética e cidadania é uma excelente abordagem a ser tratada nos campos universitários. É necessário compreender a realidade, pois a mesma apresenta de forma complexa a cada dia, com poucas alternativas de solução. Sendo assim, para cumprir a missão de educar cidadãos para o futuro, as universidades precisam configurar seu currículo de maneira adequada. Portanto, as funções da graduação é produzir conhecimento que compreende a sociedade e o ser humano para articular uns aos outros. Contudo, um projeto transversal, capacita os indivíduos para garantir a formação do aluno. 4. A metodologia de trabalho com os TCTs estará baseada em quatro pilares, quais são eles? I. Problematização da realidade e das situações da aprendizagem; II. Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão sistêmica; III. Integração das habilidades e competências curriculares a resolução de problemas; IV. Promoção de um processo educativo e continuado e do conhecimento como uma construção coletiva. Os pilares são metodologias muito importantes para guiar os gestores e professores no que trabalhar em sala de aula, levando como um objetivo para o que se pretende estudar, com sugestões metodológicas que além de guiar vai facilitar a abordagem dos temas inseridos no currículo escolar e no planejamento das ações. Sendo assim, essa metodologia contribuiu para a aplicação do conhecimento teórico adquirido pelos alunos, contribuindo para que assimilem o conteúdo de forma prática em seus estudos e aprendizagem. Sobre tudo, é um método de caráter avaliativo, visando garantir a eficácia do aluno, criando uma visão crítica e ampla da área de atuação escolhida. 23 5 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS SITUAÇÃO-PROBLEMA (SP) Como aluno do curso de licenciatura, você precisará estagiar em uma escola da cidade onde mora. Para tanto, necessitará refletir sobre questões importantes para o bom desempenho de suas ações: qual escola escolher? Qual a proposta pedagógica da escola selecionada? Como aplicar de forma prática e significativa os conhecimentos aprendidos ao longo da graduação? Como propor que a relação entre ensino e aprendizagemaconteça de forma dinâmica? Como romper com ciclos tradicionais de ensino e aprendizagem e buscar a aplicação de propostas atuais e dinâmicas que colocam o estudante no centro do processo? A partir destes questionamentos, você é convidado a conhecer a situação problema, ou seja, uma problematização ligada à sua realidade profissional e ao campo de estágio que está realizando. Deste modo, adentrará na realidade da escola selecionada para a realização de seu estágio objetivando aplicar os conhecimentos previamente adquiridos e contribuir com a formação dos estudantes da educação básica. Ao se apresentar na escola escolhida para realizar seu estágio, a pedagoga convida-o para uma breve reunião onde alerta que a escola passa por um período de mudanças e que a realidade poderá divergir do conceito de escola idealizada para estagiar. De acordo com ela, a escola está com alto índice de evasão e os alunos apresentam baixo rendimento em relação aos índices estaduais. A pedagoga destaca uma série de questões que estariam interferindo no cotidiano escolar e no rendimento dos alunos. Por ser uma escola com poucos recursos financeiros e tecnológicos, mostrava-se pouco atrativa para os alunos. Outro fator do baixo rendimento seria o uso ilimitado dos aparelhos celulares em sala de aula, que acabavam distraindo os alunos ao longo das aulas. Após a reunião com a pedagoga, e com as informações repassadas por ela, você deve refletir sobre como realizará a regência de seu estágio nesta escola. Para tanto, deve considerar todos os fatores que irão interferir em sua regência e propor novas metodologias e tecnologias para que seus objetivos sejam alcançados de modo satisfatório. Lembre-se de que a solução para a SP deve estar de acordo com seu campo de estágio. Agora é a sua vez de pesquisar e propor o uso de metodologias ativas que contribuirão com a transformação da realidade apresentada pela pedagoga. Logo, você deve responder a SP sugerindo atividades que utilizem metodologias ativas e tecnologias digitais que contribuirão para solucionar os problemas que estão interferindo no cotidiano da escola, com o tipo de estudante que pretende formar, bem como sobre a forma de organizar seu planejamento: Sobre os problemas apresentados pela pedagoga nessa escola, seria de grande valia o uso das metodologias ativas que trabalhassem a participação efetiva dos estudantes, em um todo. Com ludicidade, atividades que promovam a autonomia; prática por meio da sala de aula invertida; tecnologias que auxiliem o 24 aprendizado; teoria e prática sendo exploradas em união; desafios e jogos que estimulem a reflexão e análise; incentivo ao trabalho conjunto; aproveitamento de jogos para o ambiente didático. Hoje, é possível contar com aparelhos inovadores, que prezam pela agilidade e praticidade. Até mesmo na educação infantil é natural para os alunos a imersão nas tecnologias digitais e a aprendizagem por meio dela é percebida como bastante divertida. Cabe ao professor, assim, se familiarizar com o uso das mesmas e se preparar para utilizá-las de forma interativa e socializadora. Dessa maneira, como a natureza das metodologias ativas é baseada em socialização e compartilhamento, usar as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no emprego das mesmas retrata uma integração entre estratégia e técnica que pode ser um excelente diferencial no processo de ensino e aprendizagem, também na educação infantil. São poucas as escolas que investem em espaços multimídia ou em projetos interdisciplinares, por questões financeiras como no caso dessa escola na situação- problema, que possuem locais e recursos livres para que os estudantes criem e possam investir seu tempo em descobrir suas próprias habilidades e interesses. O ambiente escolar deve ser acolhedor, um espaço onde as crianças possam verdadeiramente se expressar, experimentar com suas habilidades e aprender. Evitando assim grande parte da evasão nas escolas. Entretanto, é válido lembrar que a tecnologia não é um fim, e sim um caminho para chegar até um objetivo, que é a compreensão do conteúdo ministrado. 25 6 PLANOS DE AULA Plano de Aula Identificação Disciplina: Geografia Série: Pré II Turma: A Período: Matutino Conteúdo • Estações do ano; Objetivos Objetivo geral • Reconhecer as estações do ano; Objetivos específicos • Identificar as características de cada estação do ano; • Reconhecer a importância das estações do ano em nosso dia- dia; Metodologia a) Sensibilização • Entregar a letra da música as quatro estações de Sandy e Junior. Colocar a música para os alunos ouvirem. Fazer uma interpretação oral da música. Após a interpretação, deve pedir que pintem com um lápis de cor o nome de cada estação, buscando também características da mesma (quando houver). b) Desenvolvimento • Com base na letra da música entrar no conteúdo. Entregar para os alunos um texto sobre as quatro estações e debate-lo. • Chamar a atenção dos alunos ressaltando que as ordens das estações não acontecem na ordem que está citada na música – INVERNO – VERÃO – PRIMAVERA – OUTONO. • Perguntar se as crianças sabem qual a ordem certa das estações durante o ano. Após as tentativas, explicar que aqui no Brasil o ano inicia com o verão, vindo depois o outono, na metade do ano entramos no inverno e por último temos a primavera, dando sequência ao verão e iniciando assim um novo ciclo. Dessa forma, em nosso pais o ano começa e termina na estação verão. • Montar no quadro com os alunos uma linha do tempo anual, marcando as estações do ano conforme os estudos anteriores. Recursos • Recurso de vídeos com fotos mostrando as mudanças nas estações; • Som; • CD com música as quatro estações de Sandy e Junior; • Quadro; 26 • Letra da música as quatro estações de Sandy e Junior; • Texto sobre as quatro estações; • Lápis de cor; • Lápis; • Borracha; Avaliação • Atividade sobre as quatro estações; Referências • Quatro estações. Disponível em: http://cantinhodosaber.com.br/planos-de-aulas-diario-e- semanal/plano-de-aula-para-as-quatro-estacoes/ Acesso em 20 Jun. 2020. • Plano de aula, Educação infantil. Disponível em: https://novaescola.org.br/tag/393/plano-de-aula Acesso em 20 Jun. 2020. Plano de Aula Identificação Disciplina: Ciências Série: Pré II Turma: B Período: Matutino Conteúdo • Cinco sentidos; Objetivos Objetivo geral • Conhecer os órgãos dos cincos sentidos; Objetivos específicos • Identificar as diferenças dos órgãos dos cincos sentidos; • Reconhecer as funções dos órgãos dos cincos sentidos; • Compreender a importância dos sentidos; • Perceber que na falta de alguns sentidos as pessoas poderão se adaptar e viver sem eles; http://cantinhodosaber.com.br/planos-de-aulas-diario-e-semanal/plano-de-aula-para-as-quatro-estacoes/ http://cantinhodosaber.com.br/planos-de-aulas-diario-e-semanal/plano-de-aula-para-as-quatro-estacoes/ https://novaescola.org.br/tag/393/plano-de-aula 27 Metodologia a) Sensibilização • Em uma caixa colocar objetos com texturas, como áspero, macio, formatos diferentes como bola, dado, carrinho para que elas possam senti-los através do tato. b) Desenvolvimento • Colocar uma venda nas crianças e levar comidas para experimentar o doce, azedo e salgado. Nessa atividade será trabalhado o paladar; • Colocar uma venda nas crianças e levar potinhos com diversos cheiros para as crianças experimentarem e identificarem. Nessa atividade será trabalhado o olfato; • Pedir que as crianças batem as palmas e os pés para poderem sentir os sons que eles produzem. Nessa atividade será trabalhado a audição; • Entregar uma folha sobre os cincos sentidos e falar da importância de cada um; Recursos • Recurso de vídeos mostrando diversidade em imagens; • Potinhos com diversoscheiros (perfumes); • Bombom para atividade do paladar; • Salgadinho para atividade do paladar; • Limão para atividade do paladar; • Lixa para atividade do tato; • Esponja de banho para atividade do tato; • Dado para atividade do tato; • Vendas para os olhos; • Quadro; • Lápis; • Borracha; • Texto sobre cinco sentidos; Avaliação • Atividade sobre os cincos sentidos; Referências • Plano de aula, Cinco Sentidos. Disponível em: http://cantinhodosaber.com.br/ Acesso em 20 Jun. 2020. • Educação infantil. Disponível em: https://novaescola.org.br/tag/plano-de-aula Acesso em 20 Jun. 2020. http://cantinhodosaber.com.br/ https://novaescola.org.br/tag/plano-de-aula 28 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Educação Infantil é um momento mágico na vida das crianças, um momento de experimentar e vivenciar aprendizagem. Neste sentido é fundamental que os professores busquem novos papéis no ambiente escolar, como facilitadores da aprendizagem por meio de novas abordagens pedagógicas e seu uso deve ser intencional e planejado, com foco sempre na melhoria do aprendizado. O bom professor é aquele que não se preocupa em ser conteudista, mas que promove a circulação do conhecimento, que aguça a curiosidade, que proporciona a reflexão, abrindo espaço para o diálogo saudável, para a troca de informações, propondo que cada sujeito envolvido no processo deixe sua opinião – as informações que já tem sobre algum assunto. E deve permitir que o lúdico faça parte das atividades rotineiras da sala de aula, pois aprende-se muito mais através da brincadeira, da diversão e do prazer. Com isso, permite-se que os alunos cresçam enquanto pessoas e enquanto profissionais. Que sintam as necessidades do mundo, de que somos responsáveis para que tudo corra bem, para que as coisas aconteçam de forma organizada e planejada, visando o crescimento social do país. Conclui-se com este trabalho, que é de grande importância o ato de cuidar e educar, estando estes entrelaçados e permeados por amor, respeito, dedicação e paciência, ou seja, ser pedagogo é tarefa que exige muito estudo e empenho. Todos os profissionais são relevantes dentro de uma instituição de ensino, e é através do bom desempenho de cada um destes que a escola conseguirá atingir seu objetivo, e cumprir seu papel de formação integral da criança, aspectos sociais, físicos, psicológicos e intelectuais. Dessa forma, ensina-se que a educação e a formação estão voltadas para o lado profissional sim, mas também para o lado social, humanista, e que no exercício da profissão, os professores terão que ser responsáveis para progredir no mundo do trabalho. Seja você pai, aluno, professor ou gestor escolar, atue também como um agente transformador na educação. 29 REFERÊNCIAS DUARTE, N. Educação escolar, teoria do cotidiano e a escola de Vigotski. Campinas: Autores Associados, 2001. Disponível em: http://www.afoiceeomartelo.com.br/posfsa/Autores/Duarte,%20Newton/Vigotski%20e %20o%20Aprender%20a%20Aprender.pdf Acesso em 20 Jun. 2023. FARIA, A. L. G. O espaço físico como um dos elementos fundamentais para uma pedagogia da educação infantil. In: FARIA, A. L. G.; PALHARES, M. S. (Org.) Educação Infantil pós- LDB: rumos e desafios. Campinas: Autores Associados, 2005. O SUCESSO das aulas gamificadas, São Paulo: Ludos Pro, 30 ago. 2019. Disponível em: https://www.ludosopro.com.br/blog/aulas-gamificadas. Acesso em 27 de jun. 2023. LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 1978. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/ccedes/v24n62/20094.pdf> Acesso em: 18 de Jun. 2023. Este documento é uma adaptação, para fins didáticos, de um Projeto Político Pedagógico de uma escola. Disponível em: <https://arquidiocesano.com/proposta- pedagogica/sintese-do- ppp/>. Acesso em 08/06/2023. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. MEC, 2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/download-da-bncc/ Acesso em 20 Jun. 2023. BRASIL. Ministério da Educação. Guia de Implementação da Base Nacional Comum Curricular: Orientações para o processo de implementação da BNCC. MEC, Brasília, DF, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/04/guia_BNC_2018 _online_v7.pdf>. Acesso em 20 jun. 2023. http://www.afoiceeomartelo.com.br/posfsa/Autores/Duarte,%20Newton/Vigotski%20e%20o%20Aprender%20a%20Aprender.pdf http://www.afoiceeomartelo.com.br/posfsa/Autores/Duarte,%20Newton/Vigotski%20e%20o%20Aprender%20a%20Aprender.pdf http://www.ludosopro.com.br/blog/aulas-gamificadas http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v24n62/20094.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/download-da-bncc/
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