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SOI IV - TICs S9 - Veneno das serpentes

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TICs Semana 9 – Veneno das serpentes 
Discente: Cecília da Silva Tourinho 
Turma: XXXIII – SOI IV 
 
Quais as diferenças de ação clínica dos venenos das serpentes encontradas no 
país? 
Os acidentes ofídicos são de importância médica devido sua grande frequência 
e gravidade. No Brasil, apenas duas famílias de serpentes são consideradas de em 
saúde, sendo elas: Viperidae, representada pelos gêneros Bothrops (jararaca), 
Crotalus (cascavel) e Lachesis (surucucu-pico-de-jaca); e Elapidae, que engloba os 
gêneros Micrurus e Leptomicrus, conhecidas como corais-verdadeiras. 
Os venenos ofídicos provocam tanto alterações na região da picada (efeito 
local) quanto à distância (efeitos sistêmicos), que variam conforme o gênero de cada 
serpente. De maneira geral, os mecanismos de ação dos venenos são classificados 
em: 
• Atividade inflamatória aguda: sua patogênese é complexa, decorrente da 
atividade de proteases, hialuronidases e fosfolipases, bem como da liberação 
de mediadores da resposta inflamatória. Tem ação imediata à inoculação do 
veneno no organismo, com caráter progressivo, causando lesões locais 
(edema e dor), e podendo evoluir com bolhas e necrose. Presente nos 
acidentes botrópicos e laquéticos. 
• Atividade coagulante: ocorre a ativação da cascata de coagulação sobre o 
fator X, protrombina e/ou trombina, convertendo o fibrinogênio em fibrina. Esta 
ação produz distúrbios caracterizados por consumo dos seus fatores, geração 
de produtos de degradação de fibrina e fibrinogênio, podendo ocasionar 
incoagulabilidade sanguínea, semelhante ao quadro da coagulação 
intravascular disseminada. Presente nos acidentes botrópicos, crotálicos e 
laquéticos. 
• Atividade hemorrágica: as manifestações hemorrágicas podem ser locais 
e/ou sistêmicas, originadas devido a ação das hemorraginas que provocam 
lesões na membrana basal dos capilares, associadas à plaquetopenia e 
alterações da coagulação. Presente nos acidentes botrópicos e laquéticos. 
• Atividade neurotóxica: neurotoxinas de ação pré-sináptica atuam nas 
terminações nervosas inibindo a liberação de acetilcolina na placa motora, 
enquanto neurotoxinas de ação pós-sináptica impedem a ligação da 
acetilcolina no sítio receptor da placa mioneural. Como resultado, tem-se o 
bloqueio neuromuscular e consequente paralisia motora, caracterizada pela 
apresentação de fácies miastênica. Presente nos acidentes crotálicos e 
elapídicos. 
• Atividade miotóxica: produz rabdomiólise, ou seja, lesão das fibras 
musculares esqueléticas, com liberação de enzimas musculares e mioglobina 
para o sangue, que apresenta ação nefrotóxica (mioglobinúria). Por esse 
motivo, a urina do paciente adquire coloração escura; além de manifestar 
mialgia generalizada. Presente apenas nos acidentes crotálicos. 
 
 
1 - Diferenças de ação clínica dos venenos das serpentes encontradas no país 
 
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde / MS (p. 2) 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Ministério da Saúde / Secretaria de Vigilância em Saúde - Acidentes por 
Animais Peçonhentos. Acidentes Ofídicos. Disponível em: 
https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201611/03110835-1402342405-guia-de-
vigilancia-epidemiologica-7ed-anipec.pdf. Acesso em: 01 abr. 2023. 
BRASIL. Ministério da Saúde / Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Manual de 
diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2. ed. Brasília, 
2001. Disponível em: 
https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Manual-de-Diagnostico-e-
Tratamento-de-Acidentes-por-Animais-Pe--onhentos.pdf. Acesso em: 01 abr. 2023. 
CEARÁ. Governo do Estado / Secretaria da Saúde. Guia de suporte para 
diagnóstico e tratamento de vítimas de acidentes por animais peçonhentos. 1. 
ed. Ceará, 2021. Disponível em: https://www.saude.ce.gov.br/wp-
content/uploads/sites/9/2018/06/Guia_de_Suporte_Sug_PL_Acervo_CIATOX_IJF_R
evkkc_finalizado.pdf. Acesso em: 01 abr. 2023. 
https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201611/03110835-1402342405-guia-de-vigilancia-epidemiologica-7ed-anipec.pdf
https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201611/03110835-1402342405-guia-de-vigilancia-epidemiologica-7ed-anipec.pdf
https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Manual-de-Diagnostico-e-Tratamento-de-Acidentes-por-Animais-Pe--onhentos.pdf
https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Manual-de-Diagnostico-e-Tratamento-de-Acidentes-por-Animais-Pe--onhentos.pdf
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/Guia_de_Suporte_Sug_PL_Acervo_CIATOX_IJF_Revkkc_finalizado.pdf
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/Guia_de_Suporte_Sug_PL_Acervo_CIATOX_IJF_Revkkc_finalizado.pdf
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/Guia_de_Suporte_Sug_PL_Acervo_CIATOX_IJF_Revkkc_finalizado.pdf

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