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2 Organização e competência da Justiça do Trabalho

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1 
 
Organização e competência da Justiça do 
Trabalho 
Introdução: 
• Importante observar: 
o Forma de composição; 
o Limites de julgamento; 
o Entre outros; 
 
 
Da organização da justiça do trabalho: 
• A partir da CF de 1946 a Justiça do Trabalho passou a ser órgão do Poder Judiciário; 
o Passou a ter todas as garantias constitucionais; 
• Composição da Justiça do Trabalho: 
o Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
▪ I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
▪ II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
▪ III - Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho). 
 
2 
o Varas do Trabalho – jurisdição exercida por um juiz singular; 
▪ Órgãos da primeira instância da Justiça do Trabalho; 
▪ Cabe à lei fixar a competência territorial das Varas do Trabalho; 
▪ Em cada unidade judiciária de 1ª instância atuam um Juiz Titular de Vara do Trabalho e 
um Juiz do Trabalho Substituto; 
• Nomeados e empossados pelo Desembargador Presidente do TRT após 
aprovação em concurso público; 
• Juiz titular – fixo; substituto – não; 
▪ CF - Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não 
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o 
respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
▪ CF - Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, 
garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. 
o Tribunais Regionais do Trabalho: 
▪ Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não 
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o 
respectivo Tribunal Regional do Trabalho 
▪ Nem todos os Estados tem e alguns tem 2 tribunais pelo número de demandas; 
▪ Composição – Desembargadores do Trabalho do TRT são nomeados pelo PR, sendo as 
vagas preenchidas por juízes de carreira; 
• Quantidade de acordo com número do trabalho; 
▪ Art. 674 - Para efeito da jurisdição dos Tribunais Regionais, o território nacional é dividido 
nas oito regiões seguintes: 
• 1ª Região - Estados da Guanabara, Rio de Janeiro e Espírito Santo; 
• 2ª Região - Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso; 
• 3ª Região - Estados de Minas Gerais e Goiás e Distrito Federal; 
• 4ª Região - Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; 
• 5ª Região - Estados da Bahia e Sergipe; 
• 6ª Região - Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte; 
• 7ª Região - Estados do Ceará, Piauí e Maranhão; 
• 8ª Região - Estados do Amazonas, Pará, Acre e Territórios Federais do Amapá, 
Rondônia e Roraima. 
▪ Parágrafo único. Os tribunais têm sede nas cidades: Rio de Janeiro (1ª Região), São Paulo 
(2ª Região), Belo Horizonte (3ª Região), Porto Alegre (4ª Região), Salvador (5ª Região), 
Recife (6ª Região), Fortaleza (7ª Região) e Belém (8ª Região). 
o Tribunal Superior do Trabalho: 
▪ Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, 
escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco 
anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da 
República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 
o Número de juízes – 27; 
 
3 
o Brasileiros com + de 35 e – de 75; 
o Notável saber jurídico; 
o Reputação ilibada; 
o Nomeação pelo PR depois da aprovação pela maioria absoluta do SF; 
o Turmas – 8 turmas de 3 ministros; 
• I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos 
de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; 
o Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de 
membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de 
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 
dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla 
pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
• II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da 
magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
▪ Tribunal Pleno (TP) – é constituído por todos os Ministros da Corte; 
• Mínimo 14 ministros; 
▪ Órgão Especial (OE) – composto de 14 ministros membros titulares, sendo 7 por 
antiguidade e 7 por eleição, e 3 suplentes; 
▪ Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC); 
▪ Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI) – composta por 21 ministros; 
▪ 8 Turmas; 
• Órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho: 
o Secretaria: 
▪ Toda Vara possui uma secretaria; 
▪ No lugar do escrivão existe o diretor de secretaria (art. 712 – atribuições); 
▪ Composta por servidores públicos federais; 
▪ Atribuições – art. 711; 
▪ Art. 718 - Cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a direção do funcionário 
designado para exercer a função de secretário, com a gratificação de função fixada 
em lei. 
• Art. 719 e 711 – fixam atribuições; 
o Oficiais de justiça: 
▪ Desempenha os atos determinados pelo juiz; 
o Distribuidor: 
▪ Atribuições – art. 714; 
▪ Faz distribuição dos processos de maneira equitativa dentro das Varas; 
▪ Caso haja mais de uma Vara; 
 
4 
▪ Art. 715 - Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os 
funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao 
mesmo Presidente diretamente subordinados. 
o Contador: 
▪ Realiza os cálculos; 
▪ Caso não tenha na Vara – mandado para pessoa nomeada pelo juiz; 
o Oficiais de justiça avaliadores: 
▪ Art. 721 - Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do 
Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas de 
Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem 
cometidos pelos respectivos Presidentes. 
▪ Oficial de justiça avaliador – além das atribuições relacionadas à prática de atos de 
constrição de bens do devedor, avalia os bens objeto da constrição; 
▪ Atua principalmente na fase de execução; 
▪ Promove: 
• Citação; 
• Penhora; 
• Busca; 
• Apreensão; 
• Avaliação dos bens penhorados; 
▪ Atuação menor na fase de conhecimento – citação; 
• Ministério Público do Trabalho: 
o Ligado ao poder E, L e J; 
o É independente e responsável pela defesa da ordem jurídica e interesses sociais e individuais 
indisponíveis; 
o Finalidade: 
▪ Fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista quando houver interesse público, 
procurando regularizar e mediar as relações entre empregados e empregadores. 
▪ Também pode manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, quando 
entender existente interesse público que justifique. 
o Princípios básicos: 
▪ Unidade; 
▪ Indivisibilidade; 
▪ Independência funcional; 
o Pode atuar como: 
▪ Mediador nos conflitos coletivos de trabalho; 
▪ Instaurador de procedimentos investigatórios, inquéritos civis públicos; 
▪ Fazer termos de ajuste de conduta; 
▪ Propor ações judiciais; 
 
5 
• Cabe ao MPT promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho 
para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados direitos sociais 
constitucionalmente garantidos aos trabalhadores. 
▪ Compete, ainda, ao MPT propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses 
dos menores, incapazes e índios, decorrentes de relações de trabalho, além de recorrer 
das decisões da Justiça do Trabalho tanto nos processos em que for parte como 
naqueles em que oficie como fiscal da lei. 
o Tem que demonstrar sua legitimidade; 
 
 
 
Jurisdição e competência da justiça do trabalho: 
• Competência – divisão da função jurisdicional em várias porções; 
o Finalidade – aperfeiçoamento da própria função jurisdicionalpara que as decisões possam ser 
cada vez mais aperfeiçoadas e com maior qualidade; 
o Divisão: 
▪ Absoluta; 
• Interesse público; 
• Melhor administração da justiça; 
• Busca maior eficiência e efetividade da prestação jurisdicional; 
• Indisponível; 
• Impõe-se de forma cogente; 
▪ Relativa; 
• Ligado ao interesse da parte; 
• Busca facilitar o acesso à justiça; 
• Pode ocorrer prorrogação da competência – ocorre quando se amplia a 
competência de um órgão judiciário, tornando-se possível que esse órgão 
conheça determinadas causas que não estariam afetas à sua atuação ou 
pressas às suas atribuições; 
o Conexão e continências – duas ou mais ações precisam ser julgadas juntas em face da 
economia processual e para evitar decisões contraditórias; 
o Divisão da competência: 
 
6 
▪ Absolutas: 
• Competência em razão da matéria; 
• Competência em razão das pessoas/competência funcional; 
▪ Relativas: 
• Competência em razão do lugar; 
• Competência quanto ao valor da causa; 
o Competência em razão da matéria: 
▪ Competência absoluta; 
▪ Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
• I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
o Dissídio individual; 
o Houve alargamento da competência da justiça do trabalho – antes era 
“relações de emprego”, agora se passou a ser “relação de trabalho”; 
o Distinção entre relação de trabalho e de emprego: 
▪ Relação de trabalho - refere-se a todas as relações jurídicas 
caracterizadas por terem sua prestação essencial centrada em 
uma obrigação de fazer consubstanciada em labor humano. 
Refere-se, pois, a toda modalidade de contratação de trabalho 
humano modernamente admissível. A expressão relação de 
trabalho englobaria, desse modo, a relação de emprego, a 
relação de trabalho autônomo, a relação de trabalho eventual, 
de trabalho avulso e outras modalidades de pactuação de 
prestação de labor (como trabalho de estágio etc.). 
▪ Relação de emprego - a relação de emprego, sob um enfoque 
técnico-jurídico, é uma espécie do gênero relação de trabalho, 
apresentando a característica geral de ter como objeto a 
prestação do trabalho de um dos sujeitos pactuantes, além de 
seus traços peculiares, quais sejam a subordinação jurídica, a 
pessoalidade, a não-eventualidade e a onerosidade. 
o Ex: prestação de serviço autônomo poderá ser cobrado junto à JT – cobrar 
honorários; 
▪ No entanto, a jurisprudência não aceita - SÚMULA N. 363 - 
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de 
cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. 
▪ Sob essa nova perspectiva, poderão figurar, doravante, em um 
dos pólos da relação jurídica processual, na esfera da Justiça do 
Trabalho, trabalhadores autônomos em geral, como: contadores, 
contabilistas, consultores, engenheiros, arquitetos, eletricistas, 
jardineiros, pintores, pedreiros, carpinteiros, mestres-de-obras, 
 
7 
decoradores, costureiras, manicuras, personal trainer, corretores, 
representantes comerciais, apenas para nomear alguns. Nestas 
situações como é evidente, o juiz não aplicará a legislação 
trabalhista, mas sim, a legislação civil reguladora da relação 
jurídica material, intersubjetiva, segundo as particularidades de 
cada caso concreto. Isso corresponde a afirmar que o juiz do 
trabalho será levado a pronunciar-se sobre contratos de locação 
de serviços (CC, art. 1.216), de empreitada (CC, art. 1.237), de 
mandato (CC, art. 1.288), dentre outros. A propósito, por força do 
disposto no artigo 652, inciso III, da CLT, a Justiça do Trabalho já 
possuía competência para julgar os litígios provenientes de 
contratos de empreitada, em que o empreiteiro fosse operário ou 
artífice. 
o Pode-se, hoje, ingressar com uma reclamatória trabalhista requerendo-se 
a declaração de vínculo de emprego; 
o Caso não seja configurado o vínculo de emprego, pode ser julgado a 
relação contratual de prestação de serviço autônomo; 
▪ Antes era extinto por incompetência material da JT, remetendo-se 
os autos para a justiça comum estadual; 
▪ Atualmente – Juiz do trabalho pode julgar e aplicar o direito 
material civil, desde que se trate de uma relação de trabalho; 
o Garante maior celeridade na solução dos conflitos de interesse que 
ocorrem nas relações de trabalho; 
o Não caracterizada a relação de emprego – pode ter relação de 
prestação de serviço; 
o Necessidade do autor pleitear a declaração de vínculo de emprego e 
sucessivamente o vínculo de prestação de serviço autônomo, caso não 
caracterizado o primeiro; 
o Juiz do trabalho não poderá de ofício reconhecer o segundo sem pedido 
expresso; 
o Relação de consumo não pode ser julgada – às vezes é difícil distinguir – 
deve analisar caso concreto; 
o Agentes públicos: 
▪ Servidores públicos – regime administrativo – estatutário/Estatuto; 
▪ Empregado público – adm. indireta – regime misto CLT/Estatuto – 
depende do regimento; 
▪ Agente em comissão/cargo em comissão/cargo de confiança – 
livre nomeação e exoneração – regime da CLT; 
o Importa o vínculo que a pessoa tem, não o ente que fornece o trabalho; 
o Pode ser polo ativo/passivo ente de direito público que tenha relação 
contratual com empregado; 
 
8 
• II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
o Qualquer litígio que envolva o direito de greve, ainda que abranja 
terceiros não participante, é de competência da JT; 
o Ex: interditos proibitórios, ações civis públicas ou ações indenizatórias 
decorrentes do exercício de greve; 
o Abusividade da greve e consequências (morais/materiais) – julgada pela 
JT; 
o Greve de servidores públicos estatutários – justiça comum 
estadual/federal; 
o Entidades sindicais – lides que as envolvam – JT; 
• III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
• IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
o Resta aqui fazer uma associação com o artigo 5º, inciso LXX, alínea b, da 
Constituição Federal, que outorga legitimidade às organizações sindicais, 
constituídas há pelo menos um ano, para impetrar mandado de 
segurança coletivo para proteger interesses dos seus representados, 
desde que envolva matéria sujeita à jurisdição trabalhista, ficando difícil 
de apontar uma matéria que possa trazer a legitimidade do sindicato e 
não envolva matéria de jurisdição trabalhista. Portanto, estando o 
sindicato legitimado a agir, é quase certo que a competência será da 
Justiça do Trabalho. 
o No que tange ao “habeas data”, que se encontra disciplinado pela Lei nº 
9.507/97, assegura-se a sua impetração para a anotação nos 
assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre 
dado verdadeiro, mas justificável, e que esteja sob pendência judicial, 
desde que seja pertencente à jurisdição trabalhista. 
o Dano moral – julgado pela JT, desde que advindo de relação de trabalho; 
• V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
• VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho; 
o Dissídio individual; 
o TST editou nova redação para a Súmula nº 392, conforme segue: 
▪ Dano moral e material. Relação de trabalho. Competência da 
justiça do trabalho. Nos termos do artigo 114, VI da Constituição 
Federal da República, a justiça do trabalho é competente para 
processar e julgar ações de indenização por dano moral e 
materiais decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas 
 
9 
de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que 
propostas pelos depoentes ou sucessores do trabalhadorfalecido. 
▪ Possibilidade de herdeiro postular na JT dano moral/material de 
morte de pai no trabalho, em decorrência de culpa da empresa; 
o Empregado promove ação indenizatória em face do empregador 
decorrente de acidente de trabalho – teoria subjetiva (deve provar culpa 
– salvo hipóteses do art. 927) – competência da JT; 
o Empregado promove ação em face do INSS para obter benefício 
acidentário – competência da justiça comum estadual – responsabilidade 
objetiva; 
▪ Essas duas ações podem ser promovidas, pois o benefício do INSS 
tem natureza alimentar, não indenizatória; 
▪ INSS pode buscar ressarcimento com o empregador em face do 
evento danoso culposo/doloso; 
• VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
• VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e 
II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
o Objetivo – impedir sonegação da arrecadação tributária; 
• IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
 
o Competência funcional: 
▪ Diz respeito à atuação de mais de um juiz no mesmo processo; 
▪ Competência funcional: 
• Vertical – jurisdição distinta; 
• Horizontal – juízes que compõem o mesmo grau de jurisdição; 
▪ Vara do Trabalho com um único juiz – não se fala em competência funcional, pois realiza 
todos os atos, com exceção dos administrativos; 
▪ TRT: 
• Juiz Presidente; 
• Juiz Vice-Presidente; 
• Juiz Corregedor; 
• Turmas; 
• Grupos de turmas; 
o Obs. Cada um dos juízes tem atribuições distintas; 
▪ TST: 
• Presidente; 
• Vice-Presidente; 
• Tribunal Pleno; 
• Órgãos Especiais; 
• Seções Especializadas; 
 
10 
• Turmas; 
o Competência territorial da Justiça do Trabalho: 
▪ Em qual local/espaço geográfico será proposta a reclamatória; 
▪ Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento (Varas do Trabalho) é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar 
serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no 
estrangeiro. 
• Local da propositura – local de prestação do serviço; 
o Trabalhou em vários locais – último local de prestação; 
• Não é o local de contratação ou onde a empresa é instalada; 
• Aplicação da regra da proteção ao trabalhador – facilita ao trabalhador, já que 
ele é a parte mais fraca; 
o Observar o prejuízo que será gerado ao pequeno e médio empregador – 
dificuldade em se defender e se deslocar; 
o Aplica-se, normalmente, a regra do local de prestação de serviço; 
• Competência em razão do território - modalidade de competência relativa – se 
a parte não alegar incompetência na contestação, poderá haver prorrogação 
da competência; 
o Juízo que era incompetente, torna-se competente, precluindo o direito da 
reclamada; 
o Deve ser feita exceção de incompetência em razão do território na 
primeira manifestação; 
o Juiz suspende o processo para decidir; 
o Se acolhida – remete-se os autos para o juízo competente; 
▪ Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante 
provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez 
em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
▪ § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade 
fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão 
considerados nulos os atos decisórios. 
o Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de 
cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que 
sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento 
estabelecido neste artigo. 
o § 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a 
audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se 
decida a exceção. 
o § 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o 
reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo 
comum de cinco dias. 
 
11 
o § 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará 
audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas 
serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado 
como competente. 
o § 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo 
retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de 
defesa e a instrução processual perante o juízo competente. 
▪ Peculiaridade: 
• Art. 651 - § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou 
filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a 
Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais 
próxima. 
o Abrange pessoa que presta serviços em várias localidades; 
o O viajante ou agente, quando prestar contas a uma filial e estiver 
subordinado a uma determinada filial, terá como foro para a propositura 
da ação o local onde está sediada essa filial. 
o Em não estando, segunda regra, será o local do seu domicílio, 
entendendo-se aqui também a designação residência. 
o E a terceira regra, dando-lhe a opção, quando não esteja vinculado a 
uma filial, é a de promover a ação competente na Vara do Trabalho da 
localidade mais próxima, significando a localidade em que terá maior 
facilidade. 
• Art. 651 - § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, 
estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial 
no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário. 
o Competência territorial – local de prestação do serviço; 
o Serviço no exterior – local da empresa no Brasil; 
• § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora 
do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar 
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos 
respectivos serviços. 
o Empregador pode escolher: 
▪ Foro de celebração do contrato; 
▪ Local de prestação de serviços – exceto se local for incerto e 
disperso; 
o Competência em razão das pessoas: 
▪ Polo ativo/passivo – não importa na reclamatória; 
▪ O ente de direito público poderá figurar no polo passivo ou ativo de uma relação jurídica 
trabalhista, bastando que haja entre ele e quem lhe presta serviços uma relação de 
 
12 
emprego, que pressupõe logicamente um contrato de trabalho, que se fará regido pela 
CLT. 
▪ Servidores estatutários – não podem – natureza administrativa; 
▪ Ações acidentárias do trabalho em face do INSS – justiça comum estadual; 
o Competência em razão do valor da causa: 
▪ Valor da causa não define competência no processo do trabalho; 
▪ Não existe juizados especiais do trabalho; 
• Lourival considera que seria de grande utilidade – maior eficiência; 
▪ Valor indica procedimento: 
• Rito comum/ordinário – causas superiores a 40 salários mínimos; 
• Sumário (dissídio de alçada) – litígios cujos valores não superem 2 salários mínimos; 
• Sumaríssimo – dissídios individuais cujo valor da causa seja superior a dois salários 
mínimos e limitado até 40 salários mínimos;

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