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AULA ESPECIAL CIR 04 – DOR ABDOMINAL (P32) COMO AVALIAR → 1 – AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE (Choque?) Diarreia, vomito etc? 2 – ALIVIO SINTOMÁTICO Dor, suprimir náusea e vômito 3 – EXCLUIR GRAVIDEZ / DOENÇA PELVICA (MULHERES) 4 – CLÍNICO x CIRÚRGICO ABDOME AGUDO CIRÚRGICO: ABORDAGEM DA QUESTAO DE “ABDOME AGUDO CLINICO”: DOR ABDOMINAL + ENCEFALOPATIA: (Neurológica e/ou psiquiátrica) - INTOXICAÇÃO: EXPOSIÇÃO? - METABÓLICO: HISTÓRIA FAMILIAR? PRECIPITANTES? + FEBRE PRÉVIA - INFECÇÃO PORFIRIA DEFINIÇÃO: Grupo de doenças com distúrbio na síntese DA PORFIRINA do HEME da hemoglobina. PORFIRIA INTERMITENTE AGUDA FISIOPATOLOGIA: HMB SINTASE (porfobilinogênio deaminase) + PRECIPITANTES: ALCOOL, TABAGISMO, DROGA, ESTRESSE = PBG e ALA EPIDEMIO: Adulto 20-30a CLÍNICA: SURTOS de: - Dor/ distensão abdominal / peristalse - Hiperatividade simpática - Neuropatia simpática - Neuropatia periférica, convulsão - Distúrbio psiquiátrico DIAGNÓSTICO: DOSAGEM DE PBG urinário* (INICIAL) ALA urinário PBG deaminase eritrocitária e testes genéticos TRATAMENTO: - AFASTAR PRECIPITANTES (anticonvulsivantes, álcool etc) - Hematina, arginato de Heme ( atividade da sccinil-CoA). - Soro glicosado hipertônico (10%) → “usa a succinil-coa para metabolizar o carboidrato” SATURNISMO DEFINIÇÃO Intoxicação pelo CHUMBO FATOR DE RISCO Exposição: • Mineradores • Baterias • Indústria automobilísticas • Tintas • Projéteis CLINICA – DOR / DISTENSÃO ABDOMINAL • ANEMIA, LIBIDO, DISUNÇÃO ERÉTIL • ENCEFALOPATIA, AMNESIA, DEMÊNCIA • DISTÚRBIO PSIQUIÁTRICO • LINHA GENGIVAL DE BURTON Pontilhado basofílico / Linha gengival de burton DIAGNÓSTICO – Dosagem do chumbo sérico TRATAMENTO • Interromper exposição • Quelantes de cobre: dimercaprol / DMSA/ EDTA. FEBRE TIFOIDE (FEBRE ENTÉRICA) ETIOLOGIA: Salmonella entérica (sorotipo Typhi) FATORES DE RISCO: Falta de saneamento/higiene CLÍNICA: 1ª / 2ª Semana: Febre + Sinal de Faget (bradicardia com febre) + Dor abdominal Roséolas, torpor 3ª / 4ª semana: Melhora clínica Reinfecção intestinal com complicações (devido agressão imune): Hemorragia digestiva (+ comum) Perfuração ileal (+ grave) - ATENÇÃO: <5% evoluem para portador crônico (bactéria se aloja na vesícula biliar) > Risco de cronificar: mulher adulta com doença biliar Infecção da bexiga por S. haematobium DIAGNÓSTICO - CULTURAS: Sangue: + em 50-70% dos casos Fezes: + em 30-40% Medula: + em > 90% TRATAMENTO - ANTIBIOTICOTERAPIA: Agudo: cefa 3ª (10-14d) / Cipro (7-10d) / Cloranfenicol (14-21d – M.S) Portadores crônicos: cipro (4 semanas) / colecistectomia - CORTICOIDE (nos casos graves): Dexametasona (2-3d) - VACINA Viajantes para áreas endêmicas ( eficácia) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ABDOME AGUDO CIRÚRGICO APENDICITE TRATAMENTO: - Simples e precoce (<48h): apendicectomia + atb profilático - Complicada ou tardia (> 48h) → IMAGEM - N comp = apendicite simples - Abscesso (>4-6cm) = drenagem + ATB + colono (4-6 sem) +/- apendicectomia tardia - FLEIMÃO = ATB + colono (4-6 sem) +/- apendicectomia tardia - PERITONITE DIFUSA → CIRURGIA DE URGÊNCIA + Antibioticoterapia TRATAMENTO CIRURGICO: • Preferencia é videolaparoscopia, mas a escolha é do cirurgião • Paciente obeso = sempre preferir videolaparoscopia • Sexo feminino = sempre preferir videolaparoscopia (buscar outras causas) PERITONITE DIFUSA: PODE FAZER VÍDEO? → PODE! E É PREFERÍVEL! → Consegue avaliar os 4 quadrantes abd. → A C.I É INSTAB. HEMODINÂMICA! DIVERTICULITE AGUDA DIVERTICULITE NÃO COMPLICADA: INDICAÇÕES DE CIRURGIA → Imunodeprimido, incapaz de excluir CA, fístula (BEXIGA -> mais comum sex masc.) DOENÇA VASCULAR INTESTINAL ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA Grandes vasos DELGADO AMS ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA COLITE ISQUÊMICA Mais comum na pratica; Pequenos vasos Mucosa ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA QUANDO PENSAR: FATOR DE RISCO P/ EVENTO CARDIOVASC. + DOR ABDOMINAL SÚBITA, INTENSA, DESPROPORCIONAL AO EXAME FÍSICO. CAUSAS: EMBOLIA (50%) - Cardopatia emboligênica (FA; IAM recente) - Dor abdominal desproporcional ao exame físico VASOCONSTRICÇÃO (20%) - Isquemia não oclusiva: Choque; Vasoconstrictor; cocaína TROMBOSE ARTERIAL DA MAS (15%) - Aterosclerose: Doença Vascular Periférica TROMBOSE VENOSA (5%) - Hipercoagulabilidade ( a resistência arterial e maneira periférica) CLÍNICA • Dor abdominal, DESPROPORCIONAL AO EXAME FÍSICO o Inicialmente o exame físico é normal porque o intestino começa a fazer metabolismo anaeróbico, que impede a necrose que causaria peritonite • Tº retal < Tº axilar • Metabolismo anaeróbico → ACIDOSE METABÓLICA (TAQUIPNEIA COMPENSATÓRIA) • Irritação peritoneal → TARDIO DIAGNÓSTICO: • Lab. Inespecíofico → leucocitose, acidose, lactato • RX: Achados tardios → pneumatose intestinal • AngioTC → Falha no enchimento de contraste (+ utilizado) • Angiografia mesentérica seletiva (P. Ouro) TRATAMENTO: Suporte inicial: HV, ATB, DHE, Ácido-base • EMBOLIA ou TROMBOSE: o Heparinizaçao → evitar a progressão da isquemia o Laparotomia → embolectomia/trombectomia + avaliar viabilidade da alça intestinal o Papaverina intra-arterial pós-operatória → evitar vasoespasmo • VASOCONSTRICÇÃO: o Papaverina intra-arterial → reestabelecer vascularização o CIRURGIA SE: refratário, irritação peritoneal ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA CAUSA → ATEROSCLEROSE CLÍNICA: • Angina mesentérica → “comeu e doeu” • Emagrecimento • Tem outros comemorativos de doença aterosclerótica DIAGNÓSTICO: • Angiografia mesentérica TRATAMENTO: • Revascularização o CIRURGIA → Jovens o STENTS → Idoso ou comorbidades COLITE ISQUEMICA – ISQUEMIA DO CÓLON (Doença de microcirculação) → ISQUEMIA INTESTINAL + COMUM: IDOSO + HIPOPERFUSÃO* *Choque, pós-cir de correção de Aneurisma de aorta abd (tem ligadura da a. mesentérica inferior). CLÍNICA: • Colite → dor, diarreia mucossanguinolenta, febre, distensão DIAGNÓSTICO • Clister opaco → “impressões digitais” (thumbprinting) → em desuso hoje • RETOSSIGMOIDOSCOPIA/COLONOSCOPIA → Mucosa inflamada TRATAMENTO: • Suporte clínico • CIRURGIA → COLECTOMIA PARCIAL OU TOTAL SE: o Peritonite, hemorragia, colite fulminante, refratário PANCREATITE AGUDA CAUSAS: • BILIAR 30-60% • ALCOÓLICA 15-30% • Drogas, PÓS-CPRE, idiopática, escorpião (titius trynitati) DIAGNÓSTICO: CRITÉRIOS DE ATLANTA (2 dos 3): • CLÍNICA → Dor abdominal alta em barra; náusea; vômitos; • LABORATÓRIO → Amilase e LIPASE (> 3x normal) o Se elevam a partir de 2h; a amilase volta ao valor normal de forma mais precoce • IMAGEM → TOMOGRAFIA* + USG (Colelitíase) *Ideal após 72-96 horas: dúvida diagnóstica e quadros graves; avaliar necrose Esq: normal Dir: Pancreatite CLASSIFICAÇÃO: LEVE x GRAVE • ESCORE DE RANSON (GRAVE > 3) → Biliar e não biliar - Avaliado na enfermaria - Não é imediato (>48H) - NÃO CONSIDERA AMILASE, LIPASE e BILIRRUBINA A PROVA COBRA MAIS OS PARÂMETROS DA ADMISSÃO • APACHE – II > 8 → Imediato, CTI • PCR > 150 (>48H) REVISÃO DOS CRITÉRIOS DE ATLANTA • LEVE: o Sem falência orgânica ou complicações • MODERADAMENTE GRAVE: o Falência orgânica transitória (<48h) ou complicação local isolada. • GRAVE: o Falência persistente (>48h). TRATAMENTO LEVE: • Suporte (enfermaria) → Dieta zero, analgesia (opioide – miperidina), HV, correção DHE e ácido-base MODERADAMENTE GRAVE ou GRAVE: • CTI • HV → reanimação volêmica (diurese 0,5 ml/kg/h) o Pcte perde liq. Pro 3º espaço • Analgesia • ANTIBIÓTICO? NÃO! NÃO SE FAZ MAIS IMIPENEM PROFILÁTICO SE NECROSE> 30% • Suporte Nutricional: Enteral x NPT • Vias Biliares? CPRE → SE COLANGITE ou ICTERÍCIA progressiva/persistente; o Após resolução da inflamação COMPLICAÇÕES: • Coleção Fluida aguda (30-50%) o Cd: expectante → se infectado: punção + ATB • Pseudocisto Pancreático (15%) → Revestimento não epitelizado o Coleção fluida que virou um pseudocisto o > 4-6 semanas ( amilase persistente ou massa palpável) o Tratamento: se sintomático ou complicação → EDA (drenagem) • Necrose Pancreática o Estéril → expectante; demora mas vai progredindo o Infectada → Punção + NECROSECTOMIA + ATB (imipenem) ▪ Necrosectomia: mortalidade; se estável, protelar ao máximo; instável, imediata; ▪ TC: Gás, sem nível hidroaéreo → autoriza ATB • WON → Necrose encapsulada (> 4 semanas) o Intervenção: infectada, dor persistente e falha nutricional ANTES DA ALTA: COLECISTECTOMIA LEVE → Mesma internação; GRAVE → Após 6 semanas; PANCREATITE CRÔNICA LESÃO IRREVERSÍVEL CAUSAS: • ALCOÓLICA: 70-80% • Idiopático, genético, autoimune, metabólica CLÍNICA • Dor – comeu e doeu... • Esteatorreia → déficit de secreção enzimática (>90% do parênquima pancreático) • DM → Desnutrição das ilhotas • Icterícia, colangite → fibrose e retração DIAGNÓSTICO → Difícil ser precoce • HISTOPATOLÓGICO (P. OURO) • ESTRUTURAIS o TC: Dilatação dos ductos, calcificação e atrofia do parênquima o USG endoscópica → alterações + precoces do parênquima o CPRE • FUNCIONAIS o Secretina CLASSIFICAÇÃO • Grandes ductos • Pequenos ductos TRATAMENTO → PALIATIVO TODOS: SUSPENDER ÁLCOOL e TABAGISMO • ESTEATORREIA o Reposição oral de enzimas + IBP o Dieta fracionada e gordura • DM o Hipoglicemiantes orais ou insulinoterapia • DOR o Analgesia escalonada o Tratamento cirúrgico se refratário DILATAÇÃO POR CÁLCULOS / ESTENOSE ➢ CPRE ➢ Descompressão cirúrgica → refratário e dilatação > 7cm PARTINGTON-ROCHELLE (PUESTOW MODIFICADO) ➢ Se cálculo ou dilatações únicas: pancreatectomia segmentar DOENÇA PARENQUIMATOSA, SEM DILATAÇÃO ➢ Pancreatectomia total
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