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SÍNDROME ÁLGICA I ABDOME AGUDO Clínico x Cirúrgico CLÍNICO CIRÚRGICO Intoxicação pelo chumbo Porfiria Febre tifoide Apendicite Diverticulite Pancreatite Isquemia mesentérica Colecistite INTOXICAÇÃO PELO CHUMBO (SATURNISMO) Fonte de exposição: mineradoras, baterias, indústria automobilística, tintas, projéteis de arma de fogo, destilados clandestinos (moonshine) Manifestações clínicas Abdome Dor abdominal / náuseas / vômitos / anorexia Anemia Anemia hipo-micro / pontilhados basofílicos* Amnésia Encefalopatia / dificuldade de concentração Outras HAS, nefrite proximal, gota, infertilidade, linha gengival azulada (linha gengival de Burton) (*)Obs: o chumbo (assim como o cobre) em excesso causa hemólise; quando há hemólise, como uma forma de compensação, a medula começa a jogar reticulócitos para a circulação (presença de células com pontilhados basofílicos). O chumbo também dificulta a síntese de hemoglobina, de maneira que podemos ter anemia hipomicro. Sobre a dor abdominal: interfere no metabolismo, levando ao acumulo de mediadores tóxicos. · O chumbo inibe as enzimas da síntese do heme, acumulando precursores desta via (porfiria). Diagnóstico · Dosagem de chumbo sérico (a partir de 25 mcg/dl) · Outros achados: nefrite intersticial/ HAS/ gota Tratamento · Interromper a exposição · Quelantes do chumbo: dimercaprol / DMSA / EDTA PORFIRIA Distúrbio na síntese da porfirina do heme · Hemoglobina: heme + globina · A globina da hemoglobina normal (HbA) é composta por duas cadeias alfa e duas cadeias beta. O heme é formado por ferro + protoporfirina IX (porfirina). · Succinil-CoA → ácido aminolevulínico → 7 reações em cadeia → PORFIRINA. Cada etapa dessa cadeia de reações depende de uma enzima, e, a falha dessas enzimas determina as porfirias. Essas reações podem ocorrer na medula óssea e no fígado. No fígado, a porfirina é utilizada para a detoxificação (citocromo P450). PORFIRIA CUTÂNEA TARDA Deficiência de uroporfirinogênio descarboxilase PORFIRIA INTERMITENTE AGUDA Deficiência de HMB-SINTASE / Acúmulo de ALA e PBG Quadro clínico · Dor abdominal (acompanhada de hiperperistaltismo) · Hiperatividade simpática (“crises adrenérgicas”) · Neuropatia periférica – diagnóstico diferencial de síndrome de Guillain Barré · Crises convulsivas · Sintomas psiquiátricos Fatores precipitantes: álcool, tabagismo, medicamentos, infecções, cirurgias, chumbo Diagnóstico: dosar os precursores da via de heme ... porfobilinogênio (PBG) urinário (PBGu>50/dia) – mais confiável ou ALAu>20mg/dia ... ocorre um escurecimento da urina (arroxeada) Tratamento: suspender fatores precipitantes (ex.: barbitúricos) / administrar carboidratos ou heme (hematina ou arginato de heme). FEBRE TIFOIDE Infecção por Salmonella entérica (sorotipo Typhi) · Transmissão: água / alimentos / contato · Fatores de risco: carga elevada/ hipocloridria · Local preferido de infecção da bactéria: íleo (placas de Peyer) → disseminação para medula / baço / fígado (sistema reticulo-endotelial) - durante algum tempo a bactéria persiste na medula, passa pela vesícula e chega nas fezes Manifestações clínicas · 1 – 2ª semana: bacteremia · Febre, sinal de Faget · 2 – 3ª semana: hiper-reatividade · Rash (roséolas tíficas), hepatoesplenomegalia, torpor · Sangramento (+ comum) · Perfuração (ileal, + grave) · 4ª semana: convalescência · Portador crônico (< 5%) → risco de COLELITÍASE · Perfuração = hipertimpanismo pré-hepático (sinal de Jobert) Diagnóstico Cultura Hemocultura (1ª/2ª sem) Coprocultura (3ª/4ª sem) Mielocultura (+ sensível) BIÓPSIA Roséolas Placas de peyer SOROLOGIA/PCR A sorologia pode ser feita, mas geralmente não é muito confiável Tratamento e Profilaxia · Ceftriaxone ou Ciprofloxacino · Ministério da Saúde: Cloranfenicol · Dexametasona: indicada em casos de choque / coma · Existe vacina: pouco imunogênica e efeito transitório Existe uma discreta preferência pela ceftriaxone devido a um aumento de resistência ao ciprofloxacino. Apesar de ser recomendado pelo MS, o cloranfenicol é muito pouco utilizado. APENDICITE AGUDA · A apendicite aguda é a causa de abdome cirúrgico não traumático mais comum. É a grande causa de abdome agudo inflamatório. O apêndice possui todas as camadas que o intestino apresenta e situa-se na confluência das tênias. Além disso, há um lúmen no qual há presença de bactérias e secreção de muco. Onde provavelmente iremos encontrar o apêndice no exame físico: PONTO DE MC BURNEY = linha entre crista ilíaca ântero superior e cicatriz umbilical – divide-a em 3 e o ponto se localiza na junção da porção mais lateral com a porção média O grande problema é que a “ponta” do apêndice é móvel, o que dificulta o diagnóstico. FISIOPATOLOGIA E CLÍNICA Obstrução do lúmen do apêndice ↓ ↑ Bactérias + muco Distensão → dor periumbilical - peritônio visceral 12-24h → dor em FID (peritônio parietal) · Dor periumbilical que migra para FID · Anorexia, náuseas, vômitos · Febre · Obstrução da luz do apêndice (fecalito, corpo estranho...) → hiperproliferação bacteriana + secreção de líquido e muco para o interior da luz → distensão (peritônio visceral → dor) · A dor inicialmente na apendicite é inespecífica, vaga, em região periumbilical (as fibras que fazem a inervação do peritônio visceral são fibras não–mielinizadas) → a vascularização do intestino vem de fora para dentro, quando há distensão, há um aumento de pressão e consequentemente uma dificuldade na irrigação que pode levar à isquemia → em 12-24h, o apêndice começa a sofrer um processo isquêmico, com repercussão agora do peritônio parietal (que apresenta fibras mielinizadas – informações específicas da dor) – dor localizada em fossa ilíaca direita · ANOREXIA → alguns autores dizem que a apendicite aguda teria de respeitar uma sequência, sendo que a anorexia deveria ser o primeiro sintoma. Caso o paciente não apresente anorexia, o diagnóstico deveria ser até duvidado. Outros autores, contudo, afirmam que a anorexia não é tão importante assim – que o sinal mais importante é uma dor periumbilical que migra para FID! SINAIS CLÁSSICOS Blumberg Descompressão súbita dolorosa em McBurney Rovsing Pressão em FIE e dor em FID* Obturador Flexão de coxa + rotação interna do quadril Dunphy Dor em FID que piora com a tosse Lenander T° retal > T° axilar em pelo menos 1°C** (*) Rovsing: é necessário deslocar o ar do cólon E para o cólon D, em movimento de peristalse retrógrada. Causa distensão do ceco, e o apêndice aderido ao ceco também acaba sofrendo certa distensão, gerando dor. (**) Processo inflamatório na região da pelve: aumento da temperatura da região, ficando 1°C mais alta que a axilar. DIAGNÓSTICO · É clínico, desde que haja uma alta probabilidade. ALTA PROBABILIDADE (história clássica, homem) CLÍNICO PROBABILIDADE INTERMEDIÁRIA OU DÚVIDA IMAGEM Criança ou gestante: USG/RNM Idoso, homem ou não gestante: TC Se dúvida: LAPAROSCOPIA SUSPEITA DE COMPLICAÇÃO (Massa ou tardio > 48h) IMAGEM TRATAMENTO SIMPLES (Sem complicações e <48h) HEV + ATB profilaxia + APENDICECTOMIA (Aberta ou VLP) TARDIA (> 48h) ou COMPLICADA (massa) IMAGEM (USG ou TC) ↓ · Exame normal: apendicite simples · Abscesso: ATB + drenagem de abscesso + colono (4-6 sem) ± apendicectomia tardia (6-8 sem) · Fleimão: ATB + colono (4-6 sem) ± apendicectomia tardia Peritonite difusa Medidas gerais + ATB + cirurgia · Complicação mais comum → infecção do sítio cirúrgico (principalmente em casos de cirurgia aberta) · Em casos de complicações (peritonite) pode-se realizar a cirurgia por VLP (inclusive, em casos de peritonite, a vídeo é a escolha). A VLP só estará contraindicada em casos de instabilidade hemodinâmica. APENDICITE EPIPLÓICA (APENDAGITE) Apêndice epiplóico → torção em seu próprio eixo → isquemia → dor em FID. Em 10 - 14 dias a gordura necrosa, cai e o paciente melhora (evolução benigna)! Tratamento:analgesia e aguardar involução espontânea (1-2 semanas) Diagnóstico diferencial: apendicite aguda, doença de Crohn, cisto de ovário roto, salpingite, linfadenite mesentérica, diverticulite a direita, diverticulite de Meckel, infarto omental. DOENÇA DIVERTICULAR DOS CÓLONS · População ocidental* · Idosos · Pressão nos cólons · Assintomáticos (diagnóstico incidental - achados de colonoscopia/clister opaco) (*) Dieta ocidental → rica em proteínas e carboidratos e pobre em fibras → bolo fecal fino e duro que dificulta a peristalse → cólon necessita de contração intensa e vigorosa → divertículos em região de maior fragilidade (local de entrada dos vasos) Onde é mais comum? Cólon esquerdo (sigmoide) Complicações HEMORRAGIA (Cólon D / 15%) DIVERTICULITE (Cólon E / 25%) DIVERTICULITE AGUDA Obstrução da luz do divertículo (formado de mucosa colônica) → ↑bactérias colônicas + secreção de líquido e muco → distensão → isquemia → microperfurações → epíplon tenta bloquear microperfurações → microperfurações com abscesso pericólico (diverticulite aguda) CLÍNICA · “Apendicite” do lado esquerdo · Dor há alguns dias e quadro recorrente... · Principalmente naqueles pacientes com fatores de risco: idosos, constipação crônica... DIAGNÓSTICO · História clínica + exame físico · Se dúvida: TC (padrão-ouro) · EVITAR: COLONOSCOPIA e ENEMA (são exames que aumentam a pressão e podem complicar as microperfurações) · Colono após 4 - 6 semanas: afastar neoplasias TRATAMENTO COMPLICAÇÃO? NÃO SIM Sintomas mínimos Sintomas exuberantes Abscesso ≥ 4cm Peritonite Obstrução Dieta líquida + ATB VO Internação + NVO + HEV + ATB EV Drenagem + ATB EV + colono + cirurgia eletiva Cirurgia de urgência (Colectomia à Hartmann) *Lavagem laparoscópica ESTÁGIO I ESTÁGIO I ou II ESTÁGIO III ou IV (*) Peritonite purulenta (Hinchey III): pode ser feito lavagem laparoscópica! Não complicada → indicações de cirurgia: imunodeprimido, incapaz de excluir CA, fístula, após 2º episódio, < 50a · A fístula colovesical é a mais comum na diverticulite aguda, principalmente nos homens · Na mulher a fístula mais comum é a colouterina Sigmoidectomia à Hartmann: sigmoidectomia + colostomia + fechamento retal Cirurgia eletiva: sigmoidectomia com anastomose primária ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA · Evento súbito = pensar em um evento vascular Causas EMBOLIA (50%) Cardiopatia emboligênica (FA; IAM recente) “Dor desproporcional ao exame físico” VASOCONSTRIÇÃO (20%) Isquemia não oclusiva: sepse / choque, vasoconstritor, cocaína TROMBOSE ARTERIAL (15%) Paciente vascular (aterosclerose): insuficiência vascular periférica TROMBOSE VENOSA (5%) Hipercoagulabilidade Fator V de Leiden, SAF, trauma Qual a mais cobrada em prova: isquemia por embolia CLÍNICA · Dor abdominal intensa, desproporcional ao exame físico · T° retal < T° axilar · Metabolismo anaeróbio → acidose metabólica → taquipneia/ ofegante · Irritação peritoneal → achado tardio Êmbolo → obstrução → isquemia → dor abdominal muito intensa. Geralmente a obstrução ocorre na artéria mesentérica superior (irriga quase todo o intestino delgado, cólon ascendente e parte do cólon transverso. Grande segmento sofre com isquemia → dor abdominal extremamente intensa (sem necrose neste momento) → ainda não há irritação peritoneal → exame físico “normal” (a grande marca da doença é a dor abdominal intensa, desproporcional ao exame físico). Com o tempo ocorre a necrose do intestino. · Não há inflamação e sim isquemia → se não chega sangue, a temperatura cai → a temperatura retal é menor do que a temperatura axilar. Metabolismo anaeróbico → ácido láctico → acidose metabólica com lactato aumentado → paciente tenta compensar com taquipneia! DIAGNÓSTICO · Laboratório inespecífico: leucocitose, acidose, lactato elevado · RX: alterações tardias como pneumatose intestinal · ANGIO TC → mais utilizado; dilatação, espessamento e falha no enchimento · Padrão-ouro: ANGIOGRAFIA MESENTÉRICA SELETIVA – parada na vascularização intestinal TRATAMENTO · Suporte: HEV, DHE, ATB, monitorização... · Restaurar o fluxo vascular + avaliar alça intestinal ÊMBOLO / TROMBO ARTERIAL ou TROMBOSE VENOSA Heparinização + laparotomia Embolectomia/trombectomia + avaliar alça (ressecção S/N) Pós-operatório → papaverina (evitar vasoespasmo) VASOCONSTRICÇÃO (não oclusivo) Papaverina intra-arterial LAPAROTOMIA = refratários, irritação peritoneal (*) em casos de dúvidas: na tentativa de preservar o segmento é possível deixar o paciente em peritoneostomia e reabordá-lo em 12h (para ver se é possível ou não manter o segmento) ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA · A causa é a aterosclerose! · Clínica: angina mesentérica · Dor à alimentação, emagrecimento, sinais sistêmicos de aterosclerose · Diagnóstico: angiografia mesentérica · Tratamento: revascularização (cirurgia / STENT) ISQUEMIA COLÔNICA (COLITE ISQUÊMICA) · Isquemia intestinal mais comum · Idoso + hipoperfusão + colite · Clínica: dor em cólica, diarreia mucossanguinolenta, febre, hipotensão · Diagnóstico: clister opaco (sinal das impressões digitais – thumbprinting) · Colonoscopia ou retossigmoidoscopia: edema, úlceras · Tratamento: clínico (suporte) Tratamento cirúrgico: colectomia parcial ou total · Fase aguda: peritonite, hemorragia, colite fulminante · Refratário · Fase crônica: estenose / obstrução PANCREATITE AGUDA CAUSAS BILIAR (30-60%) Mais comum (< 5mm) ÁLCOOL (15-30%) 2ª mais comum (causa principal na pancreatite crônica) OUTRAS Drogas (ácido valproico, estrogênio, azatioprina...); Pós-CPRE, idiopática, pós-traumática, picada de escorpião (Tytius trinitatis) · Origem biliar: obstrução das vias biliares com obstrução do ducto pancreático principal → acúmulo de enzimas → as enzimas começam a digerir o próprio parênquima pancreático · Álcool: é a segunda causa mais comum de pancreatite aguda e a principal causa de pancreatite crônica (é sempre importante diferenciar pancreatite aguda de uma agudização de um quadro de pancreatite crônica). Sinal de Cullen: mancha equimótica preriumbilical Sinal de Grey-Turner: mancha equimótica em flancos HEMATOMA RETROPERITONEAL (obs.: são sugestivos, mas não patognomônicos de pancreatite aguda) DIAGNÓSTICO 2 dos 3 abaixo: CLÍNICA Dor abdominal em barra Náuseas e vômitos LABORATÓRIO Amilase ou lipase (3x valor normal) IMAGEM Tomografia USG (colelitíase) · Lipase = é mais específica para pancreatite; outras causas podem causar hiperamilasemia. · Os valores de amilase e lipase não guardam relação com a gravidade do caso. · Todo paciente com pancreatite aguda deve ser submetido a uma USG → a USG não é um bom exame para avaliar o pâncreas, mas deve ser solicitada para avaliar a presença de colelitíase (definir a causa da pancreatite aguda). · TC: idealmente deve ser solicitada após 48-72 horas (caso seja feita antes desse período, podemos subestimar a gravidade do quadro). A TC demonstra necrose do parênquima pancreático, contudo, antes de 48h essa necrose pode ainda não ter se formado. Se a TC foi feita na admissão para diagnóstico, deverá ser repetida em 48-72h. ABORDAGEM 1º PASSO: CAUSA E GRAVIDADE CAUSAS: · Biliar: avaliar necessidade de CPRE/ drenagem · Medicamentosa: suspender a droga · Alcoólica: exacerbação de quadro crônico GRAVIDADE: Critérios de ATLANTA: leve x grave · Disfunção orgânica (choque, IR, IRpA) · Complicação local (necrose, abscesso) · Complicação sistêmica (CIVD, Ca <7,5mg/dL) Critérios de RANSON ≥ 3 Critérios de APACHE-II ≥ 8 GRAVE Critérios de BISAP ≥ 3 Outros: PCR > 150 mg/mL (após 48h) · APACHE-II: avaliação de 12 parâmetros (idade e estado de saúde prévia). A desvantagem é que só pode ser calculado para internados em UTI. · RANSON: não consegue dizer de maneira imediata se o quadro é leve ou grave (diferente do APACHE-II), mas pode ser calculado para qualquer paciente (ex.: para aqueles internados em enfermaria) CRITÉRIOS DE RANSON ADMISSÃO PRIMEIRAS 48H Leucocitose AST(TGO) (enzimas) Glicose Idade (anos) LDH Déficit de fluido Excesso de base (-) Cálcio sérico Queda hematócrito PaO2 Ureia (BUN =ureia x 2,14) Obs.: os valores de referência são diferentes para pancreatite aguda de origem biliar e de origem não biliar. Na pancreatite de origem biliar não se utiliza a PaO2. · Macete: LEGAL / FECHOU 2º PASSO: TRATAMENTO LEVE (80-90%) Repouso + dieta zero + analgesia (opioides) + HEV + eletrólitos + suporte Obs.: em 5 - 7dias pode-se retornar a dieta VO GRAVE Medidas da LEVE + internação em CTI HEV: reanimação volêmica (objetivo: diurese 0,5 ml/kg/h) Antibiótico → NÃO! (Obs.: a infecção da necrose pancreática aumenta muito a morbidade; assim, se necrose > 30% poderia ser feita ATB profilaxia com Imipenem) Suporte nutricional: enteral x NPT (a NPT será feita em duas situações: 1- paciente não tolerar a dieta enteral/ íleo paralítico 2- se não for possível ofertar uma quantidade adequada de calorias com a dieta enteral). Vias biliares: CPRE sempre que colangite ou obstrução persistente 3º PASSO: COMPLICAÇÕES COLEÇÃO FLUIDA AGUDA (30-50%) Conduta: expectante Se infectado: punção + ATB NECROSE (GRAVE) Estéril: não fazer ATB profilaxia Infectada: punção + avaliar NECROSECTOMIA + IMIPENEM PSEUDOCISTO PANCREÁTICO (15%) Forma-se após 4-6 semanas Suspeita quando: amilase ou massa Pseudocisto: não epitelizado Tratamento: se sintomático (compressão estruturas adjacentes) ou complicação (hemorragia, infecção) – EDA (drenagem endoscópica transgástrica) 4º PASSO: ALTA · Alta se: dor controlada e alimentação normal · Avaliar colecistectomia: - Leve: na mesma internação - Grave: após 6 semanas Um algo a mais ... REVISÃO DOS CRITÉRIOS DE ATLANTA (2012): Pancreatite leve Sem falência orgânica ou complicações Pancreatite moderadamente grave Falência orgânica transitória (< 48h) ou complicação local isolada Pancreatite grave Falência orgânica persistente
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