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LEISHMANIOSE

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leishmaniose
 
INTRODUaO 
Os membros do gênero Leishmania são encontrados 
principalmente em humanos, cães e diversos roedores. 
Esses protozoários causam uma zoonose conhecida 
como leishmaniose, onde os cães, roedores e outros 
animais (gambás) podem atuar como reservatórios. 
Os cães jovens e idosos são mais susceptíveis a 
doença, podendo desenvolver as seguintes formas da 
doença: 
O Forma cutânea; 
O Forma visceral. 
A Leishmania infantum (L. chagasi ou L. donovani) é 
considerada a principal espécie causadora da 
leishmaniose visceral em cães. 
 
TaxONOmIa 
A Leishmania apresenta a seguinte taxonomia: 
O Reino: Protozoa; 
O Filo: Euglenozoa; 
O Classe: Kinetoplasta; 
O Ordem: Trypanosomatida; 
O Família: Trypanosomatidae; 
O Gênero: Leishmania; 
 
FORmas evOlUTIvas 
A Leishmania se apresenta de 3 formas, são elas: 
O Promastigota; 
O Paramastigota; 
O Amastigota. 
 
-PROmasTIgOTa 
São formas extracelulares, flageladas encontradas no 
intestino dos insetos. 
 
 
 
 
 
 
-PaRamasTIgOTa 
Sãos formas extracelulares que colonizam o esôfago 
e a faringe do vetor, permanecendo aderidas ao 
epitélio pelo flagelo (pequeno). 
 
-amasTIgOTa 
Apresentam forma esférica ou oval, e geralmente são 
encontradas no interior de macrófagos ou livres 
(rompimento dessas células). 
 
A forma amastigota não apresenta flagelo livre. 
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lOcalIzaaO 
No hospedeiro vertebrado, a Leishmania pode ser 
encontrada nos macrófagos (principal) e em outras 
células do sistema reticuloendotelial na: 
O Pele; 
O Baço; 
O Fígado; 
O Medula óssea; 
O Linfonodos; 
O Membranas mucosas. 
Além disso, também podem ser encontradas em 
leucócitos, no sangue. 
 
veTOR 
A doença é transmitida por insetos flebotomíneos 
fêmeas (mosquito palha) das seguintes espécies: 
O Lutzomya longipalpis: nas Américas; 
O Phlebotomus spp.: na África, Europa e Ásia. 
 
-cIclO De vIDa 
Apresenta um ciclo de vida heteróxeno e a fêmea se 
alimenta de animais silvestres, domésticos e humanos. 
A saliva desses insetos apresenta componentes que 
tem atividade: 
O Anti-inflamatória; 
O Anticoagulante; 
O Vasodilatadora; 
O Imunossupressora. 
Esses componentes interferem na atividade 
microbicida do macrófago, consequentemente auxilia 
na disseminação do parasita. 
 
 
 
Após um flebotomíneo se alimentar de um hospedeiro 
contaminado por Leishmania, a forma amastigota se 
transforma em promastigota em seu intestino. 
A forma promastigota se multiplica por divisão binária 
e migra para a probóscida e, quando o inseto se 
alimenta, ocorre a inoculação da forma promastigota 
em um novo hospedeiro. 
Uma vez no macrófago, a forma promastigota se 
transforma em amastigota e inicia a multiplicação. 
 
PaTOgeNIa 
A forma amastigota sobrevive e se multiplica dentro 
dos fagolisossomos (digestão de partículas estranhas) 
dos macrófagos. 
Existem alguns fatores que aumentam a resistência 
e a sobrevivência da Leishmania, são eles: 
O Lipofosfoglicanos (LPGs): dependendo da forma 
molecular pode ser mais ou menos virulento; 
O Interferência na produção de citocinas pelas 
células imune (a resposta celular é a mais 
importante); 
O Inibição da apresentação de antígenos; 
O Modulação negativa da ativação e reconhecimento 
do parasita pelos linfócitos T. 
 
-lIPOFOsFOglIcaNOs (lPg) 
Os LPGs são proteínas encontradas na membrana das 
diferentes formas de Leishmania. 
Funções das LPGs: 
O Confere proteção para a Leishmania; 
> Inibe a atividade proteolítica das enzimas 
intestinais do vetor; 
O Auxilia na ligação do promastigota ao macrófago 
e aumentam a sua colonização; 
O Diminui a atividade microbicida dos macrófagos 
(mecanismo de escape); 
O Facilita a ligação do promastigota no intestino do 
vetor (não ocorre eliminação nas fezes). 
Nenhum remédio é capaz de vencer as LPGs. 
 
 
 
 
 
 
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