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SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 1 Alimentação fora do lar e indústrias de alimentos e bebidas: tendências SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 2 Apresentação Olá, leitor(a)! Este ebook foi preparado especialmente para você que atua na área de alimentação e bebidas e quer se manter atualizado(a) e por dentro das novas tendências do mercado. Durante a pandemia da Covid-19, iniciada em 2020, o setor de alimentação enfrentou desafios nunca vistos antes e foi um dos mais afetados. Para alguns empreendedores foi o fim da linha, mas, para outros, uma oportunidade de recomeço. Neste material você verá que em diferentes períodos de crise o setor de alimentação foi o que mais cresceu, e vai compreender por que isso ocorreu. Muitas perguntas devem passar pela sua cabeça, como, por exemplo: depois que a pandemia acabar, como ficará o mercado para o setor de alimentos e bebidas? Como os empresários poderão recuperar seus negócios? Quando o vírus não for mais uma ameaça e as pessoas puderem circular novamente, as coisas serão como antes? Os hábitos de consumo voltarão a ser os mesmos? Na ausência de respostas certeiras, podemos prever, prospectar, analisar casos e tendências. E é o que faremos neste e-book: vamos comentar o crescimento e as adaptações do setor de alimentação nesse período de crise, conhecer casos que deram certo e examinar as tendências para o futuro do setor. Ao final deste material, além das referências, você conta com um glossário para os termos em inglês. Vem com a gente! SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 3 Sumário 1. Entendendo o cenário.......................................................5 O setor alimentício ao longo da história.............................................5 O “novo normal” no mundo da alimentação: o que veio para ficar............................................................................................... ... 8 2. De olho no futuro...............................................................17 Tecnologia e alimentação: uma combinação que deu certo..............17 O que vem por aí?...................................................................... ......19 3. Coloque em prática...........................................................22 Glossário........................................................................................26 Referências..................................................................................29 SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 4 Checklist Nosso objetivo é que em cada tópico deste e-book você adquira novos conhecimentos que o ajudem a colocar em prática o que aprendeu. Deixamos aqui algumas indicações dos tópicos de cada seção e um quadrado para “marcar” à medida que conclui a leitura. Assim você pode acompanhar seu progresso. 1. Entendendo o cenário O setor alimentício ao longo da história ✓ A necessidade de se alimentar moveu povos e mudou hábitos ✓ O cultivo de alimentos e a criação de animais favoreceu o início de uma nova era ✓ As grandes navegações possibilitaram a troca de mercadorias e mudanças nas rotas comerciais, em busca de produtos alimentícios ✓ A tecnologia possibilitou um salto nas formas de cultivo, produção e comercialização de alimentos Nessa seção aprendi como aspectos históricos, econômicos e sociais acabaram se refletindo no modo como as pessoas se alimentam. O “novo normal” no mundo da alimentação: o que veio para ficar ✓ O isolamento social esvaziou estabelecimentos e estimulou novas formas de se obter refeições ✓ Crescimento do delivery e aumento do uso de aplicativos ✓ Criatividade para encantar clientes ✓ Consumo consciente – Compra do essencial ✓ Tecnologia como aliada dos empreendedores Nessa seção conheci diferentes características adquiridas pelos consumidores durante a pandemia do novo coronavírus e costumes que tendem a permanecer mesmo após essa fase 2. De olho no futuro Tecnologia e alimentação: uma combinação que deu certo ✓ Foodtechs – estão por trás de tudo o que comemos e da forma como obtemos alimentos ✓ Aplicativos – mudando a maneira como buscamos alimentos Nessa seção compreendi de que modo a tecnologia é aliada das estratégias de produção, venda e comunicação com meu público. O que vem por aí? ✓ Gestão de varejo ✓ Logística e entrega ✓ Promoção no varejo ✓ Inteligência artificial ✓ Novos canais de vendas e entregas Nessa seção conheci as principais tendências apontadas por canais e figuras de referência para o mundo pós- pandemia 3. Coloque em prática! ✓ Destaque-se visualmente ✓ Conheça a opinião de seus clientes ✓ Ofereça alternativas de pagamento ✓ Esteja presente nas redes sociais Nessa seção recebi dicas práticas para destacar meu negócio e me comunicar com os clientes SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 5 1. Entendendo o cenário O setor alimentício ao longo da história Comida ao toque de um dedo! Já pensou acordar bem cedo todos os dias e ter de sair literalmente correndo atrás do seu café da manhã? Essa era a realidade de nossos ancestrais, há alguns milhões de anos. Se não saíssem para caçar, passavam fome. A necessidade de se alimentar moveu povos e mudou hábitos. Havia quem coletasse frutas e sementes, havia quem caçasse. Quando os primeiros seres humanos descobriram que era possível plantar, cultivar, colher e criar animais, garantindo assim reservas para períodos de escassez de caça, iniciou-se uma nova forma de se relacionar com a comida (e uns com os outros). Deixando de ser nômades, os povos puderam se fixar e dar início a uma nova era. Começaram, inclusive, a fazer trocas de alimentos, enriquecendo e diversificando suas dietas. Da fabricação do primeiro pão (há alguns milhares de anos) até os dias atuais, muita SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 6 coisa mudou na alimentação humana. Se antes os grupos caçavam e cozinhavam para seus núcleos, garantindo a sobrevivência de seus membros, hoje a indústria da alimentação é uma das que mais cresce e se expande no mundo. Crises econômicas, quebras de bolsas de valores, desemprego em massa, epidemias, secas, geadas, nuvens de gafanhotos... tudo contribuía para fazer os alimentos se transformarem no sonho de consumo de boa parte da população. O pouco que havia, quando havia, era artigo de luxo. As grandes navegações possibilitaram a troca de mercadorias, e a importância de se obter insumos para a alimentação era tamanha que havia até rotas comerciais específicas para a comercialização de produtos para alimentação. Uma delas era a famosa rota das especiarias, que acabou provocando a descoberta do Brasil – ou seja, a alimentação move as pessoas e move o mundo! SAIBA MAIS Durante a Idade Média, comerciantes europeus iam à Ásia (Índia e China, principalmente) buscar especiarias – temperos que não existiam na Europa e eram utilizados na culinária, como canela, cravo, pimenta, gengibre, noz moscada, açafrão, entre outros produtos. Eram produtos de alto valor comercial. A rota utilizada pelos comerciantes para ir e voltar era conhecida como rota das especiarias. A cidade de Constantinopla (atualmente Istambul, na Turquia), era o ponto mais estratégico de todos, pois ligava a Europa à Ásia. Mas, no século XV, houve uma invasão e Constantinopla foi tomada pelo exército turco (já ouviu falar dos turcos otomanos? Eram eles!). A rota foi fechada ali e os comerciantes se viram obrigados a fazer outros caminhos para chegar até a Ásia. O jeito foi desenvolver rotas marítimas, o que os obrigava a dar uma volta enorme. Foi numa dessas tentativasde encontrar um novo caminho para as Índias, a fim de continuar comercializando as especiarias, que Pedro Álvares Cabral acabou vindo parar na costa brasileira. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 7 Muita água rolou desde então. Houve períodos de grandes secas e muita fome, guerras, pestes, doenças... mas também houve uma busca por soluções. O ser humano usou a criatividade e toda a sua engenhosidade para criar ferramentas que o ajudassem a produzir mais alimentos, de forma melhor e mais eficiente. E foi graças à tecnologia e ao desenvolvimento de novas técnicas de cultivo que a produção de alimentos foi atingindo patamares cada vez mais elevados e, com o tempo, não era a falta de alimentos no campo que provocava a fome, e sim outros fatores, principalmente econômicos. Com o desenvolvimento das sociedades humanas, a produção de comida e a demanda por alimentos prontos cresceu. No século XX, as pessoas estavam muito ocupadas com o trabalho, tendo de se dedicar mais e mais a ele, reduzindo o tempo disponível para cozinhar. Daí vieram os alimentos congelados, o fast food, o delivery, o take away... (Veja os significados dessas e de outras palavras estrangeiras no glossário.) No século XXI, para nossa sorte, a tecnologia possibilitou um avanço gigantesco na forma de produzir, conservar e distribuir alimentos. Não é preciso mais sair para caçar. A comida vem até a gente com o simples toque de um dedo. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 8 O “novo normal” no mundo da alimentação: o que veio para ficar? A alimentação em períodos de crise A fome sempre foi um dos terrores da espécie humana. Ter acesso a comida, principalmente em períodos de guerras, com escassez de alimentos e racionamento, era o diferencial entre viver, sobreviver ou morrer. Durante períodos de crises econômicas, quando um grande número de pessoas perdia o emprego, notou-se um movimento crescente na produção informal e caseira de alimentos para venda. Muita gente passou a fazer pão, marmitas, doces e salgados para vender e poder pagar as contas. SAIBA MAIS Acredita-se que um dos primeiros sistemas de retirada (o famoso “pra viagem” ou take away) de marmitas do mundo aconteceu na cidade de Pompeia (isso mesmo, aquela que foi soterrada pelas cinzas e pela lava do Vesúvio, no ano 79 d.C.). Durante as escavações dessa cidade, os arqueólogos descobriram cozinhas do tipo “industriais”, os termopólios, onde era possível ir buscar refeições quentes. É que ter uma cozinha na Roma Antiga implicava gastos muito altos e a camada menos abastada da população não podia arcar com tais custos. O jeito era ir buscar marmitas em um desses “restaurantes locais”, em que a comida era preparada e acondicionada em potes de cerâmica, mantidas quentinhas até os clientes irem buscar. Genial, né? Fonte:https://www.programaconsumer.com.br/blog/a-historia-do-delivery-e-mais-antiga-do-que-voce- pensa/. Acesso em 25/12/2020. Fonte: https://www.programaconsumer.com.br/blog/a-historia-do-delivery-e-mais-antiga-do-que-voce- pensa/. Acesso em 25/12/2020. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 9 Durante a pandemia de 2020, provocada pelo coronavírus, esse movimento explodiu. E junto com isso houve também uma mudança na forma de se obter as refeições. Isolado por conta do vírus, um grande contingente de pessoas se viu obrigado a permanecer em casa, saindo apenas para o estritamente necessário. O lazer associado ao ato de comer também foi posto em cheque. Sair com familiares e amigos para almoçar, jantar, fazer uma happy hour, tornou-se impraticável. Restaurantes, bares, lanchonetes, confeitarias, cervejarias e afins se esvaziaram. Serviços de entrega se tornaram o recurso mais viável (para muitos, o único possível) para conectar quem produzia refeições e quem queria comer. Foi necessário se adaptar para sobreviver. Se, por um lado, muitos estabelecimentos fecharam as portas, outros se reinventaram. Pequenos e médios empresários, bem como microempreendedores individuais (MEIs), foram obrigados a se adaptar, a inovar, e agitaram o mercado de alimentação como nunca visto antes, no Brasil e ao redor do mundo. A seguir, veremos alguns desses casos. Um novo caminho, mesmo que mini Luis Belentani ficou desempregado aos 56 anos. Angustiado, viu no empreendedorismo a saída possível. Vendeu a moto, fez financiamento e se uniu ao filho para iniciarem um negócio no ramo da alimentação: minicoxinhas! Usando uma receita da esposa, Solange, ele inaugurou a Tia Sô Minidelícias. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 10 Pãodemia O cozinheiro João Figueira da Silva viveu e trabalhou no Brasil durante quatro anos. Quando retornou a Portugal para trabalhar em um restaurante, a pandemia o prendeu em casa. Sem poder sair, começou a fazer pães “para manter a sanidade”. Presenteava a família e os amigos mais próximos. O feedback foi tão positivo que decidiu criar uma padaria artesanal virtual, a Farro. A esposa de João criou uma logomarca e um perfil no Instagram e assim ele passou a postar fotos dos pães na rede social. Agradou tanto que a repercussão foi imensa, com direito até a matéria em revista. Começaram a chover pedidos. Com três meses de atividade da padaria, e apenas com serviço de entregas, João se desligou do restaurante (onde estava em lay off) e passou a se dedicar com exclusividade à arte da panificação. Está indo tão bem que já está fazendo obras e oficializando a documentação da panificadora para poder abrir um espaço físico, que inicialmente atenderá apenas para retiradas ou entregas e depois da pandemia poderá ser um lugar para almoçar e reunir amigos. Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2020/07/07/cozinhar-foi-a-virada-profissional-de-muita-gente- durante-a-pandemia.htm. Acesso em 26/12/2020. O sucesso foi imediato. A loja física ficava com filas imensas na porta. Luis percebeu que precisaria expandir e transformou o negócio em uma franquia. Com a pandemia de 2020, as vendas caíram, mas isso não o desanimou. Ele investiu no delivery e criou novos produtos para atrair mais clientes. Otimistas, Luís e o filho prosseguem confiantes e já pensam em expandir as delícias de Tia Sô para outras regiões do Brasil, assim que a pandemia passar. Fonte: https://g1.globo.com/especial-publicitario/vae/noticia/2020/05/21/demitido-aos-56-anos-empresario-montou- franquia-que-ja-tem-32-lojas.ghtml?_ga=2.110043397.128837182.1590414598-0b2999b4-5b5e-6afc-d191- b2215b442ee7. Acesso em 26/12/2020. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 11 A pandemia colocou à prova o que se considerava “normal”, bem como as formas tradicionais de se ofertar e comercializar produtos alimentícios. Isso exigiu uma tremenda capacidade de adaptação dos profissionais do setor. Com tantos estabelecimentos fechados e a população em confinamento, como fazer alimentos e bebidas chegarem até o consumidor com segurança e qualidade? Adoçando a vida Há mais de 20 anos, Maria José de Lima Freitas, a Mazé, começou a vender doces para sustentar a família. Depois de amargar um ano desempregada, ela teve a ideia de fazer uma receita de doce de amendoim e começar a vender nas ruas da cidade em que vivia, no interior de Minas Gerais. Deu tão certo que ela acabou fundando a Mazé Doces e passou a produzir também doces de mamão e de leite. Quando um empresário local pediu a ela que produzisse frutas cristalizadas, Mazé não hesitou e encarou o desafio. Mesmo sem nunca ter visto ou provado uma fruta cristalizada, ela percebeu que ali estava uma boa oportunidade de negócios. Foi aprender a fazer,testou várias receitas, errou, perdeu ingredientes, foi atrás de qualificação e não desistiu. Hoje a Mazé doces é referência na produção de frutas cristalizadas de qualidade. Mazé também inovou ao começar a vender seus doces de frutas online, mesmo quando disseram que isso não daria certo. Mais uma vez, a empresária acertou. Durante a pandemia, com as lojas físicas fechadas, as vendas online mantiveram a empresa de pé e deram maior visibilidade à marca. Fonte: https://g1.globo.com/especial-publicitario/vae/noticia/2020/10/01/mistura-de-sabor-e-amor-como-empresaria- transformou-seus-doces-em-negocio-de-sucesso.ghtml. Acesso em 26/12/2020. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 12 A hora e a vez dos aplicativos de entrega Para viabilizar a entrega de alimentos e bebidas aos clientes, aplicativos e plataformas de delivery – como Rappi, iFood, James, Uber Eats, Loggi – foram (e continuam sendo) fundamentais. O serviço de delivery (entrega) ganhou um upgrade. Se antes oferecia quase que exclusivamente o transporte de produtos até a casa do cliente, hoje oferece até um “comprador pessoal” (personal shopper), que vai ao mercado, escolhe produtos de acordo com o gosto do cliente, se comunica com ele enquanto faz as compras e leva os produtos fresquinhos até a residência do consumidor, o mais rápido possível. É um serviço que alia o “mimo” ao necessário. Quem não pode sair de casa para fazer compras se sente amparado e seguro. Mas nem todos os estabelecimentos conseguiram se adaptar logo ao formato delivery, e isso aconteceu por conta de diferentes fatores, entre eles o tipo de alimento produzido e/ou comercializado. Alguns restaurantes foram mais afetados e tiveram de se reinventar um pouco mais: criaram kits de alimentos semiprontos para delivery. Embalados a vácuo, os pratos, geralmente clássicos do cardápio desses restaurantes, são enviados com instruções para serem finalizados em casa em no máximo dez minutos. Dessa forma, o consumidor tem uma experiência gastronômica semelhante à que tinha no seu restaurante preferido, com a mesma qualidade que no estabelecimento, e ainda pode dar seu toque pessoal. Além disso, também investiram em embalagens caprichadas, que encantam o consumidor. E assim muitos estabelecimentos conseguiram atender aqueles clientes mais exigentes, que resistiam em pedir comida pronta. Esse serviço vem sendo oferecido por alguns SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 13 restaurantes de massas, carnes, fondue, peixes e frutos do mar. Padarias e confeitarias passaram a oferecer kits de festas para grupos pequenos (no lugar dos “centos” que antes eram vendidos em grandes quantidades), para que celebrações como aniversários, chás de bebê e outras datas importantes não passassem “em branco”, mesmo sendo realizadas de forma virtual. São oferecidos bolos decorados com tema da escolha do consumidor, refrigerantes, docinhos e salgadinhos para celebrar com a família. Há estabelecimentos que também ofertam itens de decoração para a festa: tudo combinando com o tema do bolo. O fato é que, com a pandemia, os hábitos de consumo da população foram alterados. Compras online e por aplicativo dispararam e os produtos mais comprados estão relacionados a saúde e alimentação. A plataforma iFood relatou um aumento de 68% nos pedidos logo no início da crise, e entre os produtos mais solicitados figuravam lanches rápidos como sanduíches, hambúrgueres, wraps e esfirras. A demanda por sobremesas e doces foi uma das que mais cresceu. Entre março e agosto/2020, o iFood registrou um aumento de 200% (Fonte: Estado de Minas). Os novos hábitos do consumidor durante a pandemia demonstram que as prioridades mudaram. Se antes as pessoas saíam para socializar, “curtir a vida”, com o isolamento social elas tiveram de se reinventar também e adaptar o que era feito fora de casa para ser feito dentro de casa. Com isso, pesquisas apontaram algumas mudanças que tendem a permanecer: SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 14 • Cozinhar e comer em casa – tendência que cresceu muito no início e vai permanecer. Seja preparando os pratos desde o zero ou finalizando do seu jeito, comer em casa é um hábito que tende a se manter. Mais que comer, o consumidor quer trazer para dentro de casa uma experiência prazerosa, algo que ele antes obtinha quando ia almoçar ou jantar fora. • Comprar o essencial – itens como vestuário e calçados tiveram uma queda nas vendas, por conta de não serem considerados essenciais. Já as vendas de itens considerados essenciais, como alimentação e remédios, foram as que mais cresceram. • Fazer compras online e por aplicativo – a ida às lojas físicas e aos estabelecimentos de alimentação tende a se manter baixa. Pensar formas criativas e inovadoras de atrair e fidelizar clientes será essencial para se manter, bem como ter parcerias com plataformas de aplicativos de entregas, sistemas drive thru e take away. As compras presenciais continuarão acontecendo, mesmo que de forma reduzida, principalmente por clientes que valorizam produtores e produtos locais, que querem ter a experiência de ver, tocar e provar o produto ou que sentem dificuldade com a tecnologia, que não confiam nas lojas virtuais, que acham o tempo de entrega muito demorado e o custo das taxas de entrega muito alto. Durante a pandemia, uma pesquisa demonstrou que 48% dos consumidores continuaram comprando em lojas físicas – em especial pessoas das classes C, D e E, que compraram itens de farmácia, supermercado, pet shop e bebidas alcoólicas. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 15 Realmente, durante a pandemia, a tecnologia foi a grande aliada dos micro, pequenos e médios empresários para viabilizar os negócios, manter as portas abertas e os empregos de muitos colaboradores, como veremos no capítulo 2. Em outra pesquisa feita com milhares de consumidores no final de 2020, 49% das pessoas disseram que em 2021 pretendem mesclar suas compras entre os canais online e offline; 52% acham que vão utilizar mais os e-commerces e 52% disseram que vão comprar online para retirar em lojas físicas. Outra tendência que os consumidores pretendem continuar praticando é a pré-compra offline ou ROPO (research online, purchase offline). As pessoas pesquisam sobre o produto desejado na Internet e escolhem uma loja física, onde vão fazer a compra pessoalmente. São motivadas por diferentes fatores, entre eles: ter a experiência de ver, tocar, experimentar o produto, ter acesso ao produto imediatamente, sem precisar esperar por ele, ou economizar o custo do frete ou da taxa de entrega. Fonte: https://conectaja.proteste.org.br/pos-pandemia-consumidor-ainda-vai-continuar-comprando-on-line/ e https://www.intelipost.com.br/blog/pre-compra-offline-no-e- commerce/#:~:text=S%C3%A3o%20aqueles%20clientes%20que%20pesquisam,de%20realizar%20a%20compra%20online. A atividade que mais tem faturado nos últimos tempos é o mercado de vendas pela Internet (marketplace) e delivery, desempenhando, assim, um papel muito importante para o setor de alimentação no período de pandemia. No Brasil, a maior parte dos pedidos de comida é feita online, seja por aplicativo, seja no site. Para o futuro, esse índice tende a crescer, com a oferta de maior agilidade na consulta ao cardápio e a diversos tipos de produtos, comodidade para resolver tudo em um clique e formas facilitadas de pagamento. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 16 PARA PENSAR Criatividade para driblar obstáculos Que a tecnologia é fabulosa, isso é fato, mas o empreendedor não deve abrir mão de uma aliada: a criatividade. Anely Rodrigues dos Santos era empregada doméstica em Brasília.Com a pandemia, escolas e creches fecharam e ela não tinha com quem deixar o filho. Perdeu o emprego e a única fonte de renda que possuía. Começou a fazer marmitas para vender. Comida caseira e “grosseirona”, como ela mesma define: dobradinha, feijoada, sarapatel. Mas a alta nos preços dos ingredientes e, principalmente, do gás, quase colocou fim no seu ganha-pão. Para driblar a inflação e não ter prejuízo, Anely começou a cozinhar usando carvão. Diariamente, a cozinheira grava um vídeo mostrando o cardápio e posta no grupo de moradores do bairro em que mora, em uma rede social. As vendas são feitas ali mesmo, no bairro. Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-55195682. Acesso em 27/12/2020. O caso de Anely reflete uma preocupação real e urgente para quem está no ramo alimentício: a alta dos preços e o impacto disso no custo do que se produz. Segundo reportagem da BBC News Brasil, a perspectiva para 2021 é de que os preços controlados pelo governo, que foram um fator de alívio para a inflação na maior parte de 2020, voltem a pesar no bolso dos brasileiros. A partir de janeiro de 2021, já estão previstas altas nos preços do gás de cozinha, combustível (que impactará os fretes), transporte público e luz. O que você faria se estivesse no lugar de Anely? Como lidaria com a alta dos preços? https://www.bbc.com/portuguese/brasil-55195682 SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 17 2. De olho no futuro Tecnologia e alimentação: uma combinação que deu certo O empresário Fabrício De Nadai afirma que o uso da tecnologia vem alterando drasticamente os processos de produção, armazenamento, conservação e embalagem de alimentos em larga escala, obrigando as empresas do setor a se modernizarem para acompanhar essas mudanças. Isso garante que as refeições cheguem com mais qualidade ao prato do consumidor. Entre tais mudanças está o uso de equipamentos e utensílios cada vez mais modernos, responsáveis por um novo modo de produção que economiza insumos, energia, tempo, e evita o desperdício. O problema é que a maior parte desses equipamentos possui um custo muito alto, inviável para micro e pequenos empresários. Mas a tecnologia não favorece apenas as grandes empresas. De olho no mercado que mais cresce no mundo, o alimentício, surgiram as foodtechs – empresas de tecnologia (startups) que propõem soluções para esse setor, com o emprego de inteligência artificial, softwares, sites e aplicativos que prometem levar praticidade e conforto para a experiência de compra e consumo de alimentos. As foodtechs propõem inovações na elaboração de produtos, produção, distribuição e/ou modelo de negócios. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 18 Da criação de aplicativos móveis que permitem encomendar refeições e recebê-las em casa até sistemas que monitoram a produção em propriedades agrícolas ou até mesmo softwares que controlam a logística de entrega de alimentos nas indústrias, as foodtechs propõem tecnologias inovadoras aplicadas à maneira como os alimentos são produzidos, vendidos ou servidos. Assim, estão em toda a cadeia produtiva, desde a produção dos alimentos até sua entrega ao consumidor. Os especialistas em tecnologia garantem que, em um futuro próximo, a influência das foodtechs estará por trás de tudo o que comemos e da forma que comemos. SAIBA MAIS O Brasil se destaca quando se trata de uso de aplicativos em smartphones. De acordo com um estudo elaborado pela empresa App Annie, especializada em análises mundiais sobre esse mercado, nosso país é o campeão mundial em uso de aplicativo de celular por dia. O estudo apontou que o brasileiro usa em média 12 aplicativos a cada 24 horas em seu smartphone. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 19 O que vem por aí? Segundo a Associação Brasileira de Indústria e Alimentos (ABIA), a indústria de alimentos no Brasil representa 9,6% do PIB, processando 58% de tudo o que é produzido no campo e reunindo mais de 36 mil indústrias. Além disso, 80% do que é produzido na indústria de alimentos é voltado ao abastecimento do mercado interno. Isso vem atraindo cada vez mais investidores. Em um mapeamento feito pela empresa Liga Ventures, em 2020 havia 332 startups brasileiras com atividades voltadas para alguma solução no setor de alimentos. Onze delas eram consideradas unicórnios, sendo o iFood uma das principais. Dentre as principais atividades econômicas que representam a maior parte dos investimentos destinados às foodtechs no Brasil e que estarão em alta para os próximos anos destacam-se: SAIBA MAIS Uma startup considerada um unicórnio é aquela que vale mais de 1 bilhão de dólares. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 20 • Gestão do varejo: criação de softwares que auxiliam o controle de estoque, localização, entrega de alimentos e comunicação com os clientes. • Logística e entrega: com o desafio de superar sistemas e métodos antiquados de entrega de bebidas e alimentos, as foodtechs investem em inovação por meio de sistemas integrados que otimizem toda a cadeia produtiva e calculem com exatidão a quantidade e o tempo do transporte, acompanhando inclusive a rota dos transportes em tempo real. • Promoção no varejo: o conhecido cupom ganhou novo status. Agora é cashback (dinheiro de volta). É uma forma de fidelizar o cliente, oferecendo a ele a oportunidade de economizar e montar uma carteira virtual quando fizer compras com um mesmo fornecedor. • Inteligência artificial e big data: o McDonald’s já começou a utilizar essas tecnologias para oferecer um atendimento personalizado aos clientes. O objetivo é personalizar cardápios, oferecer produtos que estão em alta no consumo, ou de acordo com o clima, e que sejam do gosto dos consumidores. • Novos canais de vendas e mais alternativas de entrega: a integração dos canais físicos e digitais para alavancar as vendas é uma grande tendência. O consumidor pode escolher, ao comprar online, se prefere receber o produto SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 21 em casa ou retirar o alimento em uma loja, pelo sistema drive thru (de carro) ou take away. Totens e quiosques em lojas também oferecem opções para a compra e a retirada de alimentos, agilizando processos e economizando tempo. O Instagram adicionou uma funcionalidade que permite pedir refeições pelo aplicativo e o WhatsApp Business disponibilizou a função “catálogo”, que permite a criação de cardápios. Fonte: https://gobacklog.com/blog/foodtech-o-desenvolvimento-tecnologico-no-setor-de-alimentos/ SAIBA MAIS Aplicativos se mantêm em alta A empresa App Annie, que analisa o uso de aplicativos em dispositivos móveis por todo o planeta, ressaltou que em 2020 a COVID-19 alterou a economia e transformou a vida cotidiana. Nunca dependemos tanto do celular para nos conectar, trabalhar, aprender... No auge da pandemia, o uso de smartphones disparou, acelerando a adoção de dispositivos móveis em dois a três anos. A tendência para o pós-pandemia é esse movimento continuar crescendo, com mais empresas aderindo aos aplicativos para se comunicar com os consumidores e com mais consumidores aderindo aos aplicativos para encontrar o que procuram. https://gobacklog.com/blog/foodtech-o-desenvolvimento-tecnologico-no-setor-de-alimentos/ SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 22 3. Coloque em prática! Se você tem uma empresa no ramo de alimentação, como faz para que os consumidores conheçam seu produto? Você tem uma marca? Uma logomarca? Uma identidade visual? Como é a sua comunicação com os clientes? Você conhece o perfil de sua clientela? Para ter maiores chances de sucesso no seu negócio é importante conhecer o clientee usar boas estratégias para chegar até ele. A seguir daremos algumas sugestões de ferramentas que poderão ajudar você nesse percurso. Os links para as plataformas e ferramentas citadas a seguir, você encontra nas referências. Destaque-se visualmente Ter uma marca, uma logomarca, uma identidade visual bacana, que chame a atenção, pode destacar seu produto em um mar de ofertas. Mas como fazer postagens profissionais sem necessariamente contratar um profissional? Se você não sabe como criar postagens bacanas e descoladas para postar no Instagram, Facebook e afins, recomendamos o Canva, uma plataforma de design e edição de imagens que ajuda a montar peças publicitárias com a maior facilidade. Você mesmo cria os posts para divulgar sua marca nas redes sociais. O Canva oferece uma gama bem variada de modelos prontos, com opções de cores, fundos, fontes, fotos, elementos gráficos e designs. O cadastro é gratuito e pode ser feito com sua conta do Google ou do Facebook. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 23 Conheça a opinião de seus clientes A ferramenta Survey Monkey é gratuita e permite que você monte pesquisas e crie formulários com diferentes estilos de perguntas e alternativas de respostas para conhecer melhor sua clientela. Os questionários podem ser enviados por e-mail ou WhatsApp. Por exemplo, antes de lançar um sabor novo de sorvete, uma sorveteria faz uma enquete para saber a preferência da sua clientela. Cria, com a ferramenta, uma enquete simples, perguntando a preferência dos clientes entre três sabores, e envia pelo WhatsApp. Ao lançar o sabor mais votado, as chances de aumentar as vendas também aumentam. Vai pagar como? Como o cliente paga pelo seu produto? Você oferece diferentes possibilidades que facilitam a vida do consumidor e ao mesmo tempo garantem que você vai receber e não vai pagar “os olhos da cara” em taxas? LEMBRE-SE: O cliente busca não só um produto, ele quer também uma experiência única ao adquirir o produto. Ao perguntar o que o cliente pensa e o que pode melhorar em um produto ou serviço, a empresa demonstra que se importa com e valoriza a opinião do cliente. Mas é preciso estar preparado para as respostas. Nem sempre um produto vai agradar. Pode haver críticas. No lugar de ficar bravo ou chateado, o empresário deve analisar o que foi apontado, verificar possíveis causas e avaliar o pode ser feito para melhorar e agradar a clientela. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 24 Há várias maneiras de proporcionar aos clientes formas seguras de efetuar os pagamentos. Algumas são plataformas de serviços que podem ser associadas ao seu negócio, como Cielo, Pag Seguro, Pay Pal. Há também aplicativos de pagamentos, como o PicPay, e o pagamento instantâneo brasileiro, o Pix, lançado pelo Banco Central em 2020. E se você tem dúvidas sobre qual o melhor método e também não pode abrir mão das máquinas de cartão, existem plataformas, como a Azulis, que ajudam a escolher as melhores opções de acordo com a sua necessidade. Quem não é visto não é lembrado! Um ditado antigo diz que “quem não é visto não é lembrado”. Hoje, a melhor forma de ter essa visibilidade é estar nas mídias sociais, por isso é importante aparecer nelas por meio de postagens em que seja possível conhecer seu produto e as formas de entrar em contato. O Hootsuite é um sistema de gerenciamento de mídias sociais no qual você planeja e gerencia onde, quando e como suas postagens vão aparecer. É possível, inclusive, programar as postagens com meses de antecedência. É sem dúvida uma ferramenta que ajuda muito a dar visibilidade para quem tem de fazer o gerenciamento de tudo. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 25 Agora é com você! Veja aqui algumas sugestões: 1. Você conhece a opinião da sua clientela sobre o(s) produto(s) que oferece? Que tal criar uma pesquisa ou enquete utilizando a ferramenta Survey Monkey e enviar para seus clientes avaliarem e dizerem o que pensam do seu produto? Você pode fazer até mais de uma enquete, com perguntas pontuais sobre sabor de pratos, quantidades, apresentação, para saber o que mais agrada e o que pode ser melhorado no que você produz e vende. 2. Outra coisa que você pode avaliar é a identidade visual do seu produto. Os clientes reconhecem e compreendem a sua marca? Caso tenha algum problema com esse quesito, você pode criar, no Canva, uma identidade visual para o seu negócio. 3. E, caso não tenha nenhum problema de identidade visual, você pode utilizar o Canva para criar cardápios bem bacanas e diferentes postagens para as mídias sociais. 4. Escolha uma mídia social e faça uma postagem divulgando seus produtos. E não se esqueça de avaliar se a clientela está vendo e se está despertando o interesse de novos clientes. A gente está na maior torcida para que você agrade em cheio a clientela e tenha muito sucesso. Boa sorte! SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 26 Glossário Significado das palavras estrangeiras que aparecem no texto. Big data (bigdata). “Grandes dados, mega dados”. O gigantesco volume de dados gerados pelo uso crescente de tecnologias é utilizado para traçar perfis de consumo, preferências, tendências. Big data é a análise e o cruzamento desses dados, gerando informações estratégicas para que empresas desenvolvam novos produtos e marcas e ampliem suas vendas. Cashback (queshbéc). “Dinheiro de volta”. São programas de reembolso ou de recompensa oferecidos a consumidores que se fidelizaram a determinados estabelecimentos ou fornecedores, possibilitando que recuperem, em novas compras, parte do dinheiro gasto. Delivery (delíveri). Significa “entrega”. É o sistema de entrega de produtos na casa do consumidor. Design (desain). “Projeto, desenho”. É o projeto de criação e elaboração de um produto, de um ambiente, de um sistema e de muitas coisas que envolvem criatividade. Drive thru (draive trú). “Dirigir através”. É a versão motorizada do take away, em que a encomenda do alimento e a retirada são feitas dentro do carro. E-commerce (icomerce). Comércio eletrônico, feito por meio digital, como sites e aplicativos. Fast food (fést fud). Traduzindo, é “comida rápida”. São pratos e lanches preparados em poucos minutos, como sanduíches, pizzas e pastéis, por exemplo. Feedback (fidbéc). “Alimentar de volta” é uma forma de comunicar avaliações e opiniões a respeito de produtos, pessoas, equipes, serviços, empresas, SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 27 colaboradores. Pode acontecer por meio de uma reunião, uma conversa, um relatório. Foodtech (fudtéc). “Tecnologia da alimentação”. As foodtechs são empresas que desenvolvem e aplicam tecnologias inovadoras a serviço do cultivo, produção, comercialização e distribuição de alimentos. Happy hour (répi auer). “Hora feliz”. Momento de confraternização entre amigos e colegas de trabalho, para comer e beber após o fim do expediente, geralmente realizado em bares e restaurantes. Lay off (leióff). “Dispensar, despedir”. Suspensão temporária do contrato de trabalho. É uma medida adotada em situações emergenciais, como a que ocorreu durante a pandemia do novo coronavírus. Marketplace (marquetpleice). “Mercado”. É um e-commerce (comércio virtual) em que diversas lojas anunciam seus produtos, possibilitando que o consumidor compre de diferentes fornecedores em um mesmo lugar. O iFood é um marketplace. Offline (ófilaine). Desconectado da internet. No caso de compras offline, é quando o cliente faz pesquisa de preço pela Internet mas opta por comprar o produto pessoalmente na loja. Online (onlaine). Que está conectado à internet. Compras online são aquelas efetuadas por site ou aplicativo. Personalshopper (personal shóper). “Comprador pessoal”. É o profissional que faz compras de acordo com as necessidades e o perfil do cliente. Posts (pôstz). “Postagens”. São os conteúdos criados e publicados, em forma de texto, imagem, vídeo e/ou áudio, na Internet (nas plataformas virtuais, como as redes sociais, por exemplo). ROPO – research online, purchase offline (risârch onlaine, pârcheise óflaine). Em português, a sigla seria POCO: pesquisa online, compra offline. É o ato de pesquisar SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 28 sobre um produto em diferentes sites, inclusive sites de reclamações, obtendo assim a maior quantidade de dados sobre ele (além do preço) para depois ir pessoalmente à loja e fazer a compra, pagar e levar o produto para casa. É diferente de comprar online para retirar na loja. Softwares (sóftiuérs). São programas que informam a computadores, celulares e tablets, por meio de linguagem codificada, como devem funcionar. Startup (istartâp). “Iniciante”. É uma empresa que desenvolve e aplica soluções tecnológicas inovadoras em diferentes áreas e setores da sociedade. Take away (teiqui auêi). “Pegue e leve”. É o famoso “pra viagem”. A refeição é embalada e fica separada para ser retirada pelo consumidor no estabelecimento. Upgrade (âpgreid). “Atualização, melhoria”. É a atualização de uma versão antiga de um produto (ou serviço) para uma versão mais moderna e com mais recursos. SEBRAE APRIMORA ALIMENTOS E BEBIDAS 29 Referências ABIA e indústria de alimentos discutem mudanças no comportamento do consumidor pós-Covid-19. ABIA, 15 mai. 2020. Disponível em: https://www.abia.org.br/noticias/abia-e-industria-de-alimentos-discutem- mudancas-no-comportamento-do-consumidor-pos-covid-19. Acesso em: 25 dez. 2020. ABUCHAEM, J. 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