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Planejamento Estratégico - Controle e Decisão Autor Luiz Eduardo Gonçalves Gasparetto Videoaula - Introdução Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/357421084". Introdução Nas décadas de 1970 e meados de 1980, a ferramenta de gestão denominada planejamento estratégico fazia grande sucesso como um instrumento que tornava as organizações mais eficazes e com possibilidades maiores de sucesso no mercado em que atuavam. Na década seguinte, o planejamento estratégico “caiu em desgraça” e foi remetido sem piedade para o ostracismo, motivado principalmente por uma inflação descontrolada, que tornava qualquer plano rapidamente obsoleto, principalmente os de longo prazo, característicos dessa atividade. Mas, com o relativo controle da inflação, como consequência da implantação do Plano Real, o planejamento estratégico, qual uma fênix, ressurgiu das cinzas e ocupou novamente uma posição de importância dentro das organizações, visando analisá-la sob aspectos internos e externos. Por esse motivo, volta a ser fundamental que o planejamento estratégico seja estudado, entendido e debatido em cursos voltados para treinamento e aperfeiçoamento de ocupantes da função de gestor. No material a seguir, você receberá informações sobre planejamento em geral e, mais especificamente, sobre o planejamento estratégico: o que é, quais suas etapas de implantação e os cuidados necessários para implantá-lo, como estabelecer objetivos estratégicos, entre outros. Figura 1 – Planejamento estratégico Fonte: rawpixel.com/freepik. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/01.jpg Além disso, receberá informações sobre outras duas ferramentas que, de maneira geral, auxiliam na função de gestão e, mais diretamente, na realização do planejamento estratégico, tornando-o mais eficaz: controle e decisão. Com certeza, esta disciplina poderá facilitar sua efetiva participação e contribuição no processo de estabelecimento do planejamento estratégico em sua empresa. Funções administrativas1 Para atingir resultados por meio da utilização mais produtiva dos recursos disponíveis, um gestor executa funções consideradas básicas no processo de administração, que são as chamadas funções administrativas ou funções básicas do gestor: Planejar – estabelecer objetivos e metas e como serão conseguidas. Nada mais é que decidir: o quê, como, onde e quando será feito. Organizar - definir o organograma, os níveis de autoridade e responsabilidade e a divisão de tarefas, identificando quem fará o quê, para que se consiga a execução do que foi planejado. Controlar - avaliar se os objetivos e metas estão sendo atingidos. Nada mais é do que medir o desempenho real, compará-lo com o previsto e efetuar correções de rota, se for necessário. São funções interligadas, porque, quando o gestor, por intermédio do controle, constata que os objetivos não estão sendo atingidos, faz novo planejamento, reorganiza a estrutura e as funções e, se necessário, toma decisões e volta a controlar. É um ciclo que se repete indefinidamente, por isso, podemos dizer que o gestor está constantemente planejando, organizando, controlando e decidindo. Estudar três dessas funções: planejar, controlar e decidir. Gerenciar e não executar é a principal responsabilidade do gestor, pois é coordenando recursos e pessoas que ele atinge os objetivos organizacionais, e é nisso que os seus esforços devem estar concentrados. O melhor que o gestor pode fazer pela organização é mais gerenciar do que executar. Funções administrativas1.1 A principal função do gestor: gerenciar1.2 Seria bom que o gestor apenas gerenciasse e deixasse para seus colaboradores os trabalhos de execução, mas a organização não pode se dar ao luxo de ter gestores que só administram. Eles também têm algumas tarefas de execução, mas o importante é que ele tenha mais tarefas de gestão do que de execução. Será que é isso que acontece no dia a dia? Nem sempre. Temos, às vezes, gestores que executam mais do que gerenciam. E por quê? Ele foi promovido ao cargo de gestor apenas por ter sido avaliado como ótimo executante Ele ocupa uma função para a qual não foi preparado. Executar é seu forte. Frente a um problema que exige uma atuação como gestor (normalmente, um problema que envolve um colaborador), ele não sabe como agir. E aí, o que ele faz? Encontra refúgio naquilo que ele sabe fazer bem: em tarefas de execução, que são a sua zona de conforto. Por isso, sempre encontramos vendedores que continuam vendendo, mesmo depois de se tornarem gestores de vendas ou gestores da contabilidade que continuam fazendo lançamentos contábeis e conciliação bancária, funções de um técnico. Com isso, esses gestores continuam resolvendo situações que deveriam ser resolvidas pelos seus subordinados, ao invés de treiná-los no sentido de resolverem seus próprios problemas e delegar-lhes as soluções. Figura 2 – Gestor Fonte: freepik/freepik. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/02.jpg Mesmo já sendo um gestor, a empresa atribui-lhe uma tarefa de execução que ele não pode delegar a um subordinado Isso pode acontecer com o gestor que recebe da organização uma responsabilidade de execução que ela imagina que apenas ele pode executar. É o caso de um gestor da área de vendas que, apesar de estar no cargo de coordenação, é escalado para um atendimento pessoal e exclusivo a um importante cliente. Isso também pode acontecer se ele for a maior autoridade técnica em uma determinada área da empresa, onde, havendo um problema, ele é chamado para solucionar. Os cursos e os treinamentos feitos por ele não o preparam de maneira prática para a função de gestor Alguns dos cursos e treinamentos voltados para o gerenciamento nem sempre se dedicam intensamente à preparação do profissional. Dedicam mais tempo ao marketing, à produção, à contabilidade, às finanças etc., do que à maneira como um gestor consegue resultados eficazes por intermédio de seu pessoal. O gerenciamento ocorre somente quando o gestor está trabalhando para obter resultados com seu pessoal. Os assuntos restantes são apenas ferramentas, mas esse trabalho junto aos recursos humanos, muitas vezes, é deixado em segundo plano. O chefe do gestor tem mais características de um executor do que de um gestor Se o chefe do executor preocupa-se mais com as atividades de execução do que com o gerenciamento, naturalmente ele espera que seu subordinado, que também é um gestor, seja mais um executante. Ele cobra mais os resultados de tarefas de execução do que tarefas de gestão. Você está administrando quando obtém resultados com (e não para) seu pessoal. Você está executando quando realiza atividade que poderia ser feita por um executante, ou quando você obtém resultados para (e não com) seus subordinados. Videoaula - Principal função do gestor: gerenciar Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/357421113". Planejar é a atividade de pensar hoje no que poderá acontecer amanhã. É uma ponte entre o presente e o futuro. É definir onde se quer chegar, quando e como chegar. Essas e outras definições da atividade de planejar têm um elemento comum: a ideia de que se tomarão decisões hoje para definir um resultado que se espera que aconteça no futuro. Hoje e futuro são duas ideias básicas no planejamento. Naturalmente, muitas coisas estão acontecendo hoje que, sem dúvida, poderão influir no resultado esperado para amanhã. Essa influência poderá afetar positiva ou negativamente os resultados esperados, por isso é necessário começar a pensar hoje nesses acontecimentos e no quanto poderão influenciar na situação. O planejamento é a ferramenta que auxilia o gestor nessa tarefa. Podemos dizer que, planejando, o gestor verá aumentar as chances de tomar, hoje, melhores decisões que afetarão o desempenho amanhã. Planejar é definir um alvoe decidir o que, como e quando deve ser feito para atingi-lo. Planejamento1.3 Para poder controlar o progresso da execução. Se não tiver um plano, o gestor não poderá exercer um controle das tarefas e acabará realizando uma gestão controlada pelas variáveis do futuro. Não existe planejamento eficaz sem um bom controle. Para ver toda a operação antes de realizá-la. Com o planejamento, o gestor terá a visão de toda a operação a ser realizada, inclusive os riscos que poderão surgir ou as dificuldades que poderão ser encontradas antecipadamente. Assim, poderá tomar as medidas de prevenção necessárias. Para fazer uma previsão de quais recursos utilizará. Com o planejamento, o gestor saberá quais recursos estão envolvidos na tarefa e em que momentos eles serão utilizados, podendo, com isso, providenciá-los com antecedência. Para não ser reativo e tornar-se proativo. Não reagirá aos acontecimentos “apagando incêndios”, nem às variáveis do ambiente, tornando-se um gestor ativo e eficaz. Figura 3 – Objetivo Fonte: vectorjuice/freepik. Por que o gestor precisa planejar?1.3.1 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/03.jpg Videoaula - Planejamento e planejamento estratégico Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/357421139". Se analisarmos como o mercado está competitivo e como, cada vez mais, os clientes estão exigentes e conscientes de seus direitos, concluímos que improvisar, achando que não é necessário o trabalho de pensar no futuro, pode ser um verdadeiro suicídio organizacional. Hoje, não se pode funcionar na improvisação, por isso os gestores precisam definir a estratégia da empresa indicando claramente para todos os colaboradores e acionistas onde a empresa quer chegar e qual o caminho a seguir. O conceito de estratégia vem da área militar, significando os planos estabelecidos pelos comandantes para colocar seu contingente em uma posição vantajosa na batalha em relação ao exército inimigo. A administração apropriou-se desse termo, que passou a significar estabelecer planos na organização para colocá-la em posição vantajosa frente a seus concorrentes no mercado em que atua. O processo de estabelecer as ações, isto é, como realizar essa estratégia, chama-se planejamento estratégico e ocorre em três níveis: Planejamento institucional. Planejamento tático. Planejamento operacional. Estratégia e o planejamento estratégico1.4 É de responsabilidade da alta administração, porque são decisões que afetarão toda a organização por muito tempo (longo prazo) e que, por isso mesmo, têm que ser definidas por quem está de posse das informações sobre o mercado e conhece seus pontos fortes e fracos, que auxiliam ou dificultam o aproveitamento de oportunidades ou a superação de ameaças do mercado. São decisões envolvendo ações mais limitadas no espaço, prazos mais curtos (médio prazo), áreas menos amplas e níveis mais baixos na hierarquia da organização. É quando se interpretam as decisões estratégicas, que são transformadas em planos capazes de serem entendidos pelo pessoal operacional. É a ligação entre o planejamento estratégico e o planejamento operacional e produz metas e medidas, isto é, o que será feito e como. O objetivo é a eficácia (fazer as coisas certas). Exemplo: planos táticos de marketing, de finanças, de RH, de produção etc. Planejamento institucional1.4.1 Figura 4 – Planejamento tático Fonte: storyset/freepik. Planejamento tático ou departamental1.4.2 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/04.png Define as tarefas e operações necessárias para realizar o planejamento tático e preocupa-se, basicamente, em como fazer. Tem uma característica de imediatismo e uma abrangência local e é detalhado no estabelecimento de tarefas e operações (curto prazo). Tem como resultado os planos de ação, que estabelecem o que será feito, quando será feito e por quem será feito. Seu objetivo máximo é a eficiência, isto é, fazer as coisas corretamente. Planejamento operacional1.4.3 O planejamento institucional é um momento de análise no qual se define toda a estratégia da empresa e como ela será realizada. É o momento em que se definem a missão e a visão da empresa, se estabelecem seus diferenciais estratégicos, se identificam e se analisam clientes, concorrentes, fornecedores e mercado com suas oportunidades e ameaças, bem como a empresa com suas forças e fraquezas. Após essas análises, e baseadas em seus resultados, as diversas gerências estabelecem metas e medidas que devem ser realizadas pelos setores – esse é o planejamento tático. Em seguida, essas metas são transformadas em planos de ação nas diversas áreas operacionais, visando tornar mais claro como realizá-las, quem serão os responsáveis, quando será feito e quanto custará. É o planejamento operacional. Nota-se que alguns gestores não têm uma preocupação maior no que se refere a desenvolver a atividade de pensar estrategicamente. Isso acontece porque: 1) Boa parte deles veio de uma área mais operacional. Portanto, eles se desenvolveram tomando decisões operacionais do dia a dia, com preocupação maior em decisões imediatas e pouca preocupação com a estratégia. Quando chegam a cargos mais elevados de gestão, continuam a pensar de maneira operacional, porque assim tiveram sucesso. E, como normalmente se diz (erroneamente, por sinal) que em time que está ganhando não se mexe, muitos gestores não mudam a maneira de trabalhar. 2) A exportação faz com que os gestores tenham que pensar em estratégias para atender aos requisitos dos países para onde venderão. Cada país tem seus costumes e cultura e age de maneira diferente no que diz respeito a negócios. Sem a montagem de uma estratégia adequada, é impossível que os negócios internacionais aconteçam. Como o Brasil foi, durante muito tempo, um país fechado para negócios com outros Pensar estrategicamente1.5 Gestores pensam estrategicamente?1.5.1 lugares, isto é, com pouca exportação, o pensamento estratégico não se desenvolveu com intensidade em muitos de nossos gestores. 3) As vendas internas sempre foram a maior preocupação de nossos gestores, pois o mercado brasileiro sempre teve um grande potencial de consumo. Com isso, nossos gestores estavam mais preocupados em aumentar esse mercado e a ampliar a participação de suas empresas. Assim, com a participação crescendo, por que pensar estrategicamente em vender para outros países? 4) Provavelmente como uma herança da época da inflação descontrolada, quando as mudanças eram diárias e os gestores tinham que tomar medidas urgentes, sem planejá-las, na maioria das vezes, criamos nas empresas uma cultura antiplanejamento, que podemos chamar de cultura do sair fazendo imediatamente. Com isso, uma visão estratégica, que é de longo prazo, foi desconsiderada. Entenda por que planejamento estratégico é muito importante para as empresas/organizações em momentos de crise. Acesse: www.administradores.com.br [https://administradores.com.br/artigos/a-importancia-da-estrategia-e-do-planejamento-para- as-organizacoes-em-tempos-de-crise] . https://administradores.com.br/artigos/a-importancia-da-estrategia-e-do-planejamento-para-as-organizacoes-em-tempos-de-crise Videoaula - Pensamento estratégico ou planejamento institucional Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/357421159". Em que negócio nossa empresa está? Que necessidade do mercado ela satisfaz? Enfim, qual é o nosso negócio? Essas perguntas devem ser respondidas com clareza para que cada um dos colaboradores da empresa saiba exatamente qual é o espaço que ela ocupa no mercado. Esta definição não pode ser feita como antigamente, isto é, de maneira intuitiva por cada colaborador, o que levava, às vezes, a entendimentos muito diferentes. Hoje, é necessário que todos entendam da mesma maneira, para que haja maior sinergia nas atividades queexecutam. Hoje, o negócio é definido levando-se em conta as necessidades do mercado e, principalmente, as necessidades dos clientes. Desse modo, é necessário ter uma abordagem estratégica e compreender os principais fatores na hora de realizar essa definição. A definição é importante porque servirá para posicionar a empresa frente ao mercado e porque fará com que os seus colaboradores tenham todos a mesma percepção das atividades da empresa e do espaço que ela quer ocupar, permitindo a canalização de esforços, energias e recursos para alcançar a missão e a visão propostas. Sem a definição do negócio, os O pensamento estratégico1.6 Definição do negócio1.6.1 colaboradores poderiam perder o foco da ação organizacional, com cada um trabalhando em direção oposta. O passo inicial para definir o negócio da empresa é responder à pergunta: qual necessidade do cliente está sendo satisfeita pelo nosso produto ou serviço? A definição do negócio compreende dois posicionamentos: específico e amplo. Conforme Theodore Levitt, no livro Marketing myopia (1975), quando se posiciona o negócio da empresa de maneira específica, a preocupação das pessoas passa a ser a de se concentrar nos produtos ou serviços produzidos, esquecendo-se, de certa maneira, das necessidades ou dos desejos do cliente. Dá mais foco para os colaboradores, mas limita as opções. Ainda conforme Levitt (1975), quando se posiciona o negócio de forma ampla em relação ao que o cliente deseja, o produto ou o serviço oferecido no presente é apenas uma das muitas alternativas possíveis para satisfazê-lo. A empresa passa a ter um leque de opções muito maior, permitindo que haja mais criatividade dos colaboradores na criação de novos produtos e serviços. A seguir, o Quadro 1 apresenta exemplos de definição de negócio restrita e ampla: Quadro 1 – Tipo de negócio Empresa Produto/serviço (restrita) Negócio (ampla) Kopenhagen Chocolate Presentes Avon Cosméticos Beleza IBM Computadores Resolução de problemas Figura 5 – Definição do negócio Fonte: freepik/freepik. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/05.jpg Empresa Produto/serviço (restrita) Negócio (ampla) Bic Canetas Produtos descartáveis Schindler Elevadores Transporte Localiza Aluguel de carros Soluções em transporte Arisco Temperos prontos Comodidade Fonte: elaborado pelo autor. É por meio da missão que a empresa deixa claro ao mercado (clientes, fornecedores, comunidade e governo) e aos seus próprios colaboradores a que veio, isto é, porque nasceu e qual o propósito da sua existência. Muitos acham que a empresa existe para dar lucro a seus acionistas, o que não deixa de ser verdade, mas essa não é sua finalidade principal e sim uma consequência da realização daquilo que ela se propôs a realizar, que é a sua missão. O objetivo principal de qualquer organização é atender às necessidades e aos desejos de todos os envolvidos diretamente com ela (acionistas, funcionários, clientes, fornecedores etc.). Esse objetivo principal é a missão e precisa ser do conhecimento de todos os públicos com os quais a empresa mantém contato. O conceito de missão auxilia na divulgação de seus propósitos. Segundo Laruccia ([2017], p. 4): A missão1.6.2 Figura 6 – Missão Fonte: storyset/freepik. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/06.jpg A declaração de Missão contribui para a perenidade da empresa e visa comunicar, interna e externamente, o propósito do negócio. Conforme nos diz Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira, em seu livro Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas: Exemplos de missão em algumas empresas: Na empresa, encontramos muitos objetivos que foram estabelecidos por diretorias, departamentos e setores, mas a empresa, como um todo, precisa ter um grande objetivo, aquele que vai dar o direcionamento de onde ela quer chegar e em quanto tempo isso deve acontecer. Por isso, todos os objetivos estabelecidos pelas diversas áreas devem estar voltados para atender a esse objetivo maior, que é chamado visão, cuja meta é motivar as pessoas a atuar A Missão facilita a todos a compreensão das prioridades da empresa e onde as pessoas devem concentrar seus esforços. [...] A missão facilita a busca do consenso e agrupa os esforços das partes, provocando a sinergia em benefício de todos. a missão deve ser entendida como uma identificação a ser seguida, mas nunca algo específico a ser alcançado. A determinação da missão é a utilização de uma bússola (definição da Missão) pela qual o navio (a empresa) se orienta. A bússola vai permitir que o navio faça sua viagem da maneira planejada e tranquila. O navio (empresa) pode precisar desviar sua rota para fugir da tempestade, diminuir sua velocidade num nevoeiro ou mesmo precisar parar diante de um furacão, mas sempre poderá retomar sua rota. (OLIVEIRA, 2015) Ford Atender às necessidades de transportes de nossos clientes, aprimorando nossos produtos e serviços, prosperando como empresa e proporcionando retorno aos acionistas. Citibank Oferecer qualquer serviço financeiro em qualquer país onde for possível fazê-lo de forma legal e rentável, com qualidade e confiança maior do que os concorrentes. A visão1.6.3 como uma equipe coesa em busca disso, dando-lhes uma razão maior para se dedicarem a essa grande tarefa. A visão tem as seguintes características: a. É apresentada em poucas palavras. b. Estabelece um objetivo que pode ser atingido, mas que não é fácil demais. c. Deve ser informada e ter visibilidade para todos os colaboradores. d. Como objetivo, não é definitiva, mas deve sobreviver por algum tempo. e. Necessariamente, deve ter um prazo de realização, pois é um objetivo, e todo objetivo deve ter um tempo estabelecido para ser alcançado. A visão é uma convocação feita aos colaboradores, levando as pessoas a se sentirem fortes e unidas, acreditando que podem alcançá-la. A visão deve ser definida de maneira a causar impacto nos colaboradores, causar entusiasmo e desejo de atingi-la. Na época da corrida espacial entre os Estados Unidos e a ex-União Soviética, em 1962, o então presidente norte-americano, John F. Kennedy, decidiu que precisava estabelecer uma visão desafiadora para o pessoal da Nasa, responsável pelo desenvolvimento de projetos para levar o homem à Lua. Na ocasião, ele poderia ter dito, de maneira mais burocrática, que “desenvolveremos tecnologia suficiente para, até o final desta década, permitir a investigação direta dos componentes biológicos e físicos de nosso satélite natural”. Uma visão objetiva, mas sem muito glamour e pouco entusiasmante. Mas, como um gestor que sabia motivar seu pessoal, ele disse a mesma coisa, mas em outras palavras: “Colocaremos um homem na Lua até o final desta década”. Exemplos de negócio, missão e visão: Estância hidromineral Negócio: Lazer. Missão: Proporcionar lazer individual e coletivo por meio de hospedagens, eventos e atividades que gerem alegria e descontração nas pessoas que viajam com objetivos turísticos. Visão: A partir de XXXX, ser a principal escolha para quem busca em nossa região, pelo turismo, alegria e descontração para si e família. Empresa de medicamentos Negócio: Saúde. Missão: Atender às necessidades de bem-estar e saúde da população infantil com medicamentos seguros, eficazes e de baixo custo, voltados prioritariamente para o mercado de produtos vendidos mediante receita médica. Visão: Ser vista pelo mercado, nos próximos cinco anos, como uma empresa inovadora e segura no atendimento às necessidades de restabelecimento da saúde da população infantil no país. A resposta à pergunta “por que o cliente me escolhe tendo tantas ofertas semelhantes?” dá a indicação de qual é a vantagem competitiva da empresa, isto é, qual a vantagem que temos sobre os concorrentes. É um diferencial nosso em relação à concorrência: o diferencial estratégico. É alguma coisa que a empresa tem que pode ser tangível (instalações, localização, estacionamento etc.) ouintangível (atendimento, horário de funcionamento etc.), que os clientes percebem como um benefício para si e, por isso, estão dispostos a pagar por ele. Para definir com mais facilidade uma vantagem competitiva, é importante conhecer os pontos fracos da concorrência e saber o que o cliente quer. Vantagem competitiva ou diferencial estratégico1.6.4 A vantagem competitiva faz com que nossos produtos ou serviços não sejam vistos apenas como uma commodity, isto é, como iguais aos oferecidos por outras empresas e diferentes apenas pelo preço, o que é muito ruim para a organização, que entra em uma guerra de preços prejudicial. Então, a vantagem competitiva precisa: Ser exclusiva – só a empresa ou poucas empresas têm. Ser bem avaliada – o cliente ou o consumidor o reconhece como importante. Despertar o desejo – há disposição do cliente ou do consumidor de pagar por ela. Sustentar-se - concorrentes não a terão por algum tempo. Figura 7 – Vantagem competitiva Fonte: erhui1979/iStock. Para que aconteça de maneira eficiente e estratégica é importante conhecer as etapas que compõem esse planejamento, que engloba desde as necessidades do cliente, o valor da empresa, seus produtos, fornecedores e concorrentes. A etapa do planejamento estratégico, propriamente dito, que vai realizar o pensamento estratégico, começa com a análise de um importante ativo da empresa, que é o cliente. Para um trabalho eficiente nessa etapa, a primeira coisa é identificar e conhecer bem o cliente da empresa. Aqui, duas perguntas são importantes: Sei realmente quem é o cliente? Sei o que ele espera da empresa? O planejamento estratégico1.7 Conheça seu cliente1.7.1 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/07.jpg A pergunta: “quem é meu cliente?” parece simples, e a resposta pode parecer óbvia: “cliente é quem compra o que vendemos!”. Talvez essa não seja a melhor resposta, porque vender a alguém um produto ou serviço não o transforma em cliente. O melhor seria dizer que cliente é “quem compra o produto ou serviço e repete a compra”. Por isso, é necessária a cuidadosa identificação do cliente a quem desejamos oferecer o produto, para garantir que ele repita a compra, mas lembrando que oferecer tudo para todos não é uma boa estratégia comercial. Assim, é preciso identificar um nicho de mercado, ou segmento de mercado e, aí sim, vender para esse grupo de consumidores. Essa é a chave para a realização de bons negócios e para a fidelização dos clientes. Também é preciso cuidado para não ter muitos nichos, porque, hoje em dia, é difícil obter sucesso tentando atender a todos com qualidade diante de tantas expectativas. Além de conhecer quem é o cliente, também é preciso saber o que ele espera do relacionamento com a empresa. Isso é importante porque atender bem o cliente não é apenas dar a ele aquilo que deseja, mas um pouco mais do que isso. Como dizem os especialistas em atendimento ao cliente, é preciso surpreendê-lo dando-lhe mais do que espera. É uma ideia simples, mas é preciso cuidado para evitar os exageros que poderão prejudicar a parte comercial da empresa. Para isso, é preciso “ler” os pensamentos do cliente e entender quais são suas expectativas, o que nem sempre é fácil porque, muitas vezes, ele só entende quais são quando não satisfeitas, ocasião em que reclama. Um bom serviço ou produto deve ter uma boa relação custo-benefício para a empresa. O segredo é ser excelente em muitas coisas que não custam muito dinheiro. Os fornecedores, assim como os clientes, são fundamentais para o sucesso da empresa. Normalmente, diz-se que uma boa venda começa com uma boa compra. Não é bom que a empresa dependa de um ou de poucos fornecedores, porque quanto mais ela depender de fornecedores de matéria-prima, mais ela poderá ter problemas com o cumprimento de prazos, aumento de preços de insumos, problemas com qualidade, entre outros. O que tem valor para o cliente1.7.2 Fornecedores1.7.3 Por outro lado, quanto mais diversificados forem os fornecedores, com certeza melhores serão as condições de negociação. Por isso, quando se prepara o planejamento estratégico, é preciso realizar uma análise cuidadosa do relacionamento da empresa com seus fornecedores e do seu poder de negociação. O objetivo é verificar se a empresa tem, para os seus diversos insumos, uma quantidade de fornecedores que pode deixá-la tranquila em relação ao fornecimento ou, então, se ela está em situação de submissão e dependência a eles, com poucos parceiros disponíveis no mercado (às vezes apenas um), que podem ditar as condições de negociação. Quando a empresa percebe que sua situação é desfavorável frente aos fornecedores, ela precisa estabelecer objetivos estratégicos em seu planejamento tático, visando eliminar ou, ao menos, atenuar essa dependência, que lhe é prejudicial e, por tabela, aos seus clientes, procurando novos fornecedores nacionais ou internacionais. A situação da empresa no mercado, em relação à concorrência, é também objeto de análise quando da preparação do planejamento estratégico. Nesse momento, analisam-se quais são os pontos fracos dos concorrentes e onde eles são mais vulneráveis, além de, principalmente, quais são os pontos fortes (qualidade, preço, prazos de pagamento e de entrega), visando estabelecer táticas de defesa e identificar em que se deve melhorar. Para reforçar seus pontos fortes e eliminar ou atenuar os pontos fracos em relação aos concorrentes, também são estabelecidos objetivos estratégicos no planejamento tático, aquele que é de responsabilidade do nível intermediário da empresa (gerência). Concorrentes1.7.4 Figura 8 – Concorrentes Fonte: gstudioimagen/freepik.. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/08.jpg Substitutos são produtos ou serviços que têm aplicação diferente dos oferecidos pela empresa, mas que, na prática, desempenham funções similares. A empresa deve analisar o quanto o outro produto ou serviço poderia também satisfazer as necessidades do cliente e substituir seu produto. É preciso fazer uma análise isenta da possibilidade de entrada desses produtos ou serviços no mercado e, se a resposta for sim, em que prazo isso poderia acontecer? É uma possibilidade concreta ou já estão sendo oferecidos? Não fazendo essa análise, a empresa fica vulnerável ao surgimento de um novo produto ou serviço que poderá tornar o seu obsoleto. Muitas organizações que não se preocuparam com isso perceberam, às vezes tarde demais, que estavam perdendo mercado para outra que lançava um produto ou serviço substituindo o seu com vantagem. Foi o caso da Kodak, com suas câmeras e seus filmes fotográficos que, em determinado momento, foram substituídos pelos aparelhos celulares, originalmente desenvolvidos para serem telefones, mas que também fazem fotografias sem a necessidade de filmes, pegando a empresa de surpresa. Produtos substitutos1.7.5 Quais são os fatores externos (chamadas de forças) que afetam ou poderiam afetar a empresa, tanto positiva quanto negativamente? Como a empresa é um sistema aberto, isto é, influencia e também é influenciada pelo ambiente externo, torna-se fundamental a análise desse ambiente para detectar essas forças que poderão afetá-la. Fatores externos que podem afetar positivamente as atividades da empresa são considerados oportunidades e que devem ser aproveitadas, enquanto os fatores que podem afetar negativamente são considerados ameaças que precisam ser neutralizadas. Os fatores que podem afetar negativamente (as ameaças) e os que poderão afetar positivamente (as oportunidades) serão objeto de planos táticos específicos no planejamento estratégico, para eliminar ou atenuar os primeiros e para aproveitar os segundos. Análise do ambiente externo1.8 Oportunidades e ameaças1.8.1 Exemplos de oportunidades: Novos produtos/serviços lançados por clientes. Novos incentivos à exportação. Diminuição das taxas de importação. Novos concorrentes aumentando o mercado. Problemas técnicosde alguns concorrentes. Falta de uma imagem positiva dos concorrentes no mercado. Falta de investimentos de concorrentes em pesquisas. Alto turnover de pessoal nos concorrentes. Novas tecnologias disponíveis no mercado. Boa quantidade de mão de obra especializada disponível no mercado. Fácil acesso aos mercados internacionais. Exemplos de ameaças: Redução nos principais segmentos de clientes. Restrições comerciais em alguns mercados no exterior. Clientes cada vez mais exigentes. Clientes não identificam diferenciais da empresa. Falta de alternativas para equipamentos. Produtos/serviços obsoletos (ciclo de vida dos produtos vencido). Proteção cada vez maior ao consumidor. Aumento de impostos e taxas ou novos impostos. Novos concorrentes estrangeiros, com capital para investir. Equipamentos tornando-se obsoletos. Competidores com tecnologia mais avançada. Internamente, a empresa precisa estar preparada para enfrentar os desafios do mercado e aproveitar as oportunidades que surgem, conforme análises feitas durante o planejamento estratégico. Nessa etapa do trabalho, a empresa é analisada de maneira crítica com o objetivo não de indicar falhas ou apontar irregularidades e fraquezas nas pessoas, mas verificar se ela está preparada para atuar eliminando ameaças e aproveitando oportunidades. Figura 9 – Oportunidades e ameaças Fonte: storyset/freepik. Análise do ambiente interno1.8.2 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/09.jpg Essa análise de forças e limitações levará a empresa a atingir a eficácia e é parte fundamental do planejamento estratégico, pois, enquanto as forças levam ao atingimento da eficácia, as limitações restringem a capacidade de participação no jogo do mercado. Nessa análise, as forças e principalmente as limitações devem ser relacionadas de maneira objetiva, sem acobertar ou transigir no que diz respeito principalmente aos erros. Por isso, precisa ficar claro que não se está fazendo uma avaliação de setores e que não há razão para criar eventuais inimizades. Exemplos de forças: Conhecimentos técnicos da equipe. Formação escolar do pessoal. Equipe de vendas dinâmica. Pessoal motivado. Envolvimento do pessoal com a empresa e com o trabalho. Equipamentos modernos, atualizados, novos, bem conservados. Sistema de qualidade total implantado. Diversificação da linha de produtos ou serviços. Imagem positiva junto aos clientes. Bom serviço no atendimento ao cliente. Exemplos de limitações: Baixos conhecimentos técnicos. Figura 10 – Análise do ambiente interno Fonte: freepik/freepik. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/10.jpg Equipe desmotivada. Força de vendas despreparada. Pouca experiência da equipe. Chefia desatualizada. Pessoal não envolvido. Dificuldade de decisão e de delegação de tarefas. Comunicação difícil, com muitas barreiras. Equipamentos desatualizados. Pessoal com pouca experiência. As análises feitas até aqui, tanto no pensamento estratégico como no planejamento estratégico propriamente dito, permitem avaliar como está a empresa em termos de ameaças e oportunidades e pontos fortes e fracos. Com isso, já é possível definir qual será a melhor estratégia para atingir o grande objetivo da empresa: a visão. A definição da estratégia levará à definição das ações estratégicas, que falaremos mais à frente. Segundo Oliveira (2015), podemos classificar as estratégias em quatro tipos: Estratégia de sobrevivência Deve ser adotada quando o ambiente é totalmente desfavorável à empresa, porque existem muitos pontos fracos internos, seus produtos estão em declínio no ciclo de vida do produto, tem poucos clientes e os maiores não parecem dispostos a aumentar o consumo. A empresa, nessa situação, não tem outra alternativa. Essa estratégia é apenas uma situação momentânea, isto é, uma parada para estabelecimento de planos visando renovar os produtos, aumentar o número de clientes, aumentar as vendas e criar novos produtos. Se a estratégia de sobrevivência não funcionar, não haverá outra alternativa a não ser liquidar o negócio. Nesse momento, a empresa deve, como prevenção, parar os investimentos e reduzir ao mínimo suas despesas, até que a situação melhore. Estratégia de manutenção Escolhida quando existem diversas ameaças no ambiente externo. Por outro lado, a empresa possui pontos fortes (tecnologia, pessoal, recursos financeiros etc.) acumulados ao longo do tempo, que lhe possibilitam manter a posição que ocupa. Definição da estratégia1.9 Esses pontos fortes devem ser aproveitados ao máximo enquanto a empresa minimiza os seus pontos fracos. Nesse momento, ela faz investimentos com moderação, reforça seu diferencial estratégico ou define novo diferencial e melhora seus produtos. Estratégia de crescimento Escolhida quando a empresa tem alguns pontos fracos internamente, mas o ambiente externo está propício para o aproveitamento de oportunidades. É o momento de lançar novos produtos para aumentar o volume de vendas, desenvolver novas tecnologias antecipando-se aos concorrentes, buscar mercados em regiões diferentes da que atua e talvez se associar com outras empresas. Estratégia de desenvolvimento Indicada quando os pontos fortes internos predominam na empresa e as oportunidades de mercado também. Nesse caso, a organização procura novos mercados e clientes, diferentes dos atuais, ou novas tecnologias, diferentes das que domina. Leva seus produtos a novos mercados (geográficos ou novos segmentos), melhora seus produtos para os mercados atuais, por exemplo, com novas características, e pode se associar a outras empresas (capital ou tecnologia). O quadro a seguir ajuda a visualizar a melhor estratégia para a empresa, combinando-se a coluna na vertical (ameaças ou oportunidades) com a linha superior (pontos fortes ou pontos Figura 11 – Estratégia de crescimento Fonte: jcomp/freepik. Resumo para identificar a estratégia a ser adotada1.9.1 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/11.jpg fracos). O resultado indica a estratégia adequada para a empresa. Exemplo: ameaças com pontos fracos = estratégia de sobrevivência. Quadro 2 – Pontos fortes e fracos Predominam Pontos fracos Pontos fortes Ameaças Sobrevivência Manutenção Oportunidades Crescimento Desenvolvimento Fonte: adaptado de apostilaadministrativa.wordpress.com [https://apostilaadministrativa.wordpress.com/2012/11/13/matriz_swot/] . Videoaula - Definição da estratégia e das ações estratégicas Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/357421196". Nesse momento, a alta direção da empresa, levando em conta todas as análises feitas até então e considerando sempre a visão definida, indica quais são as suas intenções, isto é, o que pretendem que se faça para atingir esse grande objetivo. Ainda não há a preocupação em estabelecer objetivos com quantificação e prazos. Essas intenções são chamadas de ações estratégicas. Posteriormente, elas se transformarão em decisões estratégicas, com metas estabelecidas (quantificadas e com prazo), trabalho feito pelas gestões intermediárias (gerentes) no planejamento tático. Ações estratégicas1.10 https://apostilaadministrativa.wordpress.com/2012/11/13/matriz_swot/ Exemplos de ações estratégicas (intenções da alta administração): Ampliar nossa atuação nos atuais canais de venda e na abertura de novos canais. Fazer parcerias com outras empresas para participar em novos nichos de mercado. Desenvolver novas aplicações para produtos atuais, para serem utilizados em novos nichos de mercado. Revisar a estrutura organizacional (organograma). Revisar o sistema de distribuição. Atuar em segmentos com pouca representatividade em nosso mix de clientes. Melhorar os controles gerenciais (orçamento, fluxo de caixa, relatórios e geral), permitindo a tomada de decisão mais ágil. Envolver os colaboradores na realização do planejamento estratégico. Preparar tecnicamente nosso pessoal por meio de treinamentos.Atualizar nosso pessoal de chefia pela realização de programas de desenvolvimento gerencial. Desenvolver esforços no sentido de identificar novos fornecedores de matéria-prima. Objetivos2 Na definição dos objetivos a serem estabelecidos para a realização das ações estratégicas definidas pela alta administração, começa a fase do planejamento tático, realizado pelo nível intermediário da empresa, que normalmente é chamado de gerência. O conceito de objetivo é o resultado final a ser alcançado. É o alvo. É a indicação de onde se quer chegar e em que prazo se chegará lá. É a resposta à pergunta: o que fazer e até quando fazer? Tipos de objetivos: Rotina – ligado à maneira como as coisas são feitas. Esse objetivo procura manter a situação atual, isto é, a empresa caminhando. Solução de problemas – ocorreu uma mudança não desejada na situação atual. Esse objetivo procura trazer as coisas de volta para a situação desejada. Inovação – tudo pode melhorar. O objetivo de inovação faz a empresa ir além do que foi previsto, do planejado. A intenção é aproveitar as oportunidades do mercado. Definição de objetivos2.1 O objetivo no planejamento tático2.2 Figura 12 – Definição de objetivos Fonte: jcomp/freepik. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/12.png Videoaula - Planejamento estratégico propriamente dito - tático e operacional Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/357421229". É importante ao estabelecer objetivos que eles sejam bem definidos, criando uma trajetória com metas e estimativas claras, que auxiliem no alcance desse objetivo. Um objetivo só poderá ser administrado e sua realização controlada se ele for quantificado. Sem essa característica, ele será inútil, pois não saberemos se foi ou não atingido. Sem quantificação, que é um indicador do desempenho, será melhor deixá-lo de lado. Para quantificar um objetivo, várias unidades de diversos tipos podem ser utilizadas, como a monetária, numérica, de proporção, porcentagem etc. Veja a diferença entre estes dois objetivos: a. Vender mais. b. Vender 20% mais. O objetivo (a), da maneira como está redigido, não passa de uma intenção, porque não há um indicador de quantificação do quanto mais se quer vender. Já o objetivo (b) apresenta uma das características necessárias a um objetivo, que é a quantificação: 20% mais. Características do objetivo2.3 Mensurável ou quantificável2.3.1 Não é incomum encontrar “objetivos” que, na verdade, são intenções, como aumentar as vendas, obter mais lucro, reduzir o número de acidentes de trabalho ou reduzir o número de queixas de clientes. Em todos, falta a quantificação, o que os transforma em simples intenções. Sempre que adequado, deve ser possível comparar o objetivo com outra medida ou padrão. Deve haver uma base para comparação. Entre as mais comuns, temos um período de tempo, a quantidade de unidades processadas em um determinado período, a comparação com resultados de concorrentes, entre outros. Veja a diferença entre estes dois objetivos: a. Vender 20% mais. b. Vender 20% mais do que no ano anterior. O objetivo (b) caminha para ser realmente um objetivo, porque utiliza uma base de comparação: as vendas no ano anterior. Essa característica de base de comparação não é obrigatória em se tratando de um produto novo, pois é impossível estabelecê-la. Mas, se puder ser incluída, valoriza o objetivo. Base para comparação2.3.2 O Balanced Scorecard (traduzido para o português como Indicadores Balanceados de Desempenho) é um modelo de gestão estratégica utilizado para definir e planejar de forma estratégica, que vai além dos indicadores financeiros e contábeis. Saiba mais, acessando: resultadosdigitais.com.br [https://resultadosdigitais.com.br/marketing/balanced-scorecard/] . A definição de um prazo para o atingimento do objetivo é uma característica obrigatória. As formas mais comuns são: ao fim de um determinado período (até final de 20XX), ao início de um determinado período (até o início do segundo semestre de 20XX), durante determinado período (durante o ano de 20XX) ou em uma data específica (em 31 de dezembro de 20XX). No planejamento estratégico, a realização dos objetivos é usualmente determinada para, no máximo, períodos de tempo semestrais ou anuais. Se o prazo estabelecido for muito curto para a sua realização, ele poderá ser apenas uma previsão, pois pouco poderá ser feito para mudar Prazo2.3.3 https://resultadosdigitais.com.br/marketing/balanced-scorecard/ alguma coisa. Já um prazo muito longo poderá ser apenas uma esperança de que aconteça, pois muitas coisas poderão ocorrer durante o período. Veja a diferença entre estes dois objetivos: a. Vender 20% mais do que no ano anterior. b. Vender, até outubro de 20XX, 20% mais do que no ano anterior. O objetivo (b) está mais completo porque inclui, além da quantificação e da base de comparação, o prazo para a realização (até outubro de 20XX). Significa que o responsável pelo atingimento do objetivo tem autoridade para realizar ações que o levem a atingi-la. Em outras palavras, o objetivo está sob seu controle. Exemplo: o responsável pelo objetivo “vender mais 20%” tem autoridade para definir o que será feito para que ele seja atingido, como contratar vendedores, treinar o pessoal, realizar promoções de vendas. Também tem autoridade para estabelecer ações para correção de rota, se necessário. Por isso é que não se estabelecem objetivos para que sejam efetivados por outras pessoas sem dar a elas a devida autoridade para tomar as decisões necessárias. O conteúdo a que se refere o objetivo deve ser identificado de maneira específica e não genérica, para poder ser entendido com facilidade por qualquer pessoa. Controlável2.3.4 Figura 13 – Controle dos objetivos Fonte: pch.vector/freepik. Específico2.3.5 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/13.jpg Veja a diferença entre estes dois: a. Vender, até outubro de 20XX, 20% mais do que foi vendido no ano anterior. b. Vender, até outubro de 20XX, 20% mais do que foi vendido no ano anterior, referente aos produtos X, Y, Z. O objetivo (b) está mais completo porque permite identificar quais são os produtos que devem ter um aumento de 20% nas vendas. A meta SMART é uma metodologia que auxilia na elaboração de metas úteis em projetos e negócios. Saiba mais, acessando: www.siteware.com.br [https://www.siteware.com.br/metodologias/o-que-e-meta-smart/] . Um bom objetivo é aquele que, ao ser estabelecido, envolve também quem deve trabalhar para realizá-lo. Isso motiva e faz com que haja comprometimento com sua realização, pois o objetivo não foi imposto. Essa determinação conjunta permite que a pessoa responsável pelo seu cumprimento possa fazer um autocontrole de seu desempenho. Parte importante de um bom objetivo é informar o que será feito para atingi-lo, evitando incertezas. É o programa de atividades que vai garantir sua realização. A ausência de um programa faz com que o objetivo se transforme apenas em uma previsão, que poderá ou não acontecer. Inicie com um verbo de ação Exemplos: aumentar, diminuir, implantar, manter, vender. Coloque um indicador O que se pretende aumentar, diminuir, implantar, manter, vender. Determinação conjunta2.3.6 Programa de atividades2.3.7 Sugestões para escrita do objetivo2.3.8 https://www.siteware.com.br/metodologias/o-que-e-meta-smart/ Informe a situação atual A situação atual a ser aumentada, diminuída, implantada, mantida. Diga qual é a meta É a situação proposta. Indique o prazo Informe a data limite em que o objetivo estará realizado. Exemplo: Aumentar (verbo) as vendas mensais (indicador) do total de 100 unidades (situação atual) para 150 unidades (meta) a partir de 1.3.20xx (prazo). O Google aplica uma metodologia para traçar seus objetivos que foi utilizada por uma empresa brasileira. Conheça o relato dessa aplicação em: endeavor.org.br [https://endeavor.org.br/como-o-google-nos-ensinou-definir-e-alcancar-objetivos/] . Erros mais comuns no estabelecimento de um objetivo: Meta referente ao objetivo muito elevada ou muito inferior, fazendo com que, de qualquer maneira, as pessoas envolvidas se desmotivem, porque não necessita esforço para atingi-la ou é impossível. Custo de medição muito elevado: a mediação do andamento ou do atingimento do objetivo tem um custo maior do que os benefícios que serão trazidos caso os resultados sejam atingidos. Número exagerado de objetivos: o número de objetivos estabelecidos é tão elevado que não se consegue dar atenção a todos ou, se isso é feito, perde-se a noção do que já foi alcançado em cada um. Objetivo com redação complexa: a redação deve ser a mais simples e clara possível, permitindo a qualquer pessoa compreendê-la. Complicar na redação pode fazer com que o objetivo não seja atingido. https://endeavor.org.br/como-o-google-nos-ensinou-definir-e-alcancar-objetivos/ Videoaula - Definição de objetivos Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/357421265". Considerando todas as análises feitas até agora, a missão e a visão estabelecidas, a estratégia de ação escolhida pelos gestores e as ações estratégicas definidas pela alta administração, o gestor vai tomar as decisões estratégicas. Decisões estratégicas2.4 As decisões estratégicas podem ser classificadas em três categorias: 1. Decisões referentes ao ambiente externo, que preparam a empresa para enfrentar as ameaças e para aproveitar as oportunidades existentes nesse ambiente. 2. Decisões mercadológicas, que procuram colocar a empresa em vantagem no mercado em que atua ao neutralizar os pontos fortes da concorrência e aproveitar seus pontos fracos, ao estabelecer objetivos visando expansão de mercado, desenvolvimento de produtos e novos negócios e satisfação dos clientes, principalmente com o estabelecimento de novas vantagens competitivas. 3. Decisões de eficácia, que procuram reforçar as forças positivas e eliminar ou atenuar as forças negativas existentes internamente, além de criar novas forças propulsoras, visando aumentar o nível de eficácia e melhorar os resultados da empresa. Uma decisão estratégica é composta de um objetivo (que deverá ter quantificação e prazo) e de medidas (ou programa de atividades), que são as ações que contribuirão para a realização daquele e também com quantificação e prazo. Exemplos de decisões estratégicas: Objetivo Aumentar o lucro líquido da empresa em, no mínimo 12%, até 12/20xx. Medidas (ou programa de atividades) Figura 14 – Decisão estratégica Fonte: storyset/freepik. Como formular uma decisão estratégica2.5 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/14.png Reduzir o custo fixo em, no mínimo, 20%, até 12/20XX. Reduzir o custo variável em, no mínimo, 5% até 9/20XX. Aumentar a utilização dos equipamentos em, no mínimo, 10% até 8/20XX. Diminuir o desperdício com matéria prima em, no mínimo, 10%,até 9/20XX. Exemplo de uma decisão estratégica estabelecida para uma cadeia de restaurantes: Objetivo Aumentar para 3.000 o número de clientes/mês atendidos em nossos restaurantes, até dezembro de 20xx, com lucro líquido mínimo de 20% sobre a receita. Medidas a. Adquirir restaurante em Campinas até março de 20XX. b. Adquirir restaurantes na região de Santos até junho de 20XX. c. Aumentar em 20% a capacidade atual de atendimento até abril de 20XX. d. Reduzir as despesas gerais em, no mínimo, 20% até agosto de 20XX. Por que alguns gestores não gostam de executar essa responsabilidade? Quando ouvem a palavra controle, alguns gestores associam a palavra a algo negativo, desagradável de fazer, como controlar para manipular, para restringir uma atividade ou para descobrir erros e falhas, o que acaba levando a uma admoestação a alguém. Por isso, alguns acabam não exercendo o controle ou controlando de maneira menos rígida, porque veem essa atividade como controlar o comportamento das pessoas. Mas eles não podem esquecer que essa é uma das principais ferramentas a serem utilizadas para garantir que os objetivos organizacionais sejam atingidos. Na verdade, estamos falando do controle gerencial, que verifica o desempenho do planejamento e seus resultados, e não do controle sobre pessoas. Controle2.6 O controle gerencial tem um lado positivo para o gestor porque dá a ele mais segurança a respeito das decisões que precisa tomar para que o planejamento caminhe e os objetivos sejam atingidos. Assim, é difícil imaginar que uma organização tenha sucesso sem que um mínimo controle seja exercido. Controle é a função administrativa que visa obter informações sobre o desempenho real, compará-lo com padrões previamente estabelecidos, analisar os desvios e tomar medidas corretivas que garantam atingir o objetivo. Ao estabelecer um sistema de controle, o gestor já define o estilo que será utilizado. Será rígido, procurando saber em detalhes o que acontece no andamento do planejamento, ou será moderado, acompanhando apenas alguns pontos estratégicos do andamento das tarefas? Então surge a dúvida: qual será o melhor tipo de controle a ser utilizado na organização para que ela tenha sucesso, o detalhado e rígido ou o de pontos estratégicos, mais suave? O tipo, mais rígido ou mais suave, não significa necessariamente sucesso. O que leva ao sucesso ou ao fracasso é a presença ou falta de um sistema de controle. Mas, é necessário que o tipo de controle definido pelo gestor seja adequado ao tipo de organização em que ele será implantado, à sua cultura e ao tipo de trabalho que ali se executa. Por isso, há graus diferentes, por exemplo, em uma agência de propaganda e em uma montadora de veículos, porque o controle rígido na agência inibiria a criatividade e a iniciativa, necessárias Figura 15 – Controle gerencial Fonte: mindandi/freepik. Controle do detalhe ou controle de pontos principais?2.6.1 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/15.jpg ao negócio, enquanto um controle insuficiente em uma montadora de veículos levaria ao desperdício de recursos. Algumas ideias erradas são divulgadas a respeito de controle e acabam sendo aceitas como verdadeiras. Dentre elas, está a que diz que “menos controle é igual a maior autonomia no trabalho”, sendo que, na verdade, pode ser exatamente o contrário. Menos controle pode significar até menos liberdade de atuação, já que o gestor chefiará com mais rigor seu setor e as pessoas que com ele trabalham em um ambiente sem controle, deixando pouco espaço para iniciativas de seus subordinados. Outra ideia errada sobre controle é que sua principal finalidade é verificar a obediência às normas e aos procedimentos da empresa. Controlar significa acompanhar os resultados obtidos referentes ao atingimento de objetivos, não o controle do comportamento das pessoas. Também é uma ideia errada imaginar que, em princípio, as pessoas não querem ser controladas em suas atividades, porque não se acostumariam. Isso não é verdade, porque o que as pessoas não querem é conviver com controles desnecessários, que não lhes trazem nenhum benefício, mas aqueles que as ajudam são bem-vindos. Entre os sistemas de controle com os quais convivemos diariamente, que nos são úteis, dos quais não abrimos mãos e com os quais nos acostumamos, estão o de notas escolares (controle do desempenho do aluno), o de avaliação do desempenho dentro das organizações, o bancário de controle de saldos (não nos deixa ou pelo menos nos avisa quando estamos no “vermelho”), as avaliações médicas que controlam nossa saúde, entre outros. Por melhor que tenha sido o planejamento estratégico da empresa, sempre será necessário fazer ajustes à medida que ele vai transcorrendo, porque as mudanças são muitas, desde o momento em que o colocamos em ação. São mudanças no mercado, clientes, fornecedores, concorrência etc. O planejamento estratégico da empresa precisa se adaptar a essas mudanças, mas elasserão percebidas somente se houver um eficiente sistema de controle gerencial. Além disso, o controle é necessário porque as atividades empresariais também se tornam cada vez mais complexas, executadas por diversas pessoas em diversos lugares, exigindo que o Ideias erradas sobre controle2.6.2 Por que controlar?2.6.3 sistema de controle entre em ação para evitar que os colaboradores e os próprios gestores se percam nesse emaranhado de novas atividades. Finalmente, o controle é necessário porque, mesmo que se tome todos os cuidados, os erros acontecem, o que pode prejudicar a empresa e sua imagem no mercado, ou coisa pior, como acidentes. O pior momento para a descoberta de um erro da empresa é quando o produto chega no cliente e por ele é comprovado, pois isso pode o levar a deixar de comprar o produto ou o serviço por ela oferecido e, ainda, negar o que já foi entregue. Finalmente, o controle é necessário porque o gestor eficiente delega tarefas a seus subordinados, e é preciso que ele exerça algum controle para verificar se a tarefa delegada está sendo executada conforme os procedimentos e protocolos estabelecidos. Ao implantar um sistema de controle na empresa ou em seu setor, o gestor pode ter três dúvidas que ele precisa responder: o que devo medir, como vou medir e quando irei medir? O que devo medir? Nesse momento, deve estar claro para o gestor o que será medido, isto é, quais são os fatores dentro de um objetivo que podem realmente influenciar em sua realização. Ele deve lembrar que nem todos os fatores têm a mesma importância e contribuição para a realização do objetivo. Separar os itens mais importantes, para que sejam objeto de uma medição mais acurada, é um trabalho do gestor. Esses fatores que mais contribuem para a realização do objetivo e que fazem realmente a diferença são chamados de fatores críticos e merecem atenção especial. Os outros, talvez, Figura 16 – Controle de erros Fonte: freepik/freepik. Dúvidas do gestor ao implantar o controle2.6.4 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/16.jpg poderão ser acompanhados a uma distância maior, pois a sua contribuição para o resultado final é menor. Como vou medir? A medição será feita por evento (medição 100%), ou isso não será necessário, sendo suficiente a medição por amostra? Para decidir de qual das duas maneiras será feita a medição, é preciso levar em conta a importância da exatidão que se deseja, e isso será definido pelo mercado ou pelo cliente. Quando a exatidão é absoluta, se é isso que o mercado ou o cliente esperam, a medição 100% deve ser utilizada, isto é, uma verificação total. Quando a necessidade é apenas verificar uma tendência, a medição por amostragem é suficiente. Exemplos: para produtos farmacêuticos, como medicamentos, o mercado e o cliente esperam uma exatidão absoluta = controle total. Já para a abrangência de um jornal, por exemplo, a medição pode ser feita por amostragem. Algumas vezes, o que também influencia na escolha do sistema de verificação é a quantidade de produtos a serem controlados. Poucos produtos = controle total. Já uma quantidade muito grande talvez leve a um controle por amostragem. É evidente que, ao se definir o como medir, também deverá ser levado em conta o custo dessa medição, isto é, não se deve gastar mais com ela do que o benefício obtido por esse controle. Quando irei medir? Isso vai depender do tipo de tarefa que é executada para atingir o objetivo. Conforme nos indicam os autores Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1986), temos basicamente três momentos em que essa medição pode ser executada: antecipado, concorrente e posterior. A medição antecipada procura prever problemas ou desvios do padrão. A correção é feita antes da ocorrência e procura evitar erros ou realizar correções antes que possam acontecer. É um controle voltado para o futuro. Exemplo: manutenção preventiva. A medição concorrente acontece enquanto a atividade está sendo executada, por exemplo, quando o piloto de um avião observa seus instrumentos e corrige a rota da viagem que se desvia do planejado. Por isso se diz que é um controle voltado para o presente, isto é, para o que acontece no momento. A medição posterior é realizada quando a atividade já ocorreu. É impossível voltar atrás e corrigi- la, mas é importante fazer correções para evitar que o fato se repita. É um controle voltado para o passado ou para o histórico, mas que também está olhando para o futuro, quando evita que se repita. Um exemplo é a avaliação do desempenho de um colaborador ou avaliação do serviço prestado por um profissional. Qualquer das três formas de controle é útil, e cabe ao gestor avaliar qual sistema melhor se adapta à situação que será controlada, não esquecendo de levar em conta o custo da medição e o tempo de realização. Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1986) indicam ainda os seguintes passos para a implantação de um sistema de controle: 1. Estabelecer padrão (para pontos de controle). 2. Determinar como será medido o desempenho. 3. Medir o desempenho (informações sobre realização). 4. Comparar com o padrão e analisar desvios. 5. Tomar ação corretiva. Padrão é uma unidade de medida que serve como ponto de referência para a avaliação dos resultados. Comumente, encontramos três tipos de padrões nas empresas: físicos, monetários e de tempo. Os padrões devem ser expressos de forma quantificada para serem facilmente comunicados e entendidos, podendo eventualmente admitir tolerâncias. Só não são quantificados quando é realmente impossível. Estabelecer padrão2.6.5 Figura 17 – Padrões Fonte: freepik/freepik. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/17.jpg Ao estabelecer padrões, levamos em conta, por exemplo, registros ou informações relativos a experiências passadas: são os chamados padrões históricos. Mas podemos também ter os padrões predeterminados, baseados em um planejamento feito com base em estudos cuidadosos e análises do ambiente externo e interno da organização. Os padrões externos são aqueles obtidos de outras organizações ou de outras unidades da mesma organização. Finalmente, temos os padrões subjetivos, que se baseiam no conhecimento e na vontade do gestor. Como e quando medir o desempenho envolve a frequência em que será medido, a forma de medição e quem estará envolvido nessa tarefa. A medição do desempenho precisa ser de fácil execução, de baixo custo e possível de explicar facilmente aos envolvidos. Essa medição poderá ser feita por observação, relatórios, métodos automáticos, inspeção ou amostras. Para medir por qualquer desses métodos, o gestor precisa de uma estrutura que levante as informações sobre o que está acontecendo. É o sistema de diagnóstico, que faz a mensuração do progresso dos planos em direção aos objetivos e informa se correções serão necessárias. Como exemplo, o painel do carro é um sistema de diagnóstico que dá ao motorista algumas informações importantes sobre o comportamento do veículo. O relatório gerencial também é um exemplo muito utilizado nas empresas e mede o progresso em relação ao alvo que foi estabelecido. Mas será que se pode confiar totalmente em um sistema de diagnóstico? Para poder realizar um bom diagnóstico, é necessário estabelecer um padrão e compará-lo com os pontos críticos de controle, analisar os desvios, decidir o que fazer, implantar a decisão e medir novamente. Mas, mesmo que o sistema de diagnóstico indique que os padrões estão sendo atingidos, o gestor ainda pode ficar em dúvida: até que ponto se pode confiar que a empresa está se beneficiando por esse fato? Ele pode confiar no sistema de diagnóstico implantado? A resposta é sim, se ele foi bem estruturado, mas, mesmo assim, pode haver problemas com o comportamento das pessoas. O sistema de diagnóstico, mesmo indicando bons resultados, poderá esconder algumas falhas. Como será medido2.6.6 Medir o desempenho2.6.7 Uma delas é que as pessoas podem estar pensando apenas em realizar os objetivos,não visualizando outras oportunidades que surgem, ou pensando em atingir os padrões a qualquer custo, sem medir as consequências que isso poderá causar. Podem estar fazendo tudo para chegar ao resultado desejado, mas sem levar em conta os atos praticados, como se o fim justificasse os meios. É possível que isso passe despercebido ao gestor, porque um sistema de diagnóstico mede apenas o que se conseguiu e não como se conseguiu. E os valores e princípios da empresa? E os prejuízos que determinadas atitudes, que visam apenas atingir objetivos numéricos, podem causar junto aos clientes, fornecedores, comunidade etc.? Por isso, é necessário complementar um sistema de diagnóstico medindo, também, como os resultados são obtidos. A divulgação constante das crenças, dos valores e das políticas da empresa serve para que não exista apenas a preocupação, por parte do colaborador, com o que fazer, mas também em como fazer. Esse pensamento leva-o a exercer um autocontrole sobre o seu comportamento, evitando desvios e descaminhos que poderiam causar prejuízos à empresa ou a ele próprio. Mas, para que o sistema de crenças e valores funcione, é preciso que a organização tenha um bom esquema de comunicação dessas crenças e valores para todos os funcionários, por meio de reuniões, encontros informais, treinamentos e seminários, e que os gestores, desde o mais graduado, acreditem e, principalmente, pratiquem esses valores. A comparação é feita para saber se o desempenho real está de acordo com o que foi previsto no planejamento. Para isso, utiliza-se o chamado sistema de diagnóstico. Os desvios detectados são analisados, e a pergunta que se faz é: por que os padrões não foram atingidos? Com isso, estamos executando um exercício de comparação e de análise. É preciso encontrar as reais causas dos desvios, porque, se isso não ocorrer, o gestor poderá ficar trabalhando apenas focado nos sintomas, e o desvio não será corrigido. O sistema de valores e crenças ajudando no controle2.6.8 Comparar com o padrão e analisar2.6.9 Se as coisas não estão andando como o previsto, é hora de corrigi-las, e a ação corretiva é uma função básica do gestor ao realizar um controle. Nesse momento, o gestor define que providências a serem tomadas para eliminar as variações entre o desempenho atual e o desempenho previsto. O objetivo da ação corretiva é corrigir os desvios observados em relação ao padrão e eliminá-los. A ação corretiva geralmente incide sobre a própria tarefa, isto é, na maneira como as coisas estão sendo feitas, mas pode incidir também na etapa inicial do planejamento, que pode ter sido malfeita, passando depois pela etapa de organização das tarefas, por sua distribuição etc. Em muitos casos de desvios exagerados, a causa pode estar nas falhas humanas decorrentes de falta de treinamento, não obediência a normas e procedimentos, negligência ou desmotivação do colaborador. Nesses casos, a ação corretiva é uma ação disciplinar para orientar ou corrigir, e não para punir, ou uma ação de treinamento para ensinar a realizar a tarefa ou, até mesmo, uma ação motivadora. A ação disciplinar, se necessária, nunca deve ser punitiva, mas sempre orientada para fins positivos e construtivos, pois o objetivo é reduzir a diferença entre o real e o previsto, e não punir pessoas. Outras ações corretivas podem envolver o estabelecimento de novas metas (se as anteriores foram mal formuladas), a mudança no método de produção, nos equipamentos ou na matéria- prima e no padrão. Figura 18 – Análise de padrões Fonte: pressfoto/freepik. Ações corretivas2.6.10 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/18.jpg Quadro 3 - Modelo de plano de ação Plano de ação Setor____________________________________ P.A. nº Responsável:______________________________________________ Objetivo: (o que se espera alcançar) Programa de atividades: (passos necessários para atingir objetivos) O que fazer responsável quando Investimentos necessários: (para atingir objetivos) Desempenho real: (o que foi alcançado) A ser preenchido somente após o vencimento do prazo estabelecido para a realização da meta. Videoaula - Controle Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/357421289". Quem decide pode errar. Quem não decide já errou! Conceito de decidir: escolher um caminho a ser seguido entre opções disponíveis para atingir o resultado desejado. Para que uma decisão seja eficaz, três componentes devem estar presentes: 1. O poder de decidir. Decisão2.7 Este poder é dado pela organização por intermédio da ferramenta chamada delegação. 2. A vontade de decidir. Segundo estudos realizados pelo professor Nobuo Takahashi (apud COHEN, 2001), da Universidade de Tóquio, 65% dos gestores japoneses estudados usam com frequência a prática de fugir das decisões. 3. Uma técnica para decidir. Decidir é uma técnica e, como toda técnica, pode ser aprendida. Tipos de decisão dos gestores: a) Decisão estruturada é aquela tomada com base em uma norma, em um procedimento ou nos costumes da empresa. Essa decisão tem a vantagem de poder ser tomada mais rapidamente, porque já existe toda uma orientação do que fazer frente à situação apresentada, e não há a necessidade de pensar muito sobre o assunto. Outra vantagem é que as decisões sobre o mesmo problema, tomadas em momentos diferentes, mantêm uma uniformidade. A desvantagem é que a decisão não é tomada pelo gestor, por exemplo, mas por quem aprovou a norma, já que o gestor apenas a segue. Outra desvantagem é que quem toma a decisão foge da responsabilidade se algo não der certo, pois ela foi tomada “segundo as normas”. Figura 19 – Técnica de decisão Fonte: vectorjuice/iStock. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/19.jpg As orientações para a tomada dessas decisões estão nos diversos Manuais de Normas e Procedimentos encontrados nos setores. b) Decisão não estruturada é aquela para a qual não existe nenhuma norma ou procedimento a ser seguido por quem decide. Por isso, são decisões únicas, isto é, cada caso é um caso, levando o gestor a tomar a decisão que julga ser a melhor para o caso. Ela exige do gestor o conhecimento de técnicas de decisão, pois ele assume a responsabilidade pela decisão tomada. Dica: transforme decisões não estruturadas em estruturadas, treine o pessoal para decidir e lhes delegue autoridade. Como gestor, dedique-se às decisões não estruturadas, que exigem mais do seu trabalho. Algumas vezes, a situação se apresenta com todas as características de um problema e assim é tratada por quem deve analisá-la e decidir. Mas a pessoa pode estar cometendo um erro ao proceder assim, porque, muitas vezes, os sintomas são de um problema, mas, na realidade, há uma oportunidade disfarçada de problema. Qual a diferença entre problema e oportunidade? Problema é tudo aquilo que se desvia do planejado, é um resultado indesejável que, ao ser resolvido, nos faz atingir o objetivo. Já a oportunidade é toda situação que surge e que, se bem aproveitada, nos leva além do objetivo. Portanto, sempre que tiver um problema à frente, examine se tem, na verdade, uma oportunidade. Para identificar se é um problema, temos que encontrar suas causas. Nesse momento, precisamos ter cuidado para não ficar apenas no sintoma, que nos faz resolver o problema, mas não o solucionar. Ao resolver um problema, estou cuidando apenas daquela situação. Isso não impede que ele surja de novo mais à frente, levando um gestor a dizer: “outra vez?”. Além de resolver, o gestor deve solucionar o problema, isto é, tomar medidas que impeçam que surja novamente, e isso só é possível descobrindo suas causas e as eliminando. Problema ou oportunidade?2.7.1 Um erro grave cometido na tomada de decisão é a não identificação da causa real do problema. Com isso, o gestor que irá decidir pode atacar uma causa aparente ou um sintoma, e não a verdadeira causa. Assim, o problemanão será solucionado, mas apenas resolvido, podendo até se agravar posteriormente. Suponha que você possui uma loja e percebe que os lucros estão caindo. Sua conclusão é: os vendedores estão desmotivados e despreparados, porque faz tempo que você não lhes proporciona um treinamento sobre técnicas de vendas e também não lhes dá incentivos. Por isso é que não estão vendendo. Em sua opinião, essa é a causa do problema e você, então, providencia um treinamento e cria um plano de incentivos. Depois disso, as vendas continuam baixas; com uma análise mais cuidadosa, você poderia descobrir que o motivo pelo qual seus vendedores não vendem pode não ser a falta de treinamento ou a desmotivação: isso pode ser apenas uma causa aparente ou um sintoma. A verdadeira causa poderia ser, por exemplo: a. Novos concorrentes surgiram no mercado. b. Os custos estão mais elevados (energia, aluguel etc.). c. Ocorreram mudanças no trânsito que desviaram a atenção dos clientes. d. Algumas políticas da loja não foram atualizadas (não há descontos, não se utiliza cartão de crédito etc.). Providenciando treinamento ou incentivo, você pode não ter atacado a verdadeira causa do problema, que poderá continuar existindo, isto é, apesar do treinamento, os vendedores podem continuar não vendendo. Procure identificar a real causa do problema! Para isso, algumas vezes, é preciso sair da chamada “zona de conforto”, aquele lugar onde a pessoa se sente mais segura. Com isso, ela acaba tomando decisões já testadas em outros casos, mas que podem não ser adequadas para o caso analisado no momento. Causa aparente ou sintoma e causa real2.7.2 Videoaula - Decisão Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/357421324". Uma discussão recorrente é aquela que procura definir qual o melhor tipo de decisão: individual ou grupal. Na verdade, não existe um tipo melhor de decisão, mas sim aquela mais adequada para o momento, para a situação e para a rapidez que se deseja dar a ela. Tanto uma quanto outra têm a vantagem de envolver os colaboradores, mas esse envolvimento é feito de maneira diferente. Na decisão individual, tomada pelo gestor, por exemplo, ele deixa claro ao pessoal que a decisão será sua, mas que quer ouvir as opiniões do grupo. No final, a responsabilidade pela decisão é somente dele. Na decisão grupal, permite-se que o grupo decida, e o resultado é seguido por todos. Nesse caso, a responsabilidade pode se diluir entre os membros. Existem vários métodos de tomada de decisão em grupo. Nenhum deles é necessariamente o melhor em todas as situações. Cada um tem a sua utilidade no tempo certo, e cada método tem consequências para o futuro do grupo. Decisão individual ou decisão em grupo2.8 Métodos para a decisão em grupo2.8.1 Compete ao grupo, ou ao seu líder, escolher o método mais apropriado de acordo com o tempo disponível, a natureza do grupo, o tipo de tarefa a ser cumprida e o clima de trabalho que o grupo vai estabelecer. Decisão por falta de reação É um dos métodos mais comuns. Alguém sugere uma ideia, e ninguém reage. Sem comentários, passa-se para outra ideia, até se chegar a uma que é debatida. As ideias sugeridas antes foram, de certo modo, descartadas pelo grupo. Decisão pelo uso da autoridade Nesse método, a pessoa que detém a autoridade é quem toma as decisões. O grupo pode criar ideias e discuti-las, mas, a qualquer momento, quem detém a autoridade pode achar que é hora de decidir, após ter ouvido toda a discussão, e decide. O grupo tem que aceitar. Decisão pela minoria A minoria - uma ou algumas pessoas - rouba a decisão da maioria. Várias técnicas podem ser utilizadas para esse fim. Em uma delas, a pessoa que decide começa dando a própria opinião: ao final, apesar de ninguém concordar, prevalece a opinião dela. Em outros casos, ela concorda com a opinião isolada de um participante. Os demais permanecem calados, e daí se conclui que a opinião isolada prevalece, porque ninguém foi contrário. Decisão pela maioria: votação ou eleição Figura 20 – Decisão em grupo Fonte: senivpetro/freepik. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/20.jpg É um dos métodos aceitos como dos mais válidos, porque reflete o sistema democrático e, aparentemente, parece bastante seguro. No entanto, muitas vezes, na prática, as decisões tomadas dessa forma não funcionam muito bem. Para a minoria que “perdeu”, podem surgir dois tipos de barreiras: a. A pessoa que pertence à minoria sente que o período de discussão foi insuficiente para fazer valer o seu ponto de vista, considera-se mal interpretada e fica, muitas vezes, ressentida com o fato. b. A votação provoca uma divisão entre dois campos, que entram em competição para ver quem ganha. A minoria perdedora vai procurar “ganhar” na próxima. Decisão por consenso É um dos métodos mais eficientes, mas também o que consome mais tempo. Não se pode confundir consenso e unanimidade. No consenso, a minoria discordante tem oportunidade - em clima de diálogo - de apresentar e discutir sua posição, mas, no final, aceita e apoia a decisão da maioria. O grupo dá tempo aos membros de externar sua opinião de forma total, até que sintam que os demais os compreendem realmente. Decisão por unanimidade Esta é a decisão logicamente perfeita, porém raramente atingida, em que todos concordam quanto ao curso de ação a ser tomado. Para determinados tipos de decisão-chave, pode ser necessária a busca da unanimidade, mas, para as mais importantes, o consenso é suficiente, desde que seja real. A unanimidade não é sempre necessária e pode ser uma forma até ineficiente de se tomar decisões devido ao tempo que consome. Vantagens No estabelecimento do objetivo a ser alcançado, o grupo proporciona a maior quantidade de conhecimento possível. No desenvolvimento de alternativas, os esforços dos membros do grupo permitem maior quantidade de ideias e criatividade. Na seleção de alternativas, o grupo tem mais possibilidades de aceitar maior risco do que os gestores individualmente. Por participarem do processo decisório, os membros do grupo têm mais probabilidades de serem motivados para executar a decisão. Desvantagens Vantagens e desvantagens da decisão grupal2.8.2 A implantação de uma decisão grupal tem que ser realizada individualmente. Como o grupo não pode ser o responsável, as decisões grupais podem resultar em uma situação em que ninguém se responsabiliza, passando a culpa de um para o outro. Considerando que o tempo é valioso na empresa, as decisões grupais são caras. A decisão grupal é ineficiente se a decisão tiver que ser tomada prontamente. Em certos casos, as decisões grupais podem ser resultado de compromisso e indecisões por parte dos participantes do grupo. Se os superiores estiverem presentes, ou se alguém tiver uma personalidade dominante, a decisão grupal talvez não seja uma decisão do grupo. Um gestor precisa desenvolver a habilidade tanto para resolver quanto para solucionar um problema, analisando a situação, levantando as informações sobre o caso, relacionando as possíveis alternativas, escolhendo a melhor alternativa na relação custo-benefício e, finalmente, decidindo. Depois, deve acompanhar para validar a decisão tomada ou reformulá-la, se não atingiu o objetivo esperado. Frente a um problema, e depois de confirmar que é um problema e não uma oportunidade disfarçada, é preciso identificar o seu grau de importância, segundo as suas consequências, para estabelecer uma prioridade, já que um gestor se defronta diariamente com muitos deles. As seis etapas que tornam as decisões eficazes2.9 Figura 21 – Processo de decisão Fonte: vectorjuice/freepik. https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/21.png Está causando grande prejuízo? Pode ser resolvido com rapidez (é uma decisão estruturada) ou exige estudos mais aprofundados (decisão não estruturada)? O que pode acontecer é o gestor imaginar que uma decisão anterior,