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APS superendividamento

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
APS - Atividade de Pratica Supervisionadas 
Manaus – AM
2022
Atividade de pratica supervisionada (APS) apresentado ao Curso de Graduação em Direito da UNIP – Universidade Paulista. 
Manaus – AM
2022
O superendividamento é o acúmulo de compromissos financeiros que uma pessoa tem ao mesmo tempo, sendo que o valor a ser pago é maior que sua renda mensal. Na prática, não é possível quitar os pagamentos e ainda ter condições de sustentar a si mesmo e a sua família.
O superendividamento ocorre, principalmente, quando alguém faz um investimento que não dá certo, comprometendo sua renda para pagar algum débito. Há também os casos em que a pessoa tem um custo de vida superior à sua renda e acaba fazendo empréstimos em quantidade maior do que o recomendado para sua saúde financeira.
A Lei do Superendividamento 14.181/21, em vigor desde julho de 2021, viabiliza uma forma de negociação de débitos semelhante ao das empresas em recuperação judicial, trouxe alterações ao Código de Defesa do Consumidor e ao Estatuto do Idoso.
Partindo do pressuposto de que a pessoa em situação de superendividamento necessita de proteção especial, a lei buscou garantir ao consumidor novos mecanismos de equalização e repactuação das dívidas por meio de um plano de pagamento que satisfaça o direito dos credores sem levar o devedor à humilhação e à indignidade.
Tem como principal objetivo disciplinar a concessão de crédito e possibilitar a negociação coletiva de débitos com os credores, abrindo a possibilidade de conciliação coletiva entre o devedor pessoa física e seus credores.
Dívidas em excesso podem comprometer as necessidades básicas de um indivíduo. Sem dinheiro para a manutenção das necessidades básicas, o consumidor põe a própria vida em risco.
Mas a Lei do Superendividamento protege a população desse cenário extremo. O texto aponta que qualquer tentativa de revisão e reparcelamento dos valores deve preservar o mínimo existencial. Essa quantia seria o valor ideal para assegurar a subsistência de alguém, isto é, o pagamento de água, luz, moradia e comida.
A Lei não estipula valores específicos, mas define o superendividamento como a impossibilidade manifesta de o consumidor pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem comprometer seu mínimo existencial, nos termos da regulamentação. (Art. 54-A § 1º).
A referida lei é específica quanto ao tipo de dívida que se enquadra na modalidade de negociação na conciliação coletiva, como por exemplo operações de crédito, compras parceladas e contas de consumo básico.
Entretanto, a lei definiu que o financiamento de imóveis não pode ser incluído no plano de pagamentos, bem como empréstimos com garantia real ou compras de itens de luxo. Ressaltando que o segmento imobiliário tem a garantia do bem em si.
Uma pesquisa realizada pela Proteste indica que 23% dos brasileiros estão “muito endividados”, atingindo um patamar 5% maior do que a análise feita no mesmo período em 2021. O superendividamento se tornou um problema grave no Brasil, tendo em vista que se expandiu para contas de consumo básicas, como energia, telefone, luz, água e internet. 
Um fator que certamente influencia na situação dos brasileiros endividados é a alta da inflação que atingiu os dois dígitos em 2021. O recente aumento dos combustíveis junto ao encarecimento de itens básicos como alimentação e demais insumos são outro forte exemplo de como o poder de compra dos brasileiros foi afetado.
A Lei promulgada e em vigor pode ser considerada como uma verdadeira conquista para os consumidores que podem contar com o consentimento legal e do mercado para quitação de suas dívidas.
Dentre as alterações introduzidas pela nova Lei ao Código de Defesa do Consumidor (artigo 4º, incisos IX e X; artigo 5º, incisos VI e VII da Lei 8.078/90), destacam-se: o fomento de ações direcionadas à educação financeira e ambiental dos consumidores, prevenção e tratamento do superendividamento
como forma de evitar a exclusão social do consumidor; a instituição de mecanismos de prevenção e tratamento extrajudicial e judicial do superendividamento e de proteção do consumidor pessoa natural;  e instituição
de núcleos de conciliação e mediação de conflitos oriundos de superendividamento.
Além disso, referida Lei prevê a garantia de práticas de crédito responsável, de educação financeira e de prevenção e tratamento de situações de superendividamento, preservado o mínimo existencial do consumidor que necessita do amparo do Poder Judiciário para a repactuação de suas dívidas. 
 Referências Bibliográficas
https://blog.supremotv.com.br/como-funciona-a-lei-do-superendividamento/
https://www.correiobraziliense.com.br/parceiros/itau/2022/02/4984631-lei-do-superendividamento-ainda-e-um-enigma.html
https://fdr.com.br/2022/03/28/23-dos-brasileiros-dizem-estar-muito-endividados-entenda-quem-sao-os-superendividados/
https://www.bv.com.br/bv-inspira/orientacao-financeira/superendividamento
https://www.youtube.com/watch?v=Hijhz1vRYqw
https://www.migalhas.com.br/depeso/349870/lei-do-superendividamento-e-a-protecao-ao-consumidor-superendividado

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