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Ive Maria disciplina - semestre 1 Tuberculose Tratamento PPD OU PT Prova tuberculínica (teste de Mantoux), identifica indivíduos infectados pelo bacilo de Koch, diferenciando infecção latente (ILTB) e infecção doença (TB); indivíduos infectados desenvolvem após 2-10 semanas, uma memória imunológica pela seleção de TCD4+ específicos contra o BK. Ao injetar o PPD na derme, surge uma lesão indurada e eritematosa cerca de 48-72h após a injeção, por uma reação de hipersensibilidade tardia (tipo IV) local. Pode ocorrer falso-positivo quando há coinfecção por outras micobactérias ou em casos de vacinação recente contra BCG; IGRA (ENSAIO DE L IBERAÇÃO DE INTERFERON GAMA) Usado para dx de infecção latente em pacientes assintomáticos; altamente específico (95%); resultado não pode ser falseado pela vacinação BCG; Sangue coletado e exposto a antígenos da micobactéria, e é medida a produção de IFN-gama pelos linfócitos da amostra; somente indivíduos que já tiveram contato prévio com o BK apresentam maior secreção de IFN-gama (teste positivo); APRESENTAÇÃO CLÍNICA TB PULMONAR PRIMÁRIA • Paciente infectado há < 3 anos; • Doença geralmente autolimitada, com maior apresentação em crianças (princ. < 4 anos); • Adenopatia satélite (hilar e mediastinal); • Sintomas aparecem após viragem tuberculínica (entre 2-10 semanas após primoinfecção); • Clínica inespecífica com febre baixa (38-39°) que dura de 2-3 semanas, podendo se arrastar até 2-3 meses e tosse seca; • Estado geral preservado, sintomas constitucionais são incomuns; • Dor pleurítica quando presente, sugere pleurite tuberculosa; Achados radiográficos: adenopatia hilar e/ou mediastinal ipsilateral ao foco primário (comum em lobo médio de pulmão direito), que evidencia infiltrado que pode ser nodular; tendem a desaparecer em 6 meses a 1 ano, mesmo sem tto; o foco primário regride, deixando cicatriz nodular, geralmente calcificada (tuberculoma); Complicações: atelectasia por compressão brônquica devido a adenopatia hilar; pneumonia tuberculosa por ruptura d elinfonodo infectado para dentro do brônquio; disseminação linfo-hematogênica causando a forma miliar (comum em < 2 anos, não vacinadas); evolução para primária progressiva (casos de imunossupressão) – multilobar necrosante; TB PÓS-PRIMÁRIA • Forma “crônica” de TB pulmonar; infecção há > 3 anos; • Indivíduos com memória imunológica (PPD positivos), propiciando reativação dos focos ou reinfecção – focos reativados geralmente localizam-se no seg post do lobo sup (áreas mais oxigenadas, propiciando proliferação) • Resposta rápida, exagerada e ineficaz – macrófagos + TCD4+ formam o infiltrado granulomatoso evoluindo pra necrose caseosa e posteriormente a liquefação do material, criando a caverna tuberculosa (meio ideal p/ proliferação); • Caverna tuberculosa → disseminação broncogênica → novos infiltrados → fibrose pulmonar → sequelas • Maioria dos pacientes oligossintomáticos. • Tosse crônica (seca, mucoide ou expectorante purulenta com ou sem hemoptoicos), perda ponderal, febre vespertina, sudorese noturna; • Hemoptise franca é incomoum; • Laboratório: anemia leve normo/normo; VHS ; Leuco as custas de neutrófilos e linfócitos (raro); monocitose ou monocitopenia; elevação de enzimas hepáticas; hiponatremia por SIADH; Complicações: fibrose parenquimatosa das áreas acometidas provocando destruição irreversível da área afetada; surgumento de retrações, bronquiectasias; dispneia, cor pulmonale e IR (casos de fibrose extensa); fistula broncopleural com evolução para pneumotórax (extensão da caverna para pleura) e/ou empiema tuberculoso (bacilos atingindo o espaço pleural); TB PRIMÁRIA DO ADULTO • Adenopatia é incomum; • Maior propensão a tuberculose pleural do que TB pulmonar; • Pneumonia atípica em determinada população (pacientes diabéticos, gastrectomizados, desnutridos ou HIV positivos), com pequeno infiltrado unilateral ou com broncopneumonia tuberculosa (primária progressiva); TB NA AIDS • Risco 30x maior. Mecanismo de reativação, reinfecção ou primo-infecção; • TCD4 > 200 – forma cavitaria do adulto; • TCD4 < 200 (Imunossupressão grave) – infiltrado intersticial difuso, derrame pleural e adenopatia; TTO – ESQUEMA BÁSICO ADULTOS E ADOLESCENTES > 10 ANOS 2RHZE/4RH (Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol / Rifampicina + Isoniazida) Casos novos ou retratamento (recidiva ou reingresso após abadono na doença ativa) em adultos e adolescentes; qualquer apresentação clínica, exceto meningoencefálica e osteoarticular; Ive Maria disciplina - semestre 2 TB na gestação • Utilizar esquema básico para adultos, nas doses habituais; • Acrescentar o uso de Piridoxina 50mg/dia devido ao toxicidade neurológica ao feto pela Isoniazida; MENINGOENCEFÁLICA E OSTEOARTICULAR > 10A 2RHZE/10RH + corticoterapia Casos novos e retratamento de doença ativa meningoencefálica e osteoarticular em adultos e adolescentes > 10a. • Se quadros concomitantes – utilizar esquema para meningoencefálica; • Tb baixa complexidade – tratar por 6 meses a critério clínico; • Na forma meningoencefálica associar corticoesteroide: prednisona (1-2mg/kg/dia) por 4 semanas ou, nos casos graves de TB meningoencefálica, dexametasona injetável (0,3 a 0,4 mg/kg/dia), por 4-8 semanas, com desmame gradual nas 4 últimas semanas; CRIANÇAS < 10 ANOS 2RHZ/4RH (Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida / Rifampicina + Isoniazida) Observações: • Crianças com TB, infectadas por HIV ou desnutridas, devem receber suplementação de piridoxina (B6) 5-10mg/dia; • Embutamol tem toxicidade ocular – não deve ser acrescido no esquema para os pacientes menores de 10 anos. MENINGOENCEFÁLICA E OSTEOARTICULAR < 10A 2RHZ/10RH • Esquema básico com prolongamento da fase de manutenção para 10 meses. Tempo total de tto: 12 meses; • Tb osteoarticular de baixa complexidade: podem ser tratados por 6 meses; • Associar corticosteroide na TB meningoencefálica: Prednisona (1 a 2 mg/kg/dia) por 4 semanas ou, nos casos graves de tuberculose meningoencefálica, dexametasona injetável (0,3 a 0,4 mg/kg/dia), por 4-8 semanas, com redução gradual da dose nas 4 semanas subsequentes CONSIDERAÇÕES GERAIS – TTO O tto da fase de manutenção deve ser prolongado se: • Pacientes com baciloscopias negativas, evoluindo clínica ou radiologicamente insatisfatoriamente; • Pacientes com baciloscopia positiva no 5º ou 5º mês de tto, com boa evolução clínica (investigar TB resistente); • Pacientes com radiologia evidenciando múltiplas cavidades, especialmente se têm baciloscopia positiva ao final do 2º mês de tto (investigar TB resistente); TTO DA INFECÇÃO LATENTE (ILTB) QUIMIOPROFILAXIA PRIMÁRIA – RN • Não vacinar com BCG ao nascer. • Administrar Isoniazida ou Rifampicina por 3 meses. • Após 3 meses, realizar PT. • PT ≥ 5 mm – manter isoniazida por mais 3 meses, ou rifampicina por mais 1 mês. Não precisa vacinar com BCG após o término do tratamento (a ILTB já provê • imunização natural contra o BK). • PT < 5 mm – suspender isoniazida ou rifampicina e vacinar com BCG. • Caso o RN tenha sido vacinado com BCG ao nascer: fazer isoniazida por 6 meses (ou rifampicina suspensão pediátrica por 4 meses) e não realizar a PT. Pode-se considerar a revacinação com BCG após este período, devido ao efeito das medicações sobre o próprio BCG, que pode ter sua eficácia imunizante reduzida... CRITÉRIOS GERAIS PARA TTO • Quando PT ≥ 5mm ou IGRA positivo – em crianças, independentemente do tempo da vacinação por BCG; Em adultos e adolescentes, a relação risco benefício do tto com isoniazida deve ser avaliada; tendo os seguintes critérios: Ive Maria disciplina - semestre 3 • Quando PT ≥ 5mm ou IGRA positivo • Quando PT ≥ 10mm ou IGRA positivo • Conversão(2ª PT com incremento de 10mm em relação à 1ª PT) REGIME COM ISONIAZIDA • Adultos e adolescentes: 5-10mg/kg/dia, com dose máx de 300mg/dia; • Crianças (< 10A): 10mg/kg/dia, com dose máxima de 300mg/dia Tempo de tto: esquema de 270 doses em 9 a 12 meses; ou 180 doses em 6 a 9 meses; REGIME COM RIFAMPICINA Indicações: preferencial em indivíduos com > 50 anos, crianças (< 10A), hepatopatas, intolerância a Isoniazida. Contraindicada para PVHIV em suo de inibidores de protease ou de Dolutegravir; • Adultos e adolescentes: 10mg/kg/dia, com dose máx de 600mg/dia; • Crianças (< 10A): 15(10-20)mg/kg/dia, com dose máxima de 600mg/dia Tempo de tto: esquema de no mínimo 120 doses em 4 meses, podendo prolongar até 6 meses;
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