Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Eduardo Silva De Lima Lilian Cristina Araújo Martins Pedro Wesley Da Silva Aguiar Victor Edney De Carvalho Maio ESTUDO FARMACOLÓGICO PORTO VELHO - RO ANO 2023 Eduardo Silva De Lima Lilian Cristina Araújo Martins Pedro Wesley Da Silva Aguiar Victor Edney De Carvalho Maio ESTUDO FARMACOLÓGICO Trabalho de Pesquisa Farmacológica da Disciplina de Prática Integrativa em Enfermagem III referente ao IV Período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rondônia, Campus de Porto Velho. Prof. Me. Cristiano Lucas De Menezes Alves PORTO VELHO - RO ANO 2023 FARMACOLOGIA A farmacologia pode ser definida como o estudo dos efeitos dos fármacos no funcionamento de sistemas vivos. O impulso da farmacologia veio da necessidade de melhorar os resultados das intervenções terapêuticas pelos médicos, que, naquele tempo, eram hábeis em observação clínica e diagnóstico, mas, em geral, ineficazes quanto ao tratamento. A medicina moderna conta muito com os fármacos como principal ferramenta de terapia, mesmo que exista outros procedimentos terapêuticos, nenhuma é tão largamente aplicada quanto a terapia baseada em fármacos (RANG, et al., 2016). A ação de um fármaco somente pode ser compreendida no contexto do restante dos acontecimentos no organismo. Dessa forma, estudar e conhecer os conceitos da farmacologia abordando princípios da farmacodinamica e farmacocinetica ajudam a desenvolver os conhecimentos acerca do comportamento geral de ação dos fármacos no organismo, com isso a interpretação de uma resposta farmacológica fica mais facilitada, como também, o planejamento terapêutico possa ser feito de forma mais efetiva (RANG, et al., 2016). FARMACODINÂMICA DOS MEDICAMENTOS A Farmacodinâmica ocupa-se do estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. Os conhecimentos de farmacodinâmica podem proporcionar as bases para o uso terapêutico racional dos fármacos e o desenvolvimento de outros agentes terapêuticos mais novos e eficazes. Simplificando, a farmacodinâmica refere-se aos efeitos de um fármaco no organismo (BRUNTON, L. L., 2012). FARMACOCINÉTICA DOS MEDICAMENTOS Com o intuito de compreender e controlar a ação terapêutica dos fármacos no organismo humano, é necessário saber quanto destes fármacos conseguem chegar aos seus locais de ação e quando isso ocorre. Os processos que fazem parte da farmacocinética são: a absorção, a distribuição, o metabolismo /biotransformação e a excreção dos fármacos. Entender e saber utilizar os princípios farmacocinéticos ajudam a ampliar as chances de garantia de um processo terapêutico satisfatório reduzindo também a ocorrência de efeitos adversos dos fármacos no organismo (BRUNTON, L. L., 2012). Absorção - Absorção é a transferência do fármaco do seu local de administração para o compartimento central e a amplitude com que isto ocorre. A velocidade e a magnitude de absorção de um fármaco são influenciadas por fatores locais, regionais e sistêmicos. As formas de administração são as mais variadas como: cutânea, subcutânea, respiratória, oral, retal, intramuscular, intravenosa e intratecal (BRUNTON, L. L., 2012). A biodisponibilidade, ou a fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica, dependerá da via de administração do fármaco, de sua forma química e de certos fatores específicos do paciente – como transportadores e enzimas gastrointestinais e hepáticos (GOLAN, et al., 2014). Distribuição - A distribuição de um fármaco ocorre primariamente por meio do sistema circulatório, enquanto o sistema linfático contribui com um componente menor. Uma vez absorvido na circulação sistêmica, o fármaco é então capaz de alcançar qualquer órgão-alvo (GOLAN, et al., 2014). Metabolismo ou Biotransformação - Diversos órgãos têm a capacidade de metabolizar em certo grau os fármacos, por meio de reações enzimáticas. Assim, rins, trato gastrintestinal, pulmões, pele e outros órgãos contribuem para o metabolismo de fármacos sistêmicos. Porém, o fígado contém diversidade e quantidade de enzimas metabólicas em larga escala, de modo que a maior parte do metabolismo dos fármacos ocorre nesse órgão. A capacidade do fígado de modificar os fármacos depende da quantidade de fármaco que penetra nos hepatócitos. As enzimas hepáticas têm a propriedade de modificar quimicamente uma gama de substituintes nas moléculas dos fármacos, tornando-os inativos ou facilitando sua eliminação. Essas modificações são designadas, em seu conjunto, como biotransformação. As reações de biotransformação são classificadas em dois tipos: reações de oxidação/redução e reações de conjugação/hidrólise ou comumente chamadas de Fase I e Fase II (GOLAN, et al., 2014). Excreção - As reações de oxidação/redução e de conjugação/hidrólise aumentam a afinidade aquosa de um fármaco hidrofóbico e seus metabólitos, possibilitando-lhes serem excretados por uma via comum final com fármacos intrinsecamente hidrofílicos. Os fármacos e seus metabólitos são, em sua maioria, eliminados do corpo por excreção renal e biliar. A excreção renal é o mecanismo mais comum de eliminação de fármacos e baseia-se na natureza hidrofílica de um fármaco ou seu metabólito. Apenas um número relativamente pequeno de fármacos é excretado primariamente na bile ou pelas vias respiratórias e dérmicas. Muitos fármacos administrados oralmente sofrem absorção incompleta pelo trato gastrointestinal superior, e o fármaco residual é então eliminado por excreção fecal (GOLAN, et al., 2014). MEDICAMENTOS ADMINISTRADOS CLASSE - ANALGÉSICOS 1. Dipirona Monoidratada (Novalgina) 500mg/ml Indicação: A dipirona é um anti-inflamatório não-esteroidal com ação analgésica e antitérmica. Ela é indicada para agir contra febre, dor de cabeça, dor muscular e cólicas. Contraindicação: Crianças menores de 3 meses de vida e com peso abaixo de cinco quilos não devem tomar dipirona pelo efeito na pressão arterial. Além disso, o remédio não é indicado para gestantes no primeiro trimestre de gravidez, devido ao risco de malformação do feto. Portadores de doenças no fígado ou na medula / óssea, ou alérgicos à dipirona, ou aos medicamentos da classe das pirazolonas Limite de idade: É inadequado para crianças abaixo de 15 anos de idade. Em crianças menores de 3 meses ou pesando menos de 5 kg, na gravidez e na lactação o uso de dipirona deve ser evitado. https://saude.abril.com.br/tudo-sobre/anti-inflamatorios https://saude.abril.com.br/medicina/febre-quando-se-preocupar/ Tempo de ação pela via: EV / VO Gts / VO Cmp : Tempo médio de ação de 30 a 60 minutos. Tempo biodisponível: Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de aproximadamente 14 minutos para a dipirona. Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada por via intravenosa foram excretadas na urina e fezes, respectivamente. Tempo de duração: EV / VO Gts : Após a administração geralmente duram aproximadamente 4 horas. VO Cmp - Sua ação tem posologia de 4 a 6 horas. Absorção: A dipirona é totalmente absorvida no trato gastrointestinal. Atinge a concentração máxima em 1 a 2 horas. Tanto o fármaco matriz quanto seus metabólitos ligam-se fracamente às proteínas plasmáticas e difundem-se rápida e uniformemente nos tecidos. A ligação total às proteínas plasmáticas é de cerca de 58%. Metabolização: A dipirona possui excelente farmacocinética, ou seja, independentemente da apresentação, ela é rapidamente absorvida e distribuída pelos tecidos. Essa substância atinge o seu pico na concentração sanguínea 2 horas após a ingestão e é metabolizada pelo fígado e expelida pelo trato urinário. Reações adversas: Os efeitos adversos mais comuns para pessoas que tomam dipirona são: dor no estômago ou intestino, má digestão, diarreia, coloração avermelhada da urina, arritmia cardíaca, ardência ou urticárias. O remédio também pode causar reações alérgicas graves e até choque anafilático.Cuidados no preparo: Pode ser administrado por via oral, retal ou endovenosa. Os pacientes em uso de dipirona podem apresentar, como efeitos colaterais: náusea, diarreia e vômito. Nos casos de infusão endovenosa, pode ocorrer hipotensão. - Atentar para a via de administração, a dosagem e a forma de apresentação do medicamento. - Avaliar o paciente entre 30 minutos e 1 hora após a administração do medicamento, para verificar a diminuição da temperatura e/ou da dor. Cuidados na administração: O medicamento administrado por via oral, deve ser administrado com auxílio de água. Pode ser ingerido com acompanhamento ou não de alimentos. Não deve ser partido, aberto ou mastigado. A bula de Dipirona Sódica recomenda tomar de 1 a 2 comprimidos, até 4 vezes ao dia. Em administração EV, 10 a 20 mL em administração única ou até o máximo de 20 mL, 4 vezes ao dia. *Utilizar seringa dosadora. Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com Dipirona monoidratada (substância ativa). Não deve ser administrada em altas doses, ou por períodos prolongados, sem controle médico. Interação medicamentosa: A única interação importante conhecida é com a ciclosporina, uma droga receitada para pessoas que passaram por transplante de órgãos ou que possuem doenças autoimunes. “Como a dipirona reduz os níveis da ciclosporina no sangue, essa perde o efeito”. 2. Cloridrato de Tramadol (Tramal) 100mg/ml Indicação: É indicado para tratamento da dor de intensidade moderada a grave. Contraindicação: Não indicado em caso de alergia ao cloridrato de tramadol ou a qualquer componente do medicamento; em intoxicação aguda com álcool, pílulas para dormir, analgésicos ou outras drogas psicotrópicas; se estiver utilizando inibidores da MAO (medicamentos para tratamento da depressão); se for epilético e não estar em um tratamento correto para as crises de convulsões; como um substituto na abstinência de narcóticos. Limite de idade: Indicado para crianças acima de 1 ano com mais de 10 kg. Tempo de ação pela via: EV - de 30 a 60 minutos, VO - Em até 1 hora. Tempo biodisponível: Após a administração oral, a biodisponibilidade do tramadol é alta (70-90%) e com novas preparações de liberação lenta, a administração duas vezes ao dia permite o controle eficaz da dor. Tempo de duração: Dependendo da dor o efeito dura cerca de 4 a 8 horas. Absorção: As administrações injetáveis absorvem completamente a medicação, enquanto a administração via oral é de 90%. Metabolização: Sua metabolização é realizada no fígado, tendo como a sua meia vida de eliminação sendo aproximadamente 6 horas independentemente do modo de administração. Tramadol e seus metabólitos são quase completamente excretados via renal. Reações adversas: As reações adversas mais comumente relatadas são náusea e tontura, ambas ocorrendo em mais de 10% dos pacientes. Cuidados no preparo: Calcular a dose total de cloridrato de tramadol (mg) requerida: peso corporal (kg) x dose (mg/kg). Calcular o volume (mL) da solução diluída a ser injetada: dividir a dose total (mg) por uma concentração apropriada da solução diluída. Cuidados na administração: A solução para injeção deve ser injetada lentamente ou diluída na solução de infusão e infundida. As cápsulas e comprimidos devem ser engolidas inteiras, não partidas ou mastigadas, com líquido suficiente, com ou sem alimento. Interação medicamentosa: Não deve ser combinado com inibidores da MAO. A administração concomitante de tramadol com outros fármacos depressores do sistema nervoso central (SNC), incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC. Carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e a duração da ação. CLASSE - ANTIBIÓTICOS 1. Ceftriaxona Sódica (Rocefin) 1G Indicação: É indicado para tratar infecções causadas por microrganismos sensíveis à ceftriaxona, eficaz em infecções de gravidade variável, incluindo sepse neonatal e em adultos. Contraindicação: Não indicado em caso de alergia à ceftriaxona ou a qualquer componente do medicamento; não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Limite de idade: Não indicado a neonatos prematuros com idade pós menstrual de até 41 semanas. Tempo de ação pela via: IM - A concentração plasmática máxima depois de dose única de 1 g IM é alcançada em 2 - 3 horas após a administração. EV: O medicamento antibiótico leva cerca de 30 minutos. Tempo Biodisponível: A ceftriaxona tem a maior meia-vida sérica da classe, variando entre 5 e 10 horas – isso possibilita uma única administração ao dia. Ela possui uma taxa de ligação muito alta às proteínas plasmáticas, cerca de 96%. Tempo de duração: Mantido por até 24 horas. Absorção: Após infusão intravenosa de 500 mg, 1 g e 2 g de ceftriaxona, os níveis plasmáticos de ceftriaxona são aproximadamente 80, 150 e 250 mg/L, respectivamente. Metabolização: Cerca de 50 - 60% de ceftriaxona é excretada sob a forma inalterada na urina, enquanto 40 – 50% são excretados sob a forma inalterada na bile. A meia-vida de eliminação em adultos sadios é de aproximadamente 8 horas. Reações adversas: As reações mais comuns (>1/10) são eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, fezes amolecidas, aumento das enzimas hepáticas, erupção cutânea. Cuidados no preparo: Administração IV deve se realizar após a diluição de ceftriaxona sódica IV 1 g em 10 mL de água para injeção. Para infusão intravenosa, 1 g de ceftriaxona sódica são dissolvidos em 100ml das seguintes soluções que não contenham cálcio; cloreto de sódio 0,9%, cloreto de sódio 0,45% + dextrose 2,5%, dextrose 5%, dextrose 10%, dextran 6% em dextrose 5%, água para injetáveis. Cuidados na administração: Ceftriaxona sódica IV deve ser administrada na veia de modo lento (2 a 4 minutos). A infusão deve ser administrada em pelo menos 30 minutos. Interação medicamentosa: O uso concomitante de ceftriaxona sódica com antagonistas da vitamina K pode aumentar o risco de sangramentos. CLASSE - ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs) 1. Diclofenaco sódico (Voltaren) 25 mg/ml Indicação: Indicado para o tratamento de exacerbação de formas degenerativas e inflamatórias de reumatismo: artrite reumatoide, espondilite anquilosante, osteoartrite, espondilartrite, síndromes dolorosas da coluna vertebral, reumatismo não articular; crises agudas de gota; cólica renal e biliar; dor pós-operatória e pós-traumática, inflamação e edema. Contraindicação: Não indicado em caso de alergia a metabissulfito de sódio ou a qualquer outro componente da formulação. Úlcera gástrica ou intestinal ativa, sangramento ou perfuração. No último trimestre de gravidez. Insuficiência hepática. Insuficiência renal e insuficiência cardíaca grave. Limite de idade: Não é indicado para crianças abaixo de 14 anos, com exceção de casos de artrite juvenil crônica, não deve utilizar diclofenaco sódico durante a gravidez a não ser que seja absolutamente necessário. Pacientes idosos, especialmente aqueles que são debilitados ou com baixo peso corporal, podem ser mais sensíveis aos efeitos do diclofenaco sódico que os outros adultos. Tempo de ação pela via: No pronunciado efeito analgésico na dor moderada e na grave de origem não reumática, atingido dentro de 15 a 30 minutos. Tempo Biodisponível: O metabolismo do diclofenaco é hepático, com metabolização de primeira passagem resultando em vários metabólitos. A meia vida de eliminação é de aproximadamente 1,4 hora. Tempo de duração: O alívio foi observado até 3 horas após a administração. A administração de 50 mg ou 75 mg de Diclofenaco Sódico intramuscular tem a mesma eficácia. Absorção: Após a administração de diclofenaco por injeção intramuscular, a absorção é imediata. Metabolização: Cerca de 60% da dose administrada é excretada na urina como conjugado glicurônico da molécula intacta e como metabólitos, a maioria dos quais são também convertidos a conjugados glicurônicos. Menos de 1% é excretado como substância inalterada. O restante da dose é eliminadocomo metabólitos através da bile nas fezes. Reações adversas: São comuns (>1/100) efeitos como cefaleia, tontura, vertigem, náusea, vômito, diarreia, dispepsia, cólicas abdominais, flatulência, diminuição do apetite, elevação das transaminases e rash. Cuidados no preparo: O diclofenaco sódico injetável não deve ser misturado com outras soluções injetáveis. Cuidados na administração: Aplicar exclusivamente no glúteo. É obrigatório a aspiração do êmbolo, para certificar-se que não houve perfuração de vaso sanguíneo. Interação medicamentosa: A administração concomitante de diclofenaco com outros AINEs sistêmicos ou corticóides, pode aumentar a frequência de efeitos gastrintestinais indesejáveis. Deve-se ter cautela no uso concomitante de anticoagulantes e agentes antiplaquetários uma vez que pode aumentar o risco de hemorragias. Deve-se ter cautela quando AINEs, incluindo diclofenaco, são administrados menos de 24 horas antes ou após tratamento com metotrexato uma vez que pode elevar a concentração sérica do metotrexato, aumentando a sua toxicidade. CLASSE - ANTIÁCIDOS: INIBIDORES H2 1. Cimetidina (Hycimet) 150mg/ml Indicação: É indicado para promover a consolidação de úlceras duodenais e gástricas; proporcionar o tratamento prolongado a condições hipersecretoras GI patológicas, como a síndrome de Zollinger-Ellison; reduzir a produção gástrica de ácido e impedir úlceras de estresse em pacientes gravemente doentes e naqueles com esofagite de refluxo ou sangramentos GI superiores. Contraindicação: É contraindicada para mulheres grávidas ou no período de lactação, para pessoas asmáticas ou com doença cardíaca, nos casos de úlcera gástrica maligna e a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a qualquer outro componente da fórmula. Limite de idade: É contraindicado para menores de 1 ano, mas não foi inteiramente avaliado. Tempo de ação pela via: EV - O início da ação se dá entre 60 a 90 minutos após a administração da dose. Tempo Biodisponível: A biodisponibilidade de Cimetidina é muito uniforme. Cimetidina reduz a acidez, mantendo as flutuações fisiológicas do pH intragástrico. A meia vida de Cimetidina é de, aproximadamente, duas horas. Tempo de duração: O tempo médio da substância ativa é de 2 a 3 horas. Absorção: É absorvida no intestino de forma rápida e eficiente. Cerca de 70% da dose oral é aproveitada, sendo o pico de concentração sérica alcançado entre 60 e 90 minutos, guardando correlação com a dose empregada. Metabolização: Embora sofra metabolismo hepático passando a sulfóxido e hidroximetil cimetidina, grande parte é excretada na urina sem ser metabolizada, através da qual 60% a 70% de Cimetidina são excretados de forma inalterada. Reações adversas: Dor de cabeça, tontura, diarreia, dores musculares (mialgia), cansaço e erupções cutâneas (reações alérgicas na pele). Cuidados no preparo: Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico. Nos casos de infusão endovenosa, diluir a cimetidina em solução glicosada 5% ou solução fisiológica 0,9%. Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais. Cuidados na administração: A aplicação da injeção deve ser feita por um profissional competente, observando-se as devidas informações técnicas. Fazer higiene rigorosa com álcool no local da aplicação. A aplicação deve ser feita lentamente. Interação medicamentosa: A cimetidina interfere tanto na absorção quanto no metabolismo de algumas substâncias, portanto pode apresentar as seguintes interações: ação diminuída por antiácidos, anticolinérgicos e metoclopramida; aumentar a ação e reações adversas de antidepressivos tricíclicos, benzodiazepina, bloqueador de canal de calcio, cafeína, carbamazepina, cloroquina, fenitoína, lidocaína, metronidazol, propranolol, teofilina e varfarina. Pode diminuir a ação do cetoconazol, digoxina, fluconazol, indometacina, tetraciclina e sais de ferro. Pode provocar aumento de reações adversas de analgésicos narcóticos.Não fumar, nem ingerir bebida alcoólica durante o tratamento. CLASSE - ANTIMICROBIANO: GRUPO DOS BETA-LACTÂMICOS 1. Benzilpenicilina Benzatina (Bepeben) 600.000UI Indicação: É um antibiótico injetável utilizado para tratar infecções bacterianas causadas por microrganismos sensíveis à penicilina G, a exemplo de inflamações na garganta, como amigdalites, faringites, epiglotites, e, ainda, otites, sinusites, infecções de pele, sífilis, entre outras condições. Contraindicação: A penicilina benzatina não deve ser administrada em pacientes com história de alergia à penicilina. O Benzetacil pode ser usado na gravidez, caso necessário. Porém, assim como qualquer outro fármaco, o seu uso nas grávidas deve ser bem criterioso. Limite de idade: Não tem limite de idade. Dose única para crianças menores de 2 anos de idade e dose única ajustada de acordo com a tabela de adultos, para crianças entre 2 e 12 anos. Tempo de ação pela via: A ação começa a ocorrer de 15 a 30 minutos após a aplicação e atinge seu pico de 24 a 48 horas depois. https://www.mdsaude.com/alergoimunologia/alergia-penicilina/ Tempo Biodisponível: A benzetacil, para quem tem o rim funcionando normalmente, demora 336 horas para metade da dose aplicada sair do corpo. Ou seja, após 14 dias metade da dose é eliminada. Tempo de duração: Após sua aplicação, dura entre 2 a 4 semanas. A depender da dose presente na injeção é possível que o medicamento permaneça no organismo por quase um mês. A duração do efeito da Benzetacil depende principalmente da quantidade de medicamento aplicado na injeção, doses maiores terão um efeito mais prolongado. Absorção: O fármaco é hidrolisado à penicilina G. Esta combinação de hidrólise e absorção lenta resulta em níveis séricos mais baixos, porém muito mais prolongados do que outras penicilinas para utilização parenteral. Metabolização: Assim como a maioria dos outros antibióticos, é metabolizada pelo nosso corpo pelo fígado e excretada por via renal. Reações adversas: Convulsão, alergia, anafilaxia, náusea, vômito, diarreia, febre medicamentosa, colite pseudomembranosa, candidíase oral, hemólise, nefrite intersticial. Cuidados no preparo: Deve-se reconstituir com 3,2 mL do diluente próprio (água para injeção). O volume final é de 4 mL. O frasco deve ser vigorosamente agitado antes da retirada da dose a ser injetada, para completa homogeneização do produto. Cuidados na administração: Deve ser administrada profundamente no músculo, com cuidado para não atingir artérias e nervos, ou proximidades destes. Recomenda-se a injeção intramuscular profunda, no quadrante superior lateral da nádega. Interação medicamentosa: Benzetacil não deve ser administrado em conjunto com alguns medicamentos ou substâncias sem orientação médica, como contraceptivos hormonais orais ou com Probenecida. CLASSE - ANTIANÊMICO 1. Sacarato de Hidróxido Férrico (Noripurum) 100mg Indicação: É utilizado no tratamento de anemias ferropênicas graves; anemias ferropênicas que acompanham insuficiência renal crônica; distúrbios da absorção gastrintestinal ou impossibilidade de terapia oral. Contraindicação: O produto não deve ser usado por pacientes alérgicos a medicamentos à base de ferro, com doenças hepáticas (do fígado) agudas, com doenças gastrintestinais ou com anemias não causadas por deficiência de ferro ou incapazes de utilizá-lo. Limite de idade: Crianças maiores de 12 anos, adultos e lactantes. Caso você tenha anemia grave por deficiência de ferro ou caso tenha necessidade de altos níveis de ferro, as doses podem ser aumentadas ou seu tratamento alterado, conforme recomendação de seu médico. Tempo de ação pela via: Após uma injeção de 100 mg de ferro (1 ampola de Noripurum Endovenoso), em indivíduos sadios, a concentração plasmática máxima foi, em média, de 538 μmol/l, 10 minutos após a injeção. O volume de distribuição do compartimento central se correlaciona bem com o volume sérico. Tempo Biodisponível: O ferro injetado é eliminado rapidamente doplasma e a meia-vida é de aproximadamente 6 horas. Tempo de duração: Não há estudos de farmacocinética com o Noripurum portanto não há dados para saber por quanto tempo este composto fica no organismo, mas sabemos que o pico máximo da droga ocorre em 24 horas após a injeção. Absorção: Mesmo em quadros de deficiência, quando a célula é exposta a níveis excessivos do mineral, são absorvidas pequenas quantidades diárias devido a uma resposta ao acúmulo de ferro perdurando até que os enterócitos sejam substituídos por outros não expostos, o que ocorre entre 3 e 5 dias. Metabolização: A eliminação renal do ferro, ocorrida nas primeiras quatro horas após a injeção, corresponde a menos de 5% da depuração total (aproximadamente 20 ml/min). Após 24 horas, os níveis de ferro são reduzidos aos níveis de ferro da pré-dose e aproximadamente 75% da dose de sacarose foi excretada. Reações adversas: As mais freqüentes reações adversas a medicamentos relatadas em experimentações clínicas com relação a administração de Noripurum Endovenoso foram: deturpação passageira do paladar, hipotensão, febre e tremores, sensação de calor, reações no local da injeção, espasmos venosos no local da veia puncionada e náusea, ocorrendo em 0,5 a 1,5% dos pacientes. Reações anafilactóides sem seriedade ocorreram raramente. Cuidados no preparo: As ampolas devem ser visualmente inspecionadas quanto a sedimentos e danos antes de serem utilizadas. Somente aquelas livres de sedimento e que apresentem solução homogênea devem ser usadas. Uma vez aberta a ampola, a administração deve ser imediata. Deve ser diluído somente com solução de cloreto de sódio estéril 0,9% p/v. Não devem ser usadas outras soluções de diluição intravenosa ou medicamentos, uma vez que há potencial para precipitação e/ou interação. Cuidados na administração: A infusão de Noripurum EV (endovenoso) deve ser lenta para evitar reações alérgicas e/ou reações infusionais, nunca administrar por via intramuscular, pois, em função de seu elevado pH, pode provocar necrose do tecido muscular. A administração parenteral de preparados de ferro pode causar reações alérgicas ou anafiláticas. Deve-se ter cuidado especial na administração do produto em pacientes que sofrem de alergia e doenças do fígado ou dos rins. Interação medicamentosa: Até o momento há relatos de casos de interação medicamentosa com o produto. CLASSE - ANTI-HISTAMÍNICO H1 1. Prometazina (Fenergan) Indicação: Cloridrato de prometazina é indicado no tratamento dos sintomas das reações anafiláticas (reação rápida e progressiva a uma substância) e reações alérgicas. Graças à sua atividade antiemética (proporciona alívio de náuseas e vômitos) é utilizado também na prevenção de vômitos do pós-operatório e dos enjôos de viagens. Pode ser utilizado, ainda, na pré-anestesia e na potencialização de analgésicos, devido à sua ação sedativa (calmante). Contraindicação: É contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida ao Cloridrato de Prometazina, a algum dos excipientes, ou a outros derivados fenotiazínicos ou a qualquer componente da fórmula, por portadores de discrasias sanguíneas ou com antecedentes de agranulocitose com outros fenotiazínicos, por pacientes com risco de retenção urinária ligado a distúrbios uretroprostáticos e por pacientes com glaucoma, de ângulo fechado. Limite de idade: Não deve ser usada em crianças com menos de dois anos de idade devido ao risco de depressão respiratória fatal. Tempo de ação pela via: Os efeitos clínicos de cloridrato de prometazina são notados dentro de 20 minutos após a administração. https://consultaremedios.com.br/doenca/glaucoma Tempo Biodisponível: A biodisponibilidade está compreendida entre 13% e 49%. O tempo para atingir a concentração plasmática máxima é de 1h 30 min. a 3 horas. O volume de distribuição é elevado em razão da lipossolubilidade da molécula, de cerca de 15 L/kg. Liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (entre 75% e 80%); sua meia-vida plasmática é compreendida entre 10 e 15 horas após administração oral. Tempo de duração: Geralmente dura de 4 a 6 horas, embora possam persistir até por 12 horas. Absorção: A prometazina é bem absorvida pelo trato gastrintestinal, é metabolizada pelo fígado em vários compostos; os sulfóxidos de prometazina e N-dimetilprometazina são os metabólitos predominantes aparecendo na urina. Metabolização: O metabolismo consiste em sulfoxidação seguida de desmetilação. A depuração renal representa menos de 1% da depuração total, e, em média 1% da quantidade de Prometazina administrada é recuperada sob a forma inalterada na urina. Os metabólitos encontrados na urina, principalmente o sulfóxido, representam cerca de 20% da dose. Reações adversas: Sonolência é a reação adversa mais comum. Outros efeitos, embora raros, podem ocorrer: tontura, confusão mental, secura da boca, palpitações, queda de pressão, erupções na pele (como urticária, eczema, e manchas avermelhadas no corpo), náuseas e vômitos. Cuidados no preparo: Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico, para interação medicamentosa com álcool ou outros medicamentos. Cuidados na administração: A via preferencial de administração é a Via Intramuscular (IM) uma vez que a administração subcutânea é contraindicada. A administração intravenosa não é recomendada, pois possui riscos. Interação medicamentosa: O cloridrato de prometazina deve ser usado com precaução em pacientes que estejam em tratamento com tranquilizantes (calmantes) ou barbitúricos, pois poderá ocorrer potencialização da atividade sedativa (aumento da sonolência). BREVE RELATO SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE NA UPA Em nosso campo prático na UPA Zona Sul pudemos observar alguns pontos positivos e negativos relacionados à segurança do paciente; ● SALA DE MEDICAÇÃO POSITIVO - O sistema utilizado na unidade para organizar o fluxo da demanda dos atendimentos é muito eficaz e ajuda no trabalho do profissional. - Os profissionais que ali trabalham são muitos competentes e ágeis na preparação e administração. NEGATIVO - Por possuir uma sala de medicação pequena, em horários de pico forma-se uma longa fila ao lado de fora e algumas das vezes um tumulto dentro da sala, tirando a privacidade dos pacientes que estão recebendo a medicação. - Na sala não possui todos os medicamentos que são solicitados à disposição, ocorre a falta de alguns, e também de material. - A higiene das mãos e a desinfecção dos materiais utilizados não são feitas com frequência. ● FARMÁCIA POSITIVO - A farmácia possui uma diversidade de medicamentos prontos à disposição e uma boa organização interna. NEGATIVO - Não possui uma pré- identificação do profissional quando é solicitado um medicamento. RELACIONAR SEGURANÇA DO PACIENTE E DO PROFISSIONAL A segurança do paciente e a segurança do profissional de saúde estão intrinsecamente relacionadas e são igualmente importantes para o sucesso do sistema de saúde. Por um lado, a segurança do paciente é fundamental para evitar danos físicos e psicológicos aos pacientes durante a prestação de cuidados de saúde. A segurança do paciente é alcançada por meio de medidas que reduzem os riscos de erros médicos, infecções hospitalares, quedas e outras formas de danos evitáveis. Por outro lado, a segurança do profissional de saúde é importante para garantir a sua saúde física e mental, prevenindo lesões, doenças e exaustão. A segurança do profissional de saúde também está relacionada à qualidade da assistência prestada, pois profissionais saudáveis e bem treinados são capazes de fornecer cuidados de alta qualidade aos pacientes. Além disso, o ambiente de trabalho seguro e saudável é essencial para atrair e reter profissionais de saúde qualificados. Um ambiente de trabalho seguro pode ajudar a evitar a fadiga profissional, o burnout e a saída precoce do mercado de trabalho, garantindo a continuidade do atendimento e evitando sobrecarga para os demais profissionais de saúde.REFERÊNCIAS Brunton, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012. GOLAN, David E. et al. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. MEDGRUPO, MEDYKLIN EDITORA DE CLÍNICA MÉDICA LTDA, 2018. Oliveira, G.R. Pedroso, P.R.E: Blackbook: Clínica Médica. Belo Horizonte: Blackbook; 2007. 20 Porto CC. Exame Clínico - Bases para a Prática Médica. RANG, H. P. et al. Rang&Dale farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Rename - 1ª edição 2020 / Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília : Ministério da Saúde, 2020.
Compartilhar