Prévia do material em texto
Urgências e Emergências em ORL EMERGÊNCIA: emergência condição que implique sofrimento intenso ou risco iminente de morte. Necessita de intervenção imediata. URGÊNCIA: ocorrência imprevista com ou sem risco potencial à vida, onde o indivíduo necessita de assistência médica com brevidade Sangramento Nasal ou Epistaxe: · Qualquer episódio de sangramento com origem na mucosa nasal; · 60% das pessoas vão apresentar episódios em algum momento da vida; · Apenas 10% necessitam intervenção médica; · Padrão de distribuição etária BIMODAL (mais frequente entre 3 e 8 anos de idade ou após 60 anos / anterior x posterior) Vascularização Fossas Nasais ETIOLOGIA Causas Locais · Tauma digital (crianças); · Outras formas de trauma: fraturas nasais, uso de SONDAS NASOENTERAIS; · Processos inflamatórios da mucosa nasal: rinite, rinossinusite, granulomatoses; · Presença de Corpos Estranhos; · Complicações de cirurgia nasal; · Uso de drogas ilícitas (cocaina); · Tumores (angiofibromas, hemangiomas, papilomas Causas Sistêmicas · Vasculopatias e malformações vasculares; · Uso de medicações com efeito anticoagulante (AAS/HEPARINA/CLEXANE/CLOPIDOGREL); · Hipertensão Arterial; · Coagulopatias; ABORDAGEM INICIAL: · Atenção Inicial para ESTABILIDADE HEMODINÂMICA (ATLS); · Anamnese e Exame Físico Objetivos; · Interrogatório Dirigido: início do quadro, fatores associados, histórico de trauma, uso de medicações e drogas, etc; · Identificação do local de sangramento / RINOSCOPIA- NASOFIBROSCOPIA SANGRAMENTO ANTERIOR: · Pequena ou média quantidade de sangue; · Frequentemente UNILATERAL; · Evento inicial, prévio ou recorrente; Identificação comum do PONTO DE SANGRAMENTO. SANGRAMENTO POSTERIOR · Grande volume de sangue com exteriorização anterior e posterior; · Uni ou Bilateral; · Sangramento em curso; · Identificação da origem muitas vezes difícil. ABORDAGEM: · Estabilização hemodinâmica (S/N); · Controle de fatores associados (pico hipertensivo, alterações de coagulação, entre outras); · Compressão digital de asas nasais; · Cauterização química ou elétrica do ponto de origem; · Tamponamento Nasal anterior e ou posterior; · Abordagem cirúrgica Ligadura de Arterias (esfenopalatina e ou etmoidal anterior); Embolização Seletiva de vasos. Trauma Nasal / Fraturas · Presente em 39 e 45% das injúrias de face; · Terceiro principal sítio de fratura óssea no corpo humano; · Muitas vezes negligenciada em quadros de politraumatismo levando a quadros de deformidade pós-traumática entre 14 e 50% dos casos; · Duas vezes mais frequentes em homens com pico de incidência entre 15 e 30 anos, com discreto aumento em idosos · Agressões inter-pessoais, prática esportiva e acidentes automobilísticos são as causas mais frequentes. DIAGNÓSTICO: ANAMNESE: · Mudança na aparência nasal ou obstrução nasal; · Características do impacto; · Epistaxe; • · Dor; · Edema de evolução rápida sob a pele podendo estender-se à região orbitária, dificultando o diagnóstico quando muito intenso. Exame físico: · Avaliação do SEPTO em busca de HEMATOMA; · Laceração, ruptura da mucosa, equimose e hematoma intenso sugerem fratura (apesar da equimose orbitária ser freqüente deve-se pesquisar também fratura orbitária associada); · Enfisema subcutâneo; · Instabilidade das estruturas ósseas na palpação; · Comparação da situação atual com fotos anteriores; Avaliação Radiológica: · Rx de ossos próprios do nariz em perfil; · Rx de Seios Paranasais em incidência de Waters · TC de Face TRATAMENTO: · Fraturas que apresentem desvios e/ou instabilidade; · Segundo Colton & Beekhuis, os melhores resultados são obtidos nas 3 primeiras horas após a lesão ou em 3 a 7 dias após o trauma. REDUÇÃO FECHADA: · Manipulação das estruturas sem incisões; · Fraturas de ossos próprios do nariz com pouco edema. REDUÇÃO ABERTA: · Acesso ao septo e pirâmide nasal de forma cirúrgica; · Deformidades ósseo-cartilaginosas significativas. CORPOS ESTRANHOS DE VIAS AÉREAS SUPERIORES · Eventos com potencial de gravidade e desfechos fatais (tamanho, localização e grau de obstrução); · Ocorrência em qualquer fase da vida (mais frequente em crianças e idosos, pico de incidência entre 01 a 03 anos / “fase exploratória"); · Sementes, fragmentos de brinquedos, bijouterias, tampas de canetas, entre outros; · Eventos envolvendo localização laringotraqueal tem maior morbi-mortalidade; Diagnóstico ANAMNESE / EXAME FÍSICO / AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR · História ou relato testemunhado de ingestão de corpos estranhos; · Queixas de ENGASGOS RECENTES; · Episódios agudos de tosse, dispneia, sibilos, redução ou ausência de murmúrio vesicular, cianose, dificuldade de fonação, disfonia, perda de consciência; · Exames: rx de região cervical e tórax, endoscopia peri-oral, laringoscopia, broncoscopia, endoscopia digestiva alta, TC DE TÓRAX. ENGASGOS MANOBRA DE HEIMLICH