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Disciplina: Hematologia e Citologia Clínica Prof. responsável: Prof. Dr. Fábio Haach Téo Lessandra Aparecida de Aquino RA:20211540 Lista de exercícios 2 1) Defina a condição patológica denominada "anemia". Como as anemias são classificadas laboratorialmente? Quais as modificações nos índices hematimétricos que caracterizam cada uma dessas classes? R: Anemia é a redução na concentração de hemoglobina do sangue, tendo como base os valores de referência específicos para a idade e o sexo do paciente. As anemias são classificadas em três tipos: Microcítica hipocrômica Macrocítica Normocítica Normocrômica RBC N° hemácias maduras por unid. de volume sanguíneos </>/= < < HBG *1° visto – Conteúdo hemoglobina < < < HCT % do volume sanguíneo ocupados pelos eritrócitos < < < VCM Tamanho médio das hemácias < > = HCM Quantidade de hemoglobina no eritrócito < = = CHCM [ ] média de hemoglobina presente nos eritrócitos </= = = RDW Índice da variação dos tamanhos das hemácias > > > 2) Descreva as modificações dos índices hematimétricos (RBC, HCT, HBG, VCM, HCM e CHCM) e da morfologia eritrocitária associadas aos processos listados abaixo. Patologia RBC N° hemácia s madura s por unid. De volume sanguín eos HCT % do volume sanguín eo ocupad os pelos eritrócit os HBG *1° visto – Conte ú do hemog lobina VCM Tamanh o médio das hemácia s HCM Quantid ade de hemogl obina na eritrócit o CHCM [ ] média de hemo g lobina prese n te nos eritróci tos Morfologia eritrocitária Policitemia (aumentos dos glóbulos vermelhos no sangue) > > > > = = Anemia Macrocítica hemólise intravascul a r (Destruição < < < = = = Anemina normocítica normocrômic a das hemácias dentro do espaço vascular – bilirrubina Não conjugada, aptoglobina <) hemólise extravascula r (Destruição das hemácias anormais no interior do macrófago – Bilirrubina conjugada, aptoglobina =) < < < = = = Anemina normocítica normocrômic a insuficiência renal (perda súbita da capacidade dos rins de filtrar o sangue) < < < = = = Anemina normocítica normocrômic a insuficiência hepática (alterações funcionais do fígado, causando desturbio que afetam os hepatócitos) < < < > = = Anemia Macrocítica deficiência de ferro (falta de ferro no organismo) </= < < = = = Anemia Microcítica hipocrômic a deficiência de vitamina B12 ( falta de vitamina B12 no organismo) < < < > = = Anemia Macrocítica deficiência de folato ( falta de ácido fólico – vitamina B9- no organismo) < < < > = = Anemia Macrocítica hemorragia aguda (Perda de sangue devido o rompimento de um grande vaso) < < < > = = Anemia Macrocítica hemorragia crônica (Perda de sangue devido o rompimento de um grande vaso) < < < < < < Anemia Microcítica Hipocrômic a aplasia da medula óssea (alteração no funcionament o da medula óssea - Baixo numero de plaquetas, hemácias e leucócitos) < < < = = = Anemia Normocitica Normocrômica anemia falciforme (distúrbio no qual faz com que as hemácias fiquem na forma de foice) < < < > = = Anemia Macrocítica Talassemias (defeito hereditário que causa um defeito na síntese da hemoglobina ) </= < < = = = Anemia Microcítica Hipocrômica Alcoolismo (doença a qual trás prejuízos ao fígado) < < < > = = Anemia Macrocítica doença crônica (doença persistente por períodos superiores a 6 meses) </= < < = = = Anemia Microcítica Hipocrômic a 3) A eletroforese de hemoglobinas e a high performance liquid chromatography (HPLC) são exames de extrema importância no diagnóstico das hemoglobinopatias. Com relação a esses exames, descreva quais são as alterações observadas em cada um deles quando amostras de pacientes apresentando as condições patológicas elencadas abaixo são submetidas a análise. a) anemia falciforme: Não esta presente a hemoglobina A (pois todas as cadeias beta à uma multação), banda bastante volumosa de hemoglobina S, a hemoglobina A2 fica normal (pois não tem cadeia beta), aumento da hemoglobina fetal (como resposta compensatória, pois os genes são religados). b) α-talassemia (doença da hemoglobina H): Apenas um gene alfa ativo, as cadeias beta forma tetrâmeros (hemoglobina H) presença de A2, sem S tem F e tem A e a Hemoglobina H. ***Alfa talassemia não produz cadeias alfas e tem excesso de cadeias beta que pode formar tetrâmeros que da origem a hemoglobina H. c) β-talassemia: ocorre a deficiência da cadeia beta. Não tem hemoglobina S, a hemoglobina A diminui (devido ao gene intacto), aumenta a A2 e hemoglobina F aumenta um pouquinho. 4) Com relação a anemia ferropriva, julgue as assertivas abaixo em "verdadeiras" (V) ou "falsas" (F). (V) a) A anemia ferropriva é a anemia mais comum do globo terrestre. Ocorre em qualquer idade, tendo como causas perda de sangue, aumento da demanda de ferro, ingestão inadequada e alteração absortiva. (V) b) O ferro é o metal mais abundante encontrado no corpo humano, totalizando 3 a 4g. Dois terços do ferro corporal encontra-se na hemoglobina, pequenas quantidades são encontradas no plasma, mioglobina e outras enzimas e cerca de um quarto está nas reservas sob a forma de hemossiderina e ferritina. (V) c) A absorção diária do ferro a partir da dieta, atinge em média, 1 a 2mg, sendo o balanço do ferro mantido através da reutilização do ferro proveniente da hemólise diária e de enzimas. Pequena quantidade é perdida no suor, nas descamações da pele e mucosa intestinal. (V) d) O ferro da dieta é absorvido na forma ferrosa, após ser liberado dos alimentos pelo ácido gástrico. O ferro hêmico é prontamente absorvido na forma de hemina. A primeira porção do duodeno é o principal sítio de absorção. (F) e) O ferro chega na célula da mucosa intestinal por transporte ativo, dependente do teor de ferro das células, com armazenamento local na forma de ferritina se o teor estiver baixo. A transferrina transporta o ferro da célula intestinal até a medula óssea. A concentração de transferrina no plasma varia amplamente durante o dia, estando diminuída em doenças inflamatórias e infecções e aumentada na carência de ferro. (V) f) O complexo ferro-transferrina liga-se ao receptor da transferrina no eritroblasto (TfR) e é endocitado. Em presença de pH ácido o ferro é liberado no interior do eritroblasto e transportado para a mitocôndria, para ser acoplado a protoporfirina, por ação da heme sintetase. O heme liga-se a globina no citoplasma para a formação da hemoglobina. (V) g) Os sintomas mais comuns da anemia ferropriva incluem: fadiga, intolerância aos exercícios, irritabilidade, tontura,perversão do apetite, palidez, queilose e coiloníquia. (F) h) Os achados característicos na anemia ferropriva refletem o esgotamento das reservas corporais de ferro: ausência de ferro medular, baixas concentrações de ferro e ferritina circulantes, baixa saturação da transferrina e elevada capacidade de ligação do ferro, com eritrócitos microcíticos e hipocrômicos e reticulócitos diminuídos. 5) Com relação à anemia megaloblástica, julgue as assertivas abaixo em verdadeiras (V) ou falsas (F). (V) a) As anemias megaloblásticas são caracterizadas por redução da síntese de DNA, com conseqüente divisão tardia de todas as células em rápida proliferação (pele, mucosas, trato gastrintestinal, sangue) e gigantismo celular. Ocorrem mais freqüentemente por deficiência de ácido fólico e / ou de vitamina B12. (V) b) Existe uma inter-relação entre ácido fólico e vitamina B12 na síntese de DNA, atuando a vitamina B12 como cofator desta reação recebendo o radical metil do 5,10- metileno tetraidrofolato para sua posterior liberação a desoxiuridina, com objetivo de formação de timidina (pirimidina característica do DNA). A vitamina B12 também é coenzima na conversão da metilmalonil-CoA em succinil-CoA, reação necessária para o metabolismo da mielina no sistema nervoso. (V) c) A sintomatologia hematológica é comum à deficiência de ácido fólico e vitamina B12, entretanto estão reservados somente à deficiência de vitamina B12, os sintomas neurológicos, desde a neuropatia periférica até demência. (F) d) Pancitopenia com anemia macroovalocítica, polissegmentação neutrófila, reticulócitos normais, desidrogenase láctica elevada e intensa diseritropoese medular caracterizada por assincronia de maturação núcleo-citoplasmática e gigantismo celular, retratam hematologicamente a deficiência de ácido fólico e/ou vitamina B12. (F) e) Anemia Perniciosa é um tipo de anemia megalobástica que ocorre por deficiência de fator intrínseco, por atrofia da mucosa gástrica, envolvendo mecanismo auto- imune, com produção de anticorpos anticélula parietal e antifator intrínseco, acarretando deficiência de vitamina B12. (V) f) No estômago a vitamina B12 é liberada de complexos protéicos alimentares por ação da pepsina, ligando-se a fatores R (Haptocorrina) da saliva e suco gástrico. Este complexo é degradado por proteases pancreáticas para posterior ligação ao fator intrínseco produzido pelas células parietais. O complexo vitamina B12 - fator intrínseco possui receptores específicos na mucosa do íleo terminal, onde a vitamina B12 é absorvida, liberando o fator intrínseco. A transcobalamina II é a proteína transportadora da vitamina B12 aos tecidos afins. 5) Com relação a anemias hemolíticas, julgue as assertivas abaixo em "verdadeiras" (V) ou "falsas" (F) . (V) a) As anemias hemolíticas são decorrentes de um aumento de destruição do eritrócito, podendo ser extra ou intravascular. A hemólise extravascular é mais comum que a intravascular e tem como principal sede o baço. (F) b) Laboratorialmente, encontramos na hemólise aumento de: bilirrubina indireta, haptoglobina sérica, urobilinogênio, DHL e reticulócitos. Em contrapartida, diminuição da sobrevida do eritrócito. (V) c) Reticulocitose, policromatofilia, hiperplasia eritróide medular e aumento das necessidades de ácido fólico refletem uma maior produção de eritrócitos nas anemias hemolíticas. (F) d) As anemias hemolíticas ocorrem por defeito eritrocitário intrínseco ou extrínseco. No primeiro caso, o problema geralmente é congênito (p.ex: microesferocitose hereditária, anemia falciforme, talassemias), enquanto no segundo é habitualmente adquirido (p.ex: imunohemólise, hemólise por drogas, por toxinas e mecânicas). (V) e) A microesferocitose hereditária ocorre por defeito na membrana eritrocitária (deficiência de proteínas do citoesqueleto, como espectrina, anquirina, palidina ou banda 3), permitindo maior influxo de sódio para dentro do glóbulo vermelho, justificando a forma esférica do glóbulo, resultante da ↓ superfície em relação ao volume. (V) f) O diagnóstico laboratorial da microesferocitose hereditária é realizado através da análise morfológica dos microesferócitos em sangue periférico, presente em 70% dos casos; CHCM elevado e fragilidade osmótica aumentada, além de todos as outras alterações comuns às anemias hemolíticas. (V) g) A parte protéica da hemoglobina consiste em duas cadeias globínicas α e duas cadeias não-α, codificadas nos cromossomos 16 e 11, respectivamente. Cada polipeptídeo liga-se a um grupo heme que contém o ferro, formando a molécula da hemoglobina. A hemoglobina do adulto normal (Hb A1) consiste em duas cadeias globínicas α (141 aa) e duas cadeias β (146 aa) ligadas ao heme. (V) h) A doença falciforme é uma hemoglobinopatia resultante da substituição do ácido glutâmico pela valina na posição 6 da cadeia betaglobina. Esta substituição gera a hemoglobina S, de baixa solubilidade, polimerizando-se no interior do eritrócito em baixas concentrações de oxigênio. A polimerização da Hb S leva a sua cristalização em forma tactóide, originando a hemácia em foice. (F) i) As talassemias são anemias hemolíticas resultantes de mutações e deleções gênicas que levam à síntese de hemoglobina estruturalmente anormal, ainda que quantitativamente normal. A menor velocidade de síntese de um tipo de cadeia globínica resulta em eritropoese ineficaz, acúmulo de outra cadeia globínica produzida normalmente e redução da síntese do heme. (F) j) Laboratorialmente a β-talassemia maior é caracterizada por: anemia microcítica hipocrômica, intensa anisocitose e alterações na eletroforese de Hb (diminuição ou ausência de Hb A1, aumento da Hb A2 e Hb F), além das alterações comuns às demais anemias hemolíticas. (V) l) As α-talassemias classificam-se em quatro quadros clínicos: portador silencioso (três genes ativos), traço α-talassêmico (dois genes ativos), enfermidade por Hb H (um gene α ativo) e hidropsia fetal (ausência de genes α ativos). A Hb H corresponde a um tetrâmero de cadeias β-globina e a Hb Bart’s a um tetrâmero de cadeias γ-globina, ambas resultantes de excesso de cadeias não-α. (F) m) O principal diagnóstico diferencial das síndromes talassêmicas é a anemia ferropriva, pois ambas são microcíticas e hipocrômicas e cursam com reticulocitose, porém a eletroforese de Hb é normal na segunda e o perfil do ferro é normal ou com valores acima do normal na primeira. (V) n) Anemias imunohemolíticas por aloanticorpos são decorrentes de sensibilização a antígenos eritrocitários estranhos (p.ex: hemólise pós- transfusional, doença hemolítica peri-natal). Anemia hemolítica autoimune (AHAI) é resultante de anormalidade na própria imunorregulação do indivíduo, sendo que há a produção de anticorpos reativos sem sensibilização prévia (p.ex: hemólise autoimune, vista nas doenças do colágeno e nas linfoproliferativas). 6) Em relação aos valores de referência, o ocorre com a contagem de reticulócitos nas anemias abaixo? a) Anemia hemorrágica aguda: reticulócitos > b) Anemia hemorrágica crônica: reticulócitos < c) Anemia hemolítica (hereditária e adquirida): reticulócitos > d) Anemia hipoproliferativa (déficit nutricional e déficit absorção): reticulócitos < e) Anemia aplástica (insuficiência medular): reticulócitos < 7) Criança, 7 anos, cansaço após esforço. Hemograma: RBC 3,71 milhões/mm3; HBG 5.9 g/dL; HTC 20,9 %; VCM 56,2 fL; HCM 15.9 pg; CHCM 28,3 g/dL; RDW 20,2; WBC 5900 /mm3; plaquetas 383000 /mm3. Diante dos resultados, apresentados, qual é o provável diagnóstico? Quais exames complementares seriam necessários para confirmá-lo e quais seriam os resultados esperados desses exames em relação os valores de referência? R: O provável diagnóstico é de anemia ferropriva, pois é uma anemia microcitica hipocromica devido ao valor baixo do RBCe VCM. Ocorre uma pequena inflamação aumentando o WBC. Para a confirmação desde diagnóstico é necessário saturação e capacidade de ligação da ferritina sérica, ferro sérico, capacidade total de ligação ao ferro, saturação de transferrina, receptor solúvel da transferrina, bilirrubinas onde os índices deverão estar abaixo que o normal, caracterizando a anemia ferropriva. 8) Mulher, 28 anos, cansaço e fraqueza após gestação gemelar. Hemograma: RBC 1,26 milhões/mm3; HBG 5.7 g/dL; HTC 16,3 %; VCM 130 fL; HCM 45,2 pg; CHCM 34,9 g/dL; RDW 18,1; WBC 6200 /mm3; plaquetas 219000 /mm3. Mielograma: presença de hiperplasia eritróide com maturação megaloblástica; múltiplos corpúsculos de Howell-Jolly observados nos megaeritróblastos e macrócitos ovais; neutrófilos com hipersegmentação; presença de metamielócitos e bastonetes gigantes. Diante dos resultados, apresentados, qual é o provável diagnóstico? Quais exames complementares seriam necessários para confirmá-lo e quais seriam os resultados esperados desses exames em relação aos valores de referência? R: O possível diagnóstico é uma anemia macrocitica megaloblastica. Ocorre uma pancitopenia (baixa de todas as células produzidas na medula óssea ficando mega). A vitamina b12 e folato provem da alimentação. É necessário fazer um exame dosador de B12 e folato e se estiverem normais, realizar um teste de absorção. 9) Criança, 4 anos, icterícia e deformidade óssea. Hemograma: RBC 4,15 milhões/mm3; HBG 8,1 g/dL; HTC 28,6 %; VCM 68,9 fL; HCM 19,5 pg; CHCM 28,2 g/dL; RDW 22,3; WBC 8000 /mm3; plaquetas 54000 /mm3. Eletroforese de hemoglobinas: F 80%; A 5%; A2 15%. Esfregaço sanguíneo: microcitose; hipocromia; poiquilocitose; anisocitose; células em alvo; eritroblastos; hemácias danificadas. Diante dos resultados, apresentados, qual é o provável diagnóstico? O valor da contagem de reticulócitos estaria abaixo, acima ou igual ao valor de referência? Quais são os resultados esperados dos exames complementares (ferritina sérica, ferro sérico, capacidade total de ligação ao ferro, saturação de transferrina, receptor solúvel da transferrina, bilirrubinas) em relação aos valores de referência? R: O provável diagnóstico é beta talassemia. O valor de contagem de reticulócitos estaria acima que ao valor de referência devido a uma resposta compensatória do organismo a anemia. Os resultados esperados dos exames complementares seria a normalidade, eliminando assim a possível anemia ferropriva e confirmando o resultado para beta talassemia. 10) Criança, 4 anos, icterícia. Hemograma: RBC 3,93 milhões/mm3; HBG 11,3 g/dL; HTC 33,1 %; VCM 84,1 fL; HCM 28,8 pg; CHCM 34,4 g/dL; RDW 18,7; WBC 5000 /mm3; plaquetas 362000 /mm3. Reticulócitos: 14,3% ; contagem absoluta 562000/mm3. Esfregaço sanguíneo: presença de microesferósitos e de células crenadas. Bilirrubinas: conjugada 0,5mg/dL; total 5,8 mg/dL. Diante dos resultados, apresentados, qual é o provável diagnóstico? Quais exames complementares seriam necessários para confirmá-lo e quais seriam os resultados esperados desses exames em relação aos valores de referência? R: O provável diagnóstico é de anemia hemolítica hereditária. Para a confirmação do diagnóstico é necessário medir a saturação e capacidade de ligação da ferritina sérica, ferro sérico, capacidade total de ligação ao ferro, saturação de transferrina, receptor solúvel da transferrina, bilirrubinas onde haverá o aumenta da degradação das hemácias, ↑ dos níveis séricos de billirubina. 11) Homem, 19 anos, mulato, natural do interior da Bahia e procedente de Barrinha (SP), desempregado. Ao exame físico, paciente apresenta-se descorado e ictérico, com úlcera na perna esquerda de longa data. O hemograma apresenta anemia grave, com HBG 6,2g/dL, além de contagem de plaquetas, reticulócitos e leucócitos acima dos valores de referência. Diante dos achados relatados, qual é o provável diagnóstico? Nesse caso, os valores dos índices hematimétricos (RBC, VCM, HCM, CHCM, HTC e RDW) estariam acima, abaixo ou iguais aos valores de referência? Quais exames complementares seriam necessários para confirmar o diagnóstico e quais seriam os resultados esperados desses exames em relação aos valores de referência? R: O provável diagnóstico é de anemia falciforme. RBC ↓, HBG ↓, HCT ↓, VCM Normal, HCM Normal, CHCM Normal e RDW ↑. O exame complementar seria a eletroforese de hemoglobina ou HPLC e o resultado esperado seria: Presença de hemoglobina S, ausência de hemoglobina A, presença de hemoglobina A2 e aumento da hemoglobina fetal. 12) Paciente do sexo feminino, 64 anos, branca, aposentada, casada, dona de casa, natural de Petrolina (PE) e procedente do bairro da Ponta Verde (Maceió - AL), relata cansaço excessivo para realizar suas tarefas diárias. Nega sangramentos espontâneos e fezes escurecidas. Nega a realização de cirurgias prévias e relata estar na menopausa há 12 anos, sem reposição hormonal. Nega etilismo, tabagismo e o uso de medicamentos. Alega ter alimentação saudável, rica em carnes, grãos, frutas e folhas verdes, além de praticar exercícios físicos regularmente. Paciente relata que, há dois meses, foi diagnostica com artrite reumatóide, mas alega que não trata a doença. Diante dos achados relatados, qual é o provável diagnóstico? Nesse caso, os valores dos índices hematimétricos (RBC, VCM, HCM, CHCM, HTC e RDW) estariam acima, abaixo ou iguais aos valores de referência? Quais exames complementares seriam necessários para confirmar o diagnóstico e quais seriam os resultados esperados desses exames em relação aos valores de referência? R: Provável diagnóstico seria Anemia por Doença crônica, Normocítica/normocrômica ou microcítica/ hipocrômica, onde o ferro sérico estaria abaixo devido o aumento de hepaticidina e faz com que o ferro fique preso no macrófago, capacidade do ferro diminui, ferritina sérica normal, ferro na medula óssea normal e ferro dentro dos eritrócitos abaixo. Exames complementares seriam verificar os estoque de ferro e folato, outro exame seria o teste VHS (Velocidade de hemossedimentação), onde o VHS aumentado é sinal de processo inflamatório. 13) Compare as principais anemias microcíticas hipocrômicas (anemia ferropriva, talassemias e anemia de doença crônica) em relação aos valores dos índices hematimétricos. Quais exames complementares permitem diferenciar cada uma delas? Tendo como base os valores de referência, quais seriam os resultados esperados para cada um desses exames em cada uma das condições patológicas citadas anteriormente? R: Anemia ferropriva, talassemias e anemia de doença crônica são anemias microcíticas hipocrômicas onde nos índices hematimétricos ocorre na resposta de reticulócitos, sendo a ferropriva e crônica diminui e na talassemia permanece com uma resposta satisfatória não precisando de correção. Os exames complementares são saturação e capacidade de ligação da transferrina, ferritina, ferro sérico onde se os estoques estiverem baixo é anemia ferropriva e se estiverem normais é talassemia.
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