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Filosofias de vida não religiosas
Humanismo é uma tendência ideológica cuja importância tem se acentuado na vida espiritual da Europa nos últimos séculos. Materialismo, tendência ideológica aliada a ciência, tem raizes também na filosofia, assim como o humanismo. O marxismo foi incluído aqui para mostrar que uma filosofia de vida pode surgir como base numa teoria política.
Podemos definir um humanista como aquele que da maior importância aos seres humanos, a vida humana a liberdade do indivíduo, sua razão, suas oportunidades e seus direitos. Sócrates foi talvez o indivíduo que mais influenciou o desenvolvimento da filosofia humanista. Os estóicos acreditavam que a base para se decidir entre o certo e o errado deve ser encontrada na natureza. Todos compartilham a mesma compreensão universal, diziam; assim, deve existir uma justiça universal, a chamada justiça natural ou lei natural. Uma vez que a lei natural se fundamenta na compreensão do homem, vinda de tempos imemoriais, ela não se altera com o tempo nem com o local e se aplica a todos os seres humanos até aos escravos. Os humanistas da antiguidade focalizaram os seres humanos, e não mais a especulação filosófica sobre a origem do mundo e os elementos que o formam, indicaram a razão como fundamento de toda percepção, e acreditavam que há uma lei natural que se aplica a todos os seres humanos. O humanismo renascentista trouxe consigo: uma nova atitude para com a humanidade, um novo estado de espírito, uma nova visão do mundo natural, um novo método científico, e uma nova imagem do mundo.
O Iluminismo um movimento humanista que começou na Inglaterra e logo se difundiu na França, onde atingiu seu pleno florescimento. O Iluminismo marcou o sucesso de muitas ideias renascentistas, mas trouxe também suas próprias contribuições para a filosofia do humanismo. As ideias do humanismo iluminista: Da mesma forma que os humanistas da Antigüidade, os filósofos do Iluminismo tinham uma fé inabalável na razão humana. O Iluminismo também é conhecido como Idade da Razão. O objetivo era estabelecer uma base moral, religiosa e política coerente com a razão. Foi a nova fé na razão que propagou a ideia do Iluminismo. Os humanistas do iluminismo rebelaram-se contra as autoridades tradicionais, como a da Igreja e da aristocracia, desejavam que a razão prevalecesse em todas as esferas da vida, trabalhavam pela educação das massas, acreditavam no progresso cultural e técnico, desejavam libertar a religião do fanatismo e do dogma, e lutavam pela inviolabilidade do indivíduo, pela liberdade de expressão, pela justiça, filantropia e tolerância.
Humanismo cristão e humanismo profano, a chave do humanismo cristão é que o homem foi criado à imagem de Deus. De toda a criação, o homem é a criatura mais "semelhante a Deus". Isso, além de explicar sua posição especial e sua inviolabilidade, deve significar ainda que o homem tem a capacidade de fazer o bem, que ele não se tornou totalmente corrompido depois da queda. Distingue o humanismo cristão daquele conhecido como humanismo profano, a palavra profano significa "não sagrado", e com humanismo profano queremos dizer um humanismo que não tem raízes religiosas. Já na Renascença havia tendências para o humanismo profano, mas foi apenas no século XIX que este rompeu totalmente com a tradição humanista cristã. Isso ocorreu sobretudo por causa das novas descobertas científicas, em especial a teoria do biólogo Charles Darwin sobre as origens do homem (a doutrina da evolução). As características básicas do humanismo, exemplo sobre a compreensão da realidade, o humanismo se caracteriza por uma forte confiança na razão humana. Mas a razão é apenas um dos instrumentos que empregamos para compreender o mundo. Precisamos usar também nossa capacidade de recolher experiências. Todas as opiniões devem se fundamentar em nossa experiência. Nossa razão e nossa experiência é que formam a base de tudo o que conhecemos do mundo. O ser humano não pode afirmar que Deus existe utilizando apenas sua razão ou sua experiência. Mas tampouco é possível dizer com certeza que não existe Deus. Para expressar essa posição, o humanista costuma se definir como agnóstico. Sobre atitude para com a humanidade, a atitude humanista para com o ser humano é positiva e otimista. O homem tem grande valor e potencial. E ele é naturalmente bom. Os humanistas costumam definir o homem como um ser espiritual. Ele tem mais capacidade e mais potencial do que qualquer outra criatura. E tem uma liberdade muito diferente da de qualquer outro ser vivo. Outro ponto capital: ele tem a capacidade de criar algo por meio de seu trabalho e de suas atividades artísticas. Sobre a ética, os humanistas acreditam que, em virtude de sua razão, o homem sabe a diferença entre o certo e o errado. O homem não precisa de nenhum mandamento ou regra externa. Certos valores e normas básicas podem ser estabelecidos com base puramente na razão humana. É isso que se quer dizer com a expressão ética humanista. O princípio ético superior do humanismo é a Regra de Ouro: trate os outros como você gostaria de ser tratado. Essa regra é mais conhecida por fazer parte do Novo Testamento, mas muitos humanistas apontam que ideias semelhantes já foram expressas por outras culturas, inclusive no judaísmo (Levítico 19,18).
Materialismo: imagine que o universo inteiro seja composto apenas de matéria. Não existe nada além de átomos e partículas elementares. O mundo é uma coisa ou a soma de um número enorme de minúsculos tijolos.Todas as mudanças no universo todo e nessa Terra se deve aos movimentos de tijolinhos. Deus não existe. Não há nenhuma força ou poder espiritual. A consciência do homem é apenas um produto do seu cérebro, que não passa de uma máquina extremamente complicada. Essa é uma visão materialista do mundo. Materialismo ético de Epicuro, o filósofo Epicuro concordava com o atomismo de Demócrito, mas ao mesmo tempo lançou os alicerces de um materialismo ético. Epicuro e seus discípulos se reuniam num jardim, motivo por que ficaram conhecidos como "os filósofos do jardim". Dizia-se que acima da entrada desse jardim havia uma inscrição dizendo: "Estrangeiro, aqui dentro te espera o contentamento. Aqui, o deleite é o maior dos bens". Materialismo mecanicista dos séculos XVII e XVIII, o materialismo de épocas mais recentes veio na esteira da nova compreensão do mundo: a Terra é um dos muitos planetas que orbitam em volta do Sol. Isaac Newton (1643-1727) afirmou que as mesmas leis do movimento se aplicam ao universo inteiro. Todas as mudanças na natureza — tanto na terra como no espaço sideral — são governadas pela lei da gravidade e pelas leis do movimento. Tudo está sujeito às mesmas constantes imutáveis — ou à mesma mecânica.
Marxismo se fundamenta nas crenças do filósofo e político alemão Karl Marx(1818-83). A visão de Marx sobre o desenvolvimento da sociedade, Marx concordava com os socialistas utópicos quando diziam que o capitalismo é um sistema econômico que explora os trabalhadores, e que é importante adotar o seguinte sistema: "A cada um segundo suas necessidades, de cada um segundo suas capacidades". Mas ao mesmo tempo considerava o capitalismo um estágio necessário e vital na evolução histórica. O marxismo depois de Marx, Após a morte de Marx, os socialistas começaram a desenvolver as idéias marxistas. Em conseqüência, surgiram duas correntes principais dentro do movimento socialista: a social-democracia e o leninismo.

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