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Clínica Cirúrgica 8 - Aneurisma de Aorta Abdominal PDF

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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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Clínica Cirúrgica, VIII° 
O aneurisma da aorta abdominal (AAA) é 
uma dilatação patológica e permanente da aorta, 
com diâmetro >1.5 vezes o diâmetro 
anteroposterior (AP) esperado para o segmento, 
considerando o sexo e o tamanho do corpo do 
paciente. 
Na imensa maioria das vezes, a formação 
dos aneurismas é secundária a uma condição 
degenerativa crônica da parede arterial, 
geralmente associada à aterosclerose. Os dados 
mais recentes sugerem que alterações nas 
metaloproteinases do tecido podem diminuir a 
integridade da parede arterial e causar o quadro. 
No entanto, o tabagismo continua sendo o fator 
de risco mais importante. 
Os 4 principais mecanismos relevantes para 
o desenvolvimento do AAA são: degradação 
proteolítica do tecido conjuntivo da parede da 
aorta, inflamação e respostas imunes, estresse 
biomecânico sobre a parede e genética 
molecular. 
Além da etiologia degenerativa, outras 
causas de aneurisma de aorta incluem: infecção 
bacteriana (aneurismas micóticos), doenças do 
tecido conjuntivo e doenças autoimunes. 
 A etiologia mais comum dos aneurismas é 
degenerativa. 
 A porção da aorta abdominal mais 
frequentemente acometida é a infrarrenal. 
 Outras etiologias comuns de aneurisma de 
aorta incluem: aneurismas micóticos, 
doenças autoimunes e do tecido 
conjuntivo. 
 Aneurismas infecciosos são chamados de 
micóticos, no entanto, a absoluta maioria 
deles é secundária à infecção bacteriana 
e acontece em consequência de 
bacteremias ou êmbolos sépticos. 
Os fatores de risco de SURGIMENTO nem 
sempre são os mesmos envolvidos à sua 
EXPANSÃO e ROTURA. 
Fatores de risco para instalação do 
aneurisma: 
 Tabagismo (PRINCIPAL) 
 Idade avançada 
 Etnia caucasiana 
 Hipercolesterolemia 
 Hipertensão 
 Sexo masculino 
 História familiar de AAA 
Fatores de proteção para instalação do 
aneurisma: 
 Sexo feminino 
 Etnias não caucasianas 
 Diabetes 
A principal complicação dos aneurismas de 
aorta abdominal é a rotura e o principal fator de 
risco relacionado à rotura é o diâmetro da 
dilatação. 
 RISCO DRASTICAMENTE ELEVADO DE 
ROTURA? Diâmetros acima de 5,5 cm! 
Fatores de risco de rotura de AAA: 
 Diâmetro do aneurisma (diretamente 
proporcional ao risco de rotura) 
 Aneurisma sacular 
 Crescimento >0,5cm em 6 meses ou > 1cm 
em um ano 
 Aneurismas sintomáticos 
 Tabagismo 
 Sexo feminino 
 DPOC 
 Transplantado cardíaco ou renal 
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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As apresentações clínicas do aneurisma 
variam entre: 
1. Assintomático: a esmagadora maioria dos 
pacientes com aneurisma de aorta 
abdominal é assintomática. O aneurisma 
costuma ser descoberto incidentalmente 
em exames de rotina. 
À palpação abdominal, o aneurisma 
manifesta-se como massa pulsátil, 
geralmente situada na linha média e em 
região supraumbilical. 
2. Sintomático – sem rotura: são cerca de 
20% dos casos, seus sintomas incluem: 
 Dor abdominal em dorso ou flancos 
 Isquemia dos membros inferiores: 
secundária à trombose do 
aneurisma, à embolização ou à 
dissecção 
 Febre, mal-estar e sintomas 
consumptivos: relacionados aos 
aneurismas micóticos e 
inflamatórios 
 Lembrar que ANEURISMA 
SINTOMÁTICO NUNCA É COISA 
BOA  todo aneurisma 
sintomático deverá ser abordado 
cirurgicamente! 
Nestes casos, mesmo com 
estabilidade hemodinâmica, 
devemos descartar rotura! 
3. Sintomático – COM ROTURA: a tríade 
clássica do aneurisma abdominal roto 
inclui  dor abdominal e/ou lombar 
intensa, hipotensão e massa abdominal 
pulsátil! 
A CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA dos AAA 
através de exames de imagem incluem: 
ultrassonografia, tomografia computadorizada 
com contraste, angioressonância e a arteriografia. 
 USG com Doppler: é o método de escola 
para a avaliação diagnóstica em 
assintomáticos. A sensibilidade e 
especificidade aproximam-se de 100%! 
Este também é o exame de escolha para 
o seguimento de pacientes sob conduta 
conservadora. 
O USG SÓ NÃO É INDICADO em casos 
de suspeita de rotura, pois nestes casos 
há muitos falsos positivos! 
 Tomografia computadorizada com 
contraste: esse método é o padrão-ouro 
para o diagnóstico e avaliação de 
aneurismas de aorta abdominal. No 
entanto, fica reservado a aneurismas 
sintomáticos, pré-operatório, suspeita de 
rotura em pacientes estáveis ou casos em 
que a ultrassonografia não pode ser 
conclusiva. 
 Angioressonância magnética: é um método 
tão sensível e específico para o 
diagnóstico de AAA quanto a tomografia. 
No entanto, esse exame não identifica 
bem as áreas de calcificação e isso pode 
interferir no planejamento pré-operatório. 
 Arteriografia: é um método bastante 
limitado para a avaliação dos aneurismas. 
A maior aplicação da arteriografia no 
contexto dos AAA é nos planejamentos pré 
e intraoperatório. 
Conduta nos AAA 
Aneurismas sem rotura 
O manejo dessas lesões depende, 
basicamente, do tamanho da dilatação, da 
presença de sintomas, da velocidade de expansão 
e da configuração do aneurisma – fusiforme ou 
sacular. 
 
Quando indicar abordagem cirúrgica nos 
AAA? 
1. Diâmetro superior a 5,5cm 
3 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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2. Crescimento superior a 0,5cm em seis 
meses ou 1cm em um ano; 
3. Aneurisma sacular de qualquer tamanho 
4. Aneurisma sintomático 
5. Aneurisma inflamatório 
6. Aneurisma micótico 
7. Embolização periférica a partir de um 
trombo mural do aneurisma 
OBS.: por incrível que pareça, o tratamento de 
hipertensão, dislipidemia, diabetes e outras 
comorbidades NÃO PARECE ALTERAR A 
EVOLUÇÃO NATURAL DO ANEURISMA. 
Se não houver indicação cirúrgica, 
recomenda-se o acompanhamento anual ou 
semestral do aneurisma através de USG. 
Aneurismas Rotos 
Os aneurismas rotos são 
urgências/emergências cirúrgicas e negligenciar 
seu diagnóstico e tratamento em tempo hábil 
quase sempre custa a vida do paciente. 
Nos casos de rotura com instabilidade 
hemodinâmica, o paciente deve ser encaminhado, 
imediatamente, ao centro cirúrgico. A reposição 
volêmica é essencial nessas ocasiões. Apesar 
disso, a hipotensão permissiva é uma estratégia 
útil para a redução de sangramento e deve ser 
considerada para os pacientes conscientes, ou 
seja, sem sinais de hipoperfusão cerebral. 
Pacientes com suspeita de rotura, mas 
estáveis hemodinamicamente, devem ser 
submetidos, com urgência, a uma tomografia 
computadorizada com contraste. Esse método, 
além de confirmar o diagnóstico, é útil para o 
planejamento cirúrgico. 
Abordagem Cirúrgica 
A abordagem pode ser realizada de forma 
aberta ou endovascular. 
Os reparos endovasculares com próteses 
autoimplantáveis apresentam menor morbidade 
e, também, menor mortalidade precoce. Essa 
técnica pode ser aplicada para a correção de 
grande parte dos AAA. As principais 
contraindicações ao reparo endovascular dos 
aneurismas de aorta abdominal são três e 
incluem: 
 Aneurismas localizados na altura ou acima 
das artérias renais; 
 Presença de trombo ou calcificação 
circunferencial na região proximal de 
fixação da prótese; 
 Aneurismas infecciosos. 
 
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Estratégia MED. Cirurgia. Cirurgia vascular. 
2023.

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