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Artroptias e espondiloartropatias MARC 1

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Artroptias e espondiloartropatias 
 
ESPONDILOARTRITE 
 “espondiloartrite” é usado para descrever um grupo imbricado de doenças que se 
caracterizam por inflamação das articulações sacrilíacas (sacroiliiíte); da coluna 
vertebral (espondilite); das áreas de inserção dos tendões, das fáscias e dos 
ligamentos (entesite); e, em alguns casos, por oligoartrite, erupção cutânea ou 
doença ocular inflamatória (uveíte); 
 Também é conhecido como espondiloartrite soronegativa com base na 
negatividade do fator reumatoide; 
 Essas doenças incluem espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrite da doença 
intestinal inflamatória e artrite reativa; 
 Nos pacientes com espondiloartrite, as enteses são focos importantes de inflamação 
e doença  enteses são áreas ósseas nas quais se inserem tendões, fáscias e 
ligamentos; 
Manifestações clínicas 
 Dor no calcâneo com acometimento do tendão do calcâneo; 
 Dor no pé́ na área de inserção da aponeurose plantar; 
 Edema de todo o dedo (dactilite ou dedo de salsicha)  consequência da 
inflamação dos tendões flexores e extensores dos dedos das mãos ou dos pés; 
Exame histológico 
 Inflamação sinovial das espondiloartrite caracteriza-se por infiltrados inflamatórios 
crônicos inespecíficos e indistinguíveis dos que são causados pela artrite 
reumatoide; 
 Ocorre doença óssea erosiva, ao contrário do processo reumatoide, o processo 
inflamatório também é acompanhado de neoformação óssea nas articulações 
preexistentes; 
 Ossificação das estruturas articulares e ligamentares da coluna vertebral resulta na 
formação de sindesmófitos  pode causar a fusão final com anormalidades 
radiográficas típicas; 
 Os principais problemas clínicos que levam o paciente com espondiloartrite a 
procurar seu médico e requerem tratamento cuidadoso por muitos anos são dor 
axial, limitação dos movimentos e deformidade da coluna vertebral 
ESPONDILITE ANQUILOSANTE 
 É um tipo de inflamação que afeta os tecidos conjuntivos, caracterizando-se pela 
inflamação das articulações da coluna e das grandes articulações, como quadris, 
ombros e outras regiões; 
 Predominam em homens (3:1), com pico de incidência no início da vida adulta 
(média = 23 anos). O início após os 40 anos é incomum  uma das poucas; 
Achados clínicos 
Coluna axial 
 Sintoma inicial mais comum de espondilite anquilosante e ́ dor lombar inflamatória; 
 Dor e a rigidez localizam-se na região lombar baixa ou nas estruturas profundas das 
nádegas  início insidioso; 
 A dor e a rigidez da doença inflamatória geralmente pioram com repouso e 
melhoram com atividade física; 
 Paciente pode não conseguir dormir a ̀ noite ou se sentar por períodos longos e 
precisa se levantar e esticar o corpo para obter alívio; 
 Perda da amplitude dos movimentos e a deformidade das estruturas moveis  
paciente com doença progressiva; 
 Paciente com acometimento da coluna lombar geralmente tem redução da 
lordose natural e há achatamento deste segmento da região lombar; 
 Ha ́ limitação da amplitude dos movimentos quando o paciente tenta inclinar-se 
para frente; 
Artrite periférica 
 A espondiloartrite pode evidenciar-se como uma forma juvenil pauciarticular com 
acometimento assimétrico dos membros inferiores e entesite; 
 A idade habitual de apresentação é em torno dos 10 anos, mas existem casos 
publicados de pacientes de apenas 6 anos de vida; 
Entesite 
 Entesite inflamatória crônica da coluna vertebral é a primeira etapa do processo 
que culmina na fusão vertebral e na anquilose; 
 Entesite das articulações costoesternais causador na parede torácica, que pode ser 
semelhante às síndromes de dor pleurítica, pericárdica ou anginosa; 
 Edema nem sempre é evidente nessas áreas, mas o exame por palpação direta 
detecta hipersensibilidade; 
Oculares 
 30% dos pacientes com espondilose anquilosante têm uveíte anterior aguda, que 
não necessariamente corresponde a ̀ evolução da doença articular  pode ser o 
sintoma que leva ao diagnóstico; início é súbito e a inflamação é unilateral, sendo 
que os principais sinais e sintomas são dor intensa, eritema e fotofobia; 
 Em geral, os corticoides tópicos são eficazes para o tratamento de um episódio 
agudo; 
Achados laboratoriais 
 Isoladamente, nenhum exame laboratorial confirma o diagnóstico de espondilite 
anquilosante; 
 Exames hematológicos são normais; 
 VHS e o nível de proteína C reativa estão elevados em cerca de 50% dos casos e 
tendem a estar mais relacionados com a atividade da doença articular periférica; 
 Testes sorológicos para fator reumatoide e fatores antinucleares são negativos e os 
níveis do complemento sérico estão normais; 
Teste para HLA-B27 
 Esta ́ diretamente relacionado com a espondilite anquilosante e ocorre em mais de 
85% dos pacientes; 
 A maioria dos indivíduos com HLA-B27 (>90%) não desenvolve espondiloartrite; 
 Raramente é necessário para estabelecer o diagnóstico de espondiloartrite; 
Exames de imagem 
Articulações sacroilíacas 
 O exame radiográfico das articulações sacrilíacas é o teste mais simples e específico 
para essa doença; 
 Diagnóstico de espondiloartrite possa ser considerado com base na anamnese e no 
exame físico, a sua confirmação definitiva não pode ser realizada sem exames 
radiográficos; 
 Em geral, a primeira anormalidade radiográfica e ́ esclerose óssea das faces ilíacas 
das bordas articulares. A partir daí as erosões ósseas avançam. Em seguida, o 
“pseudoalargamento” da articulação pode tornar-se evidente. Por fim, há fusão do 
espaço da articulação sacrilíaca com desaparecimento subsequente das 
alterações escleróticas iniciais  , essas alterações começam no terço inferior da 
articulação sacrilíaca e o acometimento simétrico bilateral e ́ típico da espondilite 
anquilosante e da artrite enteropa ́tica; 
 RM é um exame mais sensível e específico para detectar as anormalidades 
precoces causadas pela espondiloartrite; 
Coluna vertebral 
 Nas radiografias da coluna lombar em perfil, os primeiros achados radiográficos são 
as lesões de Romanus, ou “cantos brilhantes”  são erosões ósseas dos ângulos 
anterossuperior e anteroinferior dos corpos vertebrais, estão associadas a ̀ 
reabsorção óssea e a ̀ esclerose reativa. 
 O processo das erosões inflamatórias e a neoformação periosteal subsequente faz 
que os corpos vertebrais pareçam “quadrados”; 
 As lesões de Romanus também podem ser detectadas nas regiões torácica e 
cervical; 
 A calcificação e a ossificação das estruturas ligamentares entre os corpos vertebrais 
resultam na formação dos sindesmófitos típicos (i.e., coluna de bambu). As 
articulações apofisa ́rias da coluna são fundidas e o resultado é imobilidade; 
Articulações periféricas 
 Os achados radiográficos das articulações periféricas geralmente são causados 
pela sinovite das articulações proximais ou pela entesite  com a sinovite, há 
estreitamento simétrico do espaço articular, e a entesite pode causar reac ̧a ̃o 
periosteal na área de inserção do tendão; 
 A sínfise púbica – uma articulação cartilaginosa – pode desenvolver alterações 
erosivas e escleróticas. O estreitamento e a irregularidade da sínfise púbica podem 
ser detectados facilmente nas radiografias da pelve; 
Diagnóstico 
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DE NEW YORK ODIFICADOS 
 Clínicos 
- Dor e rigidez na região lombar baixa ha ́ mais de três meses, que melhoram com a 
atividade física, mas não são aliviadas com repouso; 
− Limitação da mobilidade da coluna lombar nos planos sagital e frontal; 
− Limitação da expansibilidade torácica a 2,5 cm ou menos, conforme medição no 
nível do quarto espaço intercostal; 
 Radiográficos 
- Sacroileíte: unilateral grau 3 (esclerose e erosões das bordas articulares) ou grau 4 
(fusão articular); 
− Sacroileiíte: bilateral grau 2 (esclerose das bordas articulares) a 4 (fusão articular) 
TTO 
 O processo inflamatório podepermanecer confinado às articulações sacrilíacas, ou 
pode afetar os segmentos lombar, torácico e cervical da coluna vertebral  todos 
os pacientes devem compreender a natureza de sua doença e a necessidade de 
acompanhamento médico contínuo, bem como as bases da fisioterapia e do 
tratamento farmacológico da doença; 
 Fisioterapia: assegurar que o paciente possa evitar deformidade da coluna 
vertebral e perda da mobilidade das articulações -> iniciado mais facilmente 
quando os sintomas estão controlados; recomendar que o paciente mantenha uma 
postura ereta quando está sentado ou de pé; Dormir na posição de pronaça ̃o e ́ 
melhor para manter a coluna vertebral em extensão, mas a posição supina e ́ 
adequada se houver apoio adequado. O paciente deve evitar dormir de lado em 
posição enroscada; 
 AINES: usados como primeira opção de tratamento clínico para aliviar a dor e a 
rigidez causadas pela doença e ampliar a capacidade de o paciente realizar 
exercícios físicos, que são muito importantes à manutenção da postura adequada. 
Quando a resposta a um esquema inicial na ̃o e ́ adequada, e ́ recomendável 
prescrever outra classe de AINE. Em alguns casos, quando os sintomas melhoram, a 
dose do AINE pode ser reduzida progressivamente ao longo de va ́rias semanas e 
reintroduzida se os sintomas recidivarem. A doenc ̧a pode progredir mesmo sem 
sintomas; por esta raza ̃o, o me ́dico deve monitorar cuidadosamente esses 
pacientes, ainda que não estejam utilizando qualquer fa ́rmaco. Existem algumas 
evide ̂ncias de que o uso contínuo de AINEs reduz o grau de progressa ̃o radiogra ́fica 
em dois anos; 
 Fármacos antirreumáticos modificadores da doença: esse grupo de fa ́rmacos não 
tem efica ́cia comprovada como tratamento da doenc ̧a vertebral da 
espondiloartrite, embora possa produzir alguma melhora moderada da artrite 
perife ́rica que ocorre em alguns pacientes com esta doenc ̧a. A sulfassalazina usada 
para tratar doença intestinal inflamatória mostrou-se eficaz como tratamento inicial 
da espondilite anquilosante com acometimento das articulac ̧ões perife ́ricas. Alguns 
estudos utilizaram metotrexato para tratar espondilite anquilosante resistente aos 
AINEs e a ̀ sulfassalazina. Uma metanálise desses estudos na ̃o detectou qualquer 
efeito bene ́fico atribuível ao metotrexato; 
 Agentes inibidores do fator de necrose tumoral: recomendações: pacientes com 
espondilite anquilosante confirmada e doenc ̧a em atividade (avaliada por 
para ̂metros validados) e que não melhorem com um ciclo de tratamento com dois 
AINEs; Os agentes anti-TNF aprovados (2014) sa ̃o etanercepte, infliximabe, 
adalimumabe e golimumabe. Estudos realizados com esses fa ́rmacos 
demonstraram efica ́cia comprovada para atenuar os sintomas e tambe ́m reduzir os 
marcadores inflamato ́rios (p. ex., HBV e proteína C reativa) nas primeiras semanas 
depois de iniciar o tratamento. A interrupc ̧a ̃o do tratamento pode causar 
reativaça ̃o da doenc ̧a depois de vários meses. 
 TTO cirúrgico: A operac ̧a ̃o da coluna vertebral raramente é realizada, a menos que 
seja necessa ́ria para estabilizar uma área com fratura. Mais comumente, até 5% dos 
pacientes necessitam de artroplastia total do quadril. Em geral, essa operac ̧a ̃o e ́ 
bem tolerada, possibilita reduc ̧a ̃o da dor do quadril e aumenta a mobilidade; as 
próteses duram até 20 anos em 50% dos pacientes. 
ARTITE REUMATÓIDE 
 É uma doença sistêmica crônica que afeta principalmente a sinóvia  resultando em 
inflamação e proliferação sinoviais, destruição da cartilagem articular e erosão do osso 
justa-articular  destruição e deformidades articulares progressivas; 
 É mais comum em mulheres  pode iniciar em qualquer fase porém é mais comum no 
final dos anos reprodutivos; 
 Em homem começa mais comumente entre a sexta e oitava décadas de vida; 
 Tem uma contribuição genética importante  associação mais forte e conhecida é 
com os alelos dos gene HLA-DRB1  seus variantes que estão associados a AR; 
 Tem uma contribuição epidemiológica com o tabagismo - com aumento da chance 
de desenvolver artrite reumatoide a partir de 10 anos-maço, mantido mesmo após 
suspensão do tabagismo por até 20 anos (provoca inflamação e formação de 
proteínas citrulinadas nos pulmões) e a periodontite (associada a circulação de 
proteínas dos tecidos periodonticos)  AR com positividade para anti-pepitídeos 
cirtulinados cíclicos (anti-CCP); 
 Pode ter fatores infecciosos (parvovírus, vírus Epstein-Barr, micoplasma, Mycobacterium 
e bactérias da microbiota intestinal) e hormonais (estrógenos) 
Achados clínicos 
 Início da doença  insidioso de dor, rigidez e edema de várias articulações ao 
longo de semanas ao meses. Pode ter uma apresentação clinica tão fulminante 
que o pct não perceba o problema; 
 Pode ser monoartrite ou oligoartrite persistente por períodos longos antes de 
apresentar o padrão mais típico de acometimento poliarticular; 
Manifestações articulares 
 Poliartrite simétrica e aditiva, principalmente de mãos e pés [metacarpofalângicas 
(MCF), interfalângicas proximais (IFP), interfalângicas distais (IFD) e 
metatarsofalângicas (MTF)], relacionada com rigidez matinal ou depois de períodos 
longos em repouso; 
 Podem ocorrer sintomas gerais, como fadiga, febre, mialgia e perda de peso; 
 MÃOS: atrofia de interósseos; desvios ulnar de MCF e radial dos punhos; dedo em 
pescoço de cisne (hiperextensão da IFP + flexão da IFD); dedo em botoeira (flexão 
da IFP e hiperextensão da IFD); síndrome do túnel do carpo (compressão do n. 
medial); síndrome do canal de Guyon (compressão do n. ulnar); tenossinovite 
estenosante (dedo em gatilho); mãos em dorso de camelo; estiloide em tecla de 
piano (lesão do ligamento colateral ulnar, levando à proeminência da cabeça 
ulnar e estiloide); e polegares em Z (flexão da MCF e hiperextensão IF) 
 
 
 
 OMBROS: redução da amplitude de movimento e progressão para ombro 
congelado (capsulite adesiva); 
 COTOVELOS: semiflexão e semipronação; 
 CERVICAL: cervicalgia; instabilidade C1-C2 (tenossinovite do ligamento transverso 
de C1) com subluxação atlantoaxial e mielopatia cervical; 
 JOELHOS: cisto de Baker (herniação posterior da cápsula), que pode romper e 
evoluir com clínica semelhante à trombose venosa profunda; deformidades em 
varo ou valgo; 
Manifestações extra-articulares 
 Associadas a doença grave, poliarticular, com fator reumatoide positivo e 
HLADRB1*0401; 
 Em casos raros as manifestações extra-articulares podem começar antes das 
anormalidades articulares; 
 A maioria dos pcts apresentam fadiga, febre baixa (menor ou igual a 38 graus) e, 
pode ocorrer também, emagrecimento significativo; 
 A maioria dos pcts não referem história familiar importante; 
 NÓDULOS REUMATOIDES: predominam em zonas de atrito (superfície extensora do 
antebraço, tendão do calcâneo, ísquio, MTF e flexora dos dedos); 
 RIM: glomerulonefrite mesangial, amiloidose AA (amiloide A) e nefrite intersticial 
secundária à síndrome de Sjögren ou uso de anti-inflamatórios não esteroides; 
 CARDÍACAS: derrame pericárdico assintomático (50%), aortite, aneurisma de aorta 
e insuficiência aórtica (dilatação do anel valvar); 
 RESPIRATÓRIA: maioria assintomática. Pode ocorrer doença intersticial com fibrose 
intersticial em bases [pneumonia intersticial usual (PIU)], nódulos pulmonares, 
derrame pleural (glicose baixa, desidrogenase lática e proteínas elevadas) e 
bronquiolite obliterante (rara e grave); 
 OCULAR: síndrome sicca (Sjögren), episclerite (benigna), esclerite (grave), ceratite 
ulcerativa periférica e escleromalacia perfurante; 
 DOENÇA DE STILL: é uma doença inflamatória sistêmica rara, com apresentação 
clínica heterogênea. Caracteriza-se por sintomas constitucionais, como febre alta, 
mialgia e poliartrite, podendo ser um episódio único ou recorrente. O rash rosa-
salmão evanescente, queocorre durante os episódios febris, é característico da 
doença. É possível também o aparecimento de quadros de serosite, linfadenopatia 
e esplenomegalia, assim como anemia e trombocitose; 
 SÍNDROME DE FELTY: presença de AR associada a esplenomegalia e leucopenia (às 
custas especialmente de neutropenia), via de regra em uma fase mais tardia de AR 
destrutiva. Ocorre em menos de 1% dos pacientes com AR, e sua faixa etária 
predominante é da quinta à sétima década, sendo dois terços dos pacientes do 
sexo feminino. Apresenta vínculo com HLA DR4, nódulos reumatoides e níveis 
elevados de FR. Pode vir associada a nódulos subcutâneos, úlceras em membros 
inferiores (MMII), linfadenopatia, vasculite reumatoide e neuropatia periférica. Tem 
como diagnóstico diferencial importante a leucemia linfocítica granular (LLG) T. 
 VASCULITE REUMATOIDE: ligada ao FR positivo, tabagismo ativo e doença de longa 
duração. Pode apresentar-se com neuropatia periférica (acometimento de vasa 
vasorum), vasculite cutânea (púrpura palpável e úlcera em MMII), vasculite de 
médios vasos com arterite visceral, mononeurite múltipla, livedo reticular, pioderma 
gangrenoso, infecção periungueal e necrose de extremidades; 
Exames complementares 
 Reagentes de fase aguda  velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína 
C reativa  devem ser solicitados periodicamente para avaliar atividade de 
doença; 
 FR e o anticorpo antipeptídio citrulinado cíclico (anti-CCP)  são mais específicos e 
servem para o diagnóstico e prognóstico da doença; 
 Exames de imagem são importantes no diagnóstico e na avaliação da progressão 
de doença; 
 Radiografia de mãos e pés  pode mostrar edema de partes moles, osteopenia 
periarticular, erosões marginais, redução do espaço articular e deformidades. Em 
alguns casos é possível ver alterações nas radiografias antes mesmo dos sintomas 
articulares; 
 Ultrassonografia  utilizado para o diagnóstico precoce (sinovites subclínicas e/ou 
erosões) e para instrumento de avaliação de atividade da doença (sinovites com 
power Doppler positivo); 
 RNM  tem alta sensibilidade e pode mostrar edema ósseo (prediz erosão), 
tenossinovite, erosão e dano à cartilagem; 
Diagnósticos diferenciais 
 Infecções por parvovírus B19, vírus da imunodeficiência humana (HIV), vírus da 
hepatite B e C, e rubéola; 
 Outras doenças autoimunes  lúpus eritematoso sistêmico (LES), síndrome de 
Sjögren, polimialgia reumática, espondiloartropatia, artrite psoriásica, 
hipotireoidismo, sarcoidose e amiloidose podem se apresentar como uma síndrome 
reumatoide; 
 
Critérios classificatórios ACR/EULAR 2010 
 São aplicados em pacientes com pelo menos uma sinovite clínica não explicada 
por nenhuma outra doença. É positivo para pontuações ≥ 6; 
 
Tratamento 
 TTO não farmacológico  educação sobre a doença, cessação do tabagismo, 
terapias físicas (fisioterapia, reabilitação e terapia ocupacional), infiltração articular 
e controle de comorbidades (risco cardiovascular e infeccioso); 
 TTO farmacológico  uso precoce de medicamento modificador do curso da 
doença (MMCD) em pacientes recém diagnosticados e sob rígido controle da 
resposta à terapêutica (tight control), aplicando a estratégia treat-to target  alvo 
do tratamento é a remissão da doença ou baixa atividade em pcts com doença 
de longa data; 
 Antes d e iniciar o tratamento deve fazer o rastreio infecciosos  tb e hepatites. Se 
teste tuberculínico positivo  tratar tb latente c isoniazida por 6 meses e, após 1 mês 
do início do tratamento pode dar início ao tratamento com o agente biológico; 
 Consultas periódicas (entre 3 e 6 meses) para calcular os índices de atividade da 
doença e classificar se o pct está em estado de remissão ou com atividade de 
doença baixa, moderada ou alta  resultados comparados com os da consultas 
anteriores; 
Recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia de 2017 
1º etapa  MMCD sintético convencionais 
 1º fase: metotrexato (MTX) deve ser a primeira escolha terapêutica, se 
contraindicações optar por leflunomida (LFN) ou sulfassalazina. A hidroxicloroquina 
pode se tornar a primeira opção em pacientes sem fatores de mau prognóstico 
(casos leves e com menor risco de apresentar erosões ósseas); 
 2º fase: caso o pct apresente toxicidade ou falta de resposta em 3 meses ou alvo 
não for atingido em 6 meses  recomenda-se troca ou a associação de MMCD 
sintéticos convencionais  MTX com antimalárico (cloroquina ou hidroxicloroquina) 
– é a menos utilizada; MTX com sulfassalazina; MTX com antimalárico e sulfassalazina 
(terapia tríplice); e MTX com LFN. Para minimizar os riscos recomenda-se a redução 
da dose do 1º medicamento no momento da associação; 
2º etapa: após 6 meses, iniciar primeiro biológico em associação com MMCD, de 
preferência o MTX 
 3º fase: após 6 meses em uso de dois esquemas terapêuticos diferentes utilizando 
MMCD sintéticos, e com persistência da atividade de doença moderada ou alta 
recomenda-se o uso de um MMCD biológico ou do tofacitinibe, sempre em 
combinação com MTX, sulfassalazina ou LFN. Caso tenha contraindicação absoluta 
contra os MMCD siuntéticos, recomenda-se a monoterapia com MMCD biológico 
ou com tofacitinibe; 
 MMCD biológicos disponíveis do SUS: anti-TNF, bloqueador da coestimulação de 
linfócitos, anti-IL-6 ou sintético alvo-específico; 
3º etapa: troca de biológicos em associação com MMCD sintético, preferencialmente o 
MTX 
TTO das manifestações extra-articulares 
 Vasculites: 
- Formas leves (localizadas) ou moderadas: prednisona 20 a 40 mg associada a 
imunossupressores [como MTX ou azatioprina (AZA)]. Manutenção do tratamento 
com MTX, AZA ou LFN 
- Formas graves: pulsoterapia com metilprednisolona 1 g por 3 dias associada à 
pulsoterapia com ciclofosfamida (CFA), RTX ou anti-TNF. A manutenção pode ser 
feita com MTX, AZA ou LFN; 
 Nódulos reumatoides: respondem bem ao corticosteroide sistêmico e ao MMCD 
sintético convencional; 
ARTRITE SÉPTICA 
 É uma emergência médica, e a demora em estabelecer o diagnóstico e iniciar o 
tratamento pode causar destruição articular irreversível e aumentar a mortalidade; 
 As bactérias patogênicas têm acesso aos espaços articulares por disseminação 
hematogenica (mais de 50% dos casos), inoculação direta ou disseminação a partir 
de focos infecciosos dos ossos ou tecidos moles adjacentes; 
 As infecções cutâneas sejam os fatores predisponentes mais comuns às infecções 
articulares, a bacteriemia transitória associada às infecções respiratórias, 
gastrintestinais ou geniturinárias também pode causar artrite séptica; 
Manifestações clínicas 
 Início súbito de dor, aumento da temperatura local e edema da articulação; 
 Pacientes com doenças reumáticas preexistentes ou imunossupressão, a 
apresentação clínica é mais insidiosa; 
 Os sinais comuns de artrite séptica são derrames articulares evidentes, 
hipersensibilidade moderada a grave durante a palpação da articulação afetada 
e limitação acentuada dos movimentos ativos e passivos; 
 Paciente com artrite monoarticular aguda deve ser considerado portador de artrite 
séptica, ate ́ que se prove o contrário; 
 Artrite bacteriana não gonocócica é monoarticular em 80 a 90% dos casos, mas o 
acometimento poliarticular (10 a 20% dos pacientes) esta ́ associado a um 
coeficiente de mortalidade mais alto; 
 Nos casos típicos, a monoartrite infecciosa acomete joelhos (40 a 50%), quadris (13 
a 20%), ombros (10 a 15%), punhos (5 a 8%), tornozelos (6 a 8%), cotovelos (3 a 7%) e 
pequenas articulações das mãos ou dos pés (5%); 
 Causa febre em 60 a 80% dos casos, embora essas elevações não sejam muito 
expressivas  20% dos pacientes com febre têm calafrios com tremores, que, em 
geral, correspondem aos episódios de bacteriemia; 
 Tosse, queixas gastrintestinais ou disúria podem ser sintomas de infecção 
preexistente; 
Achados laboratoriais 
Leucometriade sangue periférico e culturas 
 Contagens de leucócitos do sangue periférico estão elevadas em 2/3 dos pcts; 
 Velocidade de hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa geralmente estão 
aumentadas e podem ajudar a monitorar os efeitos do tratamento; 
 40 a 50% dos pacientes com artrite séptica também têm bacteriemia  coletar 
sangue para realizar hemocultura antes do TTO com ATB; 
 Culturas de espécimes extra-articulares (como secreções respiratórias, cutâneas, 
gastrintestinais ou geniturinárias) também devem ser realizadas; 
Análise do líquido sinovial 
 Essencial para o diagnóstico definitivo de artrite séptica; 
 Obtido por uma artrocentese de emergência dirigida por radioscopia, tomografia 
computadorizada (TC) ou ultrassonografia; 
 Quando há ́ suspeita de infecção das articulações esterno claviculares, do quadril 
ou do ombro, ou quando os pacientes têm próteses articulares  pode-se realizar 
uma cirurgia aberta para a coleta do líquido e para biópsia ; 
 Artrocentese está́ contraindicada quando a agulha precisa atravessar uma área 
de celulite, lesões cutâneas profusamente colonizadas (p. ex., placas de psoríase) 
ou infecção de qualquer tipo. Bacteremia também é uma contraindicação relativa 
da artrocentese; 
Exames de imagem 
 Radiografia simples: pouca utilidade no diagnóstico da artrite séptica, mas são 
obtidas como parte da avaliação inicial e para excluir osteomielite adjacente; em 
geral demonstram apenas edema dos tecidos moles. Se infecção por E. Coli ou 
bactérias anaeróbias a radiografia pode apresentar gás dentro da articulação que 
inda não foi puncionada; 
 TC: para avaliar ou realizar a aspiração das articulações dos quadris e dos ombros 
e as articulações esterno claviculares; 
 RM: demonstra edema ou abscessos nos tecidos moles adjacentes e pode ser 
especialmente útil para detectar sacroileíte séptica. Pode detectar erosões ósseas 
iniciais associadas a osteomielite incipiente adjacente; 
 Cintilografia com gálio: o gálio acumula-se nos locais em que há́ extravasamento 
de proteínas séricas e leucócitos e a cintilografia com este marcador e ́ mais 
esclarecedora que a modalidade convencional para diferenciar entre infecção e 
lesão mecânica; 
TTO 
 Drenagem: tratamento da artrite não gonocócica séptica requer internação 
hospitalar para drenagem da articulação infectada. A resposta ao tratamento 
pode ser avaliada pela monitoração das contagens de células do líquido sinovial e 
pelos resultados das culturas nos dias subsequentes a internação; 
 ATB: Depois da punção diagnóstica inicial da articulação afetada, os antibióticos 
intravenosos devem ser administrados imediatamente. O tratamento antibiótico 
empírico baseia -se nos resultados da coloração inicial pelo Gram ou no quadro 
clínico sugestivo de artrite bacteriana; 
 Mobilização: exercícios de mobilização passiva para evitar formação de aderências 
e facilitar a eliminação do exsudato purulento depois da regressão da reação 
inflamatória aguda. É substituída gradativamente por exercícios de fortalecimento 
ativo das estruturas periarticulares para ajudar a evitar contraturas articulares; 
ARTRITE PSORIÁTICA 
 Pode acometer múltiplos sítios, entre eles: pele, unhas, enteses, articulações 
periféricas e axiais  variabilidade da apresentação clínica da doença torna o 
diagnóstico desafiador; 
Epidemiologia 
 Mais comum na etnia caucasiana, apresentando distribuição semelhante entre 
homens e mulheres; 
 Doença de grande impacto psicossocial e na qualidade de vida, estando inclusive 
associada à queda na produtividade laboral; 
Manifestações clínicas 
 Iniciam-se 10 anos após as primeiras manifestações da psoríase; em até 15% as 
manifestações podem iniciar antes ou simultaneamente com o quadro cutâneo; 
 Tem 5 subtipos: 
- Oligoarticular: acomete no máximo quatro articulações de forma assimétrica; 
- Poliarticular: afeta cinco ou mais articulações de forma simétrica, semelhante à 
artrite reumatoide; 
- Distal: envolve as articulações interfalângicas distais de mãos e pés, em geral 
acompanha outros subtipos, porém pode ser isolada em até 5% dos casos; 
- Artrite mutilante: artrite deformante e destrutiva, com importante reabsorção 
óssea, eventualmente com dedos em telescópio; 
- Axial: acomete primeiro coluna vertebral e articulações sacroilíacas; 
Diagnóstico 
 Baseia-se na história clínica e no exame físico; 
 Não existem biomarcadores que consigam predizer com acurácia pacientes que 
evoluirão com APs; 
 Importante que o diagnóstico seja precoce; 
 Na prática, são utilizados os Critérios Classificatórios para Artrite Psoriásica (CASPAR) 
 
TTO 
 Não farmacológico: Para todos os pacientes, recomenda-se: cessar tabagismo, 
controlar o peso e praticar atividade física  melhoram o prognóstico do paciente 
e a resposta ao tratamento; 
 Farmacológico: 
- AINE: são sintomáticos, reduzindo dor e edema, porém não atuam modificando o 
curso natural da doença nem impedem o dano estrutural; 
- Metotrexato: é aprovado para tratamento de psoríase grave e incapacitante. 
Essa medicação constitui a primeira linha terapêutica para a doença, podendo ser 
utilizada em monoterapia ou combinada à terapia biológica. É recomendada 
efetivamente tanto para a artropatia como para a doença cutânea, apresentando 
como principais efeitos colaterais hepatotoxicidade e mielotoxicidade; 
- Leflunomida: é um inibidor da síntese de pirimidinas e atua prevenindo a ativação 
e a proliferação de células T. Apresenta eficácia no tratamento de manifestações 
articulares. Sem indicação para controle de doença cutânea 
 
 
ARTRITE REATIVA 
 Artrite subsequente a um quadro infeccioso urinário ou gastrintestinal, muitas vezes 
sem a identificação do agente etiológico nas articulações afetadas; 
Manifestações clínicas 
 Oligoartrite assimétrica, que acomete preferencialmente as articulações de 
membros inferiores (joelhos, tornozelos e metatarsofalângicas), precedida por 
infecção urogenital ou gastrintestinal em 1 a 6 semanas; 
 Entesite, dactilite, dor alternante em nádegas e lombalgia inflamatória pode ocorrer 
na apresentação inicial ou com a evolução; 
 A febre e o quadro sistêmico de perda de peso e adinamia (fraqueza muscular); 
 O quadro é autolimitado na maioria das vezes, com resolução espontânea dentro 
de 6 meses em cerca de metade dos casos e, na grande maioria, dentro de 1 ano; 
Manifestações extra-articulares 
 Oftalmológicas: conjuntivite, uveíte anterior, episclerite, ceratite; 
 Geniturinárias: disúria, dor pélvica, uretrite, flogose no meato uretral, cervicite, 
prostatite, salpingooforite e cistite; 
 Gastrintestinais: diarreia e dor abdominal; 
 Cutâneas: úlceras orais indolores, erupções cutâneas, ceratoderma blenorrágico 
(lesões hiperqueratóticas em mãos e pés, parecidas com as lesões da psoríase 
pustulosa). Alterações ungueais também são comuns e em muito se assemelham 
àquelas da psoríase; 
 Cardíacas: são muito incomuns, porém há relatos de doença valvar 
(principalmente insuficiência aórtica), distúrbios de condução e pericardite; 
 
IMPACTO DA AUTOMEDICAÇÃO 
 No Brasil, dados recentes revelam que cerca de 76,4% da população pratica 
cotidianamente a automedicação, principalmente a partir de indicação de 
familiares e amigos, mas também a partir de informações encontradas na internet 
e em anúncios publicitários; 
 No Brasil, a farmácia é vista como uma loja e não como um estabelecimento de 
promoção à saúde; 
 Um dos perigos da automedicação é a prática comum de aumentar a dose do 
fármaco por conta própria, ou misturar diversos medicamentos com a intenção de 
aumentar seus efeitos; 
 Uso de doses inadequadas pode resultar tanto em ineficácia quanto em overdose 
de fármacos, essa última representando grave risco à saúde; 
 Pode mascarar sintomas de condições mais sérias que necessitam do diagnóstico 
correto paraserem tratadas adequadamente; 
 Uso indiscriminado de antibióticos pode acarretar no desenvolvimento de 
resistência por parte dos patógenos, o que aumenta o risco de ineficácia do 
tratamento em infecções futuras; 
 A publicidade tem um grande impacto para a indústria farmacêutica, que investe 
muito em anúncios na televisão, revistas e jornais; 
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta como uma das causas 
da automedicação a facilidade de acesso a medicamentos devido ao número 
elevado de farmácias e drogarias, além de práticas comerciais éticas e legalmente 
questionáveis cometidas por diversos estabelecimentos;

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