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Aula 05

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Investigação - Coop. Investigativa
Aula 5 - Soberania Estatal
INTRODUÇÃO
A Soberania é o atributo mais importante de um Estado no cenário internacional.
Nesta aula, estudaremos Soberania, características e re�exos no contexto internacional e na atividade investigativa. Analisaremos as modalidades de acordos para acordos
internacionais.
OBJETIVOS
Identi�car os conceitos de Soberania e seus atributos.
Analisar como a Soberania dos povos re�ete nas relações internacionais;
Esclarecer os atos internacionais.
Povo
É o conjunto de indivíduos que se unem para formar
um Estado. São os cidadãos unidos por um vínculo
jurídico permanente que forma a vontade do Estado.
Território demilitado
É o espaço físico ocupado pelo Estado, que inclui seu
espaço aéreo e o Mar territorial. É a área onde a
Soberania Estatal se manifesta, delimitando sua
legitimidade. Não há Estado sem território.
Poder soberano
Soberania, que talvez seja o elemento mais importante
do Estado, é um atributo do Poder Político Estatal.
Existem poderes políticos não soberanos, que não
formam um Estado (exemplo: Municípios, Estados
Federados).
SOBERANIA
Segundo a Ciência Política, um Estado só existe com seus três elementos essenciais:
A
Soberania é o atributo que garante a Supremacia do Poder Político. Não existe nenhum poder acima deste. Ela pode ser vista sob duas óticas:
Soberania externa
A Soberania, sob a ótica externa, signi�ca a capacidade de se autodeterminar perante outros Estados Soberanos. No âmbito internacional, um Estado será Soberano quando não estiver
subordinado a nenhum outro Estado, sendo reconhecida essa qualidade pelos demais Estados Soberanos.
Quando era colônia e no período em que foi Reino Unido de Portugal, o Brasil não era Soberano, já que estava ligado a Portugal. Somente após a independência o Brasil passou a ser
Estado Soberano, sem qualquer subordinação com Portugal, adquirindo a capacidade de se autodeterminar.
Soberania interna
Internamente, a Soberania é vista como o livre exercício do poder político, sem qualquer outro poder que o limite. Os entes federativos (Estados federados, Distrito Federal e Municípios)
possuem poder político autônomo, mas não possuem Soberania, já que este poder político está limitado por um poder político que lhe é superior. A maior manifestação de Soberania no
Estado Brasileiro é a Constituição da República.
A soberania é exercida pelo povo, assim como o poder político, que o faz por meio de seus representantes (art. 1º, parágrafo único, CRFB (glossário)).
CARACTERÍSTICAS DA SOBERANIA
A Soberania, como atributo do poder político, apresenta uma série de características próprias:
UNIDADE
A Soberania é Una. Na medida em que é um poder ilimitado, que não sofre interferência por parte de qualquer outro, a Soberania é única em cada
Estado, não havendo que se falar em mais de um poder Soberano.
INDIVISIBILIDADE
A Soberania é Indivisível, ou seja, não pode ser fracionada. É impossível a divisão em várias partes de uma mesma Soberania. Essa característica está
intimamente ligada com a da unicidade.
INALIENABILIDADE
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
É Inalienável, pois o Estado que a detém deixa de ser um Estado se abrir mão dela. A Soberania é um elemento essencial do Estado, se o Estado
perde sua soberania ele deixa de existir automaticamente.
IMPRESCRITIBILIDADE
Enquanto o Estado existir, existirá a Soberania. Não possui prazo de duração, não possui um �m. Alguns autores chamam essa característica de
Perpétua ou Absoluta.
SOBERANIA E O PLANO INTERNACIONAL
No plano internacional, a Soberania pode ser entendida como a personalidade jurídica do Estado. Por meio da Soberania, o Brasil é um sujeito de direitos e obrigações dentro do plano
internacional. Um Estado pode celebrar tratados e se relacionar juridicamente com outros Estados por causa da Soberania.
Fonte: Drop of Light / Shutterstock
Por meio do exercício da Soberania, Estados criam grupos econômicos, entidades internacionais para progresso social como a ONU e outras instituições. A Soberania faz de cada Estado
uma pessoa.
A Soberania garante que um Estado não vai, por regra, interferir no plano interno de outro Estado. A Constituição, no seu artigo 4º, traz os princípio que regem o Brasil no que concerne às
relações internacionais. Entre estes princípios, podemos destacar os estampados nos incisos III, IV e V de mencionado artigo. Esses princípios deixam claro o real sentido da Soberania.
III. AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS
A autodeterminação dos povos transmite a ideia da capacidade de autodeterminação do Estado, segundo a vontade de seu povo, típica da Soberania.
IV. NÃO INTERVENÇÃO
A não intervenção é reconhecer a Soberania de outros Estados. Um Estado não interfere no outro, respeitando a ideia de que “cada um sabe de si”. A
menos que um Estado peça auxílio a outro, este não irá interferir nas suas questões internas.
V. IGUALDADE ENTRE OS ESTADOS
A igualdade entre os Estados re�ete a soberania nos aspectos de que não há um poder externo maior. O Estado Soberano está em pé de igualdade
com os demais Estados Soberanos. Não há hierarquia entre um Estado e outro.
A Constituição também assegura a prevalência dos direitos humanos (Art. 4º, inciso II, CRFB). Assim, caso alguma nação venha a ferir gravemente direitos humanos provocará a reação
do Estado Brasileiro. É evidente a preocupação da Carta Magna em preservar a Soberania das nações amigas, somente vindo a afrontá-la em raríssimos casos.
SOBERANIA E COOPERAÇÃO INVESTIGATIVA
Em um mundo cada vez mais globalizado é comum a prática de delitos em mais de um Estado Soberano. Assim, passa a ser mais frequente que uma investigação em determinado país
culmine com a necessidade de se realizar diligências em outra nação.
As ciências que orbitam a atividade investigativa se desenvolvem de maneira diferente nas várias nações.
Exemplo
, Em uma nação A, a ciência médica se desenvolve mais que em uma nação B. Nessa nação B, a ciência mecânica se desenvolve mais que na nação A., , Se as duas ciências podem ser utilizadas na
atividade investigativa, por que não trocar conhecimentos? Assim surge a Cooperação Investigativa Internacional.
No Brasil, o presidente da República - que é o chefe de Estado e representante do Estado Soberano na cena internacional - assina os acordos de cooperação internacional. Essa atividade
é vedada aos demais entes federados (Estados Federados, Distrito Federal e Municípios).
Os acordos para cooperação acontecem por meios de atos internacionais, que são acordos entre Estados para regularem situações e alcançarem interesses mútuos:
CONVENÇÃO
São tratados assinados em conferências internacionais, que versam sobre assuntos de interesse geral. É uma espécie de convênio assinado por
países sobre os mais variados temas questões comerciais, industriais, relativas a direitos humanos etc.
Exemplo: Convenção de Haia, que versa sobre o sequestro internacional de crianças e adolescentes.
ACORDO
O termo Acordo” é uma expressão de uso livre e amplamente utilizado na prática internacional. Eles estabelecem a base institucional que orienta a
cooperação entre dois ou mais países. Os acordos costumam ter número reduzido de participantes.
Exemplo: Acordo entre o governo do Brasil e da Dinamarca para o enfrentamento da pobreza na área de transporte marítimo e intercâmbio cultural
bilateral.
AJUSTE OU ACORDO COMPLEMENTAR
É um ato complementar de um ato internacional anterior. É usado para estabelecer os termos de execução de outro ato internacional ou para detalhar
áreas especí�cas de um ato.
Exemplo: O Brasil e Alemanha assinaram em 2011 um ajuste complementar a um acordo de cooperação técnica nas áreas de �orestas tropicais e
e�ciência energética, em vigor desde 1996.
PROTOCOLO
São acordos menos formais do que os tratados ou acordos complementares. Podem ser documentos que interpretam tratados ou convenções
anteriores ou são utilizados para designar a ata �nal de uma conferência internacional.Na prática diplomática brasileira, o termo também é usado
sob a forma “protocolo de intenções”.
Exemplo: O Protocolo de Quioto, do qual o Brasil é signatário, estabelece compromissos por parte dos países para a redução da emissão de gases de
efeito estufa.
MEMORANDO DE ENTENDIMENTO
Atos redigidos de forma simpli�cada. Têm a �nalidade de registrar princípios gerais que orientam as relações entre as partes em planos político,
econômico, cultural ou em outros.
Exemplo: Brasil e Cingapura mantêm um memorando de entendimento para cooperação em ciência e tecnologia, que prevê, entre outros, implementar
projetos e programas conjuntos em áreas como microbiologia e imunologia.
Vídeo.
Fonte: Natanael Ginting / Shutterstock
CONVÊNIO
É o termo utilizado para acordos em matérias sobre cooperação de natureza econômica, comercial, cultural, jurídica, cientí�ca e técnica.
Exemplo: Convênio entre os governos do Brasil e do Paraguai sobre saúde animal nas áreas de fronteira. Os dois países se comprometem a
sincronizar suas ações (como datas de vacinação) e atuar conjuntamente na de�nição de normas sanitárias, a �m de proteger a saúde dos animais
da região.
ACORDO POR TROCA DE NOTAS
Ato utilizado para assuntos de natureza administrativa, para alterar ou interpretar cláusulas de atos já concluídos. Seu conteúdo está sujeito à
aprovação do Congresso.
Exemplo: O Brasil mantém um acordo dessa natureza com a Bolívia para a criação de Comitês de Integração Fronteiriça para promover a integração
política, econômica, social, física e cultural.
TRATADOS
São os acordos internacionais entre dois (bilaterais) ou vários países (multilaterais) aos quais se pretende atribuir importância política.
Exemplo: Tratados de extradição, possibilitando a transferência para o Brasil de criminosos capturados no exterior e vice-versa.
Todos os atos internacionais praticados pelo Chefe de Estado devem passar pela análise do Congresso Nacional para que tenha valor jurídico. No âmbito da cooperação investigativa
internacional, é mais comum que os acordos sejam celebrados por meio de memorandos de entendimento, uma vez que são acordos mais simples que os tratados e capazes de atender
os interesses existentes na área investigativa.
Fonte da imagem: primiaou / Shutterstock
Vídeo.
EXERCÍCIOS
Questão 1: Arthur, grande tra�cante de armas, importava armas de fogo do Canadá e as introduzia em território brasileiro atravessando a fronteira terrestre com o Paraguai. Felipe,
Delegado de Polícia Federal que investigava Arthur há algum tempo, descobriu o momento exato em que este pretendia ingressar com um carregamento de fuzis no Brasil. Diante disso,
Felipe montou uma operação a �m de prender Arthur em �agrante. Contudo, ao chegar aos limites da fronteira paraguaia, Arthur avistou o cerco montado por Felipe e permaneceu do
lado paraguaio da fronteira. Frustrado, Felipe atravessou a fronteira, ingressando em território paraguaio, onde prendeu Arthur em �agrante e o trouxe para o Brasil.
Analise a conduta de Felipe sob a ótica da Soberania dos Estados. Considere que não existe qualquer tratado referente a cooperação no combate a crimes na fronteira entre Brasil e
Paraguai.
Resposta Correta
Questão 2: São atributos da Soberania, exceto:
a) Imprescritibilidade.
b) Relatividade.
c) Unicidade.
d) Inalienabilidade.
e) Indivisibilidade.
Justi�cativa
Questão 3: São Atos internacionais, exceto:
a) Protocolos.
b) Tratados.
c) Pactos Federativos.
Justi�cativa
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