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1 Dezembro de 2021 REGSEBRA017 Fundamentos da Gestão Estratégica em Projetos Elétricos DIRETORIA ACADÊMICA PLANO DE ENSINO Diretoria de Pós-Graduação e Pesquisa MBA - MBA em Gestão e Engenharia de Sistemas Elétricos PLANO DE ENSINO Disciplina: FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA EM PROJETOS Carga Horária: 36 horas – 24 horas aulas remotas – 12 Horas Estudos Remotos Professor Prof. Dr. José Francisco Resende da Silva Possui Graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1994), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo (2003) e Doutorado em Engenharia Elétrica pela USP Universidade de São Paulo (2015). Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Materiais Elétricos, atuando principalmente nos seguintes temas: cruzeta polimérica, materiais para redes aéreas de distribuição, Manutenção e Operação do Sistema. Possui MBA em Gestão Empresarial pela FGV-Fundação Getúlio Vargas - 2009. MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas, 2011. Professor Executivo, IBE-Business Education Campinas conveniada da FGV- Fundação Getúlio Vargas em cursos de Pós-Graduação em Administração de Empresas, de 2009 a 2017. Professor no curso de MBA na Área de Gerenciamento de Projetos no IBE-Campinas conveniado FGV-Fundação Getúlio Vargas, de 2012 a 2017. Professor no Curso de MBA-Especialização em Gerenciamento de Projetos do SENAC Jundiaí. Professor no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP, de 2009 a 2017, ministrando aulas nos cursos de Ciências da Computação, Redes de Computadores, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecatrônica, Ciências Contábeis, Engenharia da Produção, Engenharia de Produção Mecânica, Engenharia Ambiental, Tecnologia em Segurança do Trabalho e Manutenção Industrial. Atuou como Especialista Sênior em Pesquisa e Desenvolvimento na Diretoria de Assuntos Regulatórios da Empresa Elektro-Eletricidade e Serviços S.A., responsável pela criação de projetos para os Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Programa de Eficiência Energética e Responsabilidade Social (incluindo Gerenciamento de Projetos) da Empresa Elektro junto a ANEEL até 2017. Um dos autores dos Livros “Redes Elétricas Inteligentes no Brasil - Análise de Custos e Benefícios de um Plano Nacional de Expansão.” e “Avaliação de Segurança em Medidores Eletrônicos” e autor de Capítulo do Livro “Smart Cities Technologies. Um dos autores do Livro “Redes Elétricas Inteligentes de Distribuição de Energia Elétrica” Profissional com 32 anos de Experiência no Setor Elétrico Brasileiro. Atualmente é Professor Assistente Doutor na UNESP-Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Campus Experimental de Rosana no Curso de Engenharia de Energia. Ementa Estratégia, raciocínio, conceito, funções, formulação, análise, formação e construção de modelos de estratégia. Introdução a cenários. Sensibilização quanto aos ambientes interno e externo das organizações e sua conexão com a área de Engenharia Elétrica. Conceitos de gestão e suas funções. Diagnóstico organizacional. Gestão Estratégica. Análise de Viabilidade Econômica de Projetos. Estudo de casos com aplicação em Engenharia Elétrica. Objetivos Objetivo Geral Ensinar o conceito de Estratégia e Viabilidade Econômica sensibilizando o aluno quanto ao modelo de Administração Estratégica e os elementos que o constituem. DIRETORIA ACADÊMICA PLANO DE ENSINO Diretoria de Pós-Graduação e Pesquisa Objetivos Específicos Discutir o conceito de estratégia; Construir o modelo racional de Administração Estratégica; Realizar estudos de Viabilidade econômica em projeto; Discutir projetos e estudos de caso da Engenharia Elétrica relacionados aos conceitos e modelos apresentados; Estimular o aluno a utilizar os modelos de administração estratégica e Viabilidade de Projetos na sua vida profissional. Conteúdo Programático UNIDADE I O conceito da Administração Estratégica (sexta-feira – noturno) 1.1. O que é Estratégia 1.2. A construção racional de um modelo de Administração Estratégica. Desafios. 1.3. O Modelo I/O (Organização Industrial) 1.4. O Modelo baseado nos Recursos 1.5. Intenção e Missão Estratégicas 1.6. Desenvolvimento de atividade: Missão Estratégica UNIDADE II Ambientes (sábado – matutino) 2.1. Ambiente Externo: Ambiente Geral, Ambiente do Setor, Análise da Concorrência. 2.2. Ambiente Interno: Recursos, Capacidades, Competências Essenciais. 2.3. Desenvolvimento de atividade: Matriz SWOT 2.4. Desenvolvimento da Formulação de Estratégias 2.5. Visão geral. Elementos constituintes 2.6. Desenvolvimento de atividade: Formulação da estratégia UNIDADE III Formulando Estratégias (sábado – vespertino) 3.1. Metodologia, Oportunidade. Integração de Processos. Melhoria de desempenho; 3.2. Fontes de rentabilidade. Recursos. Seleção; 3.3. Desenvolvimento de atividade: Formulação do planejamento estratégico de projeto. 3.4. Gerenciamento de Projetos 3.5. Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir UNIDADE IV Planejamento Estratégico para Gestão de Projetos (domingo – manhã) 4.1. Estimativas de Fluxo de Caixa; Método do Valor Presente Líquido; Método da Taxa Interna de Retorno; Método do Índice de Lucratividade; Método de Pay-back. 4.2. Seleção de Projetos Mutuamente Excludentes; Seleção de Projetos com e sem Restrição de Capital; Análise de Break Even; Análise de Sensibilidade; Árvore de Decisão. 4.3. Análise de Resultados. Cenários. 4.4. Atividade de Cálculo de Viabilidade econômica de Um Projeto Elétrico. Metodologia (Dinâmica das Aulas) Exposição dialogada Sensibilização Discussão de casos Exercícios Individuais para desenvolvimento dos conceitos, aplicados em casos práticos. DIRETORIA ACADÊMICA PLANO DE ENSINO Diretoria de Pós-Graduação e Pesquisa Material e Recursos Utilizados Conteúdo didático do Professor (apresentação Power Point, gráficos, figuras, outros elementos). Notebook, Ambiente para aulas remotas. Avaliação Avaliação contínua e participativa. Atividades Específicas Modalidade Nota 1. Exercício 1: Missão, Visão e Valores Grupo 2 2. Exercício 2: Análise SWOT Grupo 2 3. Exercício 3: Formulação da Estratégia Grupo 3 4. Exercício 4: Viabilidade econômica de um projeto Grupo 2 5. Participação/Frequência Individual 1 Total 10,0 Bibliografia Básica 1. Hitt, M., Irend, R., and Hoskisson, R. Administração Estratégica. Pioneira Thomson Learning. São Paulo, 2005. 2. Ference, Thomas P., Thurman, Paul W. Estratégia. Série Fundamentos. Saraiva, 2008. 3. Porter, M. Vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1992. 4. Kerzner, H. Gestão de Projetos: As melhores práticas. Porto Alegre: Brookman, 2002. 5. BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração Financeira: Teoria e Prática. 1ª edição. São Paulo: Atlas, 2001. 6. DAMODARAN, Aswalth. Filosofias de Investimento: Estratégias Bem-sucedidas e os Investidores que as Fizeram Funcionar. 1ª edição. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. 7. LAPPONI, Juan Carlos. Projetos de Investimento na Empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 8. MARTINS, Eliseu; FINANCEIRAS, Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e. Avaliação de Empresas: da Mensuração Contábil à Econômica. 1ª edição. São Paulo: Atlas, 2006. 9. WOILER, Samsão; MATHIAS, Washington Franco. Projetos: Planejamento, Elaboração e Análise. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2008. Bibliografia Complementar 1. As 50 marcas mais valiosas do país – Exame 2. Sites corporativos, ex.: Samsung 3. Revista HSM Management 4. Successful manager’s handbook. Personnel Decisions International Corporation. 2000 5. ADAMS, John. Risco. São Paulo: Editora SENAC, 2009. 6. COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica: da Empresa que Temos para a Empresa que Queremos. 2ª edição. São Paulo: Saraiva, 2007. 7. FORTUNA,Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 17ªedição. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008. 8. GIDO, Jack; CLEMENTS, James P. Gestão de Projetos: PMP Project Management Professional. edição. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 9. HELDMAN, Kim. Gerência de Projetos. 3ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 10. REILLY, Frank K.; NORTON, Edgar A. Investimentos. São Paulo: Cengage Learning. 2008. 1 REGFRBRA003 Fundamentos da Gestão Estratégica em Projetos Prof. Dr. Eng. José Francisco Resende da Silva engjfrs@hotmail.com Maio 2021 1 2 REGSEBRA017 Maio 2022 2 Agenda Quem Somos Breve Introdução; Planejamento, Elaboração e Análise; O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa; Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir; A Necessidade de Capital. Agenda Quem Somos Breve Introdução; Planejamento, Elaboração e Análise; O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa; Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir; A Necessidade de Capital. 3 4 3 5 Currículo Doutor Engenharia Elétrica USP MBA Gestão Empresarial FGV MBA Gestão de Projetos FGV Programa de P&D ANEEL ELEKTRO Professor Conveniado FGV Management Pós MBA em Gestão de Projetos - FGV ALINHAMENTO DE EXPECTATIVAS QUESTÃO NORTEADORA 40 Minutos ATIVIDADE 1 5 6 4 O que é Estratégia? Qual sua importância em um projeto? Qual sua importância em uma empresa? Quais ferramentas conhecidas por você são utilizadas para elaboração de Planejamento Estratégico? 40 Minutos Times de Até 6 Pessoas Distribuir em salas ATIVIDADE 1 Agenda Quem Somos Breve Introdução; Planejamento, Elaboração e Análise; O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa; Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir; A Necessidade de Capital. 7 8 5 Um breve histórico Empresarial no Brasil. Breve Introdução A atividade produtiva e a ação do estado • O processo de industrialização da economia brasileira ganha força no início do século XX; • Nesta época, algumas famílias, a exemplo da Matarazzo, então apoiadas pelo estado conseguem montar vários conglomerados industriais; • Houve neste período uma aceleração da migração de capital internacional para o Brasil, direcionado principalmente para a infraestrutura: ferrovias, gás, energia e outros; • Outras iniciativas de investimento apoiadas pelo governo aconteceram, tais como no segmento do papel, que é o caso da Kablin no Paraná, do petróleo, que é o caso da Petrobras no Rio de Janeiro, da produção de aço, que é o caso da Usina de Volta Redonda também no Rio de Janeiro. 9 10 6 Breve Introdução As fases de substituição de importações • A doutrina econômica que dominou o país até recentemente foi a do desenvolvimento pela substituição das importações; • A ideologia por trás desta doutrina era agregar valor ao produto nacional, uma vez que a relação de troca estabelecida no comércio internacional pelo país baseava-se nos produtos agropecuários e a mesma se deteriorava ao longo do tempo; • A partir daí houve um estímulo à produção interna, sendo que, neste caso, a eficiência produtiva era um objetivo secundário; • A primeira grande fase deste modelo econômico ocorreu durante o governo JK e a segunda fase deu-se no governo Geisel, sendo que este modelo foi grandemente alavancado pelo capital internacional; • Houve nesta época um grande estímulo à produção de insumos básicos, bens de capital e energia (hidroelétrica, carvão, petróleo, álcool e nuclear). Breve Introdução A abertura econômica e a estabilização da moeda • A partir da década de oitenta observou-se que o modelo de substituição da importação, apesar de resolver o problema interno da oferta de bens duráveis e não duráveis, insumos básicos e bens de capital, estava esgotado produzindo os seguintes impactos: - Falta de competitividade em praticamente todos os setores produtivos; - Custo exorbitante nas diversas cadeias produtivas; - Processo inflacionário sem controle. • Estes fenômenos foram observados mais claramente no setor da informática, uma vez que apesar de ter produzido alguns avanços, estes foram conseguidos a um custo fora de propósito para os setores que dependiam de computadores e de softwares para aumento de eficiência operacional; • O processo de abertura econômica a partir de 1990 provocou três movimentos importantes: 11 12 7 Breve Introdução A abertura econômica e a estabilização da moeda • O fim das reservas de mercado; • Início do processo de privatização; • Controle da inflação e conseqüente estabilização da moeda. • Estes movimentos provocaram um círculo virtuoso o qual culminou com a elevação da classificação da economia brasileira para o nível de grau de investimento; • A abertura e a estabilidade da moeda aliadas ao processo de privatização permitiram o surgimento de novos empreendimentos, aumentando a concorrência nos vários setores da economia, englobando aí, a atividade agropecuária, a indústria, o comércio e os serviços; • Deste modo, as decisões sobre investimentos foram alteradas e os projetos de investimento passaram a elaborados e analisados dentro de um contexto estratégico; Princípios Empresariais: VISÃO MISSÃO VALORES 13 14 8 Importância e benefícios do planejamento estratégico 1- Favorece a comunicação 2- Permite planejar os investimentos 3- Protege contra as mudanças do mercado 4- Melhora a tomada de decisão 5- Ajuda a empresa se fortalecer 6- Funciona como vantagem competitiva Importância e benefícios do planejamento estratégico 15 16 9 Breve Introdução Estratégia: Planejamento e Posicionamento Dentro do desenvolvimento de um projeto de investimento qualquer, deve ser levado em conta o caráter estratégico, observando-se um grau de planejamento que permita a análise do ambiente interno da organização, confrontando-o com o ambiente externo no qual ela está inserida, buscando-se estabelecer em processo de análise os seguintes elementos: � Oportunidades – tais como: potencial de mercado, nova tecnologia e etc; � Ameaças – tais como: alteração de legislação, entrada de um novo concorrente, etc; � Pontos Fortes – tais como: qualidade de execução, força de vendas, distribuição, etc; � Pontos Fracos – tais como: deficiência em marketing, baixa qualidade de recursos humanos, capacidade de investimento, etc. Breve Introdução Estratégia: Planejamento e Posicionamento De outra maneira, deve-se levar em conta também o posicionam ento daquilo que o projeto vai produzir e fornecer, dentro do contexto de f orças que o mesmo está submetido, a saber: � Novos Entrantes – são os novos competidores que resolvem explorar um determinado segmento de mercado e no qual não atuavam antes; � Produtos Substitutos – são produtos e serviços que surgem decorrentes de inovação ou de novas tecnologias impactando no ambiente do mercado; � Poder do Fornecedor – devido ao seu poder em uma negociação junto a possíveis compradores; � Poder do Comprador – devido ao seu poder em uma negociação junto a possíveis vendedores; 17 18 10 Breve Introdução Estratégia: Planejamento e Posicionamento � Rivalidade de concorrência – devido à competição entre organizações na disputa pelo espaço no mercado. Desta maneira, o projeto de investimento deve estar alinhad o com a estratégia do negócio o qual é a razão de ser da organização, s endo que a estratégia pode e será estabelecida dentre as que seguem cit adas abaixo: � Excelência operacional; � Diferenciação; � Proximidade ao cliente. O projeto então deverá gerar valor percebido para o cliente f inal e margem de resultado para a organização que o está patrocinando. Breve Introdução Tecnologia Recursos humanos Infra-estrutura da empresa M a r g e m ServiçosMarketing e Vendas OperaçõesLogística V a l o r Atividades Primárias A tiv id ad es d e A po io Diagrama da Cadeia de Valor 19 20 11 Confira as 10 marcas mais valiosas do mundo • Apple - US$ 234,241 bilhões • Google - US$ 167,713 bilhões • Amazon - US$ 125,263 bilhões • Microsoft -US$ 108,847 bilhões • Coca-Cola - US$ 63,365 bilhões • Samsung - US$ 61,098 bilhões • Toyota - US$ 56,246 bilhões • Mercedes-Benz - US$ 50,832 bilhões • McDonald's - US$ 45,362 bilhões • Disney - US$ 44,352 bilhões... FONTE: Renato Pezzotti-Colaboração para o UOL, em São Paulo - 17/10/2019 16h10Atualizada em 17/10/2019 19h56 e Canaltech (2020) APPLE Domina Tudo em MOBILE FONTE: https://www.tudocelular.com/mercado/noticias/n150451/apple-domina-lucros-vendas-smartphones-2019.html 21 22 12 • A Alphabet, holding que controla todas as empresas do grupo Google, registrou lucro de US$ 10,6 bilhões no 4º trimestre de 2019, alta de 19,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando apresentou lucro de US$ 8,9 bilhões FONTE: https://www.poder360.com.br/economia/lucro-da-dona-do-google-sobe-192-e-atinge-us-106-bilhoes-no-4o-trimestre/#:~:text=A%20Alphabet%2C%20holding%20que%20controla,US%24%208%2C9%20bilh%C3%B5es. • O faturamento total da Amazon no quarto trimestre de 2019 ficou em US$ 87,4 bilhões, 21% a mais do que nos últimos três meses do ano anterior. A empresa teve lucro de US$ 3,26 bilhões, com crescimento anual de 8%. FONTE: https://tecnoblog.net/323400/amazon-prime-150-milhoes-assinantes-4t-2019/#:~:text=O%20faturamento%20total%20da%20Amazon,com%20crescimento%20anual%20de%208%25. 23 24 13 Coca Cola • “Eu sou pago para tornar os donos da Coca- Cola cada vez mais ricos a cada dia que passa. O resto é conversa”; • O lucro líquido da Coca-Cola cresceu 135% no quarto trimestre de 2019, para US$ 2,04 bilhões, em relação ao mesmo período de 2018. O lucro por ação ficou em US$ 0,47. • A receita da companhia avançou 16% para US$ 9,1 bilhões, também na comparação com o quarto trimestre de 2018, superando a expectativa dos analistas. FONTE: https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2020/01/30/lucro-da-coca-cola-cresce-135percent-no-4o-tri-para-us-2-bilhoes.ghtml • A Walt Disney Co. registrou queda de 54,6% no lucro líquido do quarto trimestre fiscal (encerrado em 28 de setembro/2019), para US$ 1,05 bilhão (US$ 0,8 por ação), na comparação com o mesmo período de 2018. FONTE: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/11/07/disney-tem-queda-de-55percent-no-lucro-do-trimestre-fiscal.ghtml 25 26 14 • Em seu time definir um projeto ou empreendimento. • Escolher o core de atividades da empresa. • Definir: • Propósito; • Missão; • Visão • Valores. • Elaborar a matriz SWOT. ATIVIDADE 2 70 Minutos Times de Até 6 Pessoas Distribuir em salas Agenda Quem Somos Breve Introdução; Planejamento, Elaboração e Análise; O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa; Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir; A Necessidade de Capital. 27 28 15 Planejamento, Elaboração e Análise Planejamento, Elaboração e Análise Estruturação do empreendimento Ao longo do processo de estruturação do empreendimento, pod e-se observar três fases distintas: • Planejamento do Empreendimento; • Implantação do Empreendimento; • Operacionalização do Empreendimento. Planejamento do Empreendimento Durante esta fase é feita todo detalhamento de como o empreen dimento vai funcionar, sendo que ao final deste processo, faz-se a análi se de viabilidade econômica financeira, envolvendo: • Concepção e Definição do Negócio; • Análise do Mercado; • Estudo de Localização; • Estratégia Empresarial; • Planejamento de Marketing; 29 30 16 Planejamento, Elaboração e Análise • Plano Operacional; • Planejamento Financeiro; • Análise de Viabilidade Econômica Financeira e de Riscos; • Origem de Financiamento. Implantação do Empreendimento É a fase de pré-operação aonde são alocados e mobilizados tod os os recursos necessários para a sua operação, envolvendo o gerenciamento das seguintes dimensões: • Prazos; • Escopo da Implantação; • Recursos Humanos; • Aquisições; • Informação / Comunicação; • Integração; • Qualidade; • Riscos; • Custos; • Stakeholders Planejamento, Elaboração e Análise Operacionalização do Empreendimento É a fase de operação, funcionamento ou start-up, quando já es tão alocados e mobilizados todos os recursos necessários para a sua operaç ão, envolvendo o gerenciamento e a execução de todas as atividades da empresa que são relativas às seguintes dimensões: • Comercialização; • Produção; • Recursos Humanos; • Suprimentos; • Logística (armazenagem e transporte); • Finanças (custos, faturamento, contas a pagar/receber e co ntroladoria); • Contabilidade e jurídica; • Tecnologia de Informação e Qualidade. 31 32 17 Planejamento, Elaboração e Análise Antes de passar ao estudo do planejamento, elaboração e anál ise de projetos, faz-se necessário abordar-se rapidamente a problemática da impla ntação de um projeto de investimento. Deste modo, baseados na abordagem de Harold Kerzner (2006), assim como na base da moderna teoria de gerenciamento de projetos e ainda nos co nceitos relativos ao “PMBOK – Project Management Body of Knowledge ” cabe uma re ferência à questão relativa à tática adotada para a execução de uma dete rminada implantação de projeto de investimento. Os recursos necessários ao planejamento e à execução das ati vidades de implantação necessitam de um gerenciamento específico, vi sto que muitas vezes eles se tornam críticos para o desenrolar da implementação d o projeto. Poderíamos citar como principais elementos de gestão assoc iados à execução de uma ação de implantação de projeto, os seguintes: Planejamento, Elaboração e Análise PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO PROCESSOS DE ENCERRAMENTO PROCESSOS DE EXECUÇÃO PROCESSOS DE INICIAÇÃO 33 34 18 35 Ciclo de Vida - Projeto A gestão da implantação do projeto de investimento é estrutu rada a partir do ciclo de gerenciamento associado aos elementos planejamento, ex ecução, monitoramento e controle das diversas dimensões associada s ao projeto. A partir daí observa-se que este ciclo gerencial é aplicado d entro de algumas áreas de conhecimento específicas e que estão associadas à execuç ão da implantação do projeto de investimento, sendo que a figura abaixo mostrada demonstra este relacionamento. Verifica-se aí o nível de importância das variáveis custo, t empo, qualidade, assim como as condições de contorno de escopo do projeto assim como das atividades que aparecem de maneira centralizada na ilustração. Planejamento, Elaboração e Análise 35 36 19 Planejamento, Elaboração e Análise PROJETO ESCOPO TEMPO CUSTO QUALIDADE RH COMUNICAÇÃO RISCO AQUISIÇÕES STAKEHOLDER INTEGRAÇÃO • Observando a empresa criada por seu time na atividade 2, realizar o levantamento dos principais Riscos do Negócio e a lista Stakeholders. ATIVIDADE 3 60 Minutos Times de Até 6 Pessoas Distribuir em salas 37 38 20 Planejamento, Elaboração e Análise Concepção Inicial do Projeto. Este é o início do desenvolvimento do projeto e parte da inici ativa de uma organização ou indivíduo que vislumbra uma oportunidade de negócio e geraç ão de riqueza a partir de um empreendimento. Análise de Mercado. • Inicialmente faz-se o confronto entre a demanda e a oferta, a fim de se detectar a provável escassez de oferta futura. Este resultado fornece rá os elementos para que seja determinada a escala de produção do projeto; • Estabelece-se a região geográfica em que o produto poderá se r comercializado, que é um dos aspectos importantes para determinar a localiza ção do investimento; • Ajuste para o preço de venda, os custos de comercialização e o s estoques nos canais de comercialização, que são elementos importantes p ara elaborar as projeções do projeto. Planejamento, Elaboração e Análise Com relação à demanda pode-se classificar os bens conforme a baixo: Bens de consumo: • não duráveis; • duráveis. Bens de produção: • Bens intermediários são bens manufaturados ou matérias- primas empregados na produção de outros bens intermediários ou de produtos finais. [1] Destinam-se, portanto, a ser reincorporados a outros bens ou são destruídos,ao serem utilizados para produzir outros bens. Entre os bens intermediários, incluem-se produtos minerais, produtos metalúrgicos, têxteis, papel e celulose, produtos químicos, borracha, plásticos, componentes elétricos e eletrônicos. 39 40 21 Bens de produção (ou bens de capital ) são, segundo a economia, os meios usados para produzir bens de consumo. No entanto, os fatores de produção originais, como trabalho e terra, não contam. Um exemplo comum de bem econômico de produção é o maquinário. Planejamento, Elaboração e Análise A partir daí tem-se algumas variáveis relevantes, as quais p assam a ser descritas abaixo: Bens de consumo não duráveis: • População e suas características; • Tendência de consumo secular per capita do produto; • Renda e suas características; • Preço do bem e dos sucedâneos. Bens de consumo duráveis: • Demanda de expansão; • Demanda de reposição; • O número de famílias; • Renda disponível e concentração de renda; • Condições de crédito; • Preço do produto e de sucedâneos; • Durabilidade e estoque. Bens de produção intermediários: • Nível de utilização; • Alternativas à produção; • Volume de processos industriais que utilizam o bem. 41 42 22 Planejamento, Elaboração e Análise Bens de produção ou de capital: • A rentabilidade do setor; • Situação de lucro; • Nível de utilização; • Taxas de juros a longo prazo. Uma questão importante a ser levada em consideração na análi se de mercado é aquela associada ao ciclo de vida dos produtos, sendo: • O estágio de introdução. É a fase de pré-produto e de desenvolvimento, na qual o produt o é introduzido no mercado, sendo que as vendas iniciais são baixas e começam a c rescer vagarosamente e envolvem também uma baixa lucratividade. Planejamento, Elaboração e Análise • O estágio de crescimento. Neste ponto as curvas de venda crescem depressa, uma vez que a participação de mercado está em expansão. Do mesmo modo, a lucratividade cre sce também o que provoca o surgimento de concorrentes. O maior volume de prod ução pode provocar redução de custos devido à curva de experiência e a melhoria d o processo produtivo. • O estágio de maturidade e saturação. Neste ponto as vendas ainda crescem mas com menor velocidade reduzida, sendo que a lucratividade começa a cair, visto que a competitivida de tende-se a tornar mais acentuada. Neste ponto, variações de produto podem ser intr oduzidas no mercado na tentativa de se estender o seu ciclo de vida. • O estágio de declínio. Neste ponto as vendas caem rapidamente com conseqüente perd a de lucratividade, o que pode ocorrer pelas seguintes razões: 43 44 23 Planejamento, Elaboração e Análise • Desapareceu a necessidade do produto; • Surgiram novos produtos mais eficazes; • Os concorrentes conseguiram promover um produto substitut o melhor. Estudos de Localização. O problema locacional para a empresa tem natureza essencial mente dinâmica, sendo que devido à sua necessidade pode ser conveniente: • Expandir o que existe ou subcontratar; • Reter a estrutura atual e implantar outra; • Relocalizar a estrutura atual. Deste modo, a análise de localização é periódica e associada à decisão de investir, visando o custo mínimo a curto e longo prazo, visto que este tipo de dec isão impacta bastante nos custos da organização. Planejamento, Elaboração e Análise Deste modo, a localização do projeto de investimento depend e de alguns fatores, os quais são chamados de fatores locacionais, sendo: • Fatores que tornam a localização dependente das entradas. Isto ocorre quando o processo produtivo exige matérias-pri mas volumosas e/ou pesadas. Neste caso, a estrutura do projeto tende a localiza r-se próximo à fonte de matéria-prima. Exemplo: cimento e celulose. • Fatores que tornam a localização dependente das saídas. Neste caso o mercado da organização é de grande importância, sendo que a tendência é no sentido de localizar-se próximo ao mercado. Este é o caso mais comum no setor dos serviços. Exemplo: Indústrias de bebidas, onde o custo d e distribuição é importante. • Fatores que tornam a localização dependente do processo: ne sta categoria, incluem-se: 45 46 24 Planejamento, Elaboração e Análise • Processos que exigem água em quantidade e/ou em certas condi ções de pureza; • Processos que consomem grandes quantidades de energia; • Processos que causam poluição ambiental: do ar, da água, em t emos de ruído, etc. • Processos condicionados a condições atmosféricas, tais co mo: umidade, maresia, temperatura, etc. • Processos que dependem de mão-de-obra abundante e/ou espec ializada. • Processos que dependem de infraestrutura de transporte: ro doviário, ferroviário, hidroviário e aéreo. Planejamento, Elaboração e Análise • Impostos, fatores legais e incentivos. Uma estrutura favorável de impostos pode fornecer a motivaç ão para muitas decisões de localização. • Meio ambiente. Este é um fator de localização de importância cada vez mais cr escente no Brasil e no mundo, visto que os projetos de investimento podem impact ar positivamente e negativamente o ambiente no qual estarão inseridos. Deste modo, os fatores que norteiam a localização devem ser e studados detalhadamente, a fim de que não ocorram falhas cruciais par a a implantação e operação do projeto de investimento. 47 48 25 Agenda Quem Somos Breve Introdução; Planejamento, Elaboração e Análise; O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa; Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir; A Necessidade de Capital. 50 Projetos e Planejamento Estratégico 49 50 26 O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa A fim de se melhorar a qualidade do projeto e da correspondent e decisão de investimento, a organização deve ter um processo criterios o de elaboração do projeto. A sustentação da análise de viabilidade baseada em informaç ões de boa qualidade pode ser crítica para o sucesso do empreendimento , sabendo-se que o gasto do estudo de viabilidade gira em torno de 0,3% a 1,0 % do valor total do investimento no projeto. O estudo de viabilidade permite que seja feita a simulação do comportamento da operação do projeto, antecipando-se possíveis falhas e p roblemas que possam vir a ocorrer. Por outro lado, durante a fase de estudo de viabilidade pode-se corrigir distorções entre o alinhamento do projeto e a estratégia empresarial. Observa-se aí que o custo para se conseguir as informações ne cessárias à análise de viabilidade, varia diretamente com o nível da qua lidade das mesmas. Daí deve-se buscar um equilíbrio entre o custo da qua lidade das informações e o custo do possível erro do projeto devido à não qualidade da informação. O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa Nas organizações caracterizam-se dois processos distinto s com relação à tomada de decisão de investimento: - Definição de projeto. - Geralmente o processo nasce no nível operacional, ascende a o nível tático para modelagem e vai ao nível corporativo para alinha mento; - Pode ser também que o processo nasça no nível corporativo e de sça ao nível operacional para verificação de premissas e viabilid ade executiva. - Seleção de projeto. - Envolve as questões associadas ao ambiente externo e intern o da organização; - Contexto produto-mercado, este contexto contempla o tipo d e produto ou serviço da empresa e a interação do mercado com a empresa; 51 52 27 O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa -Contexto do mercado de capitais, onde os bancos, órgãos financiadores, os fundos de ações e os analistas de mercado acompanham as suas decisões de investimentos e influem no processo decisório; -Contexto estrutural e estratégico, onde alguns fatores, ta is como: estrutura organizacional, a cultura organizacional, o mod elo de negócio e o tipo de competição que a organização enfrenta, influenciam o processo decisório da seleção de projetos de investimento; - A estratégia realizada corresponde ao resultado destes pro cessos e destes contextos, no sentido de que o efetivo resultado do pr ocesso decisório é decorrentede uma complexa interação de fatores . Agenda Quem Somos Breve Introdução; Planejamento, Elaboração e Análise; O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa; Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir; A Necessidade de Capital. 53 54 28 Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir A utilização de cenários pode ser interessante para se fazer uma relação entre a estratégia da organização e a decisão de investimento em um determinado projeto. Deste modo, o cenário pode ser conceituado como sendo uma ant evisão internamente consistente do futuro. Assim, elaborar cenários consiste em se elaborar futuros al ternativos que representem os impactos relevantes para uma determinada or ganização, assim como para o projeto que a mesma pretende investir. Este cenário deve ser construído projetando-se uma visão de futuro compatível com a decisão de investimento, salientando-se q ue o mesmo deve ser projetado para um período compatível com aquele corresp ondente ao do horizonte do projeto. A projeção do futuro está associada à identificação de incer tezas, as quais estão classificadas em três categorias: Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir - Constante, onde este tipo de fator corresponde a reconhecer que o mesmo possivelmente não irá mudar no futuro relevante, nest e caso, o horizonte do projeto; - Predeterminado, onde se reconhece que o mesmo tem uma tendên cia conhecida ou estimada, significando que o fator tem uma gran de probabilidade de ocorrer; - Incerto, onde a incerteza não está resolvida e não é possível determinar-se qualquer início ou término de tendência, ass im como determinar-se o seu impacto no projeto. Este tipo de fator en volve incertezas que estão classificadas em dois grupos: - Incertezas dependentes, são aquelas cuja resolução pode se r realizada dentro da própria estrutura da organização; - Incertezas independentes, são aquelas cuja resolução não depende dos fatores da própria organização. 55 56 29 Agenda Quem Somos Breve Introdução; Planejamento, Elaboração e Análise; O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa; Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir; A Necessidade de Capital. Capital de giro é uma parte do investimento que compõe uma reserva de recursos que serão utilizados para suprir as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo. Esses recursos ficam nos estoques, nas contas a receber, no caixa, no banco, etc. Desta maneira, o planejamento financeiro vai direcionar a aplicação dos recursos de capital, visando o atendimento de: - Aquisição de máquinas e equipamentos; - Capacitação e treinamento de equipes; - Pagamento de custos fixos, incluindo-se aí folha e encargos; - Aquisição de materiais e insumos para a produção, etc. 57 58 30 Capital Próprio; Capital de Terceiros; Capital Misto. Deste modo, o capital de terceiros pode ser inserido no empreendimento através de duas maneiras: Empréstimos – Neste caso, o terceiro empresta o capital para a implementação do empreendimento e a remuneração deste capital é o pagamento de taxa de juros; - Elementos que impactam para o alcance de empréstimos: - Situação cadastral; - Plano de Negócio; - Garantias Reais (Securitização, Hipotecas, Aval e etc.) - Organismos que praticam este tipo de operação: - Fundos de Investimento: FCO, PREVI, PETROS, SISTEL e ELETRA. A Necessidade de Capital 59 60 31 - Bancos de Investimento: BNDES, BIRD, BID, OECF, ALFA, Itaú BBA, Crédit Suisse, Goldman Sacks, JP Morgan, Merrill Lynch, e etc. - Bancos Comerciais: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Safra e etc. - Pessoas Físicas detentoras de volume de capital. Capital de Risco – Neste caso, o terceiro aloca o capital para a implementação do empreendimento, com participação no risco e na gestão do empreendimento, sendo que a remuneração deste capital é o retorno na forma de participação dos lucros e do crescimento do negócio; - Elementos que impactam para o alcance desta forma de capital: - Situação cadastral; - Plano de Negócio; - Consistência do empreendimento; - Potencial de crescimento do negócio. A Necessidade de Capital Modalidades de Capital de Risco: - Parcerias Público Privadas: Governo, Operador e Financiad or. - Private Equity; - Venture Capital; - Investidor tipo “Anjo”. Nas parcerias PPP´s o governo entra como garantidor do negócio, o operador entra como concessionário para a gestão e a operação do empreendimento e o financiador entra com o capital necessário à viabilidade financeira do empreendimento. A Necessidade de Capital 61 62 32 Na modalidade de Private Equity o organismo financeiro opera da seguinte maneira: - Prospecção de negócios de alto potencial de crescimento; - Negócios maduros com mais de 10 anos de operação e com faturamento superior a R$ 50 M por ano; - Alocação de capital no empreendimento, participando do risco e da gestão visando o crescimento das operações da empresa; - Após o primeiro ciclo de crescimento, projeção do empreendimento ao nível 1 de governança corporativa da BOVESPA e correspondente oferta pública para capitalização; - Na seqüência e com o segundo ciclo de crescimento do empreendimento, o organismo faz a saída da operação com a retirada do capital investido multiplicado. A Necessidade de Capital Na modalidade de Venture Capital o organismo financeiro opera da seguinte maneira: - Prospecção de negócios iniciantes e de alto potencial de crescimento; - Negócios consistentes que tenham viabilidade econômica e altas taxas de retorno; - Alocação de capital no empreendimento, participando do risco e da gestão visando o crescimento das operações da empresa; - Após o primeiro ciclo de crescimento, projeção do empreendimento e correspondente captação de capital para novo ciclo de crescimento; - Na seqüência e com o segundo ciclo de crescimento do empreendimento, o organismo faz a saída da operação com a retirada do capital investido multiplicado. A Necessidade de Capital 63 64 33 Na modalidade do Investidor tipo “Anjo” : - Prospecção de negócios iniciantes e de alto potencial de crescimento; - Negócios consistentes que tenham viabilidade econômica e altas taxas de retorno; - Alocação de capital no empreendimento, participando do risco e da gestão visando o crescimento das operações da empresa; - Após o primeiro ciclo de crescimento, projeção do empreendimento e correspondente lucratividade faz a saída da operação com a retirada do capital investido multiplicado. A Necessidade de Capital ANÁLISE DE PROJETOS 65 66 34 TIR, VPL, PAYBACK Seleção de Projetos Mutuamente Excludentes; Seleção de Projetos com e sem Restrição de Capital; Análise de Break Even; Análise de Sensibilidade; Árvore de Decisão. VPL – Valor Presente Liquido • O valor presente líquido (VPL), também conhecido como valor atual líquido (VAL) ou método do valor atual, é a fórmula econômico-financeira capaz de determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do investimento inicial. Dessa forma, O valor presente líquido (VPL) de um projeto de investimento pode ser definido como a soma algébrica dos valores descontados do fluxo de caixa a ele associado. Em outras palavras, é a diferença do valor presente das receitas menos o valor presente dos custos, é uma das possíveis técnicas para realizar o orçamento de capital para uma empresa, ou seja, o VPL corresponde a um método sofisticado de análise de investimentos. • O projeto que apresenta o VPL maior que zero (positivo) é economicamente viável, sendo considerado o melhor aquele que apresentar maior VPL. Para uso desse método, é necessária a definição de uma taxa de desconto (i). Basicamente, é o calculo de quanto os futuros pagamentos somados a um custo inicial estariam valendo atualmente. Temos que considerar o conceito de valor do dinheiro no tempo, pois, exemplificando, R$ 1 milhão hoje não valeriam R$ 1 milhão daqui a um ano, devido ao custo de oportunidade se colocar, porexemplo, tal montante de dinheiro na poupança para render juros. 67 68 35 VPL – Valor Presente Liquido Vantagens • Facilidade de cálculo, mas apenas uma vez conhecida uma taxa de atualização apropriada; • Método simples de aplicar, uma vez parametrizado. VPL – Valor Presente Liquido Desvantagens • É normalmente problemática a determinação segura da taxa de atualização mais apropriada, sendo este um inconveniente tanto mais importante uma vez que o VPL é muito sensível à taxa utilizada; • O pressuposto da constância no tempo da taxa de atualização pode não ser realista, pois o custo do capital varia no tempo, assim como as taxas para as aplicações alternativas variam no tempo com as condições dos mercados financeiros; • O pressuposto de que os fluxos intermédios serão reinvestidos ou financiados à mesma taxa pode não ser realista pois depende das condições futuras do mercado de capitais, assim como das alternativas de investimento que poderão surgir no futuro; 69 70 36 VPL – Valor Presente Liquido Onde: • FC é o fluxo de caixa no período; • t é o enésimo período no tempo em que o dinheiro será investido no projeto (começa no período 1, quando há efetivamente o primeiro fluxo de dinheiro); • n é o número de períodos; • i é o custo do capital. PAYBACK Payback é um indicador do tempo de retorno de um investimento e um método de tomada de decisões que considera o tempo para obtenção dos valores e o montante que deverá ser retirado dos caixas. Payback simples é definido como o número de períodos (anos, meses, semanas etc.) para se recuperar o investimento inicial e é calculado ao somar os valores dos fluxos de caixa auferidos, período a período, até que essa soma se iguale ao valor do investimento inicial. Payback descontado é calculado a partir do fluxo de caixa, do resultado entre a receita e as despesas. Mas acrescenta-se então ao cálculo uma taxa de desconto que irá fazer a correção dos valores pelo período. Essa taxa, geralmente, é a taxa mínima de atratividade (TMA) A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que uma pessoa se propõe a pagar quando faz um financiamento. 71 72 37 PAYBACK Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Esta taxa é formada a partir de 3 componentes básicas: 1 - Custo de oportunidade: remuneração obtida em alternativas que não as analisadas, ou seja, é o valor de outras oportunidades não escolhidas. Exemplo: caderneta de poupança, fundo de investimento, etc. 2 - Risco do negócio: o ganho tem que remunerar o risco inerente de uma nova ação. Quanto maior o risco, maior a remuneração esperada. 3 - Liquidez: capacidade ou velocidade em que se pode sair de uma posição no mercado para assumir outra. A TMA é considerada pessoal e intransferível pois a propensão ao risco varia de pessoa para pessoa, ou ainda a TMA pode variar durante o tempo. Assim, não existe algoritmo ou fórmula matemática para calcular a TMA. Ao se utilizar uma TMA como taxa de juros de referência, é entendida como a taxa de desconto ao qual aplicam-se métodos em comparação em relação a um período de tempo, como o Valor Presente Líquido ou o Custo Anual Uniforme para se determinar a viabilidade financeira de um investimento ou empréstimo. Caso o resultado seja positivo, a TIR (taxa interna de retorno) supera a TMA e o investimento é interessante. O contrário ocorre caso o resultado seja negativo. TIR – Taxa Interna de Retorno A taxa interna de retorno ou taxa interna de rentabilidade, de sigla TIR, em inglês IRR (Internal Rate of Return), é uma taxa de desconto hipotética que, quando aplicada a um fluxo de caixa, faz com que os valores das despesas, trazidos ao valor presente, seja igual aos valores dos retornos dos investimentos, também trazidos ao valor presente. O conceito foi proposto por John Maynard Keynes, de forma a classificar diversos projetos de investimento: os projetos cujos fluxos de caixa tivessem uma taxa interna de retorno maior do que a taxa mínima de atratividade deveriam ser escolhidos. O valor presente de oportunidade deve ser calculado com plano de comunicação, vendas, marketing e potencial de mercado. Sendo assim, efetuamos o potencial de vendas. Assim, a TIR é a taxa necessária para igualar o valor de um investimento (valor presente) com os seus respectivos retornos futuros ou saldos de caixa gerados em cada período. Sendo usada em análise de investimentos, significa a taxa de retorno de um projeto. 73 74 38 TIR – Taxa Interna de Retorno A Taxa Interna de Retorno de um investimento pode ser: Maior do que a taxa mínima de atratividade: significa que o investimento é economicamente atrativo. Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento está economicamente numa situação de indiferença. Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento não é economicamente atrativo pois seu retorno é superado pelo retorno de um investimento com o mínimo de retorno já definido. Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa Interna de Retorno. Matematicamente, a Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor presente das entradas de caixa igual ao valor presente das saídas de caixa do projeto de investimento. Desta forma, a TIR é a taxa de desconto que faz com que o valor presente líquido (VPL) do projeto seja zero. Um projeto é atrativo quando sua TIR for maior do que o custo de capital do projeto. TIR – Taxa Interna de Retorno 75 76 39 • Juntamente com seu time Utilizar a planilha disponibilizada de VPL, TIR, PAYBACK E IL com os dados da empresa criada por vocês. ATIVIDADE 4 60 Minutos Times de Até 6 Pessoas Distribuir em salas Análise de Break Even De uma maneira ampla, o modelo do ponto de equilíbrio identif ica o intervalo de uma estimativa dentro da qual ocorre o resultado esperado, por exemplo, a qu antidade mínima de unidades que devem ser vendidas para o VPL ser positivo. Inicia-se a abordagem determinando-se o ponto de equilíbri o da quantidade de unidades para a qual a receita total de um período é igual ao custo total no mes mo período. Ou melhor, é a quantidade mínima de unidades de um produto que devem ser vendidas a fim de se cobrir os custos fixos e custos variáveis. Assim temos que: � = � – �� – �� onde: L é o lucro bruto, R é a receita, CV é o custo variável e CF é o custo fixo. Como R e CV variam linearmente com as quantidades vendidas, v em: 77 78 40 Análise de Break Even R = p x Q; CV = v x Q, onde: Q é a quantidade vendida; p é o preço unitário de venda; v é o custo unitário de material + mão de obra direta. Assim vem que: L = (p x Q) – (v x Q) – CF; L = (p – v) x Q – CF, sendo que no equilíbrio L = 0, então fica: 0 = (p – v) x QPE – CF � QPE = CF / (p – v) ; Esta diferença (p – v) é a chamada margem de contribuição e mede a contribuição de cada unidade vendida para pagar o custo fixo, ou ainda, o custo fixo por unidade de contribuição. Análise de Break Even Exemplo 1 Dado um projeto industrial com os dados abaixo, determine a quantidade de unidades que devem ser vendidas por ano para cobrir o custo total anual. Quantidade vendida = 2.400.000 un./ano; Preço unitário = R$ 0,78/un.; Custo unitário = R$ 0,23/un.; Custo fixo anual = R$ 400.000. Solução: � = $ 400.000 / ($ 0,78 – $ 0,23) = 727.272,73 ��������/��� RPE = QPE x 0,78 = R$ 562.272,73 79 80 41 Análise de Sensibilidade Análise de risco total do projeto que trata da incerteza das estimativas do próprio projeto; Análise de risco corporativo que avalia a variação de risco da carteira de investimentos da empresa com relação ao impacto provocado pelo risco do projeto específico; Análise de risco de mercado que avalia o impacto provocado pelo risco sistemático e à quantia investida do projeto na carteira de investimentos da empresa, impactando assim no próprio risco da empresa na carteira de acionistas e investidores.Análise de Sensibilidade A partir daí, consegue-se conceituar a grandeza associada a o valor esperado variável: E[x] = X1 x P(X1) + X2 x P(X2) + ... + Xn x P(Xn) Exemplo 1 O gerente está analisando o projeto de modernização do siste ma de informação com prazo de análise de um ano. Da experiência e do s possíveis cenários futuros da economia, as estimativas do V PL do projeto e suas correspondentes probabilidades de ocorrência dos tr ês cenários – retração, estável e expansão, estão registradas na tabela a baixo. Calcule o VPL esperado por este projeto Cenário VPL Probabilidade Retração $ 80.000 25% Estável $ 150.000 50% Expansão $ 230.000 25% 81 82 42 Análise de Sensibilidade A partir daí, vem: E [VPL] = 80.000 x 0,25 + 150.000 x 0,50 + 230.000 x 0,25, então vem: E [VPL] = $ 152.500 Análise de Sensibilidade Exemplo 2 As três estimativas de taxa interna de retorno TIR e suas respectivas probabilidades de ocorrência dos cenários retração, estável e expansão novo projeto estão registrados na tabela abaixo. Calcule o valor esperado da TIR deste projeto. Solução: E[TIR] = 0,10 x 0,20 + 0,15 x 0,50 + 0,18 x 0,30, então vem que: E[TIR] = 0,1490. Cenário TIR Probabilidade Retração 10% 20% Estável 15% 50% Expansão 18% 30% 83 84 43 Análise de Sensibilidade A partir de todas estes conceitos abordados, observa-se a questão associada à análise de sensibilidade. Este tipo de análise é realizada a partir da variação de algumas das premissas, aliadas ao nível de risco para a ocorrência destas variações. Desta maneira, ao se variar: Nível de Receita; Nível de Custo; Custo Fixo. Pode-se projetar o impacto nos valores de fluxo de caixa esperados do projeto, assim como os níveis de resultado esperado. A partir daí pode-se estimar, com o auxílio da probabilística, o comportamento do projeto com relação ao risco, a fim de se melhorar a análise para a aceitação ou seleção de projetos. Árvore de Decisão Alguns projetos são estratégicos para as organizações e para estes projetos a metodologia de análise se modifica um pouco pois envolve a segmentação do processo da decisão de investimento. Deste modo, a partir da antecipação de ações futuras que tem probabilidade provável e desfavorável de ocorrerem em cima da linha de tempo do período de análise do projeto, é possível a construção de uma árvore de possibilidades para o processo de decisão estratégica para o investimento. Exemplo 1 A estratégia da empresa farmacêutica nacional de lançar uma linha de medicamentos genéricos é importante para consolidar sua presença no mercado. Para isso está analisando o lançamento do medicamento CLO3 para tratamento de colesterol em regime de exclusividade e sob a licença de uma empresa estrangeira especializada em remédios genéricos. Antes de produzir e comercializar o novo medicamento, a empresa deverá receber aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. 85 86 44 Árvore de Decisão A divisão de marketing da empresa farmacêutica estimou que a probabilidade de aprovar o produto é de 60%, sendo 40% a probabilidade de não ser aprovado. Supondo que a aprovação do produto ocorra em t = 6 meses, no cenário otimista de forte aceitação com probabilidade de 30%, o retorno do projeto em t = 12 meses será de $ 1.300.000. No outro cenário com probabilidade de 70%, o retorno do projeto será de $ 500.000. O custo inicial para adaptar a área de manufatura e comprar e instalar o equipamento necessário para produzir o CLO3 foi estimado em $ 345.000, e o custo para realizar as análises e testes necessários para receber aprovação foi estimado em $ 55.000. Calcule o VPL do projeto considerando a taxa requerida de 9% ao semestre. Solução: t = 0 t = 6 meses t = 12 meses $ 0 $ 500.000 $ 1.300.000p = 30% p = 70% aprova = 60% Não aprova = 40% Árvore de Decisão O VPL é determinado percorrendo-se as ramas da árvore, de trás para sempre. Em t = 12 meses, para o cenário otimista o retorno do projeto é $ 1.300.000 com probabilidade de 30%, já para o outro cenário o retorno do projeto é $ 500.000 com probabilidade de 70% de acontecer, deste modo vem que: E [FC] = 1.300.000 x 0,30 + 500.000 x 0,70; E [FC] = $ 740.000, então tem-se: Porém, se o medicamento não for aprovado o retorno será nulo e com probabilidade de 40% de ocorrer. Desta maneira o presente dos retornos do projeto na data inicial considerando a taxa requerida de 9% ao semestre é zero e: P = 0,60 x 740.000 x (1 + 0,09)^-2 = $ 373.706. 87 88 45 Árvore de Decisão Ao fazer-se o cálculo do VPL calcula-se: VPL = - I + PV VPL = - $ 400.000 + $ 373.706, então vem que: VPL = - $ 26.294 Deste modo, o projeto deve ser rejeitado uma vez que o VPL é negativo. Ocorre que este projeto é estratégico para a organização, sendo assim é necessário buscar-se uma alternativa à viabilidade. A partir daí, continua-se o processo de análise: Árvore de Decisão Em t = 12 meses, tem-se o retorno do projeto, que é $ 740.000, conforme calculado anteriormente. Em t = 6 meses, tendo-se aceito o produto, tem-se que VP(6) = - $ 345.000 + 740000*(1 + 0,09)^-1 = $ 333.899. Trazendo-se o projeto para a data zero, vem que: VPL = - $ 55.000 + 0,60 x $ 333.899 x (1 + 0,09)^-1; VPL = $ 128.798 Desta maneira, o projeto agora deve ser aceito, uma vez que o VPL é positivo e ocorre a geração de riqueza para a organização. Observe que este recurso do desembolso determinado pela árvore de decisão pode ser um elemento para diminuição do risco e para a viabilização de projetos estratégicos para a organização. 89 90 46 • DADO OS PROJETOS A, B e C escolha o projeto vencedor em razão dos dados apresentados. AVALIAÇÃO FINAL 20 Minutos Times de Até 6 Pessoas Distribuir em 11 salas AVALIAÇÃO FINAL 60 Minutos Times de Até 6 Pessoas Distribuir em salas i = 13% Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Capitais (R$)*1000 - 1.200 300 400 500 500 600 600 Projeto A i = 13% Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Capitais (R$)*1000 - 1.500 500 500 600 600 700 700 Projeto B i = 13% Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Capitais (R$)*1000 - 2.100 600 650 700 800 900 1.000 Projeto C 91 92 47 GRATO Prof. Dr. Eng. José Francisco Resende da Silva engjfrs@hotmail.com Maio 2021 93 94 Maio 2022
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