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Módulo 6: VI. O Humanismo Americano. 1. A Psicologia Humanista. 2. O Movimento da Psicologia Humanista. 3. A terceira força, em oposição à Psicanálise e ao Behaviorismo. Leitura Obrigatória: - BUYS, R. C. A psicologia humanista. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Leitura para Aprofundamento: - FIGUEIREDO, L. C. FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012. (Capítulo VIII). - ROSA, E. Z.; KAHHALE, E. M. P. Psicologia humanista: uma tentativa de sistematização da denominada terceira força da psicologia. In: KAHHALE, E. M. P. (org.) A Diversi Paulo: Cortez, 2011. (Capítulo 9). Apresentação do Tema: Apresentação do tema: A Psicologia Humanista surge a partir da década de 50, nos EUA, apresentando - se como uma proposta restauradora dos grandes valores humanos que, de acordo com o seu próprio ponto de vista, não eram contemplados nos principais sistemas psicológicos de maior proeminência, na época – a Psicanálise e o Behaviorismo. Baseado em uma concepção positiva sobre o homem e sua possibilidade de auto-desenvolvimento, o projeto humanista expandiu-se rapidamente. O surgimento e disseminação das idéias humanistas, nos EUA, foi visto por diversos autores, como resultado do crescente mal-estar provocado pelo esgotamento dos sistemas sociais vigentes; neste sentido, as estratégias de auto-conhecimento que iam sendo propostas, foram caracterizadas como busca compensatória de soluções individualizantes para um sentimento coletivo de desamparo. Um destes comentadores do período é Christopher Lasch que, em “A cultura narcisista: a vida americana numa era de esperanças em declínio”(1983), afirma: “Após a ebulição política dos anos sessenta, os americanos recuaram para preocupações puramente pessoais. Desesperançados de incrementar suas vidas com o que interessa, as pessoas convenceram-se de que o importante é o autocrescimento psíquico: entrar em contato com seus sentimentos, comer alimentos saudáveis, tomar lições de dança clássica ou dança-do-ventre, mergulhar numa sabedoria do Oriente, correr, aprender a se “relacionar”, superar o “medo do prazer”. Por si sós inofensivas, essas buscas, elevadas ao nível de um programa e embrulhadas na retórica da autenticidade e da consciência, significam um recuo da política e um repúdio ao passado recente. (Lash, 1983, p.24-25) Para o autor, o interesse que se verificava entre os americanos por estas “psicotecnologias", era uma ‘estratégia de sobrevivência’ adotadas pelos indivíduos, face ao profundo sentimento de fim de era característico do período e o conseqüente enfraquecimento do sentido do tempo histórico. Tais críticas, porém, não reduziram o impacto, nem reverteram o interesse que se vinha registrando não apenas nos Estados Unidos pelo conjunto de métodos, práticas, técnicas, que pudesse ser utilizado como caminho viável para o estabelecimento de condições mais satisfatórias de convivência. Os textos de Rogers são da mesma época e foram produzidos dentro da mesma cultura. Esta contextualização é importante porque coloca o autor em completa sintonia com correntes de pensamento que então vicejavam, dos EUA espalhando-se para outros países. Outros modelos teóricos [1] foram produzidos neste mesmo cadinho e guardam aproximações com os aspectos discutidos com relação à abordagem rogeriana. É preciso destacar que, na medida em que divulgam uma versão positiva da condição humana, os adeptos dessa corrente supõem a compatibilidade entre a realização autêntica do indivíduo e a felicidade coletiva. Esta harmonia pode ser prejudicada, mas um processo restaurativo a trará de volta, conforme afirma Figueiredo (1991), aos apresentar esta matriz de pensamento: “A natureza é sempre boa, sempre positiva, é uma fonte inesgotável de criações e prazeres; a sociedade pode não ser tão boa, mas nada impede que se torne, e isto dependerá essencialmente da transformação do indivíduo, que nada mais é que a sua autêntica realização, que a atualização infinita do poten Atividades: 1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados, atentando para os conceitos e pressupostos da Psicologia Humanista. 2) Leia o texto-aula, considerando-o como um incentivo às suas próprias reflexões. 3) Acompanhe este exermplo de exercicio: A Psicologia Humanista, denominada a terceira força em Psicologia, surge na década de 60, como uma forma de responder aos anseios da sociedade da época, com concepções que rompiam com as propostas psicanalíticas e behavioristas, e que buscavam resgatar a individualidade, a subjetividade, as emoções próprias e particulares de cada ser humano. A respeito dessa corrente de pensamento psicológico, pode-se afirmar que: I) Entre outras proposições, a Psicologia Humanista defende uma maior ênfase à consciência, em oposição ao que propunha a psicanálise; quanto ao behaviorismo, neste II) A Psicologia Humanista considera que a vida humana possui uma dinâmica na qual o indivíduo deve obter um certo grau de realização. III) A Psicologia Humanista opõe-se terminantemente ao determinismo que caracteriza o Behaviorismo; neste sentido, porém, não havia divergência em relação ao que propõe a psicanálise. Responda: É verdadeiro o que se afirma em: A) I B) II C) III D) I e II E) II e III R: Como dito no enunciado, o movimento Humanista contrapõe-se tanto à Psicanálise quanto ao Behaviorismo, acusando estas correntes de pensamento de serem deterministas. Na Psicanálise pela determinação inconsciente das condutas, e no Behavioris Acusa-as também pelo fato de não considerarem a consciência como o aspecto mais importante do ser humano. Portanto, a única afirmação verdadeira é a II e a alternativa correta a ser assinalada é a B. 4) Realize os exercícios anexados, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais. [1] A Gestalt Terapia é, em parte, assemelhada à Psicologia proposta por Rogers, mas é necessário precaver-se contra generalizações impensadas.
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