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2.Uma criança que ingeriu benzeno é levada ao hospital com uma aplasia de medula óssea. Todos os componentes sanguíneos apresentam níveis baixos, e a morte está iminente. A criança e um dos irmãos foram rapidamente tipados como sendo A+ Rh+, HLA-A3,7:B4,8, e a transfusão de medula óssea foi efetuada. Dentro de alguns dias, o número de eritrócitos aumentou, indicando uma aceitação bem-sucedida. Entretanto, após 3 semanas a criança começou a sofrer de diarréia e de erupção cutânea nas palmas das mãos e plantas dos pés, que se alastrou para o tronco. Isso foi seguido de icterícia e de aumento do fígado e do baço. A criança recebeu um coquetel de ciclosporina e um anticorpo monoclonal anti-CD3, o que levou a uma determinada melhora. O que deu errado, e por quê?
É possível que a transfusão tenha sido feita às pressas, sem todo o tratamento necessário, visto que era urgente devido à morte iminente, fazendo com que fosse feita a transfusão com linfócitos T já maduros ou próximos de sua maturação, resultando numa reação tardia e exagerada (reação de hipersensibilidade tipo IV, também devido ao contato com o benzeno), causando a doença do enxerto-versus-hospedeiro, quando os linfócitos T do doador (os já maduros e os que vieram a passar pela maturação já no organismo hospedeiro) passam a agir contra aloantígenos do hospedeiro na medula. A demora para que esses sintomas aparecessem é dada pelo caráter tardio da reação da hipersensibilidade e pelo processo dos linfócitos se dispersarem pelos tecidos através da corrente sanguínea conforme os novos eritrócitos são produzidos e espalhados pelo corpo. O coquetel de ciclosporina e o anti-CD3 são imunossupressores e agem inibindo a proliferação dos linfócitos T (que desencadearam esses problemas) através da inibição da síntese e da ação da interleucina 2 e, portanto, proporcionando a melhora que foi apresentada.
4.Em relação à imunologia dos tumores, responda: 
a)	Como funciona o mecanismo de vigilância imunológica?
A vigilância imunológica seria, de acordo com a teoria, um mecanismo do sistema imunológico capaz de reconhecer e destruir células mutantes e já mutadas através da ação inicial das células Natural Killers (NK) e linfócitos infiltrantes. Esse mecanismo seria a fase inicial de “controle” dos tumores, antecedendo a ação da fase de equilíbrio e de escape e funciona como uma tentativa de eliminar células tumorais ao máximo a fim de impedir que elas continuem se multiplicando e crescendo descontroladamente. Algumas células tumorais são mais resistentes e acabam resistindo aos mecanismos de vigilância imunológica.
b)	Quais os mecanismos de escape no caso de tumores?
Os mecanismos de escape de tumores podem ser a sua própria tolerância imunológica, visto que são células resistentes que sobreviveram à vigilância imunológica; a perda da expressão de moléculas MHC de classe I, deixando de ser atacadas pelos linfócitos T; a secreção de citocinas imunossupressoras e inibitórias, a fim de inibir as respostas imunes do hospedeiro.
5.a) Os três tipos de rejeição que podem acontecer no caso de transplante de órgãos são a rejeição aguda, hiperaguda e crônica. A rejeição aguda acontece com a lesão do parênquima do órgão transplantado e seus vasos sanguíneos por conta da ação dos linfócitos T e demais anticorpos alorreativos, células de defesa que reconhecem o novo órgão como nocivo ao organismo e, portanto, o atacam. A rejeição hiperaguda é dada pela oclusão trombótica dos vasos do órgão recém transplantado, quando anticorpos inatos reativos com o endotélio dos vasos agem ativando o complemento, fazendo com que ocorra a oclusão e necrose dos vasos do hospedeiro e do órgão enxertado pouco tempo após a anastomose. Já a rejeição crônica, por sua vez, acontece meses ou anos após o transplante e pode estar associada a uma patologia. Ocorre a oclusão dos vasos sanguíneos e, como consequência, o órgão enxertado começa a falhar. 
b) Antes de um transplante de órgãos devem ser aplicados imunossupressores, a fim de inibir os linfócitos T do doador que agiriam nas células do organismo do receptor após o transplante e os linfócitos T do receptor que agiriam contra o novo órgão transplantado. Além disso, é necessário diminuir a imunogenicidade dos aloenxertos, induzir a tolerância específica do doador e fazer a tipagem doador-receptor para que se verifique a histocompatibilidade entre eles, para que se garanta uma menor probabilidade de rejeição do órgão.
6.A doença enxerto-versus-hospedeiro (GVHD) freqüentemente se desenvolve depois de determinados tipos de transplantes.
A)	Descreva brevemente os mecanismos envolvidos no GVHD.
	A ocorrência dessa doença se dá pela reação de linfócitos T maduros, que foram enxertados (transplantados) na medula do hospedeiro, com células desse novo organismo, que passam a ser consideradas aloantígenos e, portanto, são atacadas pelos linfócitos T, células do sistema imune responsáveis por atacar e eliminar células consideradas nocivas por não pertencerem ao organismo. Esses linfócitos T vêm do transplante hematopoiético de células-tronco e passam a agir conforme amadurecem e são espalhados pela corrente sanguínea, atingindo outros órgãos e tecidos.
B)	Sob quais condições a GVHD é provável de ocorrer?
É mais provável ocorrer quando não há o tratamento prévio adequado do organismo doador e do hospedeiro que receberá o transplante ou quando apresentam diferenças genéticas e, portanto, baixa histocompatibilidade. Além disso, é mais comum em transplantes de medula óssea, por se tratar de um transplante de células-tronco, com maiores quantidades de linfócitos T (que poderão vir a causar a doença).
7.Explique os 6 tipos de vacinas que existem, e me indique qual ou quais seriam as melhores opções para desenvolver uma nova vacina? Por que?
Atualmente existem seis diferentes tipos de vacinas: com o mRNA, de subunidade, inativada, atenuada, toxoide e recombinante. A vacina com o mRNA se dá com a introdução de uma sequência de RNA mensageiro do patógeno no organismo, que sintetizará a proteína introduzida, desenvolvendo a imunidade. A vacina de subunidade se dá com a introdução de pequenas porções do antígeno para que se desenvolva a imunidade. A vacina do tipo inativada é feita com o micro-organismo tratado em laboratório para que não consiga se multiplicar, mas, ainda, capaz de induzir o desenvolvimento da imunidade. A vacina atenuada é, também, com o micro-organismo vivo tratado a partir de seu desenvolvimento em outra espécie para que se adeque a ela e não seja prejudicial à espécie alvo da imunização. A vacina toxoide é feita a partir das toxinas que o patógeno produz, a fim de anular seus efeitos e imunizar. A vacina recombinante é feita a partir da porção do patógeno que induz a resposta imune sendo produzida em outro organismo através de sua sequência codificante recombinada. Em relação ao armazenamento da vacina após sua produção, as vacinas com o micro-organismo inativado e recombinantes são mais facilmente armazenadas por não necessitarem de equipamentos de refrigeração a temperaturas muito baixas, que são caros, ao contrário das vacinas de mRNA, que precisam ser armazenadas em temperaturas mais baixas e duram menos tempo. Em relação à eficácia da imunização, as vacinas produzidas com o mRNA se destacam por serem as de maior eficácia imune e de tecnologia mais avançada atualmente. 
8.Uma menina pequena, que nunca tinha sido imunizada contra tétano, pisou em um prego enferrujado que lhe causou um ferimento de perfuração profunda. O médico limpou o ferimento e deu a criança uma injeção de antitoxina tetânica.
a.	Por que a antitoxina foi dada em vez de reforço do toxóide tetânico?
Foi dada a antitoxina para que houvesse uma ação rápida contra a possível contaminação, desenvolvendo uma resposta imunológica rápida e temporária (imunização passiva), uma vez que a aplicação do toxoide tetânico serve para que se desenvolva uma imunização ativa com células de memória, o que não é imediato. Dessa forma, em casos de urgência é aplicada a antitoxina e não otoxoide.
b.	Se a menina recebesse nenhum tratamento posterior e pisasse novamente em um prego enferrujado 3 anos depois, ela estaria imune ao tétano?
Não. A imunidade seria alcançada somente no caso de receber o tratamento com o toxoide tetânico, com uma vacina. A aplicação da antitoxina 3 anos antes só teve resposta imune na época e para aquele caso isolado, uma vez que combate a toxina presente de forma passiva e não há criação de memória imune.
9.Explique o fenômeno da imunidade de multidão. Como este fenômeno está relacionado com o aparecimento de determinadas epidemias?
A imunidade de multidão é a imunidade atingida pela população quando grande parte das pessoas já foi imunizada (seja por vacinação ou infecção, dependendo do patógeno) e as pessoas que forem infectadas, então, não infectarão muitas outras. Dessa forma, as poucas pessoas que se infectarem não irão transmitir tanto o patógeno como transmitiriam sem essa imunidade em grupo. Como consequência, é possível que essa imunidade de grupo acabe por facilitar o surgimento de novas variantes do patógeno, causando uma nova onda da epidemia que seria controlada, que pode ser ainda mais preocupante, com um patógeno mais resistente ou somente diferente do anterior. Além disso, essa nova variante pode acabar surgindo dentro de um grupo de pessoas específico, como gestantes, pessoas com comorbidades ou outras condições que as impeçam de ser imunizadas e, nesse caso, uma nova variante surge afetando um grupo mais vulnerável.
10.Descreva a resposta imune celular e Humoral desde a entrada do antígeno no organismo até sua eliminação.
A resposta imune celular é mediada pelos linfócitos T (LTCD4 e LTCD8), que são estimulados a se replicarem e diferenciarem em células efetoras e de memória. Isso acontece após o reconhecimento dos antígenos por parte dos LT quando estão na superfície das células alvo e se ligam às células de MHC. Após se diferenciarem, essas células efetoras migrarão para o antígeno através dos vasos sanguíneos, ação induzida pela produção de citocinas decorrente da infecção. Essas células efetoras também são responsáveis por recrutar outros leucócitos e ativar fagócitos a fim de eliminar micro-organismos indesejados que infectarem o organismo e controlar a infecção (resposta imune).
A resposta imune humoral, por sua vez, é mediada por anticorpos e responsável por agir contra micro-organismos extracelulares e suas toxinas. Os anticorpos, que agem neutralizando e eliminando esses micro-organismos, são específicos e produzidos por linfócitos B, secretados pelos plasmócitos (em resposta aos linfócitos B e células BM), se ligando aos antígenos e dando início à ação imune e os eliminando.

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