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Fundamentos da interceptacao telefonica

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19/07/2023 14:26 Fundamentos da interceptação telefônica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03273/index.html# 1/44
Fundamentos da interceptação telefônica
Prof.ª Bruna Figueira Marchiori
Descrição
Abordagem conceitual e prática dos fundamentos da interceptação telefônica.
Propósito
A interceptação telefônica é um importante meio de obtenção de prova, sendo frequentemente utilizada na
investigação criminal ou na instrução processual penal. O conhecimento dos fundamentos dela e de suas
características principais fornece uma bagagem teórica necessária para os alunos que futuramente
desejarem exercer profissões jurídicas em tal área.
Preparação
Antes de iniciar os estudos deste conteúdo, você precisa acessar na internet a Constituição Federal (CF) de
1988 e a Lei nº 9.296/1996.
Objetivos
19/07/2023 14:26 Fundamentos da interceptação telefônica
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Módulo 1
Direitos fundamentais e a interceptação telefônica
Analisar a relação existente entre os direitos fundamentais e a interceptação telefônica.
Módulo 2
Fundamentos legislativos da interceptação telefônica
Reconhecer as principais previsões legislativas acerca do tema da interceptação telefônica.
Módulo 3
Questões probatórias
Identificar as principais características da interceptação telefônica como um meio de obtenção de
prova.
O tema das interceptações telefônicas é um dos assuntos mais polêmicos do cenário jurídico atual,
tendo sido pano de fundo de diversos debates jurisprudenciais recentes e de importantes novidades
legislativas nos últimos anos. Diante da atual relevância adquirida pelos meios de comunicação
telefônicos e telemáticos na interlocução das pessoas, a interceptação passa a ser uma poderosa
ferramenta de prova à disposição do processo penal e de seus agentes para a elucidação de crimes.
Por isso, neste conteúdo, compreenderemos de que forma a utilização da interceptação telefônica
como meio de obtenção de prova pode ser compatibilizada com o direito fundamental ao sigilo de
comunicações a fim de se garantir o respeito à dignidade da pessoa humana.
Introdução
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1 - Direitos fundamentais e a interceptação telefônica
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar a relação existente entre os direitos
fundamentais e a interceptação telefônica.
Dignidade da pessoa humana
O conceito de dignidade da pessoa humana
A dignidade da pessoa humana representa o principal valor do ordenamento jurídico brasileiro. Tanto é
assim que a Constituição Federal (CF), em seu artigo 1°, afirma que essa dignidade é um dos fundamentos
Além disso, veremos quais são os principais fundamentos legislativos que disciplinam o tema da
interceptação telefônica. Por fim, identificaremos de que maneira a interceptação é utilizada como
meio de obtenção de prova na investigação criminal ou na instrução processual penal.
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da República Federativa do Brasil. Isso significa dizer que o ser humano precisa, como alguém possuidor
de um valor, ou seja, em sua dignidade ou humanidade, ser o elemento central de proteção da ordem
jurídica brasileira.
É importante ter em mente que a consagração da dignidade humana como o princípio central do
ordenamento jurídico não é uma exclusividade do direito brasileiro. Diante de todos os desastres humanos
decorrentes da Segunda Guerra Mundial, o mundo passou a perceber a necessidade de colocar a proteção
do ser humano como valor fundamental a ser protegido. 
Com isso, esse princípio se tornou a base de grande parte dos ordenamentos jurídicos ocidentais
modernos.
A dignidade humana corresponde a um valor intrínseco presente em cada ser humano que deve ser
defendido e preservado pelo Estado, seja por meio do respeito à esfera de liberdade que cada indivíduo
tem, seja a partir da promoção de condições de vida dignas. É a partir dessa premissa que todas as demais
regras e os princípios do ordenamento jurídico precisam ser formulados tendo em vista a proteção de tal
dignidade.
Além de fonte de disposições normativas, a dignidade da pessoa humana corresponde a uma fonte
irradiadora de valores. Conforme deixa claro a Declaração universal dos direitos humanos, ela é o
fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo. Não é possível, portanto, compreender o sentido
desses valores sem considerar que todos eles possuem uma essência única: a preservação do homem e
de sua dignidade.
A dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais
A partir do seu Título II, a CF passa a disciplinar o tema dos chamados direitos fundamentais.
Trata-se de um conjunto de direitos humanos expressamente incorporados na
Constituição que não podem ser violados pelo Estado ou por outros sujeitos
particulares.
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Como já tivemos a oportunidade de observar, o valor principal a ser protegido pela CF é o da dignidade da
pessoa humana. Os direitos fundamentais representam justamente algumas concretizações desse
princípio maior.
A conquista desse feixe de direitos invioláveis do sujeito, porém, não se deu de uma hora para outra. Foi
necessário um longo caminho de lutas durante a história até que todos esses direitos fundamentais
estivessem efetivamente consolidados.
Para simbolizar todo o histórico de evolução e conquista desses direitos, a literatura jurídica costuma
dividir os direitos fundamentais em gerações, que representam as principais categorias de direitos
conquistadas em cada período histórico com base nas demandas sociais operantes em cada época.
Atenção!
As gerações não substituíam simplesmente as anteriores. Na verdade, elas agregavam novos direitos
àqueles anteriormente consolidados.
Cada geração de direitos, assim, é associada a determinado valor, que acaba se materializando por conta
de direitos específicos que passam a ser tutelados a partir de um momento histórico. Para entender
melhor, observe a tabela:
Gerações Valor defendido Direitos Descrição
1° geração Liberdade Civis e políticos
Os direitos de
primeira geração
buscaram, acima
de tudo, garantir a
liberdade dos
cidadãos a partir
da limitação dos
poderes do Estado.
Desse modo, trata-
se de direitos
individuais de
caráter negativo
cuja finalidade é a
de estabelecer uma
reserva de direitos
que não podem ser
atingidos pela
atuação estatal.
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Gerações Valor defendido Direitos Descrição
2° geração Igualdade
Sociais,
econômicos e
culturais
Os direitos de
segunda geração
relacionam-se às
liberdades
positivas e aos
direitos
prestacionais do
Estado. Sua ideia é
garantir a igualdade
material entre as
pessoas a partir da
exigência de uma
atuação positiva do
Estado para
atenuar as
desigualdades
sociais.
3° geração
Fraternidade/
solidariedade
Difusos e
transindividuais
Trata-se de direitos
que objetivam a
proteção do próprio
gênero humano e
das futuras
gerações. Diante
dessa preocupação
de tutela do
coletivo, não é
possível
individualizar os
sujeitos titulares
destes direitos.
Ainda que alguns autores defendam a existência de uma quarta ou quinta geração de direitos
fundamentais, a divisão tripartite da tabela acima representa a visão mais clássica e tradicional acerca do
assunto. Por isso, essa divisão será a posição adotada neste texto.
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A literatura jurídica costuma apontar diversas características próprias dos direitos fundamentais. Tendoem
vista os objetivos do presente material, estas são as características mais importantes a serem analisadas:
Historicidade
Os direitos fundamentais estão constantemente evoluindo, e o conteúdo de cada direito se
relaciona com o momento histórico em que ele foi reconhecido.
Inalienabilidade e irrenunciabilidade
Os direitos fundamentais não podem ser alienados ou renunciados, porque eles são
indisponíveis e não possuem valor econômico.
Universalidade
Os direitos fundamentais devem ser assegurados a todos. Todavia, é preciso ter em mente
que nem todos esses direitos são de titularidade de todas as pessoas.
Limitabilidade ou relatividade
Os direitos fundamentais não são absolutos. Isso significa que, diante de tensões entre
direitos constitucionalmente protegidos, um desses direitos pode ser limitado para a
salvaguarda de outro direito em conflito.
Imprescritibilidade
Os direitos fundamentais não são perdidos por seus titulares pelo decurso do tempo.
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Sigilo das comunicações
O direito ao sigilo de comunicações
O sigilo das comunicações e suas restrições
Vedação de retrocesso
Todas as conquistas socialmente adquiridas em relação aos direitos fundamentais não
podem retroceder, ou seja, os direitos garantidos não podem ser retirados.
Não taxatividade
Não existe uma lista estanque de direitos fundamentais. Por isso, os direitos elencados no
Texto Constitucional representam um rol exemplificativo, pois há direitos fundamentais que
não foram diretamente referenciados na Constituição.
Essencialidade
Os direitos fundamentais são elementos fundamentais para o desenvolvimento de uma vida
com dignidade e qualidade de vida.

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Entenda a seguir sobre o direito ao sigilo das comunicações e a interceptação como uma forma de
restrição a tal direito.
Entre os diversos direitos fundamentais protegidos pela CF, encontram-se aqueles relativos à privacidade e
à intimidade. Trata-se, em suma, dos direitos relacionados à proteção de intromissões indevidas na esfera
pessoal e íntima do indivíduo. O direito à privacidade e à intimidade busca, assim, resguardar o recato e o
acesso coletivo de informações privadas.
O tema do direito à privacidade é abordado em vários dispositivos da Constituição. No entanto, ele é
especialmente tratado no inciso X do artigo 5°, segundo o qual são protegidas a intimidade e a vida privada
das pessoas, sendo possível àquele que tenha tal direito violado pleitear indenização pelo dano material ou
moral sofrido.
Um dos desdobramentos de tal direito é o direito ao sigilo de comunicações, que é expressamente
defendido no artigo 5°, XII, da CF. A parte inicial do mencionado dispositivo legal afirma ser “inviolável o
sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas”
(BRASIL, 1988).
Essa inviolabilidade significa que os sujeitos têm, como regra, um direito de garantir a confidencialidade do
conteúdo de suas comunicações, não devendo o Estado ou terceiros invadirem tal esfera de liberdade
comunicativa advinda do direito fundamental à privacidade.
A interceptação telefônica como restrição ao sigilo de comunicações
Como destacamos, uma das características dos direitos fundamentais é a sua limitabilidade ou
relatividade. Determinado direito fundamental, portanto, poderá ser relativizado se entrar em conflito com
outros direitos fundamentais.
Para que a limitação dos direitos fundamentais ocorra, quatro importantes requisitos precisam ser
observados:
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1. A limitação ao direito fundamental deve possuir previsão legal. 
2. Essa limitação tem de ser justificada pela necessidade de proteção de outro direito
fundamental ou do interesse social como um todo. 
3. O direito fundamental não pode ser limitado a ponto de ser totalmente anulado. É o que a
literatura jurídica chama de teoria do limite dos limites. 
4. A limitação precisa ser proporcional, devendo-se sempre analisar a razoabilidade e a
adequação da limitação do direito no caso concreto.
Em sua parte final, o artigo 5°, XII, da Constituição estabelece a possibilidade de restrição do direito ao
sigilo de comunicações telefônicas por intermédio das interceptações telefônicas. A interceptação
autorizada a partir desse dispositivo diz respeito à captação de comunicação telefônica alheia para o
conhecimento de seu conteúdo com o objetivo de averiguar a ocorrência de práticas criminosas. Vejamos
o seguinte exemplo:
Em uma investigação penal de crime de homicídio qualificado, a autoridade policial identifica indícios
razoáveis da autoria de Tício e Mévio. Todavia, encontra dificuldades para valer-se dos meios
convencionais de prova para a elucidação dos fatos.
Desse modo, ela requer ao juízo qualificado a interceptação das comunicações telefônicas de ambos, já
que identifica a possibilidade de elucidação dos fatos a partir do acesso ao conteúdo das ligações
telefônicas dos investigados.
Atenção!
Não se deve confundir a interceptação telefônica com a quebra de sigilo de dados telefônicos. Na
interceptação, tem-se acesso ao teor das conversas realizadas a partir da linha telefônica interceptada. Já
com a quebra do sigilo dos dados telefônicos, obtém-se o simples acesso ao registro das ligações
realizadas e recebidas em determinada linha telefônica.
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O Texto Constitucional apresenta três requisitos a serem preenchidos para a admissibilidade das
interceptações telefônicas:
Cada um desses requisitos será explorado com mais profundidade nos próximos módulos. Fique atento!
A violação das comunicações telefônicas depende de ordem judicial.
Essa violação só pode ocorrer com a finalidade de subsidiar investigação criminal ou
instrução processual penal.
Tal restrição de direitos só é possível na forma e nas hipóteses previstas em lei.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sobre os direitos fundamentais, marque a alternativa correta.
A
Os direitos fundamentais, em razão de sua importância, não podem ser submetidos a
limitações.
B
A ideia de gerações de direitos fundamentais indica que a conquista daqueles mais
modernos suplanta os direitos fundamentais anteriores.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
A vedação ao retrocesso é uma das mais importantes características dos direitos humanos
constitucionalizados. Também associada ao chamado efeito cliquet dos direitos fundamentais, tal
característica demonstra que, na “escalada” de conquista de direitos fundamentais, não pode haver
regressões. Ou seja, é inadmissível qualquer medida política ou normativa que busque enfraquecer ou
retirar direitos.
Questão 2
Acerca do tema da interceptação telefônica, marque a alternativa correta.
C
O direito à privacidade só pode ser considerado um direito fundamental por ter
previsão expressa no Texto Constitucional.
D A inviolabilidade do sigilo de comunicações pode ser considerada uma regra absoluta.
E
A proibição do retrocesso garante que direitos humanos conquistados não sejam
reduzidos.
A
Não há distinção entre a interceptação das comunicações telefônicas e a quebra de
sigilo de dados telefônicos.
B
As interceptações telefônicas somente podem ser autorizadas para fins de
investigação policial ouinstrução processual penal, sendo vedadas em processos
cíveis ou administrativos.
C
A interceptação das comunicações telefônicas não pode ser autorizada durante o
período de investigação criminal, sob pena de violação do sistema acusatório.
A interceptação telefônica realizada sem autorização judicial poderá a partir do
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Parabéns! A alternativa B está correta.
A utilização exclusiva da interceptação telefônica para fins de investigação policial ou instrução
processual penal configura um dos requisitos constitucionais para a utilização de tal meio de obtenção
de prova, conforme expressamente preleciona o artigo 5°, XII, da Constituição.
2 - Fundamentos legislativos da interceptação
telefônica
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as principais previsões legislativas
acerca do tema da interceptação telefônica.
D
A interceptação telefônica realizada sem autorização judicial poderá, a partir do
consentimento posterior dos interlocutores, ser validada pelo juiz da causa.
E
A possibilidade de restrição do direito ao sigilo telefônico não tem previsão expressa
no Texto Constitucional, sendo apenas disciplinada pela legislação infraconstitucional.
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Aspectos gerais da interceptação telefônica
O signi�cado de interceptação telefônica
Interceptação telefônica e outras �guras
Veja a seguir a diferença entre interceptação e outras figuras.
Para podermos nos aprofundar no tratamento legislativo desse tópico, será necessário primeiramente
compreender o que exatamente significa a interceptação telefônica e como ela se diferencia de outros
métodos semelhantes de captura da comunicação, como a escuta telefônica, a gravação telefônica e a
escuta ambiental. Para isso, observe as figuras, diferindo interceptação de escuta telefônica:
Interceptação telefônica (stricto sensu)

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Um terceiro adquire conhecimento do conteúdo da comunicação telefônica alheia sem que nenhum
dos interlocutores tenha tido ciência e dado seu consentimento para essa interferência.
Escuta telefônica
Um terceiro adquire conhecimento do conteúdo da comunicação telefônica alheia com o
conhecimento de algum dos interlocutores.
Observe agora as diferenças entre gravação telefônica e interceptação ambiental:
Gravação telefônica
Ocorre sem a intromissão de terceiros. Nela, um dos interlocutores realiza a captação do conteúdo da
conversa telefônica que ele está tendo com outra pessoa.


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Interceptação ambiental
Um terceiro realiza a interceptação da conversa realizada entre dois interlocutores em determinado
ambiente sem a intermediação de qualquer aparelho telefônico ou telemático.
A evolução do tratamento normativo da interceptação telefônica
A disciplina legislativa do tema das interceptações telefônicas não se restringe à previsão constitucional da
matéria do artigo 5°, XII, da CR. Por conta disso, será pertinente a realização de uma breve explanação da
evolução do tratamento normativo do tema:
“Art. 153. A Constituição assegura aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a
inviolabilidade dos direitos concernentes à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
[...]
§9°: É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas e telefônicas.”
Constituição da República de 1967 
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Esse dispositivo constitucional tratava do tema da inviolabilidade das comunicações telegráficas e
telefônicas sem estabelecer, de forma expressa, a possibilidade de restrição a tal direito.
“Art. 57. Não constitui violação de telecomunicação: 
[...]
II - O conhecimento dado: 
[...]
e) ao juiz competente, mediante requisição ou intimação deste.”
Para parte da literatura jurídica, apesar do silêncio constitucional, o artigo 57, II, do Código Brasileiro
de Telecomunicações tornava admissível a realização da interceptação telefônica no país desde
que ela fosse autorizada judicialmente.
Lei nº 4.117/1962 (Código Brasileiro de Telecomunicações) 
Constituição da República de 1988 
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“Art. 5°, XII: É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.”
O Texto Constitucional estabelece a possibilidade de limitação ao direito ao sigilo telefônico por
meio da interceptação telefônica desde que determinados requisitos sejam respeitados.
A partir de então, a literatura jurídica passou a divergir sobre a recepção e a possibilidade de
utilização do Código de Telecomunicações enquanto não fosse editada a lei regulamentadora das
interceptações telefônicas, uma exigência expressa do Texto Constitucional.
Pacificando o tema, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela não recepção do artigo 57, II, do
Código Brasileiro de Telecomunicações, o que vedou a utilização da interceptação até que a lei
regulamentadora fosse editada.
“Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em
investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta lei e dependerá
de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça.”
Lei nº 9.296/1996 (lei regulamentadora) 
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Trata-se da lei que regulamentou o tema da interceptação telefônica. Conforme veremos adiante,
ela estabeleceu novos requisitos para a admissibilidade da interceptação além daqueles elencados
no texto da Constituição, bem como disciplinou a forma e as hipóteses de realização da
interceptação.
Vale ressaltar que a lei em questão não possui efeito retroativo; portanto, ela só se aplica a fatos
ocorridos da vigência da lei em diante.
“Art. 1° As rotinas de distribuição, registro e processamento das medidas cautelares de caráter
sigiloso em matéria criminal, cujo objeto seja a interceptação de comunicações telefônicas, de
sistemas de informática e telemática, observarão disciplina própria na forma do disposto nesta
resolução.”
Após um amplo debate travado acerca da utilização abusiva das interceptações telefônicas no país
na denominada CPI dos grampos telefônicos, o CNJ editou a Resolução nº 59 com o intuito de
disciplinar e uniformizar o procedimento de interceptação de comunicações telefônicas pelo Poder
Judiciário.
A resolução em questão foi objeto da ADI 4145. Em seu julgamento, o STF acolheu parcialmente o
pedido formulado na ação direta, declarando a inconstitucionalidade do artigo 13, §1º, da resolução,
que dispunha sobre a inadmissibilidade do pedido de prorrogação do prazo de medida cautelar de
interceptação telefônica durante o plantão judiciário, à exceção da hipótese de risco iminente e
grave à integridade ou à vida de terceiros.
Resolução nº 59 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 
Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) 
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“Art. 7º O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados os
seguintesdireitos:
[...]
II - Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial, na
forma da lei;
III - inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem judicial.”
A lei ratifica o direito ao sigilo ao fluxo de comunicações e inova, estabelecendo a inviolabilidade e o
sigilo dos dados armazenados.
A concretização legislativa da interceptação telefônica
A interceptação telefônica e a Lei nº 9.296/1996
Como já vimos, o artigo 5°, XII, da CF atesta que as hipóteses e a forma de ocorrência da interceptação
telefônica devem ser previstas em lei. Por isso, em 1996, é publicada a Lei nº 9.296 com a finalidade de
regulamentar essa matéria.
O artigo 1° da lei afirma que ela disciplina as interceptações telefônicas de qualquer natureza utilizadas
como prova em:

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Investigação criminal

Instrução processual penal
Nossa primeira tarefa é identificar o que significa a expressão “de qualquer natureza” presente na lei. Ao
estabelecer essa amplitude terminológica, a lei, ao nosso ver, indica que disciplinará tanto as
interceptações telefônicas propriamente ditas (ou stricto sensu) quanto a escuta telefônica. Em ambos os
casos, um terceiro intercepta a comunicação estabelecida entre dois interlocutores.
Além disso, conforme deixa claro o parágrafo único de seu artigo 1°, a Lei nº 9.296/1996 não se aplica
somente às interceptações telefônicas, já que ainda regulamenta a interceptação do fluxo de
comunicações em sistemas de informática e telemática. Ela, portanto, também se aplica à interceptação
de mensagens instantâneas, e-mails e afins, ou seja, engloba métodos mais modernos de comunicação
que o feito por via telefônica.
Além dos requisitos presentes no Texto Constitucional, a lei regulamentadora apresenta mais alguns a
serem cumpridos para possibilitar a realização da interceptação. Com o objetivo de facilitar a compreensão
desse tema, a seguir é demonstrado todos os requisitos positivos e negativos a serem observados, isto é,
tanto os mencionados na CF quanto aqueles apenas referenciados na legislação infraconstitucional.
Confira!
Requisitos positivos
• Necessidade de autorização judicial. 
• Utilização da interceptação para investigação criminal ou instrução processual penal. 
• Demonstração da necessidade da interceptação e indicação dos meios a serem empregados. 
• Descrição clara da situação objeto da investigação e indicação e qualificação dos investigados,
salvo em caso de impossibilidade manifesta devidamente justificada.
Requisitos negativos
• Inexistem indícios razoáveis de autoria ou participação em infração legal. 
• A prova pode ser realizada por outro meio de prova disponível. 
• O fato investigado constitui uma infração penal punida, no máximo, com detenção.
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Estando presentes todos os requisitos positivos e ausente qualquer dos requisitos negativos, a realização
da interceptação telefônica será considerada admissível. Sobre tais requisitos, contudo, é importante fazer
mais algumas observações.
Observações gerais da interceptação telefônica
Outros aspectos da interceptação telefônica
Conforme estudamos, a interceptação só pode ocorrer a partir de uma ordem judicial. Segundo o artigo 5°
da Lei nº 9.296/1996, essa decisão autorizativa pode ser determinada pelo juiz a partir de decisão
fundamentada, fator que a coloca sob pena de nulidade da decisão. Além disso, a forma de execução da
diligência tem de constar em tal decisão.
Outra questão importante ainda relacionada à autorização judicial se refere ao juízo competente para
proferir a decisão. No julgamento do crime investigado, o juízo competente será justamente o juiz
competente para decidir acerca da interceptação telefônica.
Temos o seguinte exemplo: um crime é praticado por um governador de estado; assim, a competência para
o julgamento dele é do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Somente esse tribunal tem competência para
decidir acerca da interceptação telefônica do governador durante a investigação criminal.
Mas de quem será a iniciativa para requerer a realização dessa interceptação?
Resposta
A solução para essa questão encontra-se no artigo 3° da Lei nº 9.296/1996.
Tal meio de obtenção de prova pode ser determinado de três formas:
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• De ofício pelo juiz. 
• A partir do requerimento da autoridade policial na investigação criminal. 
• A partir do requerimento do Ministério Público na investigação criminal e na instrução
processual penal.
Assim como a decisão de autorização precisa ser bem fundamentada, o requerimento realizado pelo MP
ou pela autoridade policial também deve ser formulado de maneira completa, sendo, dessa forma, dotado
de certas exigências. O motivo para esse formalismo é fácil de perceber: como se trata de uma medida
muito drástica de invasão do sigilo das comunicações, todo o procedimento que envolve a interceptação
telefônica, desde seu requerimento até o deferimento, precisa ser dotado de garantias.
Por isso, o requerimento deve ser realizado por escrito – salvo nas hipóteses de urgência, ocasiões nas
quais ele poderá ser realizado por escrito e posteriormente reduzido a termo –, demonstrando nesse texto
que a sua realização é necessária para a apuração da infração penal e indicando os meios a serem
empregados.
Outra importante colocação acerca dos aspectos gerais da interceptação telefônica descritos na Lei nº
9.296/1996 se refere ao sigilo. O artigo 1° dessa lei afirma que a interceptação ocorre sob segredo de
justiça.
Na mesma linha, o artigo 8° afirma que “a interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza,
ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal,
preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas” (BRASIL, 1996).
elo juiz
Sem que ninguém tenha solicitado ao magistrado a sua realização.
Mas por que o sigilo na interceptação telefônica é tão importante?
É possível apontar, pelo menos, duas razões para isso.
A primeira se refere à preservação da intimidade da pessoa investigada. O acesso amplo e irrestrito de
todos as informações encontradas a partir da interceptação telefônica seria um abuso da relativização do
direito ao sigilo.
O segundo motivo relaciona-se à própria eficácia da interceptação. Caso o investigado/acusado ou seu
defensor tenha um conhecimento da ocorrência da diligência de interceptação, nenhuma informação
comprometedora seria obtida a partir da quebra desse sigilo e o objetivo próprio da interceptação seria
desnaturado, já que, como vimos, tal medida visa à elucidação de fatos criminosos.
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Essa realidade não quer dizer que a interceptação não permite o contraditório entre as partes, pois isso iria
frontalmente contra o sistema constitucional e tornaria tal prova inadmissível. O que ocorre, na verdade, é o
diferimento do contraditório: somente após a gravação e a transcrição das informações obtidas pela
interceptação telefônica, é oferecida ao investigado ou acusado a possibilidade de se manifestar sobre a
prova colhida.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Cespe - 2018 – Sefaz/RS - assistente administrativo fazendário). Nas hipóteses e na forma que a lei
estabelece para fins de investigação criminal ou instrução processual penal,a quebra do sigilo de
comunicações telefônicas pode ser determinada por:
Parabéns! A alternativa B está correta.
Deve-se diferenciar a requisição da interceptação telefônica da determinação da interceptação.
Enquanto a requisição pode ser feita pelo MP ou pela autoridade policial, a autorização dessa medida
só pode ser dada pelo Poder Judiciário.
A Judiciário e Ministério Público.
B Judiciário.
C Autoridade policial e Ministério Público.
D Fiscalização tributária.
E Ministério Público.
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Questão 2
Aponte a alternativa correta sobre a decisão autorizativa de interceptação telefônica.
Parabéns! A alternativa C está correta.
A decisão de autorização da interceptação é um dos requisitos positivos indispensáveis para a
ocorrência válida de uma interceptação telefônica. Essa decisão tem de estar fundamentada e deve
descrever a forma de realização da diligência.
A
Diante da urgência da medida de interceptação, a decisão não precisa ser
fundamentada.
B
É dispensável, pois a interceptação pode ser realizada pela autoridade policial
independentemente de autorização.
C
É um dos requisitos positivos que devem estar presentes para possibilitar a realização
da interceptação.
D
A decisão deve estar fundamentada, mas não precisa descrever a forma de realização
da diligência.
E
Pode ser substituída por uma simples requisição do Ministério Público ou da
autoridade policial.
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3 - Questões probatórias
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as principais características da
interceptação telefônica como um meio de obtenção de prova.
A prova no processo penal
A questão da prova no processo penal
Antes de pontuar algumas importantes questões probatórias especialmente vinculadas ao tema da
interceptação telefônica, é preciso compreendê-la como um meio de obtenção de prova disponível ao
sistema de justiça e que, em função disso, ela deve estar em sintonia com os princípios processuais penais
elencados na CF de 1988 e aqueles extraídos dos tratados internacionais de direitos humanos firmados
pelo Brasil.
Elencaremos agora os princípios mais importantes:
Princípio da proporcionalidade
O E t d ã d t t t õ d f id b t
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Atenção!
É importante compreender a distinção entre os termos “meio de prova” e “meio de obtenção de prova”,
porque o “meio de prova” busca convencer o órgão julgador da existência do crime.
Acompanhe o exemplo a seguir e entenda melhor sobre esses termos:
O Estado não pode cometer excessos; portanto, suas ações devem ser aferidas sob o manto
da razoabilidade.
Princípio da comunhão da prova
Uma vez levada ao processo penal, a prova não pertence a nenhuma das partes, devendo
servir ao processo como um todo.
Princípio da autorresponsabilidade das partes
Está intimamente ligado ao ônus da prova no processo penal, já que, em função desse
princípio, a parte assume as consequências de sua inatividade, erro ou negligência sobre a
prova daquilo que alega.
Princípio do favor rei ou favor libertatis
Decorre da ordem constitucional vigente, pois materializa a tentativa de reequilibrar a
desigualdade entre as partes do processo penal por meio da criação de mecanismos
processuais que promovam a igualdade substancial entre o acusado e o titular da ação
penal.
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Maria é arrolada como testemunha de um crime de roubo; ouvida pelo juízo, ela narra a ocorrência dos
fatos imputados ao denunciado, servindo o depoimento, portanto, como prova testemunhal. 
O “meio de obtenção de prova”, por sua vez, não se confunde com a “prova” propriamente dita, pois nada
mais é que um instrumento por meio do qual será possível obtê-la. Desse modo, nada mais natural que o
percebimento da interceptação telefônica como um meio de obtenção de prova, já que sua colheita
acontecerá a partir dela.
Sobre a terminologia “prova”, aliás, a sua origem etimológica é idêntica à de “probo”, palavra advinda do
latim probatio e probus. Extrai-se, a partir daí, a noção de exame, verificação, inspeção ou confirmação. Em
resumo, a prova tem o objetivo de demonstrar que um acontecimento do mundo dos fatos realmente
ocorreu. Veja um exemplo disso: 
Adalberto furtou o celular de Julia durante o espetáculo de Réveillon na Praia de Águas Claras. Existir uma
prova significa verificar que um dado fático levado pela parte ao processo é verídico.
Tipos de provas
Apesar de, sozinha, a terminologia “prova” não dar margens a muitas dúvidas sobre a sua correta
interpretação, ela, ainda assim, pode ser acompanhada de outras palavras que aumentam a sua gama de
sentidos. Isso pode ser percebido na redação do artigo 155 do Código de Processo Penal (CPP): nele, o
legislador afirma que, à exceção das provas cautelares, das não repetíveis e das antecipadas, o juiz formará
a sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial.
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Mas o que seriam provas “cautelares”, “não repetíveis” e “antecipadas”? Aliás,
quais são os significados da prova “direta”, da “indireta” e da “emprestada”, que
também são citadas em outras passagens da legislação processual?
Entenderemos agora o significado de cada uma delas:
Prova cautelar
Obtida tanto na fase de investigação quanto ao longo da instrução judicial, ela normalmente
depende de autorização judicial, estando presente o risco de desaparecimento do objeto da
prova em função do decurso do tempo. Exemplo: interceptação telefônica.
Prova não repetível
É aquela que só pode ser produzida uma única vez por conta de destruição ou
desaparecimento da sua fonte. Exemplo: perícia de vítima de agressão corporal leve.
Prova antecipada
Unicamente por conta de uma situação de urgência e relevância, a prova que normalmente
aconteceria em um momento do processo penal é antecipada. Exemplo: a vítima de um
crime de agressão corporal gravíssima, hospitalizada e consciente, pode ser ouvida até
mesmo antes do início do curso processual dada a gravidade do seu estado físico.
Prova direta
O dado do mundo real pode ser comprovado a partir dessa prova. Exemplo: na forma da
acusação, testemunha depõe em juízo e confirma que viu o acusado cometendo o delito
contra a vítima.
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Entender os princípios sobre os quais estão fundadas as bases do direito probatório no processo penal e o
leque de terminologias exposto acima é uma tarefa importante para que você possa analisar com
propriedade a natureza e as implicações decorrentes da interceptação telefônica no universo jurídico.
O caráter subsidiário da interceptação telefônica
Ultima ratio
Subsidiariedade da interceptação telefônica
Prova indireta
Para comprovar o fato a partir dessa prova, é preciso promover mais de uma diligência.
Exemplo: narra a acusação que Eduardo atentou contra a vida de Marta em um shopping. No
entanto, ele comprova que, naquele dia e horário, estava no seu ambiente de trabalho, que
fica no outro lado da cidade. Trata-se do chamado “álibi”.
Prova emprestada
Prova produzida em outro processo criminal é trazida ao processo para comprovar a tese
sustentada pela parte. Exemplo: em um processo em que Armando é investigado por tráfico
de drogas, o depoimento prestado pelo acusado é “emprestado” a outro com o fim de
certificar de que, na verdade, ele é apenas um usuário habitual de drogasilícitas.

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Entenda a seguir a subsidiariedade da interceptação e de suas consequências processuais.
Segundo o artigo 2º, inciso II, da Lei nº 9.296/1996, a interceptação de comunicações telefônicas não será
admitida quando a prova puder ser feita por outros meios disponíveis. A prova advinda do procedimento,
portanto, é subsidiária, pois a interceptação é a ultima ratio (último recurso) a ser empregada.
A jurisprudência do STF e do STJ é pacífica no sentido da ilegalidade da interceptação feita com base
apenas em uma “denúncia anônima” ou “delação apócrifa”. Para o STJ, é preciso harmonizar a proteção
contra o anonimato com a supremacia do interesse e da segurança pública e, assim, admitir a denúncia
anônima com reservas.
Por isso, os órgãos de investigação devem tomar medidas efetivas para colher elementos e informações
capazes de confirmar que a acusação contida na “denúncia anônima” é plausível. Não é possível adotar a
medida mais gravosa (no caso em questão, trata-se da interceptação) sem qualquer outra diligência prévia
para coletar indícios razoáveis da autoria criminosa, sob pena de se violar o direito fundamental às
comunicações telefônicas e, com isso, gerar a nulidade absoluta do processo que se inicia com
fundamento nessa prova.
Vejamos um exemplo:
Um membro do MP recebe do setor de ouvidoria denúncia anônima dando conta de que Tício comanda o
tráfico de drogas em uma região periférica da cidade. A primeira diligência a ser empreendida pelo
promotor será solicitar à autoridade policial a realização de investigações preliminares com o intuito de
averiguar os fatos narrados, caso já não exista investigação em andamento. 
Uma vez comprovada a plausibilidade da denúncia por outros meios de prova, os autos retornam ao MP e o
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promotor requer ao juízo competente a quebra do sigilo telefônico de Tício, que está sendo investigado, por
entender tal providência como imprescindível para a elucidação do crime de tráfico de entorpecentes.
Com esse exemplo, é fácil perceber mais dois pontos de grande relevância para a dinâmica do processo
penal e que se associam às questões probatórias.
No caso da interceptação telefônica, compreendido o seu caráter subsidiário em relação aos outros meios
de obtenção de prova, o representante do MP e a autoridade policial podem requerê-la ou o próprio juiz
pode determiná-la de ofício.
Praticamente na totalidade dos casos – considerando que o magistrado deve
manter-se equidistante e imparcial ao interesse das partes na condução do
processo –, a interceptação está a serviço da acusação.
Ter isso em mente é importante, pois:

O ônus da prova precisa recair tanto sobre o MP quanto sobre a autoridade policial, a quem caberá provar,
legal e moralmente, a verossimilhança das informações que dão alicerce à necessidade de quebra do sigilo
telefônico do investigado.

Daí se extrai a referência aos princípios comumente chamados de presunção de inocência ou de presunção
de não culpabilidade, já que o ônus de demonstrar a culpabilidade do investigado, além de qualquer dúvida
razoável, cabe a quem o acusa, e não ao acusado.
Requisição da interceptação telefônica
O momento de requisição da interceptação telefônica
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Graças à leitura do inciso XII do artigo 5º da CF, percebemos que a inviolabilidade do sigilo da
correspondência e das comunicações telegráficas, telefônicas e de dados não é absoluta, pois, por ordem
judicial, na forma da Lei nº 9.296/1996, o sigilo poderá ser rompido para fins de:

Investigação criminal

Instrução processual penal
É interessante notar que a Constituição usa “investigação criminal”, expressão reproduzida no caput do
artigo 1º da Lei nº 9.296/1996. Investigação criminal não se confunde com a instauração de inquérito
policial, porque o inquérito não é a única forma de investigação existente no sistema de justiça criminal,
conforme enuncia o parágrafo único do artigo 4º do CPP, que autoriza outras espécies de investigação
presididas por autoridades administrativas.
Eis alguns exemplos de espécies de investigação criminal distintas do inquérito policial:
1. Inquérito parlamentar presidido por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nos termos do
artigo 58, §3º, da CF. 
2. Investigação iniciada por agentes florestais. 
3. Inquérito policial militar presidido pela Polícia Judiciária Militar (art. 8º do Código de Processo
Penal Militar). 
4. Investigação de autoridades com foro por prerrogativa de função. 
5. Investigação feita pelo MP em inquérito civil público. 
8. Inquérito presidido pelo Tribunal de Justiça em caso de crime praticado por juiz.
Dessa forma, supondo que não exista inquérito policial instaurado pela autoridade policial, mas que uma
investigação criminal destinada a averiguar indícios de autoria ou de participação em infração penal punida
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com pena de reclusão tenha sido iniciada, a interceptação telefônica será admitida, desde que sejam
preenchidas as exigências da Lei nº 9.296/1996.
Ainda que não seja tão comum, a interceptação também pode ocorrer no curso da instrução processual,
período que se inicia com o oferecimento da peça acusatória e que termina quando não há requerimento
de diligências ou, sendo ele indeferido, após as alegações finais da acusação e da defesa na forma do
artigo 402 e dos artigos seguintes do CPP. Essa possibilidade faz total sentido, já que, no andamento
regular do processo criminal, podem surgir novas informações e circunstâncias que despertem a
necessidade do requerimento da interceptação telefônica pelo MP ou o seu reconhecimento, de ofício, pelo
magistrado.
Sobre tal possibilidade de reconhecimento, aliás, parcela da literatura jurídica tem tecido comentários
críticos aos poderes investigatórios e instrutórios conferidos ao juiz. Vejamos a lição de Aury Lopes Jr.
sobre esse tema:
A imparcialidade do juiz �ca evidentemente comprometida quando estamos diante
de um juiz-instrutor (poderes investigatórios) ou quando lhe atribuímos poderes de
gestão/iniciativa probatória. É um contraste que se estabelece entre a posição
totalmente ativa e atuante do instrutor, contrastando com a inércia que caracteriza o
julgador. Um é sinônimo de atividade, e o outro, de inércia.
(LOPES JÚNIOR, 2019, p. 71-72)
Tais poderes são atribuídos ao órgão julgador pelo próprio ordenamento jurídico quando:
• O CPP, no artigo 156, faculta ao juiz duas ações: ordenar, mesmo antes de iniciada a ação
penal, a produção antecipada de provas urgentes e relevantes (inciso I) ou determinar, no curso
da instrução ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvidas sobre
um ponto relevante (inciso II). 
• A Lei nº 9.296/1996 dá, em seu artigo 3º, caput, carta branca para o juiz determinar de ofício a
interceptação das comunicações telefônicas.
Assim, em que pese a pertinente crítica da doutrina especializada, você precisa levar em conta a
autorização de iniciativa conferida ao juiz pela legislação penal e processual penal nos termos e nas
hipóteses legais, compatibilizando-a com a necessária imparcialidade e equidistância das partes.
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O compartilhamento das provas obtidas em outro
processo criminal
A serendipidade
A 1ª Turma do STF, no julgamento do Habeas Corpus nº 128102/SP, sob relatoria do então ministro Marco
Aurélio, decidiu que o fato de a interceptação ter visado aelucidar outra prática delituosa não impede a sua
utilização em persecução criminal diversa por meio do compartilhamento de prova. Essa decisão está
intimamente ligada à teoria do encontro fortuito de provas (também chamada de serendipidade).
A serendipidade ocorre quando, durante diligências ordinárias de cunho investigatório, a autoridade policial
descobre uma prova de infração penal diversa daquela que motivou a abertura da investigação. Para não
contrariar a validade da prova colhida, esse achado não pode ter sido fruto de desvio ou de abuso de
finalidade pela autoridade policial.
Luiz Flávio Gomes acentua que:
[...] é válida a prova se se descobre fato delitivo conexo com o investigado, mas
desde que de responsabilidade do mesmo sujeito passivo. Logo, se o fato não é
conexo ou se versa sobre outra pessoa, não vale a prova. Cuida-se de prova nula. Mas
isso não signi�ca que a descoberta não tenha nenhum valor: vale como fonte de
prova, é dizer, a partir dela, pode-se desenvolver nova investigação. Vale, em suma,
como uma notitia criminis. Nada impede a abertura de uma nova investigação, até
mesmo nova interceptação, mas independente.
(GOMES, 2009, apud LIMA, 2019, p. 89)
otitia criminis
Advindo do latim, o termo notitia criminis é consagrado no direito processual penal como o conhecimento de
um fato definido como infração penal pelo ordenamento jurídico, seja ele um crime ou uma contravenção
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penal.
A partir desse ensinamento, podemos tirar três diferentes conclusões:

Se a prova estiver relacionada a outro delito praticado pelo mesmo investigado na interceptação, havendo
qualquer conexão entre as infrações, a interceptação será um legítimo meio probatório.

Se, no entanto, for descoberta a participação de pessoa diversa do agente inicialmente visado pela
interceptação, ela também será válida como meio de obtenção de prova na forma do artigo 2º, parágrafo
único, da Lei nº 9.296/1996.

Se o fato novo não se relacionar de nenhuma forma com aquele investigado na interceptação, o juiz estará
impedido de valorá-lo, mas, mesmo assim, o achado poderá ser utilizado como notitia criminis para dar
início a uma nova investigação criminal.
Nesse sentido, parcela da doutrina ainda faz nova classificação:
Serendipidade de 1º grau
Quando os encontros fortuitos são de fato conexos ou continentes com os fatos sob investigação. Nessa
hipótese, a prova produzida por acaso poderá ser valorada pelo órgão acusador.
Serendipidade de 2º grau
Quando os fatos achados não possuem nenhuma relação com aqueles que motivaram a interceptação,
ocasião em que a prova produzida valerá como notitia criminis.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
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Questão 1
Marque a alternativa correta.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Expressão em latim, ultima ratio pode ser traduzida para o português como “último recurso”. Conforme
o inciso II do artigo 2º da Lei nº 9.296/1996, a interceptação telefônica só será admitida quando a
prova não puder ser colhida por outros meios de obtenção de prova disponíveis. Por conta disso, de
forma pacífica, a doutrina comumente atribui a essa interceptação a característica da subsidiariedade,
isto é, de ultima ratio.
Questão 2
O que se entende por serendipidade?
A
A interceptação de comunicações telefônicas só será admitida quando a prova puder
ser feita por outros meios disponíveis à autoridade policial.
B A interceptação telefônica é reservada para o momento da investigação criminal.
C Por ultima ratio, entende-se o caráter subsidiário da interceptação telefônica.
D A prova emprestada só pode ser produzida uma única vez.
E A interceptação telefônica pode ser denominada um meio de prova.
A Busca inespecífica de informações com teor incriminatório.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Também conhecida como “teoria do encontro fortuito”, a serendipidade é utilizada quando a
autoridade policial, durante a investigação de um delito, casualmente encontra provas pertinentes a
outra infração que não estavam na linha de desdobramento usual da investigação inicial. Se o
encontro da prova foi casual e não ficaram comprovados o desvio ou o abuso de finalidade, essa prova
será válida ao processo penal.
Considerações �nais
Este conteúdo demonstrou os fundamentos da interceptação telefônica tanto sob a ótica da dignidade da
pessoa humana e dos princípios consagrados na processualística brasileira quanto do ponto de vista legal
e probatório. Nossa abordagem, portanto, quis apresentar não somente os aspectos teóricos, mas também
– e principalmente – os aspectos práticos dela.
Deve-se ter em mente que a interceptação telefônica é matéria discutida em diversas ações judiciais,
sendo comuns as mudanças de entendimento, sob uma ótica legal ou constitucional, do STJ ou do STF a
respeito de determinado tópico desse tema. Demonstramos, assim, que essa área constitui um campo
fértil de atuação profissional.
B Vigilância sobre atos de policiais civis e militares.
C Sinônimo de gravação clandestina.
D
Significa que toda prova produzida em virtude de uma descoberta obtida por meios
ilícitos estará contaminada pela ilicitude dela.
E Encontro fortuito de prova relacionada a fato diverso daquele investigado.
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Podcast
Para encerrar, ouça um resumo sobre o conceito de interceptação, outras figuras semelhantes, além de
seus requisitos.

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Confira agora o que separamos especialmente para você!
• Para saber mais detalhes sobre a interceptação telefônica e telemática, leia:
FREITAS JUNIOR, A. D. de; JORGE, H. V. N.; GARZELLA, O. C. F. Manual de interceptação telefônica e
telemática – teoria, prática e legislação. 2. ed. Salvador: Juspodivm, 2021.
• Para entender a importância da cadeia de custódia como garantia de rastreabilidade e fiabilidade na
obtenção da informação via interceptação telefônica, leia:
SANTORO, A. E. R.; TAVARES, N. L. F.; GOMES, J. C. O protagonismo dos sistemas de tecnologia da
informação na interceptação telefônica: a importância da cadeia de custódia. Revista brasileira de direito
processual penal. v. 3. n. 2. maio-ago. 2017. p. 605-632.
Referências
19/07/2023 14:26 Fundamentos da interceptação telefônica
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03273/index.html# 43/44
BRASIL. Casa Civil. Constituição da República Federativa de 1967.
BRASIL. Casa Civil. Constituição da República Federativa de 1988.
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962. Institui o Código Brasileiro de
Telecomunicações.
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996. Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5° da
Constituição Federal.
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, direitos e
deveres para o uso da Internet no Brasil.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução nº 59, de 09/09/2008. Disciplina e uniformiza as rotinas
visando ao aperfeiçoamento do procedimento de interceptação de comunicações telefônicas e de
sistemas de informática e telemática nos órgãos jurisdicionais do Poder Judiciário, a que se refere a Lei nº
9.296, de 24 de julho de 1996.
GOMES, L. F.; MACIEL, S. Interceptação telefônica e das comunicações de dados e telemáticas:
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19/07/2023 14:26 Fundamentos da interceptação telefônica
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