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Autor: Kevin Willys – Sentidos Especiais As sensações gerais Sensações somáticas → tátil, térmica, dolorosa e proprioceptiva. Sensações viscerais. Os receptores para as sensações gerais estão espelhados por todo corpo e possuem estruturas relativamente simples. Sentidos especiais Olfato, paladar, visão, audição e equilíbrio. Os receptores para os sentidos especiais são anatomicamente distintos uns dos outros e concentrados em locais específicos na cabeça. Olfato O odor é uma sensação química porque se originam da interação de moléculas com os receptores para o olfato. Como impulsos para o odor se propagam até o sistema límbico, certos odores evocam respostas emocionais intensas ou um afluxo de memórias. Anosmia → ausência do sentido do olfato. Hiposmia → diminuição do sentido do olfato. Disosmia → sua disfunção. Epitélio Olfatório e Receptores As moléculas de odor, presentes na fase gasosa, atingem os receptores olfatórios na cavidade nasal. Cavidade nasal →contém→ conchas nasais →revestidas→ epitélio olfatório →contendo→ células receptoras olfatórias. As conchas nasais funcionam como difusor, fazendo com que o fluxo de ar fique turbulento e, assim, atingindo as regiões mais superiores da cavidade nasal. O epitélio olfatório é composto por 3 tipos celulares: células de sustentação, células basais e células receptoras olfatórias. Células de sustentação → são células epiteliais contendo microvilosidades e grânulos de secreção. Células basais → são células progenitoras não diferenciadas que originam as células receptoras olfatórias. Células receptoras olfatórias → são neurônios aferentes primários, são os sítios de ligação, detecção e transdução do odor. Moléculas de odor → cílios das céls. recep. olfa. → axónios das céls. recep. olfa. deixam o epitélio olfatório e seguem, até o bulbo olfatório. Transdução Olfatória É a conversão do sinal químico em sinal elétrico. Autor: Kevin Willys 1. Moléculas de odor se ligam a proteínas receptoras olfatórias. 2. A proteína receptora acopla-se a uma proteína da membrana chamada de proteína Golf que ativa a enzima adenilil ciclase. 3. A adenilil ciclase catalisa a conversão do ATP a AMPc, o aumento do nível intracelular de AMPc abre os canais de cátions. 4. A membrana da célula receptora é depolarizada. 5. Os potenciais de ação são, então, gerados e propragados pelos axônios do nervo olfatório, em direção ao bulbo olfatório. Vias Olfatórias Moléculas odoríferas → receptores olfatórios (epitélio olfatório) → nervos olfatórios (atravessam a lâmina cribriforme e chegam ao bulbo olfatório) →sinapse→ neurônios do bulbo olfatório → trato olfatório → área olfatória primária no córtex cerebral (onde começa a percepção consciente do odor). Paladar O paladar é um sentido químico. Substâncias químicas denominadas moléculas de sabor são detectadas e transduzidas por quimiorreceptores localizados nos botões gustativos. Moléculas de sabor → quimiorreceptores → botões gustativos. Os sabores são misturas de 5 qualidades elementares: salgado, doce, ácido, amargo e umami (levemente salgado, incluindo o glutamato monossódico). Ageusia → ausência de paladar. Hipogeusia → ↓ da sensibilidade do paladar. Hipergeusia → ↑ da sensibilidade do paladar. Disgeusia → distorção do paladar, incluindo a sensação na ausência de estímulo paliativo. Botões Gustativos e Receptores As células gustativas estão localizadas em botões gustativos presentes na língua, no palato, na faringe e na laringe. Células gustativas → botões gustativos Na língua → são encontrados, às centenas, nas papilas gustativas. Os botões gustativos são similares ao epitélio olfatório, logo, são compostos pelos mesmos 3 tipos celulares: células de sustentação, células basais e células receptoras. Células de sustentação → função desconhecida. Células basais → funções semelhantes às células basais olfatórias. Células receptoras gustativas → são quimiorreceptores do sistema gustativo. Revestem o botão gustativo e estendem microvilosidades até os poros gustativos (↑ área da superfície para detecção do estímulo químico). NÃO SÃO NEURÔNIOS!!! São células epiteliais que funcionam como quimiorreceptores, transduzindo os estímulos químicos em sinais elétricos. Nervos gustativos aferentes inervam as células gustativas e transmitem essa informação ao SNC. Estrutura de uma Papila Gustativa Autor: Kevin Willys Papilas circunvaladas → as de maior tamanho, mas menos numerosas. Cada papila é cercada por uma vala; os botões gustativos se localizam dos dois lados da vala. São inervadas pelos nervos facial (VII) e glossofaríngeo (IX). Papilas foliáceas → localizadas nas bordas laterais da língua. Os botões se localizam nas pregas laterais dessas papilas. Papilas fungiformes (formato de cogumelo) → ocorrem dispersas pela superfície dorsal da língua e são mais numerosas nas proximidades da extremidade anterior. Transdução do Sabor Enquanto as 5 qualidades podem ser detectadas em toda a superfície da língua, diferentes regiões do órgão apresentam limiares distintos. Na maioria dos casos, a transdução acaba por levar à despolarização da membrana do receptor gustativo. Essa despolarização gera potenciais de ação em nervos aferentes que suprem determinada porção da língua. IP3/Ca2+ → mediador. TRP → canais de potenciais receptores transientes. Vias do Paladar Nervo facial (VII), nervo glossofaríngeo (IX) e o nervo vago (X) →inervam→ calículos gustatórios → núcleo gustatório (bulbo) → alguns axônios conduzem sinais gustatórios → sist. límbico e hipotálamo ou tálamo → área gustatória primária (lobo parietal) = percepção consciente do paladar. Visão O sistema visual detecta e interpreta estímulos luminosos, que são ondas eletromagnéticas. O olho pode distinguir 2 qualidades da luz: o brilho e o comprimento de onda. Para os humanos, os comprimentos de luz entre 400 e 750 nanômetros são denominados luz visível. Os receptores sensoriais da visão são os fotorreceptores, localizados na retina. Existem dois tipos de fotorreceptores: bastonetes e os cones. A informação é recebida e transduzida por fotorreceptores, na retina, e, então, é transmitida ao SNC, por meio de axônios das células ganglionares retinianas. Alguns axônios dos nervos ópticos se cruzam no quiasma óptico, enquanto outros seguem ipsilateralmente. A principal via visual é pelo núcleo geniculado lateral do tálamo, que se projeta para o córtex visual. Informação → fotorreceptores (retina) → axônios das células ganglionares retinianas → SNC. Vias Ópticas Os axônios das células ganglionares da retina →formam→ nervo óptico → quiasma óptico (as fibras dos campos visuais temporais se cruzam, mas as fibras dos campos visuais nasais não o fazem) → trato óptico →sinapse→ núcleo geniculado lateral do tálamo → trato geniculocalcarino →ascende→ até o córtex visual. Autor: Kevin Willys Hemirretina nasal se cruza no quiasma óptico e ascendem contralateralmente. Hemirretina temporal não se cruza e ascendem ipsilateralmente. Assim, as fibras da hemirretina nasal esquerda e as fibras da hemirretina temporal direita formam o trato óptico direito, fazendo sinapses com o núcleo geniculado direito. Lesões das Vias Ópticas Nervo óptico → a secção do nervo óptico causa cegueira do olho Ipsilateral, já que o corte ocorre antes que as fibras cruzem o quiasma óptico. Quiasma óptico → a secção do quiasma óptico causa hemianopsia heterônima (de ambos os olhos) bitemporal (de ambos os campos visuais temporais). Ou seja, toda a informação das fibras que se cruzam é perdida. Assim, a informação dos campos visuais temporais de ambos os olhos se perdeporque suas fibras se cruzam no quiasma óptico. Trato óptico → a secção do trato óptico causa hemianopsia homônima contralateral. O corte do trato óptico esquerdo leva à perda do campo visual temporal do olho direito (cruzado) e perda do campo visual nasal do olho esquerdo (não cruzado). Trato geniculocalcarino → secção do trato óptico causa hemianopsia homônima contralateral, poupando a mácula. Não destrói todos os neurônios que representam a mácula. Audição O sentido do ouvir, envolve a transdução de ondas sonoras em energia elétrica, que é, então, transmitida ao sistema nervoso. A orelha humana é sensível a sons de tons com frequências entre 20 a 20.000 Hz, e muitos de nós somos sensíveis a sons entre 2.000 e 5.000 Hz. A frequência normal da fala humana está entre 300 e 350 Hz, e a intensidade é de 65 dB. Estrutura da Orelha Orelha externa → composta pelo pavilhão auricular e o canal auditivo externo, sua função é dirigir as ondas sonoras para o canal auditivo. Orelha média → composta pela membrana timpânica e pela cadeia dos ossículos auditivos, denominados martelo, bigorna e estribo. A membrana timpânica separa a orelha média e a orelha interna. Orelha interna → composta pelo labirinto ósseo e pelo labirinto membranoso. A cóclea e o vestíbulo são formados pelos labirintos membranoso e ósseo. A cóclea, estrutura espiralada composta por 3 canais ou ductos tubulares, contém o órgão de Corti. O órgão de Corti contém células receptoras e é o sítio da transdução auditiva. Transdução Auditiva É a transformação da pressão sonora em energia elétrica. As ondas sonoras que se propagam pelo ar (orelha externa e média) devem ser convertidas a ondas de pressão no líquido (orelha interna). A impedância acústica do líquido é muito maior que a do ar. Logo, a combinação da membrana timpânica e dos ossículos atua como um dispositivo de equivalência de impedância que faz a conversão. Esse processo é feito pela relação entre a grande área de superfície da membrana timpânica e a pequena área de superfície da janela oval e da Autor: Kevin Willys vantagem mecânica obtida com o sistema de alavanca dos ossículos. Orelha externa → canal auditivo → move a membrana timpânica → move os ossículos → empurra a plataforma do estribo em direção à janela oval → desloca o fluido no interior da orelha interna. Vias Auditivas Gânglios espirais → ramo coclear do n. vestibulococlear → núcleos cocleares (bulbo) → lemnisco lateral → colículo inferior (mesencéfalo) → núcleo olivar superior (ponte) → núcleo do corpo geniculado medial (tálamo) → área de audição primária (córtex cerebral). Equilíbrio O sistema vestibular é usado na manutenção do equilíbrio, ou balanço, detectando acelerações angulares e lineares da cabeça. Vias Vestibulares Gânglios vestibulares → nervo vestibulococlear (VIII) → núcleos vestibulares (bulbo e ponte) → núcleos dos nervos (III), (IV), (VI) → nervo (XI) → trato vestibuloespinal → núcleo ventral posterior no tálamo → área vestibular no lado parietal do córtex cerebral (parte da área somatossensorial primária). Nervos dos Membros Inferiores Plexo Lombar Plexo Sacral e Coccígeo Referências TORTORA, J. G.; NIELSEN, T. M. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. COSTANZO, L. S. Fisiologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
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