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Vigotski

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Gabriela Rodrigues Cury Bortoletto 
RA: 21000262
Síntese sobre: A compreensão de Vigotski sobre a adolescência. 
A adolescência é vista como uma fase de transição, que é quando o pensamento infantil passa a ser diferenciado, pois se vê que ele é mais abstrato, as relações são mais complexas por conta da realidade, já que é nesse momento que temos acessos a elas nos distanciando da imaginação. Com as características da infância sendo superadas, os adolescentes passam por uma “crise”, que faz com que se perceba que é necessário ter novos modos de pensar e agir, impulsionando novas relações.
Esse movimento de crise é a característica do desenvolvimento, que para Vigotski é uma revolução, já que é necessário que tenha superação de um vivido com drama. Sendo assim, se desenvolve a tendência dinâmica integradora que faz com que os adolescentes tenham novos interesses, o que significa que está em desenvolvimento. 
O pensamento então se une às demais funções que se organizam novamente, tendo a relação da fala e pensamento. Para Vigotski a fala nasce da necessidade de colocar para fora os seus pensamentos e assim o pensamento nasce da necessidade e daquilo que afeta o sujeito. Por meio dele o sujeito tem acesso à realidade interna e externa, aquilo que ele vive passa a ser vivido como próprio, sendo assim ele é capaz de compreender a realidade junto das pessoas com que se convive e se entende. 
Dentro da perspectiva de Vigotski o sujeito precisa ter o contato com a cultura para ter instrumentos e conteúdos para assim o seu psiquismo se desenvolver. Assim vemos que o psiquismo é a resposta de interações sociais com o meio e não determinado por este e que o homem inserido na cultura é uma relação dinâmica. 
Os instrumentos psicológicos são os recursos que Vigotski denomina o uso de recurso que se coloca entre o sujeito e o objeto de sua ação. Esse instrumento tem a função de residir a sua qualidade de domínio e o controle do próprio sujeito perante seus processos elementares. Ele é arbitrário, sendo qualquer elemento cultural para subsidiar o desenvolvimento do psiquismo, sendo a intencionalidade do sujeito que almeja interferir no meio e ao mesmo tempo altera seu próprio psiquismo. 
Podemos afirmar que estudar adolescência é necessário compreender a totalidade do período do desenvolvimento, reconhecendo de forma dialética, que o meio tem um papel fundamental na constituição do sujeito, sendo fonte do seu desenvolvimento, e o sujeito elege aspectos de sua personalidade para lidar com a realidade do meio. Nesse meio que o sujeito amplia os nexos do sistema psicológico, dá um avanço qualitativo e uma complexidade do psiquismo.
Esse salto acontece por conta da fala, que faz o jovem significar e interagir com o mundo, o seu pensamento passa a utilizar os contextos mais abstratos, tendo uma noção de mundo mais expandida gradualmente e seu psiquismo passa a criar novos nexos dentro da função psicológica. Os níveis abstratos do pensamento se dão por meio da imaginação, que é muito importante na adolescência. 
A imaginação é uma das Funções Psicológicas Superiores, sendo que se origina quando maior seja a experiência do sujeito, e assim maiores as possibilidades de atuação através da imaginação. Assim, a imaginação do adulto é mais desenvolvida que a da criança já que o sujeito tem mais experiência. A imaginação possibilita o sujeito de novos nexos e maneiras de significar e intervir na realidade, não buscando estagnação. 
	Para Vigotski tem quatro maneiras da imaginação se vincular à realidade , sendo a primeira: a combinação de elementos da realidade, assim a imaginação é mais capaz de criar associações quanto maior for a experiência acumulada do sujeito; A outra forma também faz o uso de combinações entre elementos, mas seu produto é diferente - a primeira o resultado da combinação é fantasioso já na segunda é um fenômeno que se vincula a realidade na medida em que se cria uma imagem para compreender e perceber; A terceira forma é a influência das emoções no funcionamento da imaginação; Por fim a quarta forma é a materialização em um objeto ou instrumento do mundo, acessando informações que ultrapassam a sua própria experiência. 
Por fim, vimos que o adolecente encontra-se nessa transição em que o pensamento e a memória são frequentemente requisitados, mas o uso da imaginação e da criatividade é pouco reconhecido. Em virtude do desenvolvimento do pensamento por conceitos, processos de generalização e de abstração possibilita ao jovem acesso aos instrumentos de representações. Sendo assim, a imaginação, por meio de um sistema de representação, possibilita a correlação entre elementos abstratos e concretos, de modo que o adolecente expressa e materialize seu pensamento,

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