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Semantica do Portugues Cap 04

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Semântica do Português154
Você sabia que compreender as relações existentes no 
texto permite reconhecer a construção de sentido pretendido na 
produção do texto? E para compreender as expressões existentes 
em um determinado texto, o falante deverá ter conhecimento da 
semântica. O campo da semântica aborda as palavras dentro 
do texto e compreende as palavras que apresentam em si uma 
como uma ferramenta fundamental para a compreensão dos 
textos e para a formação do leitor, seja para leituras realizadas na 
vida escolar ou no próprio dia a dia. Assim como compreender 
quais os sujeitos existentes nas relações textuais e a sua 
importância para a enunciação. Nesta unidade iremos entender 
o funcionamento da análise semântica relacionados ao texto e 
a argumentação, a relação entre os fundamentos da semântica 
de leituras semânticas no contexto escolar e no dia a dia; como 
também iremos compreender a relação entre o sujeito, o sentido 
e a enunciação.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
Semântica do Português 155
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
Analisar a construção semântica dos escritos em 
Português com atenção ao texto e à argumentação;
Introduzir os fundamentos da semântica no 
processo de formação do leitor;
e escolar;
da leitura semântica de Língua Portuguesa.
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Semântica do Português156
Texto e argumentação: a construção 
semântica nos escritos em Português
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
funciona a análise da construção semântica dos escritos em 
português relacionados ao texto e à argumentação. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. 
Avante!
A construção semântica nos escritos 
em português relacionados ao texto e à 
argumentação
Conforme Moretto e Wittke (2019), o texto é uma 
demonstração material da língua derivada da organização 
discursiva estabelecida por circunstâncias de comunicação e 
é construído para proferir alguma coisa dentro de um evento 
social, sendo assim, o motivo de intertextualidade do conjunto de 
ao texto sua funcionalidade, dada a adaptação às necessidades 
atribuídas por uma determinada realidade comunicativa, o que 
demonstra que a manifestação textual é, na verdade manifestação 
de linguagem.
Sampaio (2019) considera o texto como uma unidade 
semântica que constitui sentido independentemente de sua 
extensão, em que as relações entre suas partes cooperam para 
esse processo. Desse modo, compreender essas relações, que são 
tanto lógicas quanto semânticas permite reconhecer propriamente 
a construção de sentido almejado na produção do texto.
Semântica do Português 157
Cada texto proporciona um nível de informatividade 
que deve estimular ou não o interesse de seu destinatário 
(MORETTO; WITTKE, 2019).
Os textos exibem uma forma de organização composicional 
de sua estrutura, na qual acontecem várias tipologias de 
sequências, entre as quais se destaca a argumentativa, explícita 
Capistrano Júnior, Elias e Lins (2017).
“A argumentação é o exercício da formulação de ideias 
(KOBS, 2012, p. 11).
Mas como podemos saber o que é um texto na prática?
Para Dietzsch (2005) na era da informação tudo é texto 
publicitário, um anúncio visual sem nenhuma palavra, uma 
informar, comunicar, veicular sentidos são textos.
Figura 1: Tudo é texto
Fonte: Pixabay
Semântica do Português158
de uma semântica discursiva argumentativa, não existem 
textos inocentes, pois todos dividem uma intencionalidade, 
cuja decifração deriva do reconhecimento de diversos 
fatores determinantes: o contexto extralinguístico, o contrato 
comunicativo que prevalece entre os parceiros, suas identidades 
pelo autor no texto, além da noção básica de gênero textual e 
formas de organização de discurso.
IMPORTANTE
Argumentar tem relação com um desejo de fazer crer ou de fazer 
agir o interlocutor e esse desejo se consegue através de textos, 
falados ou escritos. (CAPISTRANO JÚNIOR; ELIAS; LINS, 
2017).
Moretto e Wittke (2019) explicam que a textualidade é 
estabelecida mediante os processos semânticos e as atividades 
comunicativas entre os interlocutores, ou seja, a textualidade 
envolve as condições situadas no texto e situadas no usuário 
materializada em textos, exige a compreensão da relação entre 
os elementos linguísticos e não linguísticos.
Essa perspectiva do texto como fruto de um processo 
de coconstrução interativa e intencional entre um emissor e 
um real ou virtual receptor, que se executa sempre através da 
composição de elementos linguísticos e não linguísticos, não 
é frequente nos nossos manuais didáticos e também não nas 
práticas interpretativas que possuem como foco os elementos 
constitutivos da gramática, de acordo com Pauliuronis (2013). 
Semântica do Português 159
IMPORTANTE
Para Pauliuronis (2013), se produzir um texto é, 
de acordo com os conceitos das teorias discursivas, agir 
argumentativamente, podemos adicionar que interpretá-lo é 
reconhecer, desmontar essa atividade e construir outra, processo 
do qual sempre resulta em uma unidade textual diferente. Desse 
modo, ele explica que decifrar um texto é compreender um 
dos sentidos possíveis para o qual os operadores ou as marcas 
argumentativas direcionam o raciocínio do leitor.
A argumentação é o que constitui o verdadeiro encadeamento de 
sentido, ela prepara a estrutura semântica em uma determinada 
A união entre as partes (Figura 2) do texto constitui não 
exclusivamente um vínculo presente na superfície do texto, 
mas uma relação entre conceitos, tratando-se da organização 
de uma relação não somente no nível sintático, mas no nível 
textual esclarece Moretto e Wittkel (2019).
Figura 2: União entre as partes do texto
Fonte: Pixabay
Semântica do Português160
De acordo com a Teoria da Argumentação na língua 
proposta por Ducrot, na construção de um texto, a escolha de 
cada palavra tem efeito sobre as demais, isto é, nada pode ser 
aleatório no texto pois todos os elementos que compõem a 
textualidade concorrem juntos para a construção de sentidos 
orientando argumentativamente em determinada direção, 
descreve Capistrano Júnior, Elias e Lins (2017).
Por isso deve-se observar bem o que se está inserindo em 
um texto,
 A teoria da argumentação na língua estabelece que um 
enunciado diz para o ouvinte procurar no mundo os sentidos 
colocados pela fala, respeitada a semântica produzida no texto, 
nesse caso, o próprio texto produzido pela fala, informa Abrahão 
(2008).
Dentro da Teoria da Argumentação na língua de Ducrot 
uma fase merece destaque é a que trata da Teoria dos Blocos 
Semânticos, que, segundo Costa (2013, p. 26), “se sustenta na 
ideia de que os sentidos são produzidos na relação que ocorre 
A Teoria do Blocos semânticos, conforme Pereira e Guaresi 
(2012), tem início a partir do princípio de que o sentido está situado 
na língua, nos fatores linguísticos próprios ao texto, de modo que 
esses aspectos devem ser os primeiros a serem considerados na 
para o seu estudo, são criados encadeamentos argumentativos 
que são responsáveis pela compreensão do sentido no texto. 
Mas, você sabe o que são encadeamentos argumentativos?
Um encadeamento argumentativo é “qualquer sequência 
(CAREL, 2005, p.80).
segmentos que constituem o encadeamento não podem ser 
Semântica do Português 161
entendidos de forma isolada, mas sim a partir da relação singular 
que preserva um com o outro.
IMPORTANTE
Os encadeamentos argumentativos encontram-se como 
sustentação de qualquer construção semântica, cita Carel (2012).
Pereira e Guaresi (2012) explicam que um encadeamento 
argumentativo é formado por um primeiro segmento chamado 
de ‘suporte’ e um segundo chamado de ‘aporte’, ligados por um 
conector, e este conector pode acontecer de duas formas:
 Uma normativa – representada por ‘donc’ (DC);Uma transgressiva – representada por ‘pourtant’ (PT).
Os encadeamentos possuirão uma interdependência 
semântica, isto é, o sentido estabelecido por esses encadeamentos 
conectores usados, explica Pereira e Guaresi (2012).
Observe o seguinte exemplo citado por Pereira e Guaresi 
(2012): Pedro é feliz. Ele tem muito dinheiro.
argumentativo: dinheiro DC felicidade, no qual se encontra o 
dinheiro como o suporte e a felicidade como aporte.
Pereira e Guaresi (2012, p. 177) informam que esta situação 
“criaria um bloco semântico em que a ideia de felicidade, isto é, 
Semântica do Português162
Figura 3: Ter dinheiro
Fonte: Pixabay
outros encadeamentos que seriam: neg-dinheiro PT felicidade, 
dinheiro PT neg-felicidade e ainda neg-dinheiro DC neg-
felicidade. Demonstrando, assim que a negação de um ou de 
ambos os segmentos é parte essencial na construção dos blocos 
semânticos, pois se temos apenas uma negação, teremos o 
sentido transgressivo, mas se os dois segmentos forem negados 
voltaremos a ter o segmento normativo, esclarece Pereira e 
Guaresi (2012).
que a interdependência semântica acaba fazendo com que o 
sentido de cada um dos segmentos seja concedido através da 
relação com o outro segmento do encadeamento, portanto, o 
dos dois. 
Semântica do Português 163
 Os encadeamentos exprimem de maneira argumentativa 
o que está contido no texto.
A Teoria dos Blocos semânticos ainda diferencia, segundo 
Carel (2012) duas formas de associações entre um vocábulo e os 
ao estudo das frases sintáticas e deve acontecer por causa da 
conexão que existe entre os enunciados e as entidades semânticas 
que tanto podem ser internas quanto externas. 
Vejamos como são essas argumentações:
A argumentação interna, conforme Carel (2005, p. 64) 
“está constituída por um certo número de aspectos os quais 
isto é, a argumentação interna se refere às paráfrases que poderão 
ser produzidas diante de um elemento lexical. 
Já as argumentações externas apresentam quais as chances 
de ligação de uma certa entidade. Consoante Carel (2005) as 
argumentações externas são estruturais e se constituem a 
portanto não terá acidente e Pedro é prudente, portanto estará 
seguro, assim, prudente DC segurança/prudente PT segurança, 
demonstrando assim que os dois aspectos fazem parte da 
a segurança por um DC e por Neg-segurança por um PT. 
Aprofunde-se mais nesse tema lendo o artigo “A argumentação 
na língua como subsídio para avaliação de leitura e produção 
em:< https://bit.ly/3hsntXj> (Acesso em: 15/07/2020).
SAIBA MAIS
Semântica do Português164
Partindo destas informações iremos analisar uma 
Andersen (2006, p.13) na qual explica que as parábolas são uma 
comparação produzida em pequeno conto em que se manifesta 
uma verdade, um ensinamento (Figura 4).
Figura 4: Um ensinamento
Fonte; Pixabay
Vamos observar o texto extraído do trabalho de Elenice 
Andersen, intitulado Fábulas e parábolas: um esboço para a 
interpretação de textos à luz da Teoria dos Blocos Semânticos, 
com publicação em 2006: 
[...]Descia um homem de Jerusalém para Jericó, 
e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o 
despojaram, e espancando-o, se retiraram, 
deixando-o meio morto. E ocasionalmente descia 
pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, 
passou de largo. E de igual modo também um 
levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou 
de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, 
chegou ao pé dele, e, vendo-o, moveu-se de íntima 
compaixão; E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, 
deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a 
Semântica do Português 165
sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e 
cuidou dele; E, partindo ao outro dia, tirou dois 
dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: 
Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu te 
pagarei quando voltar (ANDERSEN, 2006, s.p.).
Andersen (2006) inicia explicando sobre o enunciado 
no qual é acionado um discurso emdonc: o homem vinha de 
Jerusalém DC era judeu. Os enunciados seguintes “e caiu nas 
de organizar o discurso para a argumentação a ser defendida. 
Eles sintetizam encadeamentos emdonc que colaboram para o 
desenvolvimento da narrativa: 
 O homem caiu nas mãos dos salteadores DC precisa de 
ajuda 
 O homem foi despojado DC precisa de ajuda 
 
Na ordem, o texto traz uma série de três personagens 
apresentando a atitude de cada uma relacionada ao judeu ferido. 
Nesta ocasião, é interessante ressaltar que cada personagem é 
argumentação interna um encadeamento do tipo normativo, 
esclarece Andersen (2006).
Na primeira situação, é interior à palavra sacerdote o 
encadeamento é um ministro de Deus DC ajudará o ferido. Na 
segunda, também é interior à palavra levita um encadeamento 
emdonc: é um servo de Deus DC ajudará o ferido. Essas 
argumentações internas são corroboradas, nas duas situações, 
mostra que o sacerdote e o levita desciam de Jerusalém para 
Jericó e, assim, também eram judeus, elucida Andersen (2006).
Semântica do Português166
Efetivamente, a oração guia o discurso para o encadeamento 
normativo o sacerdote e o levita são judeus DC ajudarão outro 
judeu. No entanto, esses encadeamentos que são esperados por 
possuírem vinculação à norma são contrariados no transcorrer de 
cada passagem do texto. Os enunciados “vendo-o [o sacerdote] 
discursos em pourtant: era um sacerdote PT não ajudou o 
homem ferido, era um levita PT não ajudou o homem ferido e 
eram judeus [sacerdote e levita] PT não ajudaram um irmão da 
mesma pátria, explana Andersen (2006).
Efetivamente, a oração guia o discurso para o encadeamento 
normativo o sacerdote e o levita são judeus DC ajudarão outro 
judeu. No entanto, esses encadeamentos que são esperados por 
possuírem vinculação à norma são contrariados no transcorrer de 
cada passagem do texto. Os enunciados “vendo-o [o sacerdote] 
discursos em pourtant: era um sacerdote PT não ajudou o 
homem ferido, era um levita PT não ajudou o homem ferido e 
eram judeus [sacerdote e levita] PT não ajudaram um irmão da 
mesma pátria, explana Andersen (2006).
Em seguida, Andersen (2006) explica que é colocado um 
enunciado que mostra a próxima personagem descrita como 
samaritano. A língua tem como uma das explicações possíveis 
para essa palavra o discurso é samaritano DC desprezado pelos 
judeus que, pelo contexto, dirige para o discurso normativo é 
samaritano DC não ajudará o judeu ferido. Contudo, essa norma 
aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e 
PT ajudou o judeu ferido (Figura 5).
Semântica do Português 167
Figura 5: Ajudou o judeu ferido
Fonte: Pixabay
Merece destaque, também, que o realce a essa interpretação 
Essa oração não possui um valor simplesmente descritivo, 
mas está exercendo um papel argumentativo, ilustra Andersen 
descia de Jerusalém para Jericó PT estava de viagem. 
O caráter distintivo que o texto constitui entre o bloco 
esperado e o bloco que se estabelece de maneira efetiva deve 
ser citado. Perceba que o léxico utilizado para descrever as 
personagens, pelo uso trivial na língua, leva à espera de discursos 
emdonc: sacerdote DC ajuda, levita DC ajuda, samaritano DC 
não-ajuda. Não inocentemente, esses três discursos sofrem 
transgressão à norma no transcorrer do texto: sacerdote PT não-
ajuda, levita PT não-ajuda, samaritano PT ajuda. 
Semântica do Português168
Dessa forma, podemos perceber como funciona a Teoria 
dos Blocos Semânticos analisando textos e observando a 
compatibilidade efetiva desta teoria empregando sentidos que 
fogem ao falante comum.
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Neste capítulo você deve ter compreendido que o texto 
é considerado uma unidade semântica que constitui sentido 
independentemente de sua extensão e compreender as relações 
lógicas e semânticas permitem reconhecer a construção do 
sentido almejado na produção do texto e que a união entre as 
partes do texto constitui uma relação entre conceitos tratando-
se da organização de uma relação no nível sintático e no nívelsemântico. Viu também que dentro da Teoria da Argumentação na 
língua existe uma fase que trata da Teoria dos Blocos Semânticos 
no qual os sentidos são produzidos na relação existente entre 
os encadeamentos argumentativos e que existem dois tipos de 
conectores, os normativos representados pelo donc (DC) e os 
transgressivos representados pelo pourtant (PT), como também 
existe a argumentação interna e a argumentação externa. Por 
a Teoria dos Blocos semânticos.
RESUMINDO
Semântica do Português 169
Aspectos semânticos da língua portuguesa: 
fundamentos para a formação do leitor
OBJETIVO
Neste capítulo você compreenderá a introdução dos fundamentos 
da semântica no processo de formação do leitor e sua importância 
para uma boa compreensão das sentenças.
Aspectos semânticos da língua portuguesa
assumir em um contexto, seja ela com alterações ocorridas como 
o tempo, ou com o enriquecimento da língua.
Para Chierchia (2003, p. 7), a semântica é entendida como 
podem ser apresentados como um elemento do conhecimento do 
falante daquela língua. Os falantes nativos da língua são a fonte 
de semântica, ou até mesmo o professor de semântica pode saber 
possui vantagem alguma sobre qualquer falante nativo de uma 
determinada língua quando falamos em acesso aos elementos 
(2004).
 Não é papel da semântica determinar modelos de 
2004).
Semântica do Português170
para os estudos gramaticais especialmente se o estudo estiver 
situado no nível da frase, pois não se pode construir uma 
Dessa forma, para que o leitor compreenda as expressões 
existentes em um determinado texto, ele deverá compreender 
seja, da semântica.
como sendo uma “série completa de palavras do ponto de vista 
IMPORTANTE
Espera-se que o aluno leia textos cujo assunto e forma já sejam 
compreender a ideia global. (PARÂMETROS CURRICULARES 
NACIONAIS, 1997).
Azeredo (2010) esclarece que uma sequência de frases só 
pode construir um texto se elas estiverem estruturadas de forma 
coerente e coesa. Coerência e coesão são aspectos de um mesmo 
princípio organizador, chamado de integração, graças ao qual a 
sequência de frases que integram o texto se espalha e se estrutura 
como uma combinação aceitável (possível) de conteúdo. Se 
esse princípio é violado, cria-se uma combinação incoerente de 
conteúdo.
Marcuschi (2012, p. 69) ilustra que “esses fatores dão 
são simplesmente princípios sintáticos e sim uma espécie de 
Semântica do Português 171
Mas como podemos compreender as expressões em uma 
determinada leitura?
Foucambert (1998) propõe o modelo interacionista no qual 
Coloca, portanto, como hipótese, que a 
compreensão não é produto da atividade de 
leitura, mas a atividade em si, pela qual se operam 
a construção dos conteúdos semânticos e a 
é, nesse caso, um processo, não um resultado; 
é o processo de questionamento recíproco de 
o texto provocou nas representações do leitor 
(FOUCAMBERT, 1998, p.120). 
Para Barbosa (2006, p. 415), esse modelo interacionista 
compreensão não é produto da atividade de ler; a compreensão 
recíproco de perguntas e respostas entre um acúmulo pessoal 
indica estático pela linguagem escrita sobre um suporte. Veja a 
Figura 6 a seguir.
Figura 6: Processo de compreensão
Fonte: Pixabay
Semântica do Português172
Barbosa (2006) ainda explica que a compreensão não é um 
produto, pois é um propósito em que o leitor parte ao elaborar, 
em suas relações históricas, culturais e sociais, concepções 
interrogativas, mesmo que tracejadas, com a esperança de 
encontrar respostas, sólidas ou não. No decorrer do processo 
de compreensão, estabelecido pela conduta do leitor na sua 
comunicação com o texto, as elaborações encontram respostas 
pouco claras, mas que acabam causando novos traços de 
elaborações à procura de novas respostas devido a sua própria 
natureza.
IMPORTANTE
A leitura entendida dessa forma, não se representa como material 
estático para ser adquirido ou estimulado ou ensinado, mas 
um conjunto de dados, procedimentos, elaborações mentais, 
diálogos construídos e desconstruídos (BARBOSA, 2006).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), 
faz-se necessário que no processo de ensino e aprendizagem, 
sejam averiguadas:
 a aprendizagem de metodologias que esteja apta a 
comprovação de hipóteses na construção do conhecimento; 
 a construção de argumentação capaz de ter controle dos 
resultados desse processo;
 o desenvolvimento do espírito crítico capaz de favorecer 
a criatividade, a compreensão dos limites e alcances lógicos das 
explicações propostas. 
Semântica do Português 173
A compreensão é suporte, é processo, é intenção que 
são procedimentos constituintes da ação de ler, e criadores 
de produtores de um objeto imaterial, existente nessa relação 
efêmera entre o leitor e o texto a que se dá o nome de leitura. 
A leitura, assim compreendida, não estaria fora do sujeito, 
materializada nos livros ou em qualquer outro material impresso, 
mas sim, na relação do homem com o mundo do impresso. 
Virtual e imaterial, é criada pela intenção que tem o leitor por 
compreender e se transforma ao transformar o próprio modo de 
pensar e de organizar o conhecimento desse leitor. O processo 
de ler não atingiria o seu ponto quando o leitor atribui, no limite 
do seu conhecimento e de suas capacidades, sentido no texto, 
mas quando transforma o pensamento (Figura 7) e o modo de 
pensar do leitor, porque, se assim, não fosse, de pouco serviria 
aprender e saber ler, ilustra Barbosa (2006).
Figura 7: Transforma o pensamento
Fonte: ixabay
Capello et. al. (2008) descreve que existem diferentes 
pontos de vista que operam no processo de formação de leitores. 
Assim, podemos observar que o contexto local e as experiências 
prévias desempenham um papel fundamental na construção 
do leitor. Através destes princípios, constata-se, então, que os 
é múltipla, heterogênea e rica.
Semântica do Português174
Para os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), o 
trabalho com leitura tem como propósito a formação de leitores 
competentes e, por conseguinte, a formação de escritores, pois 
de leitura, ambiente de construção da intertextualidade e fonte 
de referências modalizadoras. 
 A leitura, por um lado, nos fornece a matéria-prima 
para a escrita, ou seja, o que escrever e por outro, auxilia para 
a construção de modelos, como escrever (PARÂMETROS 
CURRICULARES NACIONAIS, 1997).
As primeiras experiências de relação com o mundo da 
literatura geralmente acontecem nos contextos familiares, por 
adultos leitores do mundo e da palavra que através das suas 
narrativas mágicas e repletas de encantamento, fornecem ao 
leitor iniciante o livro e a literatura como “passaportes, bilhetes 
E a escola, qual a importância dela para a leitura?
A escola, dentre outros espaços educativos formais e 
informais, realiza uma função privilegiada no processo de 
formação de futuros leitores, pois como instituição dedicada 
ao mundo das letras, que vincula as diferentes áreas do 
conhecimento, a escola adota o papel de transmitir as primeiras 
informa Capello (2008).
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a 
relação estabelecida entre a leitura e a escrita, entre o papel de 
leitor e de escritor, não é mecânica, pois alguém que lê muito 
não é, automaticamente, alguém que escreve bem. Pode-se 
dizer que existe uma grande possibilidade de que assim seja. 
Dessa forma, é nessa situação, considerando que o ensino deve 
de produzir textos (Figura 8) coerentes, coesos, adequados 
Semântica do Português 175
atividades deve ser compreendida.
Figura 8: Produzir textos
Fonte: Pixabay
Formar um leitor competente pressupõe formar alguém 
que compreenda aquilo que está lendo; que possa aprender a 
implícitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros 
textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos 
da localização de elementos discursivos explícita os Parâmetros 
Curriculares Nacionais (1997).
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamoso acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Texto 
como discurso: a formação do leitor crítico (Pauliuronis), 
acessível pelo link (Acesso em: 
12/07/2020).
SAIBA MAIS
Semântica do Português176
Para que se alcance esses resultados, os Parâmetros 
Curriculares Nacionais (1997) descrevem que é preciso ofertar 
aos alunos inúmeras oportunidades de aprenderem a ler utilizando 
as ferramentas que os bons leitores utilizam. É indispensável 
que antecipem, que façam inferências a partir do contexto ou 
do conhecimento prévio que são donos, que examinem suas 
suposições, tanto em relação à escrita, propriamente dita, quanto 
Lima (2008) esclarece que o campo semântico aborda 
as palavras dentro do texto (Figura 9) e compreende uma série 
nocional. As palavras englobadas referem-se a uma ou outra que 
lhes dá a ideia comum com certas características que lhe são 
Figura 9: Palavras dentro do texto
Fonte: Pixabay
Por isso a semântica se apresenta com tanta importância, 
você percebe?
Dessa forma, Macedo (2013) explica que o clarão que a 
semântica lança sobre assuntos que parecem à primeira vista, 
confusos tem uma importância didática que não pode de alguma 
Semântica do Português 177
forma ser ignorada, pois ela presta uma contribuição valiosíssima 
ao ensino da língua portuguesa.
Lima (2008) considera que a maior importância da 
semântica está na diferenciação entre sinônimos e antônimos e 
entre homônimos, parônimos e palavras polissêmicas. 
IMPORTANTE
Existem outros pontos que possuem grande relevância no estudo 
da semântica, como no caso da metáfora, da ambiguidade, da 
implicatura, da pressuposição e das teorias dos atos da fala, 
los no texto é de fundamental importância para a compreensão 
realizando padrões semânticos para proporcionar a interação 
e comunicação entre os indivíduos, estaria essencialmente 
na implicação entre discurso e gramática, ainda que, no seu 
entendimento, qualquer análise do discurso deva representar as 
relações gramaticais de não passar de um comentário aleatório.
RESUMINDO
Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o 
tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
das sentenças das línguas naturais, deste modo, para que o 
Semântica do Português178
leitor compreenda as expressões existentes em um determinado 
texto ele deverá ter o conhecimento da semântica para isso e 
que compreender as relações tanto lógicas quanto semânticas 
permite reconhecer a construção do sentido almejado na 
construção do texto, como também o modelo interacionista na 
qual a compreensão é a atividade em si pela qual se operam a 
construção dos conteúdos semânticos e a abordagem das unidades 
seja, a mudança que o texto provocou nas representações do 
leitor. Viu também que o contexto local e as experiências prévias 
desempenham um papel fundamental na construção do leitor e 
que formar um leitor competente pressupõe forma alguém que 
compreenda aquilo que está lendo, assim como é indispensável 
que antecipem e examinem suas suposições tanto em relação 
o campo semântico aborda as palavras que apresentam em si 
de sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos, polissemia, 
metáfora, ambiguidade, pressuposição, teoria das falas possuem 
formação do leitor.
RESUMINDO (CONTINUAÇÃO)
Semântica do Português 179
Práticas de leitura semântica no contexto 
escolar e cotidiano
OBJETIVO
no contexto cotidiano e escolar observando a importância do 
Práticas de leitura semântica no contexto 
escolar e cotidiano
De acordo com Yunes (2002), os antigos etimologistas 
diziam que alguém só poderia ter conhecimento de fato sobre 
um objeto, uma pessoa ou uma noção abstrata se esse alguém 
apresentasse domínio do nome daquilo que almejava conhecer. 
Para a autora, Yunes (2002, p. 69), “a base etimológica da 
ler.
Segundo Lauriti e Molinari (2013), ler não é apenas 
decifrar letras e sílabas, falando-as em voz alta, mas conceder 
do leitor. Devido a esse entendimento de leitura inadequado, 
a escola vem formando grande quantidade de leitores capazes 
compreender o que tentam ler. 
Semântica do Português180
Para Marcuschi (2008) os efeitos de sentido são 
determinados pelos leitores ou ouvintes nas associações com 
os textos, de maneira que as compreensões daí resultantes são 
obra do trabalho conjunto entre produtores e receptores em 
circunstâncias reais de uso da língua.
O leitor aciona seu conhecimento prévio para conceder 
intencionalidade ao texto, estabelecendo relação da leitura aos 
contextos. Portanto, quanto mais conhecimento de mundo o 
leitor possui, mais facilmente ele estabelecerá relações mentais 
entre as suas informações já conhecidas e o que o texto novo 
apresenta, esclarece Lauriti e Molinari (2013). 
Um leitor capaz não lê apenas o que está escrito de forma 
explícita, mas até aquilo que está implícito e é conhecido por 
causa do contexto comunicativo. (LAURITI; MOLINARI, 
2013).
Se o objetivo é que o aluno aprenda a produzir 
e a interpretar textos, não é possível tomar 
como unidade básica de ensino nem a letra, 
nem a sílaba, nem a palavra, nem a frase que, 
descontextualizadas, pouco têm a ver com a 
competência discursiva , que é questão central. 
Dentro desse marco, a unidade básica de ensino 
não se enfoquem palavras ou frases nas situações 
NACIONAIS CURRICULARES, 1997, p. 29). 
Dessa forma, de acordo com os Parâmetros Curriculares 
Nacionais (1997), a leitura apresenta-se como um processo 
em que o leitor desempenha um trabalho ativo de construção 
objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, 
de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do 
portador, do sistema de escrita, entre vários outros
Semântica do Português 181
 Não se trata puramente de retirar informação da escrita, 
decifrando-a letra por letra, palavra por palavra. Refere-se 
a uma atividade que implica, essencialmente, compreensão 
na qual os sentidos começam a ser estabelecidos antes da 
leitura propriamente dita (PARÂMETROS NACIONAIS 
CURRICULARES, 1997).
Lauriti e Molinari (2013, p. 36) lembram que “compreender 
é recriar sentidos a partir das informações do texto e do 
conhecimento de mundo, inferindo elementos implícitos do 
Figura 10: Elementos implícitos do texto
Fonte: Pixabay
Qualquer leitor que possua experiência e que consiga 
apenas um dos procedimentos que emprega quando lê, pois, a 
Parâmetros Curriculares Nacionais (1997).
É a utilização desses procedimentos que permite controlar 
de compreensão, arriscar-se diante do desconhecido, procurar 
Semântica do Português182
no texto a comprovação das suposições realizadas, etc. 
(PARÂMETROS NACIONAIS CURRICULARES, 1997).
Marcuschi (2003, p. 25) lembra que “o estudo da oralidade 
pode mostrar que a fala mantém com a escrita relações mútuas 
Conforme Barbosa (2006) nesse processo de formação 
de leitores, a didática na escola, de modo generalizado, não se 
importa com o domínio desse processo, nem tampouco com as 
da leitura, da sua vida e de sua transformação. Atenta-se com 
as respostas que o aluno oferece às perguntas elaboradas com 
a intenção de analisar apenas essa relação entre pergunta 
e resposta, mas não atua sobre as transformações de modo 
de pensar. O homem que tenta compreender o mundo pelo 
operar o pensamento, à procura de novas funções, entre elas, 
memorização.
Ao saber construir e criar leitura, baseada na compreensão, 
o homem transforma seu próprio cérebro e sua maneira de agir 
(BARBOSA, 2006).
“Com a leitura colhemos conhecimentos que são 
A tradição de se amparar na memória, concretizada 
na criação de gêneros textuais como a poesia, as fábulas, 
as parábolas, os versículos, com os esquemas rigorosos de 
construção, dá lugar para a criação de gêneros abertos, com 
estruturas pouco elaboradas ou permutáveis, porque a função 
conhecimentos, ideias, signos, descreve Barbosa (2006).
Semântica do Português 183
Fonte: Pixabay
Marcuschi (2008) defende que o trabalho da escola,ao 
atuar com a língua como atividade interacional situada sócio 
historicamente, deve introduzir o aluno em circunstâncias 
reais de produção e emprego da língua, ou seja, o domínio de 
uma língua é desenvolvido na escola a partir de aprendizados 
os processos mentais envolvidos, isso retira o aluno do lugar de 
familiaridade que ele habita na linguagem, produz afastamento 
da sua língua, permitindo observá-la como um objeto do qual ele 
está desligado explica Oliveira (2012). 
 Essa atitude de observar sem estar envolvido é 
fundamental para que ele possa ser um melhor avaliador de seu 
próprio texto (OLIVEIRA, 2012).
Gonçalves (2008) informa que se nos centralizamos 
na compreensão da leitura é porque atendemos a uma outra 
indicação sobre o ato de ler que nem sempre fez jus ao 
necessário reconhecimento, pois não basta apenas aprender a ler, 
é indispensável que se aprenda com o que se lê, assim como é 
para que a leitura, enquanto exercício de inteligência, execute 
Semântica do Português184
o seu papel. Esta interpretação não se apresenta como um ato 
mecânico de unir letras e formar palavras, mas um verdadeiro 
diálogo do leitor com o autor, em que aquele coparticipa na 
produção de sentido do texto.
Gonçalves (2008) ainda explica que compreender um texto 
acarreta num processo mental em que o leitor procura esquemas, 
em sua memória, que correspondam a cada trecho lido, fazendo 
interpretações preliminares que são analisadas gradativamente 
A semântica pode ser um instrumento para aperfeiçoarmos 
sobre a linguagem (Figura 12), entende Oliveira (2012).
Fonte: Pixabay
colocação da semântica na sala de aula como a situação ocorrida 
em uma sala de aula de alunos de faixa etária de 11 anos no qual 
a professora realizou um projeto de pesquisas sobre propagandas 
Semântica do Português 185
em que os alunos deveriam trazer como resultado propagandas 
que continham ambiguidades. Uma das propagandas era sobre 
um sorteio que possuía como lema:
Todos os ganhadores recebem uma moto.
O que você entende ao ler essa sentença? Pra você existe 
ambiguidade?
moto para todos os ganhadores ou uma moto para ganhador?
A interpretação aparentemente mais adequada é a segunda, 
mas quem garante que quem está promovendo o sorteio não 
tenha em mente a primeira? Questiona Oliveira (2012).
DEFINIÇÃO
A ambiguidade é uma propriedade semântica estruturada em 
situações que podem ser interpretadas de mais de uma maneira, 
descreve Pinto et. al (2016).
curiosa que acabou resultando em uma dissertação de mestrado 
na qual a autora se preocupou em analisar as questões de provas 
as respostas dos alunos. Através dessa análise, ela percebeu 
que existiam questões ambíguas o que acabava causando uma 
interpretação dos alunos divergente da do professor e que este 
não percebia.
Observe a seguinte pergunta:
Minhocas são anelídeos. Qual é a importância disso para 
a sua vida?
Semântica do Português186
Oliveira (2012) esclarece que o problema apresentado 
nessa situação está no pronome ‘sua’, que pode receber duas 
interpretações: 
 Se ele for anafórico, então ele está recuperando 
‘minhocas’. Assim, neste caso, a pergunta seria: qual é a 
importância de ser anelídeo para a vida das minhocas;
 Se ele for dêitico, ele será interpretado como referente 
ao leitor/ouvinte, sendo a seguinte: qual a importância para a 
vida do leitor/ ouvinte o fato de as minhocas serem anelídeos.
Sem perceber a presença da ambiguidade na sua pergunta, 
o professor acaba avaliando como incorretas as respostas que são 
orientadas pela interpretação que ele (o professor) não percebeu, 
esclarece Oliveira (2012).
DEFINIÇÃO
A ambiguidade semântica é gerada pelo fato de os pronomes 
terem diversos antecedentes, sendo uma questão relacionada 
à correferencialidade e as interpretações possíveis que são 
atribuídas ao tipo de ligação entre os pronomes das sentenças 
explica Cançado (2008).
Uma música interessante para analisarmos é a de Vinicius de 
Moraes, observe:
Onde anda você?
E por falar em saudade
Onde anda você
Onde andam seus olhos
Semântica do Português 187
Que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto 
De tanto prazer.
(Vinicius de Moraes)
Analisando a música podemos perceber a ocorrência da 
polissemia na palavra ‘andar’ e ‘morto’ na qual aparecem com 
 A polissemia ocorre quando os possíveis sentidos da 
palavra ambígua têm alguma relação entre si, descreve Cançado 
(2008).
Outro cenário que podemos observar está relacionado com 
atividades que apontam para o estudo das conjunções, a partir do 
valor ou dos valores semânticos desta classe. Olivan (2009) cita 
como exemplo o exercício que apresenta ao aluno a leitura de 
vários períodos compostos, conectados pela conjunção ‘e’, com 
conjunção adota em cada contexto. 
Assim, observe os seguintes exemplos retirado de Cereja e 
Magalhães (2006, p. 218): 
a. Disseram estar famintos e não comeram nada. 
b. Luciana saiu de casa bem cedo e já deve estar chegando 
ao interior.
c. 
mãe. 
d. 
Semântica do Português188
Percebe que cada vez que o ‘e’ aparece nestas sentenças 
ele possui um sentido diferente? A presença de ‘e’ indica, 
explicação enfática.
Um ponto fundamental que precisamos entender é sobre as 
provas do Enem, pois de acordo com o professor Murilo Coelho 
na obra Superguia Completo para passar no Enem (2017), 
essas provas não apresentam questões apenas para avaliar o 
conhecimento da gramática normativa dos estudantes, mas 
será analisado também o conhecimento semântico, visto que 
o estudante terá que apontar a alternativa correta nas questões 
elaboradas sobre as relações entre o sistema linguístico e a 
realidade de mundo (Figura 13), ou seja, a sua representação 
do mundo através da linguagem. O estudante também terá que 
demonstrar domínio da pragmática, isto é, a relação entre o 
sistema linguístico e a ação do sujeito em situações concretas de 
uso da língua. 
Figura 13: Realidade de mundo
Fonte; Pixabay
O autor, Coelho (2017), ainda explica que o estudo do 
Semântica do Português 189
coisas nomeadas ou mero resultado de convenção), precisa 
levar em consideração também as mudanças de sentido e o 
aparecimento de novas expressões. A leitura de um texto não 
isso, é preciso procurar conhecer em qual contexto social e até 
mesmo histórico, além das variedades regionais e sociais da 
língua em que a narrativa foi escrita. 
(2017), descreve que primeiramente o estudante deverá analisar 
um determinado falante ou escritor, que emprega elementos 
linguísticos. Como por exemplo nas obras de escritores 
consagrados como “José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Érico 
Veríssimo, Raquel de Queirós e Guimaraes Rosa, entre outros, 
Pensemos no caso de polissemia que é determinada 
palavra tenha sido empregada, informa Coelho (2017).
Neste capítulo você deve ter aprendido que os efeitos dos 
sentidos são determinados pelos leitores nas associações com 
os textos e que quanto mais conhecimento de mundo o leitor 
possui, mais facilmente estabelecerá relações mentais entre 
as informações já conhecidas e o que o texto novo apresenta, 
assim, a leitura apresenta-se como um processo em que o leitor 
RESUMINDO
Semântica do Português190
texto. Viu também que o domínio da língua é desenvolvido na 
e que não basta apenas aprender a ler, é necessário interpretar os 
ser um instrumento para aperfeiçoarmos não apenas a leitura e 
voltadas para a ambiguidade e a polissemia e a importância da 
semântica para as provas do Enem.
RESUMINDO
Semântica do Português 191
Sujeito, sentido e enunciação no estudo 
da língua portuguesa
OBJETIVO
Neste capítulo você irá entender a relação entre o sujeito, sentido 
e enunciação no estudo da língua portuguesa, a correlação entre 
esses elementos e suas principais características.
Sujeito, sentido e enunciação no estudo da 
língua portuguesa
situação em que os sujeitos que se relacionam desempenham 
papéis e exercem funções.
De acordo com Abrahão (2018), uma das diferençasmais 
acentuadas na abordagem da perspectiva da produção do sentido 
é a ideia de sujeito. Nesse entendimento não existe alguém que 
se aposse de uma linguagem pronta para transmitir suas ideias 
e sentimentos (o falante). A linguagem nesse ponto é entendida 
como elemento que constitui a construção da subjetividade. 
 Assim, não existe linguagem sem sujeito como também 
não existe sujeito sem linguagem.
Nas teorias que apontam a linguagem como ferramenta de 
comunicação, o sentido deriva da organização das frases e das 
unidades lexicais. Assim, estas já estariam determinadas fora de 
dicionário em detrimento do sentido que as expressões recebem 
Semântica do Português192
Para Mari (1991) se percebermos que sem o sujeito não 
existe linguagem, isto é, que ela não está pronta antes do uso, 
o sujeito pode ser entendido como um privilégio de linguagem. 
Dessa forma, o sujeito deve ser o interesse primeiro daqueles que 
se deve ao fato de ela adotar o ponto da produção de sentido em 
linguagem de uma maneira não presa, não imaginável. 
Não há como conceber um sujeito autônomo, 
cuja vontade e intenção determinam o sentido 
do discurso. Em cada contexto interativo, um 
ato comunicativo tem o sentido ali construído, 
negociado, partilhado pelos interlocutores. Esse 
será o seu sentido, o seu valor interativo (SALIM 
MIRANDA, 2001, p. 67).
Você percebe, assim, a importância do sujeito na sentença?
O sujeito não se refere somente a um emissor ou um 
falante, nem a uma pessoa que tem a intenção de informar 
determinados fatos ou sentimentos de uma forma mais clara 
possível, desejando diminuir o nível de repetições, para que o 
ouvinte tenha a compreensão completa da mensagem (MARI, 
1991).
Assim, Mari (1991) acredita que o sentido não se garante 
só no sistema linguístico, já que uma mesma frase pode ser 
percebida de diversas maneiras, nem apenas em relação ao 
do imaginável, do contextualmente determinado. 
Conforme Mari (1991), o sujeito é constituído em três 
momentos:
 Linguagem como condição: o sujeito depende do 
sistema linguístico para se estabelecer em um discurso. Assim, 
ele aprende uma língua, como também se confronta com ele. E a 
determinação do sistema é necessária, pois é através dela que o 
sujeito encontra apoio para se estabilizar. 
Semântica do Português 193
 Condição para linguagem: apesar de ser, de alguma 
forma, determinado pelas condições históricas e pelo sistema 
linguístico, existe um espaço onde o sujeito é ativo, autônomo. 
Assim, a linguagem não se apresenta como reprodução em que 
sujeito elabora em linguagem o seu mundo visível e, também, o 
mundo possível. 
 Condição na linguagem: o sujeito eleva-se de acordo 
com as condições históricas que pronunciam formações 
ponto, a essas formações, porque elas determinam o que pode e 
o que deve ser falado, mas o limite entre os dois polos é opaco.
O sentido passa a estabelecer uma realidade que nem 
(MARI, 1991).
Pinto et. al. (2016) explica que levando em consideração 
que todo texto é uma interlocução a sua implicação de sentido 
enunciação e o sujeito da leitura. Portanto, ao estabelecer um 
enunciado, o sujeito da enunciação assume três funções: 
 
 A de construir um enunciador (ou enunciadores) para 
orientar a fala do (s) locutor (es);
 A de se inscrever no texto como seu autor.
Essas três funções acontecem de forma simultânea e 
originam os sujeitos da leitura (Figura 14): o alocutário e o 
destinatário, ou leitor virtual (PINTO et. al. (2016).
Semântica do Português194
Figura 14: Sujeitos da leitura
Fonte: Pixabay
Mas quais as funções desses sujeitos da leitura?
O locutor representa a voz que fala no texto, desempenhando 
a função do ‘eu’, ao mesmo tempo que estabelece um você (ou 
tu), isto é, o alocutário do texto, manifestado pelo paradigma da 
2ª pessoa, relata Pinto et. al. (2016).
EXEMPLO: Na sentença “Nós gostaríamos que você 
fala, representado linguisticamente pelo pronome pessoal ‘nós’ e 
o alocutário tem a representação linguística do interlocutor com 
o ‘você’ do enunciado, explana Pinto et. al (2016).
enunciação, ou seja aquilo que faz com que essa fala seja a 
representação ou defesa de uma perspectiva A e não B. Existe 
um enunciador na fala de todo locutor, que pode ser individual, 
coletivo, ou genérico, dependendo do grau de generalidade que 
possua numa comunidade. É o enunciador por trás do locutor 
que faz com que o usuário reconheça, entre outros aspectos, 
a função social (mãe, pai, médico, professor, por exemplo), a 
crença religiosa, o partido político de um locutor de um texto 
oral e escrito. Isso faz com que o usuário consiga reconhecer 
Semântica do Português 195
que aquilo que está sendo falado tem relação ideológica com 
al (2016).
Pinto et. al. (2016) ainda lembra que para se chegar à 
compreensão que o autor pretende sobre o efeito do sentido 
é preciso tratar o texto, detectando as estratégias discursivas 
nele utilizadas, seu locutor ou locutores, seus enunciadores, 
seu leitor virtual ou implícito. Dessa forma, o leitor apresenta-
se como aquele que constrói uma unidade de sentido para o 
texto, considerando não apenas o seu conhecimento prévio, 
como também as manobras discursivas do autor implícito no 
apresenta ou não, convencendo-se através da sua argumentação. 
Pinto et. al. (2016) menciona os estudos de Ducrot 
(1988) relacionados à polifonia questionando a unicidade do 
sujeito falante em que pretende provar que o enunciado pode 
ser perpassado por mais de uma voz, ou seja, ele defende que 
o autor não se expressa diretamente, mas sim, coloca em cena 
diferentes personagens linguísticos no qual pode ser observado 
através de sentenças simples e cotidianas a existência de uma 
espécie de diálogo imaginário. 
EXEMPLO: Alice parou de cantar.
Podemos entender desta sentença que o enunciador 
comunica simultaneamente que Alice antes cantava e que hoje 
não canta mais.
Em uma espécie de diálogo imaginário, o enunciador se 
interroga se Alice parou de cantar e se ele cantava antes. Para 
Pinto et. al (2016) a primeira informação é chamada de posto e 
a segunda de pressuposto. Assim, é possível pressupor que Alice 
cantar.
Semântica do Português196
Figura 15: Alice cantava
Fonte: Pixabay
em seu esboço da Teoria Polifônica da Enunciação, criado a 
partir do conceito de polifonia desenvolvido inicialmente por 
Bakhtin, propõe-se a contrapor a tese de que na base de cada 
enunciado se submete um único autor. Diferencia-se de Bakhtin 
por conduzir sua pesquisa no nível linguístico, aplicando-se a 
enunciados e não a discursos. 
Consoante Pinto et. al (2016) Ducrot com a Teoria 
Polifônica de Enunciação propõe que a origem da enunciação 
seja designada a um ou vários sujeitos e indica a existência de 
três funções diferentes para a enunciação (Figura 16): Locutor 
(L), sujeito empírico (SE) e enunciador (E).
O locutor (L) é aquele que se mostra como responsável 
pelo enunciado, a quem são declarados o pronome eu e as marcas 
de primeira pessoa do enunciado;
Semântica do Português 197
O sujeito empírico (SE) é aquele que se aponta como o 
produtor do enunciado;
Os enunciadores (E) são os diversos pontos de vista 
indicados pelo locutor, em seu discurso, que assume determinadas 
posições em relação a esses enunciadores. 
Figura 16: Funções para a enunciação
Fonte: Adaptado de Pinto et. al. (2016)
IMPORTANTE
Segundo Ducrot o sujeito é visto como sendo a origem dos atos 
ilocutórios produzidos através do enunciado e acredita que ele 
Semântica do Português198
enunciados que são a polifonia de locutores e a de enunciadores, 
lembra Pinto et. al. (2016).
O locutor é declarado como o ser responsável pela 
enunciação, alguém a quem devemos atribuir a responsabilidade 
da sua produção. Diferente do autor empírico, trata-se de uma 
no discurso oral. É ao locutor que encaminham as marcas de 
Barbisan (2002).
ampliado para esclarecer o fato de surgirem em uma enunciação 
marcas de primeira pessoa atribuível a diferenteslocutores. Para 
isso, Ducrot considera o locutor-enquanto-tal (L), estabelecido 
no nível do dizer e responsável pela enunciação, e o locutor-
enquanto-ser-no-mundo (Y), origem do enunciado, que constitui 
formado no nível do dito. Os dois se apresentam como seres 
do enunciado, diferentes do sujeito-falante, elemento não-
enunciativo. 
 
BARBISAN, 2002).
Já os enunciadores, apontam uma segunda forma de 
polifonia, pois representam, de uma forma geral, para o locutor, 
o que corresponde o personagem para o autor em uma obra 
da enunciação, ele não ‘fala’, mas sim tem seu ponto de vista 
colocado sem que seja conferida exatidão nas suas palavras. O 
locutor oferece uma enunciação de que se declara responsável e 
o enunciador existe em função da imagem que (L) oferece das 
Semântica do Português 199
é possível através de (L) que pode ou não concordar com (E), 
Conforme Pinto et. al (2016) a noção de polifonia de 
Ducrot explica diversos fenômenos discursivos, vejamos alguns 
dos indicadores da polifonia:
 Pressuposição – opera como uma das vozes presentes, 
que induz o ouvinte a aceitar a pressuposição e a não poder 
negá-la. Alguns advérbios ou verbos que demonstram mudança/
permanência, sentimento, entre outras marcas linguísticas, 
declaram o ponto de vista de outro enunciador, que pode ser, até 
mesmo o senso comum, uma crença.
EXEMPLO: Enunciador 2 (E2): O país ainda espera por 
mudanças.
Enunciador 1 (E1): O país esperava por mudanças antes.
Podemos observar neste enunciado mais de um 
enunciador, ou seja, mais de uma voz de diálogo (E1 e E2). E1 
é o pressuposto, o que está por trás do enunciado produzido, a 
voz pressuposta; já o E2 é o posto, o conteúdo explícito que foi 
 Uso metafórico do futuro do pretérito – alguns 
tempos verbais são mais utilizados para narrar e outros mais para 
comentar, porém, às vezes acontece o inverso por um propósito. 
Esse emprego é muito frequente no discurso jornalístico.
EXEMPLO: E2: Policiais corruptos teriam cobrado 
propina dos comerciantes.
et. al (2016).
 Operadores conclusivos – introduzem uma voz, 
geralmente de um enunciador genérico (sabedoria popular, 
Semântica do Português200
provérbios, valores de uma cultura etc.) para argumentar a partir 
dela.
EXEMPLO: E2: Levantou-se, vestiu o uniforme e saiu. 
Portanto, deve ter ido trabalhar.
E1: Quem se levanta, veste o uniforme e sai vai trabalhar 
(voz geral). (PINTO ET. AL. 2016).
 Expressões como “parece que”, “segundo fulano” – 
introduzem a voz de um enunciador externo para encadear um 
ponto de vista pessoal 
EXEMPLO:
Esses fenômenos demonstrados são situações em que o 
locutor segue as perspectivas dos enunciadores. 
Neste capítulo você deve ter entendido que na abordagem da 
perspectiva da produção de sentido, a ideia de sujeito apresenta-
se como uma das diferenças mais acentuadas, que sem sujeito não 
existe linguagem e que o sujeito é constituído em três momentos 
sendo linguagem como condição, condição para linguagem e 
condição na linguagem. Você viu que a Teoria Polifônica de 
Enunciação indica a existência de três funções diferentes para 
a enunciação que é o locutor, o responsável pelo enunciado; o 
sujeito empírico, produtor do enunciado; e o enunciador, que 
sãos pontos de vista indicados pelo locutor; e que existem dois 
tipos de polifonia presentes nos enunciados que são a polifonia 
dos indicadores de polifonia como a pressuposição, o uso 
metafórico do futuro do pretérito, os operadores conclusivos e 
RESUMINDO
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