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Manejo da dor e da inflamação

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Terapêutica Medicamentosa
Monitora: Isabelle Carla B. da S. Pereira
Resumo referente à aula 2 - 08/06/2023
Manejo da dor e da inflamação
Na prática odontológica, entender e saber como fazer o controle da dor do
paciente é de extrema importância.
Existem eventos ligados aos procedimentos odontológicos, principalmente
os de caráter mais invasivo, que são “ esperados”. Seriam eles: Dor, edema e
trismo. A intensidade desses irá variar de acordo com o tipo de
procedimento, tempo gasto na sua execução e trauma sofrido. Por serem
complicações previstas, é de extrema importância traçar estratégias
medicamentosas visando minimizar esses eventos.
Diante disso, é importante dominar 5 chaves clínicas para fazer um
adequado manejo da dor e da inflamação nos pacientes. Seriam elas:
1. Saber quantificar a dor do seu paciente.
Como o limiar de dor é subjetivo, é importante tentar avaliar o mais
objetivamente através de alguma estratégia.
A escala visual análoga é instrumento com grande credibilidade e
validação na mensuração da dor. A ideia é perguntar ao paciente o seu
nível de dor de 0 a 10, no qual “0” corresponde a nenhuma dor e “10” a
maior dor que já sentiu na vida.
Além disso, deve-se observar se os sinais e sintomas observados no exame
físico são compatíveis com a dor relatada. O fator causal justifica o nível de
dor relatado?
2. Saber onde agem os principais grupos de medicamentos
2.1. Analgésicos de ação periférica: Atuam mais a nível de mediadores
inflamatórios se ligando irreversivelmente a eles, inativando-os.
Terapêutica Medicamentosa
Monitora: Isabelle Carla B. da S. Pereira
Resumo referente à aula 2 - 08/06/2023
2.2. Analgésicos de ação central: Exercem seus efeitos principais
interagindo com os receptores opióides do SNC
2.3. AINES: Atuam mais acima na cascata inflamatória, nas cicloxigenases,
diminuindo a formação de mediadores relacionados ao quadro de dor,
hiperalgesia.
Obs: Todo AINE é, além de anti-inflamatório, antipirético e analgésico em
diferentes graus.
2.4. Corticoides (Anti-inflamatórios esteroidais): Atuam tanto em nível e
fosfolipase A2 quanto na inativação de alguns leucotrienos, que estão
envolvidos tanto no quadro inflamatório, quanto em algumas cascatas
alergênicas. A finalidade principal na odontologia é diminuir a quantidade
de edema e trismo pós procedimentos.
3. Saber enumerar e indicar as principais drogas
3.1. Analgésicos de ação periférica ou não narcóticos:
3.1.1. AAS (menos usado)
3.1.2. Dipirona
3.1.3. Paracetamol
3.2. Analgésicos de ação central ou narcóticos:
3.2.1. Codeína- ação curta (Frequentemente associado ao paracetamol na
apresentação de Tylex)
3.2.2. Tramadol- ação moderada (a nível ambulatorial, o tramadol deve
ser considerado o fim da linha)
Obs: Exceto em casos de contraindicações, nunca começar pela
medicação de ação central. Deve-se iniciar pelo de ação periférica e em
caso de necessidade subir o nível da medicação.
3.3. AINES
3.3.1. Inibidores seletivos da COX 1 - AAS
3.3.2. Inibidores não seletivos da COX - Piroxicam, Indometacina,
Diclofenaco, Ibuprofeno, Cetoprofeno, Nabumetona.
3.3.3. Inibidores seletivos da COX 2 - Meloxicam, Etodolaco, Cetorolaco,
Nimesulida (O nimesulida é bastante utilizado por ter resposta bastante
positiva em relação a ação pulpar, mas não significa que os demais não são
efetivos. Analisar cada caso individualmente). (Preferencialmente são os
mais usados)
.
Terapêutica Medicamentosa
Monitora: Isabelle Carla B. da S. Pereira
Resumo referente à aula 2 - 08/06/2023
.
3.3.4. Inibidores altamente seletivos da COX 2 ( Pacientes com distúrbio
gastrointestinal instalado e sem histórico familiar de doença
cardiovascular) - Celecoxib, Etoricoxib e Perocoxib.
Obs: Ao prescrever medicações, é importante analisar a questão
socioeconômica do paciente para garantir a adesão à terapia
medicamentosa por parte do paciente.
3.4. AIES
3.4.1. Duração Curta - Hidrocortisona
3.4.2. Duração Intermediária - Prednisona, Prednisolona, Triamcinolona
3.4.3. Duração Prolongada - Betametasona, Dexametasona (Normalmente
usada na analgesia preemptiva)
4. Dominar as principais estratégias de uso
4.1. Analgesia Preemptiva - Início antes do estímulo nocivo.
4.2. Analgesia Preventiva - Início após estímulo nocivo, porém antes da
sensação dolorosa.
4.3. Analgesia perioperatória - Antes do estímulo e no pós operatório.
Obs1: O pico máximo de dor é atingido entre a 6º e 8º hora, dessa forma a
prescrição deve ser pensada com atenção para as primeiras 24 horas do
paciente.
Obs2: O edema evolui até o 3º dia (36hrs), após isso deve iniciar regressão
progressiva, logo, não deve ser mantido anti-inflamatórios por mais de 4-5
dias.
(Ambos para procedimentos cirúrgicos odontológicos.)
5. Saber o que ocorre no organismo com o uso excessivo
5.1. Analgésicos - Discrasias sanguíneas (Dipirona); Hepatopatias
(Paracetamol).
5.2. AINES - Causa desequilíbrio metabólico no fígado, rins e estômago.
5.3. AIES - Síndrome de Cushing

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