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ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA E 
NA ADOLESCÊNCIA 
Bruno de Oliveira Pinheiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
1 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA PRÁTICA ESPORTIVA INFANTO-JUVENIL 
Diversas transformações biopsicossociais ocorrem durante a infância e a adolescência 
e muitas delas interferem no treinamento esportivo, no rendimento do atleta e em sua 
permanência no esporte. 
Este bloco apresentará os principais aspectos psicossociais que o profissional de 
Educação Física deve considerar no que diz respeito a prática esportiva infanto-juvenil, 
desde as características deste público durante os treinamentos esportivos até as 
motivações que precisam ser consideradas antes do estabelecimento de treinamentos 
a longo prazo. 
1.1 Esporte Infanto-juvenil 
A palavra treinamento é utilizada tanto na linguagem popular como em outras áreas do 
conhecimento e significa um processo que objetiva a melhoria de determinado 
desempenho, seja na área cognitiva, psicossocial ou motora, que utiliza, na maioria das 
vezes, o recurso da repetição de determinada atividade, por meio do exercício. 
Na área do esporte, o treinamento esportivo é definido como um processo de ações 
complexas, planejadas e orientadas que visam ao melhor desempenho esportivo 
possível, especialmente na competição esportiva. É um processo de ações complexas 
porque exigem planejamento em razão de diversas variáveis como: objetivos, métodos, 
conteúdos, organização e realização. Leva-se em consideração os conhecimentos 
científicos, as experiências do participante, controle e acompanhamento durante e após 
sua realização e é um processo de ações orientado e dirigido para os objetivos 
almejados. 
A maior parte da literatura da área de Treinamento Esportivo do século XX era destinada 
aos atletas adultos. O treinamento infanto-juvenil era realizado de forma adaptada, 
baseado nas recomendações de treinamento para adultos. No entanto, a partir da 
 
 
 
3 
 
década de 1990 algumas publicações sobre o treinamento esportivo infanto-juvenil 
surgiram. 
Na Teoria do Treinamento para o esporte infanto-juvenil, deve-se considerar quatro 
componentes principais: 
• O desenvolvimento infanto-juvenil, sua capacidade de desempenho e de 
treinabilidade; 
• A construção do desempenho esportivo na perspectiva de um treinamento a 
longo prazo (TLP); 
• O sistema de competição adequado à idade e à formação do jovem atleta e; 
• As concepções de promoção esportiva e as estruturas de organização do sistema 
de TLP da sociedade. 
O esporte contemporâneo, praticado e difundido nos dias de hoje, teve seu 
desenvolvimento no seio da sociedade urbana e industrial (século XIX) e sofreu as 
adaptações políticas, econômicas e sociais da Era Modena. Atualmente, o esporte pode 
ser considerado um dos principais fenômenos sociais e isso se reflete em sua 
organização nas relações. 
Porém, mais do que dizer que as práticas esportivas fazem parte de nossa cultura, a 
perpetuação dessa manifestação social durante os tempos permite afirmar que a 
construção e a prática de esportes têm como um de seus objetivos perpetuar a cultura 
de movimento local. Além disso, na infância e na adolescência, a prática esportiva busca 
atender satisfatoriamente diversas necessidades desse público, como: 
• Buscar um grupo para acolhimento no qual é aceito; 
• Saciar a vontade de competir; 
• Cooperar e criar vínculos; 
• Sentir emoções fortes, como a alegria e o orgulho ou mesmo o medo e a raiva; 
 
 
 
4 
 
• Estar atento ao olhar do outro, sempre ajustando os comportamentos, 
reavaliando e compartilhando momentos e emoções; 
• Procurar desafios e testar seus limites. 
Além do aspecto cultural e evolucionista, praticar esportes envolve motivações pessoais 
das necessidades individuais que conferem à prática significados singulares: a história 
de vida pessoal, dos facilitadores e das limitações que definem as particularidades da 
prática esportiva de cada indivíduo. 
Sendo assim, este bloco tem como objetivo abordar aspectos psicológicos do esporte 
baseado na compreensão de que todo comportamento humano, inclusive o esportivo, 
é uma composição resultante da relação dinâmica da história pessoal, cultural e 
evolutiva dos seres humanos. 
1.2 Determinantes psicossociais do desempenho esportivo 
A importância do esporte no mundo atual e seu significado na vida de seus praticantes 
é um tema recorrente na cultura popular, uma vez que ele pode ser considerado um dos 
componentes da evolução e da cultura do ser humano. 
De meados do século XX até os dias de hoje, vários estudos a respeito da prática 
esportiva e de fatores determinantes do desempenho esportivo têm sido realizados, 
dentre esses estão os que têm como tema o desenvolvimento do talento esportivo e os 
indivíduos com aptidão para o desempenho esportivo acima da média populacional. 
Uma das discussões mais frequentes durante décadas girou em torno do que Francis 
Galton (1822–1911) já destacava no final do século XIX como o talento inato e o talento 
adquirido. No entanto, cada vez mais os autores têm reconhecido a interação desses 
aspectos e a influência de fatores biológicos, psicológicos e sociais no desempenho 
esportivo. 
Sendo assim, o desempenho esportivo do atleta é definido não somente pelos seus 
aspectos biopsicossociais, mas também pela aquisição e pelo aprimoramento dessas 
 
 
 
5 
 
qualidades por meio do treinamento e pela capacidade de integração desses fatores de 
modo eficaz durante as competições. 
Com o passar do tempo, temas como motivação, liderança, organização de grupo, 
agressividade, ansiedade, personalidade, pensamentos e sentimentos dos atletas, 
foram relacionados à prática esportiva e à atividade física, e acrescidos ao campo de 
pesquisa do Treinamento Esportivo. 
Nesse sentido, nas últimas décadas foram realizadas pesquisas sobre os processos de 
formação de talentos e treinamento esportivo, identificaram por meio da investigação 
da história de vida de indivíduos considerados talentosos, que o desenvolvimento de 
um talento, em várias áreas do conhecimento, incluindo os esportivos, seria um 
processo da inter-relação das variáveis biológicas e psicológicas sob ações de um 
ambiente social adequado. 
Restringindo-se apenas aos aspectos psicossociais, observa-se que de um modo geral a 
formação do talento é resultante da prática sistemática de uma atividade que se 
caracteriza como prazerosa, sobretudo na iniciação, mas sua manutenção na prática – 
(em treinamento), nem sempre proporciona satisfação, e portanto, é motivada por 
sentimentos de compromisso, perseverança, disciplina, paixão e autoconfiança 
(competência e autonomia), além da sustentação por meio do apoio social oferecido 
pelos pais e pelos técnicos/professores, principais responsáveis pela motivação por 
meio de suas habilidades pedagógicas. 
1.3 Motivações no Esporte 
A motivação é um dos temas mais antigos e mais abordados na literatura. Atualmente, 
há um consenso sobre a interação desse comportamento com o meio no qual a prática 
esportiva ocorre, ou seja, o indivíduo, suas predisposições, o ambiente e sua situação 
influenciam na motivação do indivíduo. 
Motivação, para Weinberg e Gould (2016), refere-se aos motivos que fazem o indivíduo 
buscar certas situações e o esforço empregado nessa busca. Assim, a motivação mobiliza 
os esforços de um indivíduo em busca de um objetivo. Para esses autores, os estudos 
 
 
 
6 
 
sobre motivação podem ser realizados de várias maneiras: quanto à intensidade, aos 
fatores propulsores, aos objetivos determinados e aos "locais" de origem – motivações 
intrínsecas e extrínsecas ao indivíduo. 
O mecanismo de funcionamento das motivações internas do indivíduo tem origem na 
infância e muitas delas são construídas a partir da formação e da manutenção das 
relações sociais. A relação entre as necessidades básicas do indivíduo e o ambiente 
acolhedor adequado a essademanda determinam quais são as motivações internas do 
indivíduo. 
No esporte, as motivações intrínsecas estão relacionadas ao fato de a prática esportiva 
servir para suprir algumas necessidades, tanto básicas como aquelas mais elaboradas, 
desenvolvidas nos primeiros anos de vida. Pode-se dizer que o esporte reúne 
componentes que satisfazem as exigências emocionais de um indivíduo e auxilia no 
desenvolvimento dessas necessidades que são importantes para a vida dos seres 
humanos. 
O esporte também apresenta motivadores externos. Por meio da prática e da presença 
de outros, é trabalhado o conhecimento sobre si mesmo, enquanto aprende habilidades 
sociais complexas, típicas do ser humano. À medida que as figuras parentais vão 
deixando de ser as únicas motivações sociais do atleta, o técnico, os colegas de treino, 
os amigos e o(a) namorado(a) começam a suprir a necessidade básica de vínculos e 
contatos sociais significativos. Esse aspecto do reconhecimento social concreto 
caracteriza as motivações extrínsecas de um indivíduo. 
Embora, para fins de discussão, seja conveniente classificar a motivação em “intrínseca” 
e “extrínseca”, muitas vezes a distinção entre elas não é clara, pois a relação entre 
ambas determina o processo motivacional dos indivíduos, inclusive no esporte. 
Devido essa dificuldade de delimitação do que é interno e do que é externo ao indivíduo, 
os estudos realizados sobre motivação no esporte em geral caracterizam-se por realizar 
levantamentos pontuais dos fatores motivacionais referentes à iniciação, à permanência 
e à desistência da prática, sem maior detalhamento do processo. 
 
 
 
7 
 
A motivação para a iniciação da prática esportiva pelas crianças, em geral, ocorre em 
relação aos seguintes fatores: 
• Influência de parentes e professores; 
• Oportunidade de envolver-se e demonstrar habilidades motoras competentes; 
• Atributos que variam de acordo com o sexo que caracterizam o pertencimento a 
um grupo, por exemplo, meninas praticam balé e meninos judô, entre outros; 
• Diversão ou para fazer novos amigos, 
• Razões competitivas e de status social como motivadores para a prática 
esportiva inicial. 
Verifica-se assim que a motivação dos seres humanos para a prática esportiva, tanto 
inicial como de manutenção, é desenvolvida primeiramente a partir de uma necessidade 
de pertencer, um impulso para formar e manter relações interpessoais duradouras, 
positivas e significantes; a prática esportiva favorece esse aspecto. O esporte é um dos 
contextos que proporcionam essa aproximação. Muitos jovens atletas se mantêm na 
prática exaustiva e repetitiva por ter como motivação o convívio com os amigos e o 
técnico; o ser humano é movido por motivações sociais. 
Com isso, a prática esportiva também é ferramenta de desenvolvimento de certas 
emoções, como raiva intensa, ansiedade e estresse. Nesse contexto, surgem emoções 
fortes e que têm um impacto muito grande na vida do atleta. 
A procura do indivíduo em criar vínculos com outras pessoas é fonte de prazer, ao 
mesmo tempo que gera conflitos e inseguranças. No esporte, há uma necessidade de 
interagir com o outro de uma maneira mais próxima; porém, simultaneamente, é 
preciso aprender os códigos verbais e não verbais dessa comunicação, assim como estar 
sensível as necessidades do outro. 
Uma criança estimulada adequadamente por seus pais no início de sua vida pode 
construir uma motivação intrínseca forte e persistente para a prática, pois as condições 
 
 
 
8 
 
ambientais favoreceram o desenvolvimento desse aspecto, ao mesmo tempo que a 
percepção e a interpretação do indivíduo foram favoráveis para estimular a autoestima. 
No entanto, a própria prática pode reforçar ou não essa questão quando as exigências 
externas são intensas, e o indivíduo pode avaliar seu próprio desempenho como 
competente ou não, tanto no treino com o grupo como na performance em 
competições. 
À medida que as capacidades cognitivas se desenvolvem, na pré-adolescência, por 
exemplo, fica mais evidente a busca por "ser bom em algo" ou a busca por 
reconhecimento e status dentro do grupo. O esporte permite esse contexto de 
superação e orgulho, por meio da competência demonstrada pelo atleta. Sentir-se 
competente eleva e reforça a autoestima e serve de sustentação para a prática 
esportiva. 
Embora a prática por si só não represente algo fisicamente prazeroso, emocionalmente 
traz bem-estar, pela superação e pelo reconhecimento, tanto que os principais motivos 
de desistência (dropout e burnout) estão relacionados a isso: a insatisfação pela ausência 
da sensação de competência e a mudança de foco –comportamentos característicos da 
adolescência. 
A necessidade de acompanhamento, assim como a percepção de que socialmente o 
praticante possui reconhecimento de sua competência, são importantes motivadores 
dos comportamentos esportivos, tanto de iniciação como de permanência na prática 
esportiva, lembrando que essa equação depende fundamentalmente de como foram 
construídos os primeiros esquemas motivacionais da criança durante sua infância. 
1.3.1 Apoio dos pais como fator motivacional 
A importância do apoio familiar e social para os jovens atletas, seja entre pais e atleta, 
atleta e atleta, ou técnico e atleta, tem sido destacada nas diversas pesquisas a respeito 
do desenvolvimento esportivo. Os apoios sociais são aspectos importantes na adesão e 
na manutenção no esporte, assim como, inversamente, a quebra de vínculos – entre 
 
 
 
9 
 
amigos, técnico ou familiares – cria estresse e influencia a decisão de desistir da carreira 
esportiva. 
O envolvimento dos pais na vida esportiva do filho pode variar de um subenvolvimento, 
envolvimento moderado até o superenvolvimento. O subenvolvimento caracteriza-se 
pelo comportamento de pouca disposição em atividades como transporte e contato 
com os técnicos, demonstrando falta de comprometimento emocional, financeiro e 
funcional dos pais com a prática esportiva de seus filhos. O superenvolvimento ocorre 
quando os pais participam excessivamente da vida esportiva de seus filhos, muitas vezes 
projetando seus próprios desejos e fantasias na vida deles e exigindo que seus filhos os 
satisfaçam e comportem-se de acordo. Enquanto o envolvimento moderado, seria o 
ideal, caracterizando-se pela participação dos pais por meio de orientações firmes, 
suporte emocional e financeiro, além do auxílio aos filhos no estabelecimento de metas 
realísticas. 
Em geral, por serem os principais responsáveis pelo apoio social da criança na infância 
e na adolescência, naturalmente, os pais compõem as principais figuras motivacionais 
do esporte por meio do apoio, da orientação, do exemplo e do incentivo. Porém, a 
importância dos pais para a motivação esportiva está além disso: por serem a base da 
construção dos estilos de apegos dos indivíduos, os pais influenciam também na 
determinação, na direção e na intensidade dos fatores motivacionais dos filhos na 
prática. 
Os estilos de apego formados na primeira infância refletem diferenças na organização 
psicológica das crianças e dos adolescentes, o que lhes confere individualidade e 
diferenças na percepção do apoio posterior, oferecido por outras pessoas, assim como 
no comportamento diante destas. As necessidades de pertencimento a um grupo ou de 
reconhecimento são valorizadas pelo indivíduo de acordo com essas relações iniciais 
estabelecidas. Da mesma maneira, o acolhimento e o status oferecidos também serão 
avaliados como satisfatórios ou não a partir dessa base. 
A função do apego, ou busca por vínculos, tem sido pensada nos termos da proteção e 
da oferta de cuidados, proporcional ao nível de imaturidade e de dependência dos bebês 
 
 
 
10 
 
quando comparada a outras espécies de animais. A garantia de convivência sistemática 
com adultos representativos de uma determinada cultura é essencial à sobrevivência e 
a segurança dacriança, assim como possibilita a aprendizagem e a perpetuação da 
evolução cultural humana. 
Distinguem-se três tipos de apego: apego seguro, apego inseguro resistente ou 
ambivalente e apego inseguro evitativo. Os três estilos parecem estar associados a 
diferenças no carinho e na sensibilidade demonstrados pela pessoa que cuida da 
criança. 
O apego seguro é o padrão condizente com o desenvolvimento saudável. Nele o 
indivíduo confia que os pais estarão disponíveis e o ajudarão em situações adversas ou 
assustadoras. A criança sente vontade de explorar o mundo e sente-se competente em 
lidar com ele. A criança com padrão de apego seguro é alegre e cooperativa, popular 
com outras crianças, confiante e criativa. Essas crianças esforçam-se mais após um 
fracasso e demonstram confiança e esperança de que elas poderão ser bem-sucedidas. 
Esse padrão é promovido por uma figura de apego que se mostra disponível, sensível 
para os sinais da criança e que responde amavelmente quando a proteção, o conforto 
e/ou a assistência são requisitados. Esses comportamentos caracterizam os pais como 
ideais no contexto esportivo, com envolvimento moderado na prática esportiva dos 
filhos. A criança com essa experiência considera os pais como pessoas com quem ela 
pode contar em momentos problemáticos e tem uma visão de si mesma como alguém 
digno de ser cuidado. 
Por sua vez, as crianças com apego inseguro ambivalente (ou ansioso resistente) não 
saem de perto da figura parental e exploram muito pouco o ambiente. Essas crianças 
ficam muito perturbadas com a separação e demoram a se acalmar no retorno à figura 
de apego. 
Nesse padrão, a criança está incerta se a figura de apego está disponível ou se ajudará 
quando ela precisar. Essa percepção é promovida por figuras de apego que se mostram 
disponíveis em certas ocasiões, mas não em outras. Muitas vezes, elas usam a separação 
ou a ameaça de abandono como maneira de controlar a criança. Por causa dessa 
 
 
 
11 
 
incerteza, a criança está mais sujeita a ansiedade na separação, tende a "grudar" mais e 
a tornar-se ansiosa ao explorar o mundo, quer sempre chamar a atenção, mostra-se 
tensa, impulsiva e facilmente frustrada. 
No apego inseguro evitativo, as crianças exploram o ambiente procurando pouco a 
figura de apego; elas não se perturbam com sua saída e parecem ignorá-la quando ela 
retoma. Esse padrão é promovido por uma figura de apego que constantemente rejeita 
a criança quando ela a procura para conforto ou proteção. Nesse padrão, a criança não 
tem confiança de que quando precisar de cuidados será ajudada com prontidão e, muito 
pelo contrário, espera ser contrariada. Essas crianças tentam viver suas vidas sem o 
amor e o apoio dos outros. A criança é "pavio curto", hostil ou antissocial e sempre quer 
chamar a atenção. Ela mantém sua distância, tem um mau temperamento e tende a 
criticar outras crianças. 
Tanto no apego inseguro ambivalente quanto no evitativo, as figuras de apego são 
menos sensíveis ao estado mental da criança. Elas não dão apoio e ajuda quando 
requisitadas e atrapalham quando a criança está tentando resolver um problema por si 
mesma, não respeitando seu desejo de autonomia. Pode-se dizer que a figura de apego 
apresenta a ausência de atenção ou a atenção em excesso (mimam a criança) e 
desestimula a exploração. Esses comportamentos são característicos dos pais 
subenvolvidos e superenvolvidos na prática esportiva dos filhos. 
A estratégia que crianças inseguras desenvolvem é a de manipular o equilíbrio que há 
entre apego e sistema exploratório de maneira que tanto um quanto o outro sejam 
enfatizados em demasia. Quando os pais são ausentes ou inconsistentes na atenção, a 
estratégia da criança é enfatizar ou exagerar seu comportamento de apego (chorando, 
agarrando, seguindo) e aumentar seus pedidos de atenção. Essa prática de demonstrar 
um comportamento extremamente dependente serve para obter uma atenção que a 
criança não teria de outra maneira. Entretanto, nesse mesmo padrão em que a criança 
é rejeitada ativamente, ela pode também desenvolver estratégias de ignorar sinais que 
ativariam o sistema de apego e, defensivamente, não enfatizam sua relação com a figura 
de apego. Ao mesmo tempo, ela prioriza a exploração de uma maneira que mantenha a 
 
 
 
12 
 
figura de apego próxima, mas sem que a se mostrar irritada ou dependente, evitando 
provocar ainda mais a rejeição. 
Na visão descrita anteriormente, fica evidente que a qualidade da relação com os pais é 
mais importante do que a mera quantidade de tempo despendido com os filhos e que 
esses reflexos são sentidos nas práticas esportivas. 
1.3.2 Apoio dos técnicos como fator motivacional 
Em geral, jovens praticantes de esportes passam grande parte de seu tempo em 
treinamento, competições e viagens. Nesse contexto, existe uma figura que está mais 
presente, muitas vezes, do que os próprios pais: os técnicos esportivos. 
Os técnicos substituem as figuras dos pais em diversas situações por desempenharem 
um papel que está além da orientação da prática esportiva, contribuindo na orientação 
da criança para a vida e influenciando sua educação. 
Sobre o papel dos técnicos esportivos, o treinador esportivo representa quatro 
personagens distintos: professor, representante, treinador e líder. O técnico ensina uma 
determinada modalidade esportiva, utilizando, para isso, os recursos da preparação 
técnica e tática, e recorre às suas características de liderança para influenciar a formação 
do caráter do jovem competidor. Dessa maneira, podem trabalhar com os pontos fortes 
e fracos de seus comandados, promover o bem-estar pessoal, a harmonia do grupo e, 
com todas essas informações, organizar os planos de treinamento e as táticas a serem 
empregadas. 
Essas considerações a respeito das funções do técnico e de sua influência no 
desempenho esportivo apontam para o caráter de formação e desenvolvimento do 
atleta, nos âmbitos físico, técnico, tático, psicológico e social, liderando os indivíduos 
para atingirem seus objetivos nessas áreas. As percepções, pelos atletas, de suas 
necessidades em relação ao técnico ou a relação existente entre o técnico e o atleta 
reforçam a importância dos atletas e das relações sociais que são estabelecidas nesse 
processo, consequentemente, isso reflete nas relações estabelecidas entre técnico e 
atleta e influenciam seu desempenho esportivo. 
 
 
 
13 
 
1.3.3 Prazer, diversão e satisfação como fator motivacional da prática esportiva 
Enfatizar a diversão e o prazer em qualquer prática esportiva na infância é essencial, 
principalmente quando esses fatores são apontados pelas crianças como as principais 
motivações para suas participações em treinamentos esportivos, sobretudo na 
iniciação. 
A respeito da função das brincadeiras na infância, atribui-se ao brincar da criança um 
papel decisivo na evolução dos processos de desenvolvimento humano, como 
maturação e aprendizagem, embora com enfoques diferentes. Por meio dos jogos e das 
brincadeiras, as crianças desenvolvem comportamento flexíveis relacionados à 
socialização, essenciais ao modo de vida dos seres humanos. 
O contexto lúdico e de exploração incorporado nas brincadeiras tem inúmeras funções, 
como o desenvolvimento de habilidades motoras, a melhoria do desempenho cognitivo, 
a possibilidade de experimentar a inovação e a criatividade e, além disso, a 
aprendizagem de aspectos afetivos e de normas sociais, que às vezes podem ser 
desagradáveis, mas necessários para a convivência com os outros. 
As crianças envolvidas nos esportes que possuem características lúdicas aprendem, por 
meio da prática, habilidades sociais competitivas e não competitivas, aprendem sobre a 
organização social do grupo, aprendem habilidades sociais de comunicação e formam 
vínculos uns com os outros. Assim, por meio das brincadeiras nos esportes, aprendem 
sobre si mesmas (suas possibilidadese limitações) sobre os outros e como interagir com 
eles. 
As brincadeiras atuam como motivadores da prática, ao mesmo tempo que a satisfação 
e o prazer podem ser efeitos de uma prática bem-estruturada e determinam a 
permanência do indivíduo após a iniciação. 
Os métodos de ensino abertos (exploração, solução de problemas ou descoberta 
orientada, utilizados na iniciação esportiva e durante o processo da prática esportiva) 
permitem essa exploração e descoberta de novas soluções para problemas motores, 
assim como para conflitos sociais. A criatividade e a solução de problemas elevam a 
 
 
 
14 
 
autoestima, uma vez que se relacionam com noções de competência. Além disso, por 
meio das brincadeiras os indivíduos sentem prazer pela possibilidade de controle de 
situações que podem causar insatisfação e desconforto. Dessa forma, a prática esportiva 
também colabora para a melhoria da confiança dos indivíduos. 
1.3.4 Autoconfiança, auto eficácia e autonomia como fatores motivacionais da prática 
esportiva 
A autoconfiança caracteriza-se como um fator motivacional da prática esportiva, uma 
vez que esta influência tanto o estabelecimento das metas esportivas como a avaliação 
que o indivíduo faz de si mesmo em relação às suas metas, alcançadas ou não. Isso pode 
provocar tanto a adesão à prática como o abandono dela. Como já destacado 
anteriormente, um dos principais fatores que desmotivam o indivíduo a continuar no 
treinamento esportivo são as expectativas frustradas de desempenho. 
Autoconfiança refere-se à crença da pessoa em sua habilidade para dominar desafios, 
bem como para superar obstáculos e dificuldades. Essa característica está diretamente 
relacionada à percepção de competência do indivíduo, à autoestima e à auto eficácia. 
Assim como a autoconfiança, a auto eficácia relaciona-se ao julgamento que um 
indivíduo faz a respeito de sua própria competência em realizar planos de ações para 
atingir um determinado objetivo. No entanto, o que difere a autoconfiança da auto 
eficácia é que a autoconfiança caracteriza-se pela crença do indivíduo em sua 
competência de um modo geral, enquanto a auto eficácia é mais específica em relação 
aos resultados e situações estabelecidas. 
O indivíduo que se percebe competente fica mais confiante, mais satisfeito consigo 
mesmo e pode, por isso, persistir em uma tarefa. No caso do esporte, o atleta 
permanece mais tempo na prática, mesmo que essa seja pouco satisfatória, pois, 
mantém o objetivo de melhorar seu desempenho a longo prazo. 
Existe também o excesso de autoconfiança em um indivíduo, ou seja, uma percepção 
exagerada de seu próprio sucesso, mas sem as habilidades correspondentes. Isso 
prejudica a sua autoavaliação em relação às tarefas, na apresentação de um 
 
 
 
15 
 
comportamento adequado e, principalmente, afeta sua natureza autocorretiva em 
relação à essa inadequação. Em outras palavras, no esporte, o atleta é incapaz de ver 
um comportamento como inadequado e corrigi-lo; em consequência, ao fracassar, pode 
surpreender-se com tal situação. 
O ser humano é capaz de construir uma representação interna do universo e de si 
mesmo. Cada indivíduo avalia sua condição no âmbito físico e no âmbito social, levando 
em conta a percepção corporal, a propriocepção, o prestígio social, a aprovação do 
outro, o respeito reconhecido e a segurança proporcionada. A autoestima, a 
autoconfiança e a auto eficácia são resultados da avaliação interna que cada pessoa faz 
de si mesma no mundo. 
Além da autoconfiança e auto eficácia, outro aspecto relacionado à motivação para a 
prática esportiva é a autonomia. No entanto, a autonomia apenas não é motivadora, 
mas adquire tal característica quando relacionada à competência, à confiança e à 
resolução de desafios propostos. 
A concepção de autonomia refere-se à independência, em que o sujeito assume o poder 
e o controle em determinada situação. No entanto, isso não equivale à desordem, e sim 
a uma maneira de gerir e orientar diversas situações que os indivíduos e os grupos 
encontram em seu meio biológico e social, de acordo com suas próprias leis. 
Um indivíduo autônomo é aquele que consegue, utilizando o material do aprendizado e 
por meio da confiança, tomar decisões individuais seguras e acertadas em diversas 
situações. Em razão do acerto, ele se torna mais confiante e satisfeito com a tarefa, 
sendo capaz de gerir e adaptar suas práticas futuras com base nas reflexões sobre suas 
experiências passadas que foram bem-sucedidas. Retomamos, portanto, a importância 
da segurança sentida nos primeiros anos de vida e do estilo de apego seguro como 
influências atuais no comportamento do atleta, em busca de sua autonomia. 
Na interação com professores ou técnicos, a criança segura é menos dependente 
emocionalmente de seus professores, mas chama-os quando sente que não pode 
superar sozinha um desafio. Assim, não se trata de deixar a criança para que ela resolva 
 
 
 
16 
 
independentemente seus problemas e dificuldades, o técnico e os pais precisam sim 
estar atentos e podem oferecer ajuda e conforto, quando requisitados, mas também 
devem encorajar essa criança a desenvolver autonomia e capacidade de resolução de 
problemas para que ela se sinta motivada pelos desafios. 
As crianças com apego inseguro apresentam maior probabilidade de baixa autoestima 
e ansiedade em situações difíceis, mas essa insegurança em si não é necessariamente 
causada por uma patologia. Existe a possibilidade de estimular o apoio e a autonomia 
desses indivíduos através de esquemas reforçadores da confiança e da formação de 
relações seguras. O ambiente esportivo pode fornecer essa base segura para o 
desenvolvimento da autonomia, e, nesse contexto, o apoio dos colegas, e, 
principalmente, dos técnicos é fundamental, pois estes representam as figuras de afeto 
e de segurança que proporcionam tal desenvolvimento. Sendo assim, a autonomia no 
contexto esportivo pode ser compreendida tanto como um aspecto motivacional, 
mantenedor da prática, quanto como um produto de um treinamento estimulante e 
desafiador. O ambiente esportivo possibilita o desenvolvimento da autonomia além do 
esporte, podendo influenciar a vida do indivíduo. 
O ambiente esportivo, como dito anteriormente, permite ao ser humano suprir algumas 
necessidades básicas, como criar uma identidade de grupo, comunicar-se, interagir 
socialmente. Nesse contexto, a autonomia, além do caráter de satisfazer a necessidade 
de resolver um desafio proposto ou adquirir experiência é importante por estar 
relacionada ao desenvolvimento de um status social. A resolução individual do desafio 
traz um reconhecimento de competência social, pois diferencia o indivíduo dos outros, 
fortalecendo sua autoconfiança e sua autoestima como um todo. 
1.3.5 Determinação como aspecto motivacional da prática esportiva 
A prática esportiva, muitas vezes sistemática, cansativa, com exigências físicas e 
emocionais, nem sempre corresponde às necessidades de prazer e satisfação do 
indivíduo. Mesmo assim, muitos persistem apontando o fator "determinação" como 
responsável por esse comportamento. 
 
 
 
17 
 
Nas bibliografias sobre esporte, embora o comportamento persistente e determinado 
seja altamente enfatizado, existem poucas definições a respeito do significado real das 
palavras “determinação” e “persistência”. De um modo geral, ambas remetem à ideia 
de um comportamento de busca de um objetivo predeterminado, mesmo em situações 
adversas, insistindo na concretização da meta. Assim, persistência seria a característica 
do indivíduo de levar adiante qualquer trabalho iniciado de um modo geral. Tendo essa 
definição como base, a determinação parece relacionar-se com as energias direcionadas 
a algumas metas selecionadas ou um aspecto específico situacional, utilizando-se, 
assim, avaliações e estratégias de execução estabelecidas para alcançar o objetivo. 
Sobre a origemdessa determinação, ou seja, quando uma criança persiste ou quando 
ela desiste de uma determinada atividade, ela pode estar associada, mais uma vez, à 
percepção do contexto social. O jovem atleta regula e vê-se regulado pelas ações e 
impressões dos outros indivíduos da equipe. 
Crianças cujos padrões de apego foram inseguros (ambivalente e evitativo) respondem 
ao fracasso com menor esforço e demonstram sinais de desamparo e falta de defesa. Já 
as crianças seguras tendem a se tornar adultos autoconfiantes, persistentes, que 
respondem à situações adversas de modo positivo e reforçam sua confiança nas 
situações favoráveis, fortalecendo a noção de competência e autoestima. 
A partir dessa base a determinação se torna um componente intrínseco ao sujeito, que 
o motiva a apresentar um comportamento cada vez mais persistente. Mesmo com a 
presença de dificuldades, o indivíduo persiste, desde que possua um objetivo bem-
definido e a certeza de que isso pode ser alcançado, segundo sua avaliação cognitiva. 
No esporte, por exemplo, encontramos algumas situações de exclusão, ou até mesmo 
de bullying, praticadas por colegas e técnicos devido à falta de habilidade de um 
indivíduo. Também há situações avaliadas como vergonhosas pelos atletas, como a 
ausência de um bom desempenho e a estagnação de uma marca ou de um resultado 
que podem contribuir para a não adesão, o abandono ou a diminuição de interesse no 
esporte. São essas vivências como a percepção de falta de habilidade, perda do status 
ou mesmo vergonha geradas em contextos esportivos que podem trazer grande 
 
 
 
18 
 
impacto no processo de decisão do atleta em desistir dos treinamentos árduos e da 
carreira esportiva. 
No ambiente esportivo, também encontramos situações que despertam o orgulho, 
como ao realizar uma determinada habilidade esportiva bem sucedida, ter um bom 
desempenho ou ser reconhecido socialmente, o que contribui para elevar a autoestima 
do indivíduo, pois se sente competente. As situações de sucesso e boa performance 
alimentam o orgulho, a honra, o reconhecimento e favorecem a continuidade do 
indivíduo na prática esportiva. 
No entanto, embora sejam componentes importantes, não são somente as situações 
pontuais de sucesso ou de fracasso que determinam a manutenção ou o abandono da 
prática esportiva: a decisão ocorre na percepção que o indivíduo tem da situação. Dois 
indivíduos podem interpretar de maneiras diferentes a experiência do fracasso, de 
acordo com sua história de vida, as influências parentais, as pressões sociais e as 
motivações intrínsecas. 
As emoções chamadas autoconscientes, como vergonha, humilhação e orgulho, 
apresentam um forte componente da avaliação própria do indivíduo, assim como das 
pessoas ao seu redor, que influenciam seus comportamentos de persistência e 
determinação. Essas bases da avaliação são estruturadas no indivíduo ainda criança, 
por meio das relações de apego, e são fortalecidas ou não de acordo com o apoio social 
que receberam, que proporcionaria segurança, conforto e a confiança de que possuem 
a capacidade de alcançar seus objetivos com competência. 
Embora as bases do comportamento humano sejam estabelecidas nos primeiros anos 
de vida, como ressaltado anteriormente, o ser humano é resiliente. Na ausência de uma 
grande determinação, os motivadores extrínsecos ao sujeito possuem função 
importante, uma vez que podem sustentar a motivação em busca dos objetivos. Um 
ambiente acolhedor que desperte os sentimentos de confiança e promova o 
desenvolvimento da autoconfiança é fundamental, justificando-se, assim, a importância 
do apoio dos pais e, principalmente, a atuação dos técnicos, durante a vida esportiva 
dos atletas 
 
 
 
19 
 
Conclusão 
O presente bloco abordou a temática "aspectos psicossociais do treinamento esportivo" 
e teve como base a crença de que esses aspectos são resultado da influência de fatores 
evolutivos, culturais e individuais dos seres humanos. 
Reconhecendo que esse tipo de abordagem resulta em ampla discussão, a temática 
aspectos psicossociais, que também se caracteriza por ser ampla e abrangente, foi 
delimitada por seus fatores motivacionais mais relevantes. Os fatores motivacionais 
para a prática esportiva foram apresentados, abordando de modo amplo as influências 
da cultura e dos aspectos pessoais na prática do esporte. 
REFERÊNCIAS 
GALTON, Francis. Hereditary talent and character. Macmillan's magazine, v. 12, n. 157-
166, p. 318-327, 1865. 
WEINBERG, Robert S.; GOULD, Daniel. Fundamentos da psicologia do esporte e do 
exercício. São Paulo: Artmed editora, 2016. 
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES 
ARRUDA, M; PORTELLA, D. L. Maturação biológica: uma abordagem para treinamento 
esportivo em jovens atletas. São Paulo: CREF4, 2018. E-book. 
CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Prescrição de exercícios e atividade física 
para crianças e adolescentes. São Paulo: CREF4, 2018. (Coleção exercício físico e saúde; 
3). E-book.

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