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Elementos para a categorização da tradução humana intralinguísticas

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AUDIOVISUAL TRANSLATION (SUBTITLING, AUDIO DESCRIPTION
TRADUÇÃO ESPECIALIZADA
1. Introdução 
 A tradução especializada e seus corolários – tradução geral, tradução científica, tradução técnica, tradução jurídica, tradução médica, e outras – são denominações amplamente aceitas em nossa área, em cursos e graduações, em eventos acadêmicos, etc. Essas denominações são o resultado das tentativas de classificar atividades relacionadas com a tradução (classificações, tipologias ou categorizações) e, como tais, deveriam facilitar o trabalho, a reflexão e a comunicação sobre a tradução.
2. Categorização da tradução
 A tradução como atividade pode ser submetida a diferentes tipos de categorização, segundo critérios diferentes. Se o critério for o meio, estamos falando sobre tradução e interpretação. Se o critério for a situação em que a tradução é feita, estamos falando sobre tradução audiovisual, tradução oficial, interpretação judicial, tradução para editoras, etc. Também podemos descrever a tradução a partir de dois eixos diferentes, relacionados entre si de diferentes maneiras, com o conceito da especialização dos textos traduzidos:
· Horizontal, eixo extensivo (tema dos textos): economia, comercial, jurídico, científico, técnico, médico, etc.
· Vertical, eixo intensivo (grau de especialização dos textos): tradução geral, tradução especializada.
3. Categorizações emprestadas
 Os estudos da tradução não criaram essas categorias. Elas se originaram em outras áreas mais antigas do que a tradução e foram herdadas por nós, em minha opinião, através de empréstimos precipitados e mecânicos. Elas foram adotadas pelos estudos da tradução a partir de estudos textuais que, por sua vez, as tomaram emprestadas dos estudos da Linguagem para Fins Específicos (LFE)/Terminologia. 
Onde as LFEs encontraram esses conceitos? 
Elas os obtiveram a partir da atual classificação de áreas do conhecimento, a qual estabelece uma correlação entre conceitos e palavras.
 Correlações adicionais produziram uma cascata que abrange essas etapas: 
CONCEITO -> PALAVRA -> TEXTO -> TRADUÇÃO
Entende-se por comunicação especializada aquela que ocorre entre especialistas em uma área, comunicação sobre assuntos específicos com o uso de jargão específico, ao passo que por comunicação geral compreende-se aquela que ocorre entre leigos na comunicação de fatos do cotidiano com o uso de vocabulário compartilhado por todos os falantes. 
A tradução audiovisual, a legendagem e a “língua neutra” A tradução constitui um processo em que um texto em uma língua de partida é (re)expressado com os meios linguísticos disponíveis na língua de chegada.
Podemos entender a tradução como um ato comunicativo que se insere dentro de um contexto social determinado. Há diferentes variedades de tradução no campo dos estudos tradutórios, que permitem diferenciar, por exemplo, tradução literária, musical, publicitária, audiovisual. 
· A tradução audiovisual é a tradução destinada ao cinema, à televisão, ao vídeo e à multimídia, de textos audiovisuais – como filmes, séries, documentários –, e é feita em quatro modalidades básicas: a dublagem, a legendagem, as vozes superpostas e, mais raramente, a interpretação simultânea. Um texto audiovisual pode envolver registros e dialetos diversos, como a linguagem especializada, coloquial, etc. manifestada por cinco razões, a saber: 
(i) Multiplicação dos canais televisivos regionais; 
(ii) Aumento de atividades como a do ensino à distância; 
(iii) Aparição das plataformas digitais; 
(iv) Extensão da televisão a cabo;
(v) Extensão das emissões de televisão por satélite.
NEUTRO DA LIGUANGEM 
É importante destacar uma questão político-linguística que perpassa os processos tradutórios. Mayoral-Asensio, afirma que o cinema, desde sua origem, buscou encontrar uma linguagem universal, de modo que um mesmo produto chegasse a uma generalidade de espectadores. Assim, o “neutro”, isto é, uma língua artificial, que supostamente não corresponderia a nenhum grupo de falantes e que tenta evitar os elementos que possam caracterizar um discurso como pertencente a um grupo particular, é considerado como a máxima expressão da universalidade. A Argentina e Espanha são exemplos de países nos quais se promovem políticas nacionais com essa tentativa de neutralizar as dublagens, ao utilizar um “espanhol neutro”, que não corresponde a nenhuma variedade regional.
É importante enfatizar que muitos alunos acabam confundindo; A linguagem “Neutra”, no contexto audiovisual é, mas em relação a regionalização (A diatópica – Variação regional) do que em relação a gênero. É uma enorme dificuldade, principalmente, para os Latinos devido as diferentes regionalizações e na inclusão social, nota-se que na língua portuguesa tem enorme variabilidade linguística, diferenças sociais, e principalmente expressões cotidianas.
Por isso usamos uma neutralidade, termos que todos estados ao regiões usam, a fim de integrar em apenas uma tradução para todas as regiões.
As brincadeiras com a língua, tem relação com ocorrências do dia a dia e que podem ser inseridos na tradução ou dublagem. A seguir iremos exemplificar a situação:
Na dublagem (fala+ audiovisual+ dublador): No filme “Enrolados” a utilização do apresentador Luciano Huck, para dublagem do personagem José Bezerra, criou um dinâmica Público + Personagem, que auxiliou a divulgação do filme. No entanto, diferente de que muitos imaginam essa divulgação aconteceu, não só, porque o apresentador é bastante conhecido pelo público – principalmente- brasileiro, mas por conta de as características físicas do personagem serem semelhantes ao do apresentador.
O fato de que no filme, o personagem José Bezerra é desenhado com um “Nariz grande” e o apresentador na vida real também brinca com tal característica.
Porém para a criação de tal dinâmica foi necessário a revisão do texto por um tradutor e aí entra em cena a importância do Roteirista e do TAV (a tradução audiovisual).
Tradução: Uma das características principais da dublagem/Tradução brasileira é a adesão de expressões e jargões coloquiais. 
A adaptação da tradução “Scooby-Doo, Where are you?” para "Scooby-Doo, cadê você, meu filho?" é uma representação de aproximação de público-personagem. A utilização de “MEU FILHO” mesmo que não esteja no texto original, acabou sendo 11 bastante divulgada durante o seriado, transmitindo uma certa “Familiaridade” com o personagem, transformando a obra, de apenas conto fictício, a uma história de amigos cuja o público também está inserido.
Temos milhares de exemplos no cinema, que demonstra o papel fundamental da tradução e do roteirista. Os tradutores e dubladores encontram uma grande dificuldade ao se deparar com algumas informações e características específicas presentes nas falas originais dos personagens. Informações como dados, estatísticas e nomes de localidades podem causar bastante problema. Imagine que o filme a ser dublado se passe em Nova York. Os personagens talvez conversarão, em algum momento, sobre estatísticas de violência do lugar, sobre os diferentes bairros, ou sobre como algum bairro é muito violento. Ou ainda, a menção de algum programa local. Alguns clientes pedem ao estúdio de dublagem que esses tipos de dados sejam adaptados para que o público brasileiro se identifique. Esse é um ponto bastante delicado, pois na maioria das vezes é muito visível a diferença de localidade e realidade.
Adaptações obrigatórias: Importante salientar, que o cinema Brasileiro tomou conta durante a segunda guerra e o Período Militar, período na qual os militares/ governantes controlavam todo e qualquer meio de divulgação (Tvs, Jornais, Escolas, Cinema) e pensamento na época. Apesar de anos ainda existe algumas alterações obrigatórias pela exigidas pelo governo em relação a tradução de textos, Palavras como “roubar”, “ladrão” e “bunda” não podem ser utilizadas pelos dubladores/Roteiristas. Por isso, acontecem adaptações esquisitas, como “traseiro”, “buzanfa” e “popozão”. Em seu canal no Youtube, o dublador WendelBezerra tem um vídeo muito interessante sobre o assunto, que possui o título “Adaptações na Dublagem”.
Sincronização: A sincronização de fala durante uma dublagem e até mesmo uma legenda e papel fundamental tanto do dublador como do roteiristas e tradutor, um forte exemplo é no uso do termo “tiras” ao invés de policiais. Em inglês, o termo mais utilizado para policial é “cop”. A diferença no tempo de fala das palavras “policial” e “cop” é bem grande. Na dublagem, o sincronismo entre o movimento da boca do ator original e a fala do dublador não funcionaria utilizando a palavra policial. Por isso, outra palavra foi procurada para a substituir, chegando-se ao termo “tira” como a melhor opção.

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