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AUDITORIA ORÍGEM DA AUDITORIA Na época do Império as pessoas que cobravam o fisco, que fiscalizam os tributos representavam os auditores da época do Império Romano. Logo já existia a figura do auditor. Era ele quem controlava as finanças do Império. Com o passar dos tempos surge à contabilidade, com o aparecimento do comércio e dos mercadores que naquela época já utilizavam técnicas para marcar as compras, as vendas e apuravam os estoques encontrando a diferença ou margem. O Sistema de Contabilidade Gerencial já existia desde o início do comércio quando os mercadores apuravam as diferenças e saldos. Porém quanto maior fosse à evolução do negócio, maiores seriam as dificuldades de controle, surgindo assim à figura do contador. Em 1130 ocorre à primeira auditoria na Cidade de Londres Em 1200 ocorrem as 1ªs auditorias realizadas por membros do Conselho. Já em 1500 as contas da cidade foram auditadas e recebem um certificado de auditoria voltado para o processo de exames de registros contábeis. Em 1600 surge a Lei que proíbe oficiais de serem auditores e também, as primeiras normas de auditoria estabelecidas pela Lei da Companhia Inglesa. Em 1845 surge a primeira organização profissional de auditores na Escócia e em 1887 os auditores internos contratados pelas ferrovias americanas. Em 1892 ocorre a evolução da auditoria com a publicação do manual Prático de Auditoria. De 1905 a 1912 deu-se a Evolução da Auditoria de detalhes para testes de transações. Em 1941 cria-se a fundação do Instituto de Auditores Internos nos EUA. Desde a antiguidade, a auditoria já tinha o objetivo declarado de detectar fraudes que eram detalhados, mas, porém, até 1905 não eram reconhecidos. A partir de 1905, até 1933, o objetivo da auditoria era a determinação de justiça da posição financeira e detecção de fraudes e erros, sendo testado e com pouco interesse. Ainda no século XX, período de 1940 à 1960, ocorre a determinação da justiça da posição financeira reportada e testada com ênfase substancial. As primeiras regulamentações da profissão contábil no Brasil datam de 1931 quando já se mencionava a necessidade dos serviços de auditoria. Em 1967 foi criado o serviço de auditoria e princípios gerais e normas gerais de contabilidade. CONCEITO DE AUDITORIA: Auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionados com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes. De acordo com Crepaldi (2012, p.3) a auditoria consiste em auditar as áreas-chaves nas empresas a fim de evitar situações que propiciem fraudes, desfalques e subornos, por meio de testes regulares nos controles internos específicos de cada organização, podendo definir também, como sendo o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações de rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade. EM RESUMO: Auditoria é um exame cuidadoso e sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa, cujo objetivo é averiguar se elas estão de acordo com as planejadas e/ou estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e adequadas (em conformidade) à consecução dos objetivos. OBJETIVOS O objetivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela companhia auditada. Em seu exame, o auditor, por um lado, utiliza os critérios e procedimentos que lhe traduzem provas que assegurem a efetividade dos valores descritos nas demonstrações financeiras e por outro lado, cerca-se dos procedimentos que lhe permitem assegurar a inexistência de valores ou fatos não constantes das demonstrações financeiras que sejam necessários para seu bom entendimento. Para Attie (2011), as demonstrações contábeis, de modo geral precisam ser preparadas de maneira que expressem de forma clara e precisa a real situação da entidade. De acordo com Crepaldi, (2012, p.4) o objetivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela companhia auditada. AUDITORIA EMPRESARIAL Consiste na verificação de procedimentos contábeis, fiscais e operacionais com o objetivo de informar sócios e acionistas, sobre as operações contábeis para assegurar problemas e multas, checar procedimentos internos objetivando redução de custos. As auditorias podem ser internas ou externas, sendo que seus resultados devem ser encaminhados aos gestores, controladores, administradores para ciência e ajustes ou possíveis substituições. A auditoria empresarial fornece uma visão real da situação da empresa, como por exemplo saber direitos e obrigações, mensurar passivos fiscais e financeiros, entender responsabilidades a curto, médio e longo prazo. A execução de trabalhos de auditoria é de recomendação regular, preferencialmente anual, objetivando evitar desvios de conduta nos propósitos de empresa, permitindo as correções necessárias em tempo hábil. AUDITORIA DO SETOR PÚBLICO CONCEITO: é formada por um conjunto de normas e procedimentos, com o objetivo de examinar a adequação, a eficácia e a legalidade dos controles internos, dos atos, fatos e das informações contábeis, financeiras e operacionais das unidades públicas. De acordo com a Instrução Normativa 01 de 06/04/2001, da Secretaria Federal de Controle, a Auditoria Governamental consiste no conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal. AUDITORIA INTERNA – NBC T 12 OBJETIVO: Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade. PROCEDIMENTOS: os procedimentos de auditoria interna são os exames, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações. PLANEJAMENTO: Deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos: 1) Conhecimento detalhado dos sistemas contábil e de controles internos da Entidade e seu grau de confiabilidade; 2) Natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos; 3) Existência de Entidades associadas, filiais e partes relacionadas; 4) Ciclo Operacional da Entidade relacionados com volume de transações e operações; 5) Conhecimento das atividades operacionais da Entidade; 6) Conhecimento da execução orçamentária. Visa a obtenção de relatório de Controles. O relatório deve ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar claramente os resultados dos trabalhos realizados. É confidencial e deve ser apresentado ao superior imediato ou pessoa autorizada que o tenha solicitado. COMPETÊNCIA TÉCNICA: (NBC P.3) Contador com CRC Autonomia Profissional e Responsabilidade; Vínculo com a entidade auditada. Auditoria Externa (Independente) (NBC T.11) OBJETIVO: Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a missão do parecer sobre a adequação com que estas representam a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da entidade auditadas em conformidade com as normas brasileiras de contabilidade. A auditoria externa ou independente é realizada por profissional liberal que audita, sem vínculo empregatício com a empresa auditada.A finalidade do auditor externo é opinar sobre as demonstrações contábeis, através do parecer. PROCEDIMENTOS: Conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidencias ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião e que abrangem testes de observância e testes substantivos. PLANEJAMENTO DA AUDITORIA INTERNA Deve planejar o trabalho consoante as normas de contabilidade: 1) Conhecimento detalhado dos sistemas contábil e de controles internos da Entidade e seu grau de confiabilidade; 2) Os riscos de Auditoria; 3) A natureza e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados; 4) Existência de Entidades associadas, filiais e partes relacionadas; 5) Uso de trabalhos de especialistas, de outros auditores independentes e auditores internos; 6) Conteúdo e oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a serem entregues à entidade; 7) Necessidade de atender prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informações aos demais usuários externos. COMPETÊNCIA TÉCNICA: (NBC P.1) Contador Registrado no CRC Independência Profissional, Responsabilidade, guarda da documentação, sigilo, utilização de trabalhos de auditores internos. Órgãos Relacionados com a atividade de Auditoria CVM (Comissão de Valores Mobiliários) – é uma autarquia ligada ao Ministério da Fazenda, funciona como um órgão fiscalizador do mercado de capitais no Brasil. Para o auditor atuar neste mercado é necessário estar com registro na CVM. Para obter o registro é necessário: CRC em dia; e, trabalhar com auditoria a pelo menos cinco anos registrado no CRC. Ibracom (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) – pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos. Seus objetivos são: fixar princípios de contabilidade; e, elaborar normas e procedimentos relacionados com auditoria e perícia contábil. CFC e CRC (Conselho Federal de Contabilidade e Conselho Regional de Contabilidade) – entidade de classe dos contadores registra e fiscaliza o exercício da profissão. LEI SOX Os Estados Unidos exercem uma contribuição considerável quando o assunto é auditoria. Haja vista pelos casos de grandes empresas americanas que utilizaram práticas contábeis não próprias para ocultar as reais situações dessas companhias. Estes foram os cenários das empresas americanas Enron Corporation: empresa de energia, commodities e serviços dos EUA WorldCom: empresa americana de telecomunicações CASO ENRON: auditado por uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo, a Arthur Andersen. Uma série de práticas ilícitas feitas pela alta administração da companhia em conjunto com os auditores, resultou na condenação à prisão dos diretores da Enron, e foi fechada a empresa de auditoria Arthur Andersen, que atuou em conluio com a empresa para ocultar ou manipular as informações dos investidores e do mercado. Os senadores americanos Paul Sarbanes e Michael Oxley, colaboraram para a promulgação em 30/06/2002 da lei batizada com os seus sobrenomes, a chamada Lei Sarbanes-Oxley, também conhecida por SOX ou SARBOX. Tal norma estipula regras para melhoria dos controles financeiros e transparência das organizações que possuem ações listadas em bolsa de valores, além de atribuir maior grau de responsabilidade aos administradores, contadores e auditores no processo de transparência e divulgação de informações econômico-financeiras.
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