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13 - gestao-ambiental-responsabilidade-social

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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
SUMÁRIO
GESTÃO AMBIENTAL E 
RESPONSABILIDADE SOCIAL
2
Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
missão
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
Visão
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
SUMÁRIO
bibliotecA mUltiViX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Silvino, Renata Felipe.
Gestão Ambiental e Responsabilidade Social / Renata Felipe Silvino. – Serra: Multivix, 2018.
editoRiAl
FAcUldAde cApiXAbA dA seRRA • mUltiViX
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2018 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor executivo do Grupo multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Bem-vindos à disciplina Gestão Ambiental e Responsabilidade Social! A gestão am-
biental constitui um sistema de administração empresarial que visa reduzir ao má-
ximo o impacto ambiental das atividades econômicas nos recursos da natureza. Já 
a responsabilidade social está ligada a questões e princípios éticos adotados pela 
empresa. Para que seu estudo se torne proveitoso, esta disciplina foi organizada em 
unidades, com temas e subtemas. 
A unidade 1, Desenvolvimento sustentável, estabelece reflexões sobre a crise am-
biental e apresenta a gestão do ambiente como ferramenta importante para conci-
liar desenvolvimento econômico e conservação ambiental. 
A unidade 2, Sistema de gestão ambiental, visa apresentar esse processo de admi-
nistração, que resolve as questões de âmbito ambiental e previne possíveis conse-
quências negativas relacionadas aos processos de produção das empresas. 
A unidade 3, Relatórios ambientais, contempla os dois documentos, EIA e RIMA, que 
subsidiam decisões sobre a viabilidade ou não de determinado empreendimento. 
A unidade 4, Contabilidade ambiental, discorre teoricamente sobre a contabilidade 
ambiental e contas ambientais. 
Na unidade 5, Responsabilidade social, é discutida a importância da postura social-
mente responsável de uma organização. 
A unidade 6, Educação ambiental, enfoca a educação ambiental como instrumento 
de gestão ambiental. 
A disciplina tem o objetivo de apresentar conceitos e situações práticas inerentes à 
gestão ambiental no contexto das organizações e discutir a responsabilidade social.
Um bom processo de estudo envolve participação ativa nas atividades propostas. 
Planeje e organize sua aprendizagem, envolva-se nos fóruns e nas demais atividades 
e bons estudos!
6
Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
objetivos da disciplina
• Definir os principais conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável e 
à gestão ambiental.
• Explicaro sistema de gestão ambiental nas empresas.
• Listar e descrever os fundamentos básicos do Estudo de Impacto Ambiental 
(EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
• Definir contabilidade ambiental.
• Definir e identificar a importância da responsabilidade social e da educação 
ambiental.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
SUMÁRIO
 > FIGURA 2 - Mexilhões-dourados incrustados em uma pedra 18
 > FIGURA 3 - A irrigação pode transformar terras produtivas em desertos 23
 > FIGURA 4 - Florescimento de alga de um lago 24
 > FIGURA 5 - Gestão ambiental empresarial – influências 33
 > FIGURA 6 - Metodologia PDCA 35
 > FIGURA 7 - Ciclo de vida de um produto 39
 > FIGURA 9 - Biocombustíveis, combustíveis produzidos a partir de material 
vegetal 42
 > FIGURA 10 - Processo de internalização da dimensão ambiental nas orga-
nizações 43
 > FIGURA 11 - Bacia Hidrográfica 52
 > FIGURA 12 - O EIA e o ciclo do projeto – Momentos da sua elaboração 54
 > FIGURA 14 - Vetores da responsabilidade social 75
 > FIGURA 15 - Henry David Thoreau 85
 > FIGURA 16 - Bombardeio atômico em Nagasaki 89
listA de FiGURAs
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Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
listA de tAbelAs
 > QUADRO 1 - Principais normas da Série ISO 14000 37
 > QUADRO 2 - Licenças ambientais – Prazos de validade 47
 > QUADRO 3 - Princípios do EIA 54
 > QUADRO 4 - Tipos de Contabilidade Ambiental 64
 > QUADRO 5 - Demonstração dos custos e receitas ambientais 68
 > QUADRO 6 - Custos ambientais totais da empresa 69
 > QUADRO 7 - Resumo do conteúdo da ISO 26000 77
 > QUADRO 8 - Principais stakeholders e seus interesses básicos na e 79
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
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Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
SUMÁRIO
sUmÁRio
2UNIDADE
1UNIDADE 1 desenVolVimento sUstentÁVel 13
1.1 FUNDAMENTOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 13
1.2 CRISE AMBIENTAL 15
1.2.1 SOBRE-EXPLORAÇÃO DE RECURSOS 16
1.2.2 INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS 17
1.2.3 DEGRADAÇÃO DO HABITAT E POLUIÇÃO 19
1.2.4 IRRIGAÇÃO 22
1.2.5 EUTROFIZAÇÃO 23
1.3 GESTÃO AMBIENTAL E CONTROLE DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL 25
conclUsão 29
2 sistemA de Gestão AmbientAl 31
2.1 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) NAS EMPRESAS 31
2.1.1 CONCEITOS E FUNDAMENTOS 31
2.1.2 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DE SGA 34
2.1.3 AS NORMAS ISO 14000 36
2.1.3.1 ISO 14001:2015 38
2.1.4 ISO 13065, UMA NORMA PARA SUSTENTABILIDADE DA BIOENERGIA 41
2.1.5 A CULTURA AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES 43
conclUsão 44
3 RelAtÓRios AmbientAis: eiA/RimA 46
3.1 FUNDAMENTOS DE EIA/RIMA 46
3.1.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 47
3.1.2 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E RELATÓRIO DE IMPACTO AM-
BIENTAL (RIMA) 48
3.1.2.1 IMPACTO AMBIENTAL 49
3.1.2.2 METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL 50
3.1.2.3 EIA 51
3.1.2.4 RIMA 56
3UNIDADE
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conclUsão 59
4 contAbilidAde AmbientAl 61
4.1 HISTÓRICO 61
4.2 CONCEITO E FUNDAMENTOS 62
4.3 CONTAS AMBIENTAIS 65
4.3.1 ATIVO AMBIENTAL 65
4.3.2 PASSIVO AMBIENTAL 67
4.3.3 RECEITA AMBIENTAL 67
4.3.4 CUSTOS (DESPESAS) AMBIENTAIS 68
conclUsão 71
5 ResponsAbilidAde sociAl 73
5.1 AS DIMENSÕES INTERNA E EXTERNA DA RSE 74
5.2 AS NORMAS QUE ENVOLVEM A RSE 76
5.3 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS E STAKEHOLDERS 78
5.4 BALANÇO SOCIAL 80
conclUsão 82
6 edUcAÇão AmbientAl 84
6.1 MOVIMENTO AMBIENTALISTA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNDO 85
6.2 MOVIMENTO AMBIENTALISTA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL 90
6.3 A AGENDA 21 COMO INSTRUMENTO PARA A GESTÃO AMBIENTAL 92
6.4 ASPECTOS LEGAIS E LICENCIAMENTO AMBIENTAL 94
conclUsão 96
GlossÁRio 97
ReFeRÊnciAs biblioGRÁFicAs 98
4UNIDADE
5UNIDADE
6UNIDADE
11
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Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
SUMÁRIO
iconoGRAFiA
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
12
Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir o conceito 
de desenvolvimento 
sustentável. 
> Identificar e analisar a 
problemática da crise 
ambiental. 
> Listar e descrever 
atividades antrópicas 
danosas ao meio 
ambiente e suas 
consequências. 
> Classificar e definir 
medidas de controle 
da degradação 
ambiental. 
> Definir e avaliar gestão 
ambiental.
UNIDADE 1
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
SUMÁRIO
1 DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
Ao longo desta unidade, o foco do nosso estudo será o desenvolvimento sustentável, 
que é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual sem com-
prometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. As dimen-
sões e desafios do desenvolvimento sustentável, assim como a crise ambiental, são 
tratados em nível global. Por fim, a gestão ambiental é abordada como pressuposto 
da sustentabilidade.
1.1 FUNDAMENTOS DO DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
A conservação ambiental e, consequentemente, de recursos naturais muitas das ve-
zes vem de encontro com as necessidades da humanidade. O desenvolvimento sus-
tentável (DS) vem buscar uma solução para esse impasse, já que permite um desen-
volvimento econômico com menores efeitos sobre o meio ambiente. As propostas de 
DS estão baseadas na perspectiva de utilização atual dos recursos naturais desde que 
sejam preservados para as gerações futuras (DIAS, 2007). 
Segundo Braga et al. (2005), o relatório produzido pela Comissão Mundial para o Meio 
Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD) em 1987, denominado Nosso Futuro Co-
mum, apresentou pela primeira vez uma definição do conceito de Desenvolvimento 
Sustentável (DS): “Atender as necessidades da geração presente sem comprometer a 
habilidade das gerações futuras de atenderem suas próprias necessidades”. A comis-
são foi formada em 1984 pela Organização das Nações Unidas, com a participação 
de membros de 22 países e, por três anos consecutivos, a comissão e seus assessores 
estudaram conflitos entre os crescentes problemas ambientais e as necessidades das 
nações em desenvolvimento (BRAGA et al., 2005). O relatório foi generalizado e prevê 
que diversas interpretações podem ocorrer quanto ao conceito de DS, mas é inegável 
que foram abertas as portas para o debate da equidade social e que o meio ambien-
14
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te foi incorporado definitivamente sobre o desenvolvimento (DIAS, 2007). 
De acordo com Dias (2015), na sua formulação original, elaborada pela CMMAD, bus-
cava-se integrar três elementos: (1) atender as necessidades básicas da geração atual; 
do mesmo modo, (2) atender as necessidades das gerações futuras; e (3) promover a 
manutenção da capacidade natural para que fossem alcançado esses objetivos.Ainda segundo Dias (2015), nessa concepção de DS estão presentes algumas premis-
sas, que são:
• O DS somente pode ser compreendido como processo.
• O crescimento deve enfatizar seus aspectos qualitativos, principalmente aqueles 
relacionados com a equidade, a utilização dos recursos – em particular a energia 
–, e a geração de resíduos e poluentes.
• É necessário modificar os padrões de produção e consumo, principalmente nos 
países desenvolvidos, para manter e aumentar os recursos básicos, sobretudo os 
agrícolas, energéticos, bióticos, minerais, ar e água.
Um fator importante na estratégia está na reorientação tecnológica, principalmente 
para diminuir o impacto sobre os recursos e controlar os riscos ambientais. Há, para 
tanto, a necessidade de reformular as políticas públicas, as instituições e as regula-
mentações para realizar o DS.
A ideia, então, é que sejam aproveitados os recursos em quantidades racionais. As-
sim, eles serão suficientes para atender as necessidades humanas tanto atuais quan-
to futuras.
É consenso a necessidade de uma mudança cultural que valorize a sustentabilidade, 
e não o consumismo, pois só assim haverá esforços governamentais e avanços tecno-
lógicos capazes de salvar a humanidade dos riscos ambientais e sociais (DIAS, 2015). 
Se agirmos dessa forma, os recursos naturais serão renovados, conservados e, princi-
palmente, aproveitados pelas gerações futuras.
15
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Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
SUMÁRIO
Na última década, a humanidade aumentou seu consumo de 
bens e serviços em 28%. Somente em 2008, foram vendidos 
no mundo 68 milhões de veículos, 85 milhões de refrigerado-
res, 297 milhões de computadores e 1,2 bilhão de telefones 
celulares. Esses são dados do relatório O Estado do Mundo, produzido pela 
Worldwatch Institute, organização com sede em Washington (EUA) que 
traz anualmente um balanço com números atualizados e reflexões sobre 
as questões ambientais.
1.2 CRISE AMBIENTAL
A espécie humana tem um imenso impacto para o planeta, pois suas atividades de-
terioram os sistemas ecológicos e causam a extinção de espécies. Segundo Ricklefs 
(2001), a crise ambiental não pode ser totalmente resolvida até que o crescimento 
populacional humano seja interrompido, o consumo de energia decline, e o desen-
volvimento econômico leve os valores ecológicos em consideração. 
A população global atual utiliza-se da inesgotável energia solar e processa, por meio 
de sua tecnologia e de seu metabolismo, os recursos naturais finitos, gerando impla-
cavelmente algum tipo de poluição (BRAGA et al., 2005). 
Segundo Dias (2015), a crise ambiental é um conceito amplamente aceito e reflete 
uma realidade que se caracteriza como um momento crítico, que se configura clara-
mente em dois aspectos que a diferenciam de outros momentos da história.
Em primeiro lugar, destaca-se a globalização dos problemas ambientais. São exem-
plos, entre outros, a redução da camada de ozônio e o efeito estufa, que provocam 
mudanças climáticas. Todos os países são responsáveis por esses problemas, mas são 
os países desenvolvidos que consomem e poluem mais, sendo, portanto, os mais res-
ponsáveis pela crise ambiental. Em segundo lugar, é a rapidez com que ocorrem os 
problemas ambientais. O aumento populacional, o desmatamento, as emissões de 
GEE (gases de efeito estufa) e a disseminação de doenças tanto para seres humanos 
quanto para os demais seres vivos estão caracterizados como problemas com evolu-
ção muito rápida (DIAS, 2015). 
16
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Assim, podemos concluir que todas as atividades humanas têm consequências para 
o ambiente. Conheça a seguir as principais ameaças aos processos ecológicos e à 
diversidade biológica.
1.2.1 SOBRE-EXPLORAÇÃO DE RECURSOS
Segundo Ricklefs (2001), a pesca, a caça, a pastagem e a retirada de madeira para 
combustível são interações clássicas entre consumidor e recurso. Na maioria dos sis-
temas naturais, essas interações atingem estados estacionários, porque, à medida 
que um recurso se torna escasso, a eficiência da exploração cai. Nos sistemas econô-
micos, a interação consumidor-recurso pode entrar em equilíbrio, porque, à medida 
que um recurso se torna escasso e seu preço aumenta, a demanda para aquele recur-
so cai. Por exemplo, se há falta de carne vermelha, esta encarece, e as pessoas deixam 
de consumi-la e optam por carne branca ou ovos. No entanto, a alta capacidade da 
população humana em explorar recursos pode conduzi-los ao esgotamento rapida-
mente, sem chances de recuperação (RICKLEFS, 2001). 
O recurso pode ser extraído de modo tão extensivo que ele se torna raro e até extinto. 
O mercado então busca outra espécie ou região para explorar. A pesca comercial se 
enquadra nesse padrão (Figura 1) (PRIMACK; RODRIGUES, 2005).
FIGURA 1 - A PESCA PREDATÓRIA OU SOBREPESCA É RESPONSÁVEL PELO DECLÍNIO DE 
VÁRIAS ESPÉCIES DE PEIXES
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Gestão AmbientAl e ResponsAbilidAde sociAl
SUMÁRIO
1.2.2 INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS
A extensão geográfica de muitas espécies é limitada por barreiras climáticas e am-
bientais à sua dispersão. Os mamíferos da América do Norte são incapazes de cruzar 
o pacífico e chegar até o Havaí, os peixes marinhos do Caribe não conseguem atra-
vessar a América Central e alcançar o Pacífico, e os peixes de água doce em um lago 
africano não têm como chegar até outros lagos, mesmo próximos (PRIMACK; RODRI-
GUES, 2005). O homem rapidamente alterou esse padrão, transportando espécies 
pelo mundo. 
Embora a grande maioria das espécies exóticas não se estabeleça nos lugares nos 
quais foram introduzidas, porque o novo ambiente geralmente não é adequado às 
suas necessidades, certa porcentagem de espécies consegue se instalar em seu novo 
lar, e muitas delas crescem em abundância às custas das espécies nativas (PRIMACK; 
RODRIGUES, 2002). Essas “espécies exóticas invasoras”, como são conhecidas, repro-
duzem-se, dispersam-se e causam sérios danos ao ambiente, à economia e à saúde 
humana.
O homem contribuiu e ainda contribui para a disseminação de espécies exóticas, 
tanto de maneira intencional quanto não intencional. Os aborígines, por exemplo, 
trouxeram os dingos (cães semidomesticados) para a Austrália; os polinésios, por sua 
vez, trouxeram os ratos para o Havaí. Naturalmente, as transposições globais de es-
pécies por atividades humanas aumentaram imensamente desde que os europeus 
começaram a colonizar a maior parte do mundo há 500 anos (RICKLEFTS, 2001). 
De acordo com Zalba (2001) citado por Matthews e Brand (2001), é importante notar 
que, embora nem todas as espécies exóticas se tornam invasoras e que os impactos 
variam de acordo com as espécies e os ambientes, algumas dessas espécies causam 
impactos sérios e de amplas consequências, principalmente se não controladas. 
As espécies exóticas podem competir por alimento e espaço com as espécies nativas, 
alimentar-se destas e, desta forma, levá-las à extinção.
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Exemplos de introdução de espécies exóticas
A abelha-africanizada Apis mellifera L. scutellata é um híbrido 
resultante do cruzamento entre linhagens europeias e africa-
nas. Essa abelha disseminou-se rapidamente após ter sido introduzida noBrasil, na década de 1950, avançando sobre as Américas do Sul e Central 
a taxas de até 450 quilômetros por ano (GISP, 2005). Os enxames africa-
nizados passaram a competir pelo néctar das flores, deslocando os poli-
nizadores específicos de cada espécie de planta. Assim, juntamente com 
as abelhas nativas, desaparecem as espécies arbóreas que eram por elas 
polinizadas e, consequentemente, outras espécies de animais que depen-
diam desses extratos arbóreos, quer seja como moradia ou como fonte de 
recurso alimentar (PRIMACK; RODRIGUES, 2005).
Um dos casos mais conhecidos de invasão biológica no Brasil é a do mexilhão-dou-
rado (Limnoperna fortunei) (Figura 2). A introdução involuntária ocorreu via água de 
lastro de navios. O mexilhão-dourado, nativo do sudeste asiático, atinge densidades 
populacionais de até 150 mil indivíduos por metro quadrado, que resultam em in-
crustações massivas e obstrução de tubulações e filtros de água de estações de tra-
tamento, indústrias e usinas hidrelétricas, causando graves perdas econômicas (GISP, 
2005).
FIGURA 2 - MEXILHÕES-DOURADOS INCRUSTADOS EM UMA PEDRA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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1.2.3 DEGRADAÇÃO DO HABITAT E POLUIÇÃO
Alterar a natureza básica de um habitat muitas vezes perturba os processos naturais de 
regeneração e controle. Desmatar uma floresta, por exemplo, altera muito a estrutura 
física do solo, expondo-o à lixiviação. A produtividade da terra diminui abruptamente, 
e a erosão do solo pode aumentar cerca de 10 vezes ou mais (RICKLEFTS, 2001). 
O desmatamento ocorre devido à abertura de áreas para pastagens, produção agrí-
cola, expansão de cidades, etc. A madeira retirada pode ser utilizada para diversos 
fins, como produção de móveis e obtenção de energia (carvão). Perda de biodiversi-
dade, degradação do ecossistema, poluição do ar e da água são algumas das conse-
quências posteriores (DIAS, 2015). 
Outra importante forma de degradação ambiental é a desertificação. Suas principais 
causas são: o excesso de pastoreio de áreas suscetíveis; desmatamento e agricultura 
excessiva paralelamente às terras inclinadas; incêndios florestais; irrigação excessiva 
(com águas impróprias, que levam à salinização do solo); mudanças no uso da terra 
(de rural para urbana); chuvas intensas; e turismo de massa mal-controlado, que con-
tribui para o desgaste do ambiente natural e dos ecossistemas (DIAS, 2015). 
Vários outros tipos de ambiente estão sendo degradados. Os manguezais, por exem-
plo, são derrubados para criações de camarão e assentamentos humanos. Rios, aos 
serem represados, trazem benefícios, como o controle de inundações, água para ir-
rigação e geração de energia, mas também aumentam o transporte de areia fina, 
impedem as migrações de peixes, alteram as condições da água à jusante e podem 
mudar o clima local (RICKLEFTS, 2001). 
Segundo Primack e Rodrigues (2005), a poluição constitui a maneira mais sutil de de-
gradação ambiental, sendo as causas mais comuns dessa degradação os pesticidas, 
os produtos químicos e o esgoto liberado por indústrias e comunidades, emissões de 
fábricas e automóveis, e a erosão de encostas. 
Os efeitos gerais da poluição na qualidade do ar, na qualidade da água e até mesmo 
no clima global são causas de grande preocupação, não apenas como ameaças para 
a diversidade biológica, mas também por causa de seus efeitos na saúde humana 
(PRIMACK; RODRIGUES, 2005).
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As substâncias de poluição ou poluentes podem entrar no ambiente naturalmente, 
a partir, por exemplo, de erupções vulcânicas ou por meio das atividades humanas, 
como a queima de carvão e gasolina e o despejo de produtos químicos em rios e 
oceanos (MILLER; SPOOLMAN, 2015). Segundo Braga et al. (2005), os poluentes que 
produzimos vêm de dois tipos de fonte: as fontes pontuais são únicas e identificáveis 
(lançamento de esgoto doméstico ou industrial, efluentes gasosos industriais, aterro 
sanitário de lixo urbano); por sua vez, as fontes não pontuais estão dispersas e, com 
frequência, são difíceis de identificar (agrotóxicos aplicados na agricultura e dispersos 
no ar, carregados pelas chuvas para rios ou lençóis freáticos, gases expelidos do esca-
pamento de veículos automotores, etc.). Segundo Miller e Spoolman (2015), é muito 
mais fácil e barato identificar e controlar a poluição de fontes pontuais do que de 
fontes não pontuais amplamente dispersas.
O rompimento da barragem de Mariana constitui um impor-
tante exemplo de degradação de habitat e poluição. No dia 5 
de novembro de 2015, ocorreu o rompimento da barragem 
Fundão, que acabou danificando a barragem de Santarém, 
ambas localizadas no município de Mariana, cidade histórica mineira a 
124 km de distância de Belo Horizonte. As barragens pertencem à mine-
radora Samarco, controlada pela Vale, e à anglo-australiana BHP Billiton. A 
enxurrada de lama, constituída de rejeito da produção de minério de ferro, 
inundou o subdistrito de Bento Rodrigues e se deslocou por toda a exten-
são do Rio Doce, atingindo seu estuário. Segundo a CPRM (Companhia de 
Pesquisa de Recursos Minerais/Serviço Geológico do Brasil), a pluma de 
sedimentos chegou à foz do rio no dia 21 de novembro e, de acordo com 
especialistas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), seguiu 
nas direções sul e sudoeste rumo ao litoral sul do Espírito Santo.
No dia 7 de novembro, foi iniciado o monitoramento diário da qualidade das águas 
na calha do Rio Doce pelo IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas). Resultados 
preliminares evidenciam que parâmetros como o de turbidez, condutividade elétrica 
e metais pesados apresentaram valores alterados acima do limite legal, especialmen-
te no momento da passagem da pluma nos locais avaliados. Conclusões similares 
foram obtidas pelas empresas que atuam na avaliação de parâmetros físico-químicos 
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SUMÁRIO
e biológicos contratadas pela Samarco, segundo laudo técnico preliminar do IBAMA 
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). 
É de concordância geral que esses valores diminuam devido à contribuição de águas 
dos afluentes, bem como à capacidade de depuração do rio; no entanto, é pertinente 
que há um severo comprometimento sobre toda a comunidade aquática. Os peixes, 
por exemplo, morreram aos milhares instantaneamente devido à elevada quantida-
de de sólidos em suspensão, o que provoca colabamento das brânquias e asfixia. Nes-
se grupo, destaca-se ainda um dano maior, por se tratar do período de reprodução. 
Segundo o IBAMA, nos espécimes mortos de curimbatá (Prochillodus sp.) coletados 
no Rio Doce, por exemplo, todos estavam prontos para a desova. Populações locais de 
anfíbios, répteis, aves e mamíferos também são apontadas pelo IBAMA como sensi-
velmente atingidas. Isso se deve em parte à destruição de mais de 1.000 hectares ao 
longo dos cursos d’água, especialmente de matas ciliares remanescentes ocorrentes 
no alto do Rio Doce, área mais gravemente afetada. Os rejeitos de mineração de ferro 
com certeza afetaram o solo das áreas atingidas, produzindo alterações químicas – 
particularmente no pH – e comprometendo o restabelecimento futuro da vegetação 
local. 
Dessa forma, o evento ocorrido em Mariana pode ser consideradoum dos mais gra-
ves desastres ambientais do mundo, com proporções e consequências ainda des-
conhecidas. É fato que a maior carga dos danos ambientais foi destinada para as 
populações mais socialmente vulneráveis, como pescadores artesanais, pequenos 
agricultores e populações indígenas. O equilíbrio ecológico desses ecossistemas pre-
cisa ser restabelecido, e a justiça ambiental, concretizada. 
A poluição e a mudança climática estão intimamente relacionadas, já que o dióxido 
de carbono (CO2) é o grande responsável pela poluição e aquecimento da Terra. Os 
principais gases responsáveis pelo efeito estufa são: dióxido de carbono (CO2), metano 
(CH4), óxido nitroso (N2O), clorofluorcarbonos (CFCs) e ozônio (O3). De acordo com Dias 
(2015), a mudança climática se refere às mudanças de longo prazo do estado médio 
do clima e também pode se dever a fatores naturais. No entanto, as rápidas mudanças 
que estão acontecendo desde meados do século passado se devem, em grande medi-
da, às emissões de gases de efeito estufa da humanidade na atmosfera, que provocam 
o aquecimento global. Outras atividades humanas que também afetam o sistema cli-
mático são as emissões de poluentes e de outros aerossóis, bem como as modificações 
da superfície terrestre, tais como a urbanização e o desmatamento (DIAS, 2015). 
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O Brasil está entre os países mais emissores de gases de efeito estufa, principalmente 
devido às queimadas e derrubada de florestas. Chama-se a atenção, também, pela 
produção de gases de efeito estufa (GEE) em hidroelétricas no país. Gases como me-
tano (CH4) são formados quando a matéria orgânica se decompõe sem a presença 
de oxigênio, por exemplo, no fundo de um reservatório (FEARNSIDE; MILLIKAN, 2012).
As mudanças climáticas podem produzir uma série de efeitos, como o aumento do 
nível do mar; modificações na produção agrícola, como a diminuição da produtivida-
de; prejuízos para a saúde humana, como o aumento de doenças transmitidas por 
insetos; e aumento das chuvas.
Confira o documentário Before the Flood (no Brasil, chamado 
Seremos História), produzido pelo ator e ambientalista Leo-
nardo DiCaprio. Lá você encontrará uma reflexão madura e 
muito bem embasada do problema do aquecimento global.
1.2.4 IRRIGAÇÃO
A irrigação é uma prática agrícola que, devido à grande demanda de alimentos no 
mundo, foi empregada em grandes escalas, sem manejo adequado e com sistemas 
de irrigação muitas vezes inapropriados. 
Dias (2015) levanta uma questão pertinente à perda de água da irrigação por meio 
da evaporação, infiltração e escoamento, já que apenas cerca de 60% da água para 
irrigação do mundo chega aos cultivos. O motivo é que os principais sistemas de irri-
gação não são adequados. Nesses sistemas, por exemplo, é bombeada água subter-
rânea ou de superfície por meio de valas sem revestimento, que flui pela gravidade 
aos cultivos que serão irrigados.
Inúmeros problemas podem ser identificados a partir do emprego da irrigação, como:
• Rebaixamento de lençóis de água, onde os poços são a fonte de água de irrigação.
• Redução da qualidade da água do subsolo através da introdução de pesticidas e 
fertilizantes.
• Acumulação de sal em solos irrigados em zonas áridas, que podem se tornar de-
sertificados (Figura 2).
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FIGURA 3 - A IRRIGAÇÃO PODE TRANSFORMAR TERRAS PRODUTIVAS EM DESERTOS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Um bom exemplo de esgotamento de recursos hídricos pela irrigação é o aquífero 
de Ogallala, que fornece quase um terço de toda a água subterrânea usada nos Es-
tados Unidos e que ajudou a transformar as Grandes Planícies em uma das regiões 
agrícolas irrigadas mais produtivas. O problema é o Ogallala ser essencialmente um 
local de um único depósito de capital natural líquido com uma taxa de recarga mui-
to lenta. Os subsídios do governo designados para aumentar a produção do cultivo 
incentivaram os agricultores a cultivar colheitas que exigem o uso excessivo de água 
em áreas secas, o que acelerou o esgotamento do Ogallala (DIAS, 2015).
1.2.5 EUTROFIZAÇÃO
Um dos mais importantes impactos que afetam a qualidade e a quantidade de água 
em rios, lagos e represas é a eutrofização, que é o resultado do despejo de águas re-
siduárias de esgotos não tratados, efluentes industriais e agrícolas. Ela atinge águas 
superficiais e subterrâneas (TUNDISI; MATSUMURA-TUNDISI, 2008).
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O aumento das concentrações de nitrogênio e fósforo é a principal causa de eutro-
fização em ecossistemas continentais, onde pode haver rápido desenvolvimento de 
algas (Figura 4) e crescimento excessivo de plantas aquáticas, redução das caracterís-
ticas naturais de lagos e represas, e deterioração da qualidade da água, tornando-a 
não disponível para vários usos e encarecendo consideravelmente o processo de tra-
tamento (TUNDISI; MATSUMURA-TUNDISI, 2008).
Quando as concentrações de nutrientes aumentam devido à chegada de esgotos 
e resíduos orgânicos, as algas começam a se proliferar e alteram toda a ecologia do 
ambiente aquático. Há uma consequente diminuição na penetração de luz, já que as 
plantas e algas a bloqueiam. As taxas de decomposição e consumo de oxigênio pelos 
organismos produzem metano e gás sulfídrico no sedimento.
Há ainda perda da diversidade de espécies e deterioração da qualidade da água 
e, além disso, pode ocorrer mortandade de peixes devido, por exemplo, à baixa de 
concentração de oxigênio dissolvido na água (TUNDISI; MATSUMURA-TUNDISI, 2008).
FIGURA 4 - FLORESCIMENTO DE ALGA DE UM LAGO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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1.3 GESTÃO AMBIENTAL E CONTROLE DA 
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL 
Segundo Miller e Spoolman (2015), de acordo com as evidências, vivemos de forma 
insustentável, pois desperdiçamos, esgotamos e degradamos o capital natural da Ter-
ra em ritmo acelerado. Esse processo é denominado degradação ambiental.
Para sanar esse problema, existe a administração ambiental ou gestão ambiental, 
que compreende as diretrizes e as atividades administrativas realizadas por uma or-
ganização para alcançar efeitos positivos sobre o meio ambiente, ou seja, para redu-
zir, eliminar ou compensar os problemas ambientais (degradação ambiental) decor-
rentes da sua atuação e evitar que outros ocorram no futuro (BARBIERI, 2016). 
Uma forma de classificar as medidas destinadas ao controle da degradação ambien-
tal ou os instrumentos de gerenciamento ambiental é enquadrá-los em medidas 
preventivas e medidas corretivas. As medidas preventivas devem se antecipar e im-
pedir ou minimizar a ocorrência dos fatores de degradação. Os custos financeiros 
são menores, e essas medidas são mais eficazes se tomadas antes da ocorrência da 
degradação ambiental e de consequentes custos de econômicos e sociais, nem sem-
pre traduzíveis em valores monetários, mas nem por isso de menor importância. Já 
as medidas corretivas, embora necessárias, são, em geral, onerosas e muitas vezes de 
implementação difícil (BRAGA, 2005).
Segundo Braga (2005), podemos ainda classificar as medidas de controle da polui-
ção em estruturais e não estruturais. As medidasestruturais abrangem a execução 
de obras (por exemplo, construção de estações de tratamento de esgotos urbanos 
e industriais) e a instalação de equipamentos (por exemplo, filtros para retenção de 
material particulado de efluentes industriais lançados por chaminés na atmosfera) e, 
em geral, envolvem custos altos. 
As medidas não estruturais não envolvem a execução de obras ou a manipulação de 
equipamentos onerosos. São soluções mais baratas, que procuram intervir nas causas 
que podem originar ou agravar um problema, evitando, assim, que ele ocorra ou per-
mitindo o seu controle. Um exemplo é a criação de áreas de proteção de mananciais, 
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que limita o desenvolvimento de atividades nessas áreas, evitando o comprometi-
mento da qualidade da água que é usada para abastecimento público (BRAGA, 2005).
A conscientização das partes interessadas no controle da degradação ambiental e, 
consequentemente, na sustentabilidade social e ambiental cria novas exigências e 
pressões sobre as organizações para adoção de programas de responsabilidade so-
cial e ambiental. Segundo Fenker et al. (2015), a questão ambiental passa a ser im-
portante para a gestão na medida em que o atendimento dessas exigências contri-
bui para a sustentabilidade econômica no longo prazo.
As organizações, tanto do ponto de vista social como econômico, estão passando por 
questionamentos que se iniciaram com os movimentos estudantis e culturais das 
décadas de 1960 e 1970 (FENKER et al., 2015). 
A evolução da preocupação humana com o impacto ambiental na fase mais recente 
pode ser dividida, conforme Benjamin (2009) citado por Fenker et al. (2015), em três 
fases distintas:
• Décadas de 1970 e 1980: fase caracterizada pela preocupação com a poluição 
(resíduos sólidos, líquidos, gasosos) e que determinou a exigência de estudo de 
impacto ambiental e licenciamento ambiental.
• Década 1990: caracterizada pela preocupação com a biodiversidade, o que gerou 
a assinatura da Convenção da Biodiversidade em 1992.
• Fase atual: marcada pela preocupação com as mudanças climáticas e aqueci-
mento global, o que gerou a assinatura da Convenção sobre Mudanças do Clima, 
em 1992, e do Protocolo de Kyoto, em 1997. Em 2009, foi objeto da Conferência 
de Copenhagen, onde cada país deveria propor metas de limites de emissões de 
gases do efeito estufa.
As leis relacionadas à proteção ambiental passam, a partir daí, a ser mais severas e, 
caso as empresas não cumpram essas leis, elas podem sofrer penalidades de ordem 
administrativa, civil e criminal extensiva aos administradores.
Nenhuma empresa quer seu nome e imagem relacionada a um impacto negativo, 
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concorda? Até porque ela pode ter perdas financeiras, perda da reputação, reações 
negativas por parte de seus consumidores e da sociedade em geral, fora as possíveis 
ações judiciais, que podem ser movidas.
Assim, as empresas passam a adotar uma série de mecanismos para reduzir o con-
sumo e uso de bens naturais e evitar os riscos da atividade decorrentes da poluição 
e degradação ambiental, preservando a saúde e qualidade de vida da população e a 
sustentabilidade do planeta, tais como: Sistema de Gestão Ambiental (SGA); Norma 
de Qualidade Ambiental (ISO 14001); selos verdes e outras ferramentas de gestão 
ambiental, com repercussão nas atividades e custos (FENKER et al., 2015).
A expressão gestão ambiental aplica-se a uma grande variedade de iniciativas relati-
vas a qualquer problema ou questão ambiental. Segundo Barbieri (2016), qualquer 
proposta de gestão ambiental inclui pelos menos três dimensões:
• Dimensão temática: delimita as questões ambientais às quais as ações de ges-
tão se destinam. Poluição atmosférica, resíduos sólidos, recursos hídricos, energia, 
clima, fauna e flora, desertificação, eutrofização de corpos d’água, educação am-
biental e precipitação ácida são alguns exemplos de questões ambientais objetos 
de tais ações. 
• Dimensão espacial: refere-se à área de abrangência na qual se espera que as ações 
de gestão tenham eficácia. Algumas ações buscam solucionar questões ambien-
tais em locais específicos – por exemplo, a descontaminação de uma lagoa. Outras 
ações buscam efeitos globais, como a redução das emissões de gases de efeito 
estufa.
• Dimensão institucional: refere-se aos agentes responsáveis pelas iniciativas de ges-
tão, tais como órgãos intergovernamentais, governos nacionais, subnacionais, mu-
nicipais, entidades de classe e de profissionais, organizações da sociedade civil e 
empresas. Uma ou mais questões ambientais podem ser tratadas por meio de ini-
ciativas diferentes, cada qual visando alcançar efeito sobre determinada área de 
abrangência. Por exemplo, o aquecimento global, uma questão ambiental de na-
tureza planetária, requer gestões em todos os níveis de abrangência, desde o global 
aos níveis regional, nacional, local, empresarial e até mesmo no nível dos indivíduos.
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Aplicação das dimensões da gestão ambiental
No ano de 1908, a Chisso Corporation abriu sua primeira in-
dústria química em Minamata. Em 1932, a empresa Chisso 
começou a produzir acetaldeído (utilizado na produção de material plás-
tico), usando sulfato de mercúrio como catalizador e gerando como resí-
duo o metil mercúrio, composto extremamente tóxico e danoso à saúde 
humana. O metil mercúrio era despejado na baía de Minamata. Em 1951, 
a produção da fábrica de Minamata saltou para 6.000 toneladas por ano e 
atingiu um pico de 45.245 toneladas em 1960. Em abril de 1956, começa-
ram a surgir os primeiros casos de pessoas contaminadas com os resíduos, 
apresentando sintomas como dificuldade de andar, complicações na fala 
e convulsões. Em 1968, a Chisso abandona o uso do mercúrio no processo 
de produção do acetaldeído. Em 1977, o governo japonês começa a fazer 
um projeto de remediação da área contaminada por metil mercúrio, que 
vai até 1990. O desastre causou mais de 900 mortes, com sintomas severos 
causados pelo envenenamento por mercúrio. Após várias batalhas judi-
ciais, a Chisso foi obrigada a indenizar as vítimas, mas os efeitos da conta-
minação ainda afetam a população daquela região.
Fonte: Braga, 2005.
Dimensão temática: poluição hídrica.
Dimensão espacial: Minamata, Japão.
Dimensão institucional: nacional, local, empresarial.
Dessa forma, as propostas de gestão ambiental empresarial devem ser apoiadas na 
eficiência econômica, equidade social e respeito ao meio ambiente. Essas propostas 
devem contribuir para que as empresas gerem renda e riqueza e, ao mesmo tempo, 
conservação ambiental e bem-estar social.
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SUMÁRIO
CONCLUSÃO
A crise ambiental está cada vez mais no centro das discussões, e o homem está to-
mando consciência de que, da sua forma de se relacionar com o ambiente, depende o 
futuro do planeta. Passa a ser urgente a necessidade de mudar o atual modelo socioe-
conômico de relação sociedade-natureza. O conceito do desenvolvimento sustentável 
ou sustentabilidade surge como um modelo múltiplo para a sociedade enfrentar a 
crise ambiental, de forma a considerartodas as dimensões (social, econômica, política, 
ecológica, etc.). A gestão ambiental, dentro desse contexto, constitui uma ferramenta 
do desenvolvimento sustentável, já que é constituída por um conjunto de ações que 
visam reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o 
meio ambiente. Observa-se, também, que, na gestão ambiental, aliados às ações de 
responsabilidade social estão os princípios do desenvolvimento sustentável, pois as 
empresas em busca de credibilidade incorporam, tanto nas suas atividades quanto na 
tomada de decisão, as variáveis ambiental e social.
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir o processo de 
implantação de um 
Sistema de Gestão 
Ambiental (SGA) em 
uma organização. 
> Relatar as vantagens 
da certificação ISO 
14000.
> Identificar as 
aplicações das 
principais normas 
da série ISO 14000, 
especialmente a ISO 
14001:2015. 
> Definir a ISO 13065 
e identificar a 
importância do 
desenvolvimento da 
cultura ambiental nas 
organizações.
UNIDADE 2
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SUMÁRIO
2 SISTEMA DE GESTÃO 
AMBIENTAL
Nesta unidade, você terá a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre o Sis-
tema de Gestão Ambiental (SGA) e as normas da ISO 14000. O processo de implan-
tação do SGA será apresentado, assim como as principais normas da série ISO 14000. 
A cultura ambiental nas organizações será discutida como instrumento de mudança 
em prol do meio ambiente.
2.1 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) NAS 
EMPRESAS
Segundo Dias (2017), as empresas constituem, hoje, um dos principais agentes res-
ponsáveis pela obtenção de um desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade 
passa a constituir uma função administrativa. A adoção de Sistemas de Gestão Am-
biental (SGA) integrados, que envolva a mudança da cultura organizacional da em-
presa e introduza o componente ambiental entre as preocupações desta, é impor-
tante e se faz necessária diante das novas exigências.
2.1.1 CONCEITOS E FUNDAMENTOS
A gestão ambiental é a expressão utilizada para se denominar a gestão empresarial 
que se orienta para evitar, na medida do possível, problemas para o meio ambiente. 
O processo de gestão ambiental nas empresas está vinculado a normas elaboradas 
pelas instituições públicas sobre o meio ambiente. Tais normas são obrigatórias para 
as empresas que pretendem implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). 
O SGA, desta forma, baseia-se no atendimento à legislação ambiental e na melhoria 
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contínua do desempenho ambiental da organização. De acordo com Dias (2017), 
a violação das normas legais ou seu desconhecimento afeta de forma significativa 
os investimentos das empresas, além de alterar sua capacidade de intervenção no 
mercado. No início, as empresas respondiam aos problemas conforme iam surgindo. 
Assim, houve um predomínio de medidas corretivas para solucionar os problemas 
ambientais causados pelas atividades das organizações. Essa política ambiental tem 
caráter reativo. Em contrapartida, uma política com caráter proativo se utiliza de me-
didas preventivas, que estudam não só os impactos diretos da empresa, mas tam-
bém aqueles produzidos ao longo de toda a vida do produto.
Saiba mais
Confira a Lei nº 12.305/2010 – Lei dos Resíduos Sólidos
Uma medida preventiva é a implementação de sistemas de logística rever-
sa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor. Lâmpadas 
fluorescentes, pilhas ou baterias devem ter uma destinação correta, que não 
acarrete em problemas ambientais. De acordo com a Lei nº 12.305/2010 – 
Lei dos Resíduos Sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e co-
merciantes desses produtos são obrigados a estruturar e implementar sis-
temas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo 
consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana 
e de manejo dos resíduos sólidos (art. 33). Portanto, os fornecedores devem 
cumprir a lei, por exemplo, disponibilizando postos de coleta.
Segundo Barbieri (2016), se não houvesse pressões da sociedade e medidas gover-
namentais, não se observaria o crescente envolvimento das empresas nas questões 
ambientais. Como mostra a Figura 1, as preocupações ambientais dos empresários 
são influenciadas por três grandes conjuntos de forças que interagem entre si: o go-
verno, a sociedade e o mercado.
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SUMÁRIO
FIGURA 5 - GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL – INFLUÊNCIAS
Governos 
Empresas 
Mercado Sociedade 
Meio ambiente 
Fonte: BARBIERI (2016), p. 83.
Os políticos estão cada vez mais pressionados pela sociedade, o que levou a aprova-
ção de leis em prol de questões ambientais a se tornar uma constante. 
As influências do mercado são muitas e bastante específicas. A intensificação dos 
processos de abertura comercial, por exemplo, expõe os produtores a uma compe-
tição mais acirrada e de âmbito mundial, que tem induzido a regulamentação e au-
torregulamentação socioambientais. Investidores procuram minimizar os riscos de 
seus investimentos, já que a geração de passivos ambientais pelo não cumprimento 
da legislação ambiental pode comprometer a rentabilidade futura de uma empre-
sa. E o setor de seguros tem exercido pressão para que as empresas melhorem seus 
desempenhos ambientais, uma vez que os sinistros ambientais podem ser bastante 
onerosos (BARBIERI, 2016).
Por fim, outra fonte de pressão sobre as empresas advém do aumento da consciência 
da população em geral. Os consumidores estão mais exigentes, por isso procuram 
produtos e serviços mais sustentáveis.
Assim, não faltam pressões para que as empresas adotem medidas de proteção ao 
meio ambiente, bem como para que imponham as práticas ambientais que julgam 
mais apropriadas, como indicam as setas mais finas da Figura 1.
De acordo com Barbieri (2016), o SGA é um conjunto de atividades administrativas 
e operacionais inter-relacionadas para abordar os problemas ambientais atuais ou 
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para evitar o seu surgimento. Essa melhoria da qualidade necessita de uma atuação 
da organização em face das pressões dessas forças de mercado, representadas pelas 
variáveis ambientais: legais (normas da série ISO 14000, por exemplo), econômicas, 
tecnológicas, sociais, demográficas e físicas.
2.1.2 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DE SGA
A elaboração de um diagnóstico geral e preciso da situação da empresa em todo 
o processo produtivo constitui o início da implantação de um SGA. Assim, pode ser 
criada uma política ambiental para a organização, além de um programa permanen-
te de conscientização dos empregados sobre a gestão ambiental em suas atividades 
(LINS, 2015).
A metodologia Plan, Do, Check e Act (PDCA) é uma forma indicada de implantação 
de um SGA (Figura 2). Segundo Barbieri (2016), como indicado pelas setas (Figura 2), 
assim que uma melhoria é alcançada, o ciclo se repete, inicialmente para sustentá-la,depois, para superá-la.
Em linhas gerais o processo de implantação de um SGA é composto das seguintes 
fases: análise inicial; planejamento; implantação; avaliação, sugestões de medidas 
corretivas e comunicação.
A análise inicial é composta de visita à empresa, com recolhimento do máximo pos-
sível de informações, identificação inicial de evidências de possíveis não conformida-
des e/ou ineficiências ambientais, avaliação preliminar dos resultados com a determi-
nação do escopo do trabalho e das áreas críticas que serão objeto de mais cuidados 
(LINS, 2015).
No planejamento devem ser analisados os possíveis impactos ambientais sob respon-
sabilidade direta ou indireta da empresa, levantada a legislação ambiental aplicável 
à empresa, estabelecidos os objetivos e prazos de acordo com a política ambiental 
e elaborados cronogramas orçamentários físico e financeiro do SGA (LINS, 2015). Se-
gundo Barbieri (2016), os objetivos ambientais devem estar coerentes com a política 
ambiental. Para seu alcance, a organização deve determinar o que será feito, quais 
recursos serão requeridos, quem será o responsável, quando será concluído e como 
os resultados serão avaliados.
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SUMÁRIO
FIGURA 6 - METODOLOGIA PDCA
 
Política ambiental 
Planejamento (Plan) 
Objetivos e metas; programas de gerenciamento 
ambiental. 
Açõeses corretivas (Check) Medidas preventivas e 
corretivas; auditoria de SGA. 
Implantação (Do) 
Responsabilidades; treinamento; comunicação; 
documentação do SGA; controle de documentos; 
procedimentos de emergência. 
Avaliação gerencial (Act) 
Fonte: LINS, 2015, p. 32.
A implantação deve englobar a participação de toda a empresa, desde posições na 
alta direção até a operacional. A empresa deve avaliar o cumprimento das normas 
ambientais, determinar responsabilidades e metas ambientais, avaliar todas as fases 
do processo produtivo com o SGA e estabelecer rotinas para situações de emergên-
cia. A avaliação geral do SGA e o treinamento devem ser constantes.
Segundo Lins (2015), deve-se atentar para a avaliação, sugestões de medidas corretivas 
e comunicação. A alta administração deve acompanhar e avaliar periodicamente os 
resultados e o cronograma de cada fase. A avaliação do desempenho ambiental cor-
responde ao C (de checar, verificar) do ciclo PDCA. Desempenho ambiental refere-se 
aos resultados mensuráveis relacionados à gestão de aspectos ambientais. O monito-
ramento faz parte da avaliação do desempenho ambiental. Por exemplo, acompanhar 
diariamente o consumo de água para verificar se o objetivo de redução de consumo 
está sendo alcançado conforme determinado. Caso haja a necessidade de correções 
para a melhoria contínua, o monitoramento será a ferramenta indicativa para tal. 
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Medidas corretivas devem ser empregadas para eliminar a causa de uma não con-
formidade e prevenir a sua ocorrência. A empresa, nesse caso, deve executar ações 
para controlar e corrigir a não conformidade, mitigando impactos adversos. Após a 
implantação de todos os procedimentos operacionais do SGA, é importante asse-
gurar que as informações serão geradas em momento oportuno e para as pessoas 
devidamente autorizadas e interessadas. Todos os documentos e registros do SGA 
devem ser mantidos em local seguro e prontos para uso do pessoal interno ou para 
as auditorias (LINS, 2015).
2.1.3 AS NORMAS ISO 14000 
De acordo com Dias (2015), as normas ISO são normas ou padrões desenvolvidos 
pela International Organization for Standardization, com sede em Genebra, na Suíça. 
Alguns países são representados por entidades governamentais ou não diretamente 
vinculadas ao governo, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que 
representa o Brasil.
Segundo Barbieri (2016), as normas possuem elevado consen-
so internacional e não constituem barreiras técnicas ao co-
mércio. Isso explica o grande sucesso delas, cuja primeira ex-
periência se deu no campo da qualidade com as da série ISO 
9000 (BARBIERI, 2016).
O termo “ISO” utilizado para representar a organização International Organization 
for Standardization não é uma sigla, pois em português seria “OIN” e em inglês seria 
“IOS”. A palavra “ISO” é derivada do grego, que significa igual. A utilização desse termo 
decorre do fato de representar o sentido de igualdade para uma norma de alcance 
mundial (LINS, 2015).
Barbieri (2016) aponta três tipos de normas sobre sistemas de gestão: (1) normas 
que especificam requisitos para criar, manter e aperfeiçoar o sistema de gestão; (2) 
normas guias ou de diretrizes para orientar o atendimento de requisitos; e (3) normas 
sobre temas específicos auxiliares. São exemplos de normas do primeiro tipo a ISO 
14001, que especifica requisitos de um SGA, e a ISO 9001, de um sistema de gestão 
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SUMÁRIO
da qualidade. A ISO 14004 e a ISO 9004 são normas do segundo tipo, que fornecem 
diretrizes gerais sobre os sistemas de gestão ambiental e de qualidade, respectiva-
mente. As normas ISO 19011 sobre auditoria e a ISO 14031 sobre avaliação do de-
sempenho ambiental são exemplos de normas do terceiro tipo (BARBIERI, 2016).
O uso da norma ISO 14031 não é obrigatório, nem mesmo para a organização que 
possui um SGA conforme os requisitos da ISO 14001. Porém, a norma ISO 14031 
apresenta diretrizes e recomendações que facilitam a determinação de indicadores 
para fins do SGA.
As normas ISO 14000 são uma família de normas que buscam estabelecer ferramen-
tas e sistemas para a administração ambiental de uma organização. As normas, de 
acordo com a série, estabelecem as diretrizes para auditorias ambientais, avaliação 
de desempenho ambiental, rotulagem ambiental e análise do ciclo de vida dos pro-
dutos (Quadro 1).
QUADRO 1 - PRINCIPAIS NORMAS DA SÉRIE ISO 14000
NORMA/ANO DESCRIÇÃO
ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental. Especificações de uso.
ISO 14004
Sistema de Gestão Ambiental. Diretrizes gerais, princípios, sistema e téc-
nicas de apoio.
ISO 14005
Sistema de Gestão Ambiental. Aplicável principalmente em pequenas e 
médias empresas.
ISO 14010 Diretrizes para auditoria ambiental. Princípios gerais.
ISO 14011
Diretrizes para auditoria ambiental. Procedimentos de auditoria. Audito-
ria de SGA.
ISO 14012
Diretrizes para auditoria ambiental. Qualificação de auditores ambien-
tais.
ISO 14020 Rótulos de declarações ambientais. Princípios gerais.
ISO 14021 Rótulos de declarações ambientais. Autodeclaração ambiental.
ISO 14031
Gerenciamento ambiental. Avaliação de desempenho ambiental. Dire-
trizes.
ISO 14032
Gerenciamento ambiental. Avaliação de desempenho ambiental. Estudo 
de casos.
ISO 14040 Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Princípios e estrutura.
ISO 14041
Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Definição dos objeti-
vos, escopo e análise de inventário.
ISO 14042
Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Avaliação do impac-
to do ciclo de vida.
ISO 14043
Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Interpretação do ci-
clo de vida.
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NORMA/ANO DESCRIÇÃO
ISO 14048
Gerenciamentoambiental. Análise do ciclo de vida. Documentação de 
dados do ciclo de vida.
ISO 14049
Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Exemplos para a ISO 
14041.
ISO 14050 Gerenciamento ambiental. Vocabulário.
ISO 14063 Gerenciamento ambiental. Comunicação ambiental.
ISSO 14064 Gerenciamento ambiental. Redução de Gases de Efeito Estufa (GEE).
ISO 14065
Gerenciamento ambiental. Complemento, validação de organismos e va-
lidação das declarações sobre GEE.
Fonte: LINS, 2015, p. 24.
2.1.3.1 ISO 14001:2015
Conforme Dias (2017), a norma ISO 14001 é a ferramenta de gestão mais difundida 
no mundo, com mais de 250.000 organizações que a aplica em 167 países. Após 11 
anos decorridos da última revisão foi lançada a última versão, a ISO 14001:2015, que 
estabelece normas para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). A 
certificação dessa norma ajuda a prevenir os impactos ambientais utilizando méto-
dos adequados para evitá-los, reduzi-los ou controlá-los. Entre suas vantagens estão 
a de transmitir o compromisso assumido pela organização de forma direta e crível, 
viabilizar benefícios econômicos por meio da otimização do consumo de energia, de 
matérias-primas e de água e pela melhoria dos processos, também reduz os riscos 
legais de recebimento de multas (DIAS, 2017).
A nova certificação estabeleceu padrões mais elevados de sustentabilidade e de-
sempenho organizacionais. Essas novas mudanças estão sintonizadas com a urgen-
te necessidade de adaptação das empresas às exigências para se engajarem mais 
firmemente na solução dos problemas ambientais. Além disso, a ISO 14001:2015 é 
compatível com outros sistemas de gestão (como a ISO 9001, de qualidade) e apre-
senta um texto claro, que evita interpretações equivocadas. 
Um dos aspectos importantes da nova versão da ISO 14001 é a consideração pelo 
ciclo de vida (Figura 3), definido como estágios consecutivos e encadeados de um 
sistema de produto ou serviço, desde a aquisição da matéria-prima ou sua geração a 
partir de recursos naturais até a disposição final.
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SUMÁRIO
O ciclo de vida de um produto é segmentado em cinco fases 
distintas: extração e fabricação das matérias-primas; fabrica-
ção do produto; utilização do produto pelo cliente; e fim de 
vida do produto. Essa última fase compreende os meios de 
eliminação do produto utilizado: reciclagem, incineração, meios de des-
carga (como depósito de lixo), etc. (DIAS, 2014).
FIGURA 7 - CICLO DE VIDA DE UM PRODUTO
CICLO DA ECONOMIA
RECURSOS
RESÍDUOS
A introdução da ISO 14001 trata do desenvolvimento sustentável e afirma que o ob-
jetivo desse desenvolvimento se alcança com o equilíbrio entre os pilares econômico, 
social e ambiental (Figura 4).
A norma ISO 14001 tem como objetivos principais:
• Apoiar a proteção ao meio ambiente e a prevenção da poluição em equilíbrio 
com as necessidades socioeconômicas.
• Possibilitar às empresas a implantação e continuação do atendimento das exi-
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gências legais e de suas políticas para o meio ambiente em seus potenciais im-
pactos significativos.
FIGURA 8 - OS PILARES ECONÔMICO, SOCIAL E AMBIENTAL DEVEM SER CONSIDERADOS 
NA PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
ECONOMIA
SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
MEIO
AMBIENTE
SOCIAL
Lins (2015) ressalta, ainda, que para a correta implementação ou aperfeiçoamento de 
um SGA sob a ótica da ISO 14001, algumas premissas devem ser consideradas para 
o sucesso das medidas:
• Encorajar o planejamento ambiental do início ao fim do ciclo de vida do produto 
ou do processo.
• Reconhecer que a gestão ambiental está entre as mais altas prioridades da cor-
poração.
• Estabelecer e manter diálogo com as partes interessadas, internas e externas.
• Mensurar as obrigações legais e os aspectos ambientais associados com ativida-
des da organização, seus produtos e serviços.
• Desenvolver o compromisso da gerência e dos empregados para com a proteção 
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SUMÁRIO
do ambiente, com definição clara das responsabilidades.
• Prover recursos apropriados e suficientes, incluindo treinamento para alcançar, 
numa base ambiental contínua, os níveis de desempenho.
• Avaliar o desempenho ambiental confrontando-o com a política, objetivos e me-
tas, visando à melhoria, quando apropriado.
• Estabelecer um processo de gerenciamento para analisar criticamente e auditar 
o SGA e para identificar oportunidades de melhoria do sistema e do desempenho 
ambiental resultante.
• Encorajar contratados e fornecedores a estabelecerem um SGA.
2.1.4 ISO 13065, UMA NORMA PARA 
SUSTENTABILIDADE DA BIOENERGIA
A Organização Internacional para Padronização (International Standard Organization 
– ISO) publicou em 2015 a norma ISO 13065:2015 (critérios de sustentabilidade para 
a bioenergia), para ser utilizada na avaliação da sustentabilidade de produtos e pro-
cessos relacionados à geração de energia de origem orgânica, de forma a assegurar 
segurança energética e contribuir para a sustentabilidade. 
Essa nova norma contribui em muito para a construção e consolidação da perspec-
tiva do desenvolvimento sustentável, no âmbito empresarial, somando-se a outros 
padrões já existentes que vão na mesma direção, como a ISO 14001, de gestão am-
biental, e a ISO 26000, que estabelece diretrizes para responsabilidade social.
Dentro desse contexto, o Brasil, de acordo com Dias (2017), é um dos países mais pro-
missores no que diz respeito ao aproveitamento da energia a partir de matéria orgâni-
ca, que origina a bioenergia. O país tem enorme potencial nas diversas formas da bioe-
nergia, quer no estado líquido, quer no sólido ou gasoso. Em termos de combustíveis 
líquidos, tem o etanol e o biodiesel (Figura 5). A biomassa sólida é abundante e pouco 
utilizada, como restos de matéria orgânica e bagaço de cana, por exemplo. O biogás 
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é obtido pela decomposição da matéria orgânica na ausência do oxigênio, gerando 
gás metano, que pode ser utilizado para o aquecimento e produção de eletricidade.
FIGURA 9 - BIOCOMBUSTÍVEIS, COMBUSTÍVEIS PRODUZIDOS A PARTIR DE MATERIAL VEGETAL
biocombustível
Dicas
Confira o Programa “Como será? – Geração de Biogás no Oeste 
Paranaense”
O programa apresenta um projeto no Oeste Paranaense, que garante o 
tratamento dos dejetos animais transformando um agente poluidor em 
biogás e biofertilizante. Isso ainda dá a possibilidade do produtor de co-
mercializar esses produtos e gerar uma renda adicional.
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2.1.5 A CULTURA AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES
Para Dias (2017), a adoção de Sistemas de Gestão Ambiental nas empresas deve vir 
acompanhada de uma mudança cultural, em que as pessoas têm de estar mais en-
volvidas com a nova perspectiva. Nesse sentido, alguns hábitos e costumes arraigados 
que são consolidados no ambiente externo das empresas devem ser combatidos, e 
outros positivos devem ser assimilados pelo conjunto da organização.
No Brasil, há uma disparidadeno comportamento das empresas no que diz respeito 
ao atendimento às questões ambientais. Algumas empresas levam em consideração 
o meio ambiente, enquanto outras não o incluem em seu planejamento estratégico. 
Meredith (1994), citado por Andrade (1997), sugere uma tipologia de possíveis estra-
tégias ambientais empresariais desenvolvidas durante o processo de internalização 
da dimensão ambiental nas organizações (Figura 6). As empresas podem ser classifi-
cadas em reativas, ofensivas e inovativas.
FIGURA 10 - PROCESSO DE INTERNALIZAÇÃO DA DIMENSÃO AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES
As empresas classificadas como reativas confinam suas ações em um atendimento 
mínimo e relutante com relação à legislação ambiental local e ao gerenciamento 
mínimo de seus riscos, os quais assumem papel dominante na estratégia ambiental 
dessas organizações. A percepção das empresas está baseada na proposição de que 
não há oportunidade de mercado para compensar os aumentos de custos proporcio-
nados pela internalização da dimensão ambiental (ANDRADE, 1997).
Já as ofensivas querem obter vantagem competitiva, onde for possível, e sem mui-
to investimento. As empresas ofensivas percebem a variável ambiental como uma 
oportunidade, porém o controle da poluição ainda é uma função eminentemente da 
produção (ANDRADE, 1997). A preocupação revelada por muitas empresas pode ter 
várias origens, e não necessariamente retrata uma maior consciência ambiental ou 
um maior comprometimento com a sustentabilidade. 
Por fim, segundo Andrade (1997), as empresas inovativas se antecipam aos proble-
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mas ambientais futuros por meio da sua resolução, simultaneamente com o fortale-
cimento de suas posições no mercado. Nesse terceiro estágio, a questão ambiental 
passa a ser incorporada nas estratégias empresariais mais gerais como um elemento 
importante de construção de vantagens competitivas duradouras.
De acordo com Dias (2017), a cultura ambiental é um conjunto de comportamentos 
sociais fundamentados no valor “meio ambiente”, que se constitui em um sistema 
de significados e de símbolos coletivos segundo os quais os integrantes de determi-
nada empresa interpretam suas experiências e orientam suas ações referentes ao 
meio ambiente. Portanto, as pressões sociais e as políticas públicas em prol do meio 
ambiente podem influenciar a cultura ambiental das empresas e potencializar a con-
servação ambiental.
CONCLUSÃO 
A adoção de SGA integrados, que envolva a mudança da cultura organizacional da 
empresa em prol da conservação ambiental, é importante e pertinente diante da 
atual conjuntura de crise socioambiental. As normas orientam os sistemas de ges-
tão, as ISO 14000, por exemplo, se referem a um processo pelo qual as organizações 
deverão estabelecer políticas e objetivos que cumpram as leis e regulamentações 
ambientais e que evitem a poluição. Trata-se de um sistema de normalização abran-
gente, que visa ao cumprimento das leis e considera os princípios da conservação 
ambiental, além de universalizar conceitos e procedimentos. Uma organização que 
tenha o seu SGA certificado pela ISO 14000, por exemplo, terá controle sobre os seus 
resíduos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas. No entanto, isso não é uma ga-
rantia de que tal organização não esteja causando impactos ao meio ambiente.
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Identificar os 
princípios do 
licenciamento 
ambiental.
> Listar e descrever os 
fundamentos básicos 
do Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) e 
Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA). 
> Explicar a importância 
desses dois 
documentos na 
atuação ambiental de 
empreendimentos.
UNIDADE 3
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3 RELATÓRIOS AMBIENTAIS: 
EIA/RIMA
A unidade trata dos aspectos mais importantes do Estudo de Impacto Ambiental 
(EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), tais como conceitos, requisitos e con-
teúdo. Esses dois documentos subsidiam a gestão pública na tomada de decisão 
quanto à viabilidade ambiental ou não, de determinado empreendimento. O licen-
ciamento ambiental, um procedimento administrativo para o controle ambiental, 
também, é apresentado.
3.1 FUNDAMENTOS DE EIA/RIMA 
Para agir sobre os impactos ambientais, é necessário conhecê-los e estudá-los, tan-
to os que resultam das atividades humanas em curso quanto os que podem vir a 
ocorrer no futuro em decorrência de novos produtos, serviços e atividades. Qualquer 
abordagem de gestão ambiental de uma organização, seja corretiva, preventiva ou 
estratégica, requer a identificação e análise de impactos ambientais a fim de se esta-
belecer medidas para agir em conformidade com a abordagem, a legislação ou com 
a sua política ambiental (BARBIERI, 2016). 
A avaliação prévia de impactos ambientais é considerada como princípio ambiental, 
tal é sua importância como norteadora de procedimentos na área ambiental, com 
previsão na Constituição Federal, art. 225; na Lei 6.938/81, que instituiu a Política Na-
cional do Meio Ambiente, art. 9º; na declaração do Rio sobre Desenvolvimento e Meio 
Ambiente, no Princípio 17. 
Tanto o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), quanto o Relatório de Impacto Ambien-
tal (RIMA) constituem instrumentos de gestão ambiental, que avaliam previamente 
os impactos e antecipam soluções antes de implantá-los. O EIA constitui um estudo 
mais amplo, enquanto o RIMA expressa o trabalho de modo conclusivo, trazendo 
uma avaliação valorativa que identifique se o projeto é ou não nocivo ao meio am-
biente e em que grau.
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3.1.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Para que os empreendimentos com atividades impactantes ao meio ambiente pos-
sam se estabelecer, faz-se necessário o licenciamento ambiental. Segundo a Resolu-
ção Conama 237/97, art. 1º, o licenciamento ambiental é um procedimento admi-
nistrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, 
ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos 
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob 
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições 
legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
Segundo Lins (2015), a licença ambiental é um documento com prazo de validade 
definido, em que o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medi-
das de controle ambiental a serem seguidas pelas empresas. 
Todas as licenças ambientais são válidas por tempo determinado e, para cada tipo de 
licença, há um prazo de validade mínimo e um máximo (QUADRO 1).
QUADRO 2 - LICENÇAS AMBIENTAIS – PRAZOS DE VALIDADE
TIPO DE LICENÇA
PRAZOS
MÁXIMO MÍNIMO
Licença Prévia 5 anos Prazo estabelecido pelo cronograma dos planos, 
programas e projetos relativos à atividade ou ao 
empreendimento. Esse prazo poderá ser prorro-
gado desde que não ultrapasse o prazo máximo 
da respectiva licença.Licença de Instalação
6 anos
Licença de Operação 10 anos
Mínimo de quatro anos ou o prazo considerado 
nos planos de controle ambiental. Prazos especí-
ficos

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