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CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 1 Ortografia: Emprego das Letras Questão 1: (AVANÇASP/Educação Física/2022) SALVAR A AMAZÔNIA ESTÁ AO ALCANCE DE TODOS Todos os anos a Organização das Nações Unidas (ONU) elege um problema ambiental com o qual o planeta precisa lidar para ser o tema do Mês do Meio Ambiente. É uma forma de chamar a atenção para questões essenciais que nem sempre recebem a atenção devida. Em 2021, é a restauração de ecossistemas. Para um país como o Brasil, que tem 60% da maior floresta tropical do mundo, esse é um assunto que não deveria sair nunca da pauta. Mas sabemos que, na prática, apesar das questões ambientais estarem ganhando cada vez mais visibilidade e relevância, especialmente com os pilares ESG, ainda está muito longe do ideal e do necessário. A começar pelo pouco conhecimento que temos sobre a Amazônia e, principalmente, a respeito do que cada um pode fazer para preservá-la. Vale lembrar que em torno de 50% das emissões de Gases de Efeito Estufa no Brasil são provenientes do desmatamento da Amazônia. Sim, a preservação da Amazônia está ao alcance de todos nós, especialmente das empresas. Não dá mais para esperar que políticos façam o que deveriam fazer. Temos, claro, que votar com consciência e cobrar que façam o que é preciso, mas passou da hora de envolver o mercado nesse propósito de forma prática e intensiva. Só assim conseguiremos dar o salto necessário para interromper o processo de destruição da floresta. Ela é muito mais que um conjunto esplêndido de árvores milenares. É a maior biodiversidade do globo terrestre, com cerca de 60 mil espécies de plantas e animais — um ecossistema riquíssimo que está clamando por socorro. E é possível que pessoas físicas e jurídicas ajudem a reverter a situação dramática de destruição que temos acompanhado nos últimos anos. O caminho é investir em projetos de REDD+ (Redução de Emissões Provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal — com o objetivo de preservar áreas imensas na Amazônia Legal que sofrem grandes pressões de desmatamento) para que avancem além dos 2 milhões de hectares atuais para a meta necessária de 50 milhões em toda a Floresta Amazônica até 2030. Para isso, basta que cada companhia e todos os cidadãos que puderem adicionar mais uma conta de consumo a seu rol de boletos mensais decidam compensar suas emissões de CO², por meio de projetos de geração de crédito de carbono na Amazônia. Sim, é simples desse jeito, mas depende da vontade e do comprometimento de cada um. Afinal, o mercado de crédito de carbono no Brasil ainda é voluntário. Isso quer dizer que o governo não estabelece um teto de emissão de CO², não taxa as indústrias que ultrapassarem a cota, nem controla quanto cada companhia deveria compensar. Tampouco regula esse mercado, a fim de garantir que tenha condições de se desenvolver e gerar riquezas para o país, como já fizeram Chile, Colômbia e Canadá para citar apenas três exemplos. Portanto, temos que nos mobilizar para cada um fazer a sua parte, mas, também, para exigir que o governo federal faça a dele, que é proteger a floresta e regulamentar o mercado de créditos de carbono para aumentar os projetos de REED+. É preciso preservar a natureza e integrar as comunidades locais; e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento sustentável da região. A compensação de emissões de carbono com a política de créditos é apenas o início de um ciclo de projetos. Com a mata em pé, é possível explorar, de forma responsável, toda a potencialidade de suas riquezas naturais e culturais para diversos mercados, como saúde, cosmética e alimentação, integrando as comunidades e floresta à sociedade moderna. Os projetos de REDD+ são essenciais para conservarmos a biodiversidade, estabilidade climática e assim chegarmos a uma economia de baixo carbono. Proteger a floresta, apesar de parecer algo distante, é muito mais barato e eficiente que qualquer projeto de reflorestamento adotado por tantas empresas. Com R$ 100 é possível preservar um hectare da Amazônia por meio de projetos de créditos de carbono voluntários. Enquanto recuperar um hectare de área desmatada custa cerca de R$ 10 mil a R$ 25 mil, dependendo da técnica utilizada. O cálculo considera apenas árvores e não contabiliza todo o ecossistema que é preservado e que, infelizmente, não se recupera com a velocidade de um replantio. Há muitas empresas bem intencionadas que colocam grande volume de recursos em projetos sustentáveis, mas com baixo retorno para o meio ambiente. É possível aumentar exponencialmente a taxa de retorno e salvar a Amazônia. Por isso, proponho que usemos a provocação da ONU para assumir a parte que nos cabe na preservação de um dos ecossistemas mais importantes do mundo. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 2 *Janaína Dallan Engenheira florestal, membro do time de especialistas da ONU para Mudanças Climáticas (RIT) e CEO da Carbonext https://www.correiobraziliense.com.br Assinale a alternativa em que todas as palavras da frase estão grafadas corretamente. a) O ensino híbrido e a nova geração de aprendizes imergem, isto é, surgem neste cenário de pandemia. b) A cerca de oito meses, a educação começou a se reconfigurar. c) A escola se prepara para não infringir as medidas sanitárias de prevenção do novo coronavírus. d) Cheguei cedo afim de encerrar todas as atividades propostas. e) O professor apresentou reportagens que ajudam na formação de censo crítico de seus alunos. Questão 2: (RBO/Pref Mongaguá/2022) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão escritas corretamente. a) Devemos ter conciência e cuidar do meio ambiente. b) Há mais de cem anos houve o armistício da Primeira Guerra Mundial. c) Jussara tem uma casa confortável e aprasivel. d) Estou ancioso para saber o resultado dos exames. Questão 3: (FUNDATEC/IPE Saúde/2022) Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão. OS IMPACTOS DA PANDEMIA NA GESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA Todo o sistema de saúde foi drasticamente impactado pela pandemia do novo coronavírus. Uma remodelagem rápida precisou ser feita para atender os diversos casos da doença que são descobertos a cada dia. Este novo ...enário trouxe desafios que antes eram difíceis de se imaginar para a gestão da saúde pública. Protocolos rígidos de segurança, isolamento social, fechamento dos estabelecimentos comerciais, dentre outras medidas, foram tomadas para evitar ao máximo a proliferação do vírus. Neste ponto, precisamos destacar que, quando falamos de saúde pública, trata-se de algo que engloba todas as medidas tomadas pelo Estado para garantir o bem-estar físico, mental e social da população. Gestão da saúde pública na pandemia A Covid-19 mudou a rotina do mundo e criou uma grande crise de saúde para todos os países. A situação se transformou rápido, e um vírus, ainda desconhecido no fim de 2019, desencadeou uma pandemia em 2020. A quantidade de casos e de pessoas mortas por conta da doença trouxe ...tona a importância de se ter uma rede de saúde bem preparada e que seja capa... de atender às demandas da população. Diversas medidas começaram a ser tomadas para monitorar os casos e melhorar a capacidade de atendimento. O dia...dia do atendimento aos pacientes mudou, e garantir a segurança dos profissionais envolvidos se tornou um desafio. Desenvolver planos adequados para o enfrentamento do problema se tornou e...encial para a gestão da saúde pública. Fazer com que o sistema tenha a capacidade suficiente para realizar o atendimento de todos depende de um gerenciamento eficiente. https://www.correiobraziliense.com.br/ CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 3 As mudanças no sistema de saúde Os sistemas de saúde público e privado precisaram se adequar, remanejar leitos, separar os pacientes com Covid- 19 dos demais, dentre outras medidas.Já a população em geral precisou adotar cuidados antes incomuns, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e manter o distanciamento. Todas as alterações foram feitas para evitar a propagação do vírus. Mas, como não houve muito tempo para uma preparação em larga escala, alguns pontos ainda são sensíveis. De acordo com a nota técnica “A pandemia de Covid-19 e os profissionais de saúde pública no Brasil”, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas em maio deste ano, mais de 60% dos profissionais da saúde não se sente preparado ou não soube responder se está preparado para atuar em meio pandemia. Esse dado nos mostra que o sistema ainda não estava preparado para enfrentar a magnitude da situação. Preocupações e cuidados com a população Essas foram algumas medidas que foram tomadas pelos profissionais e pela população. Mas vale salientar que todo o cuidado e preocupação só darão os resultados esperados se todos fizerem sua parte. Quando as medidas para evitar a propagação do vírus não são seguidas, a gestão da saúde pública se torna ainda mais desafiadora. Aqui é preciso dizer que o sistema de saúde não teria capacidade de atender em situações de aumento significativo dos casos, ainda mais com isso acontecendo ao mesmo tempo. O isolamento social e os cuidados extras com a higiene evitam que mais pessoas se contaminem e acabem sobrecarregando o sistema. (Disponível em: https://grupoelfa.com.br/impactos-pandemia-gestao-saude/#gestao-saude-publica – texto adaptado especialmente para esta prova). Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, os espaços pontilhados nas linhas 4, 16 e 21 (OBS: negritamos as palavras em vermelho). a) c – s – c b) c – s – ss c) c – z – ss d) s – s – c e) s – z – c Questão 4: (IDECAN/IBGE/2022) TEXTO IV PEDOCRACIA: A DITADURA DAS CRIANÇAS QUE MANDAM NOS PAIS As birras, as pirraças, os gritos, os gestos agressivos, as palavras ofensivas são o que normalmente se caracterizam como as crianças ‘donas da casa’. A infantolatria foi o nome dado à ‘ditadura’ de crianças que não aceitam ouvir ‘não’, querem tudo do jeito e na hora delas. Mas em que momento isso passou a ser normal? A psicanalista Marcia Neder, autora de “Déspotas Mirins, o poder nas novas famílias”, da Zagodoni Editora, em entrevista ao “Saia Justa”, chama o fenômeno de pedocracia e nos dá algumas orientações. “A pedocracia é alimentada pela idealização da maternidade. Qual é o ideal que temos da maternidade? O de uma mãe que abre a mão da sua vida para se dedicar ao filho. Por que as mães embarcam na idealização, por que se sentem santas mães proibidas de ter raiva, de perder a paciência? Aí vem uma culpa fenomenal. Acima da dor dela, tem o que ela aprendeu, que é a suprema felicidade e bem-estar do seu filho”, explica a especialista. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 4 Segundo ela, na atual cultura de idolatração dos filhos, eles precisam se sentir amados pelos pais. “E eles dizem que ‘se não dermos alguma coisa a eles, eles ficam chateados e dizem que não amam a gente’. É uma inversão total de valores”, reforça Neder. “É mais fácil deixar a criança ser rei. É mais fácil do que aguentar o chilique. Dá trabalho educar. Para evitar isso, querem tudo do jeito e na hora delas. Se você não estabelece desde o início, tentar estabelecer depois fica complicado”, sugere. “O processo de mudança nos conceitos de família, iniciado no século XVIII por Jean-Jacques Rousseau, chegou ao século XX com a ‘religião da maternidade’, em que o bebê é um deus e a mãe, uma santa. Instituiu-se o que é uma boa mãe sob a crença de que ela é responsável e culpada por tudo que acontece na vida do filho, tudo que ele faz e fará. Muitos afirmam que a mulher venceu, pois emancipou-se e foi para o mercado de trabalho, mas não: é a criança que entra no século XXI como a vitoriosa. Esta é a semente da infantolatria”, elucida a especialista. A definição de infantolatria por Marcia Neder consiste em “a instituição da mãe como súdita do filho e o adulto se colocando absolutamente disponível para a criança”. E ¹ a criança de qualquer responsabilidade sobre o seu comportamento: “Um bebê não tem poder para determinar como será a dinâmica familiar. Se isso acontece, é porque os pais promovem”. Ainda reforça: na fase adulta, esse filho cobrará dos pais. “Ele olhará ao redor e verá outras pessoas se realizando independentemente dele. A criança que acha que o mundo tem que parar para ela passar não consegue imaginar isso acontecendo e não está preparada para lidar com a menor das frustrações. Em algum ponto, acusará os pais de terem sido omissos”. Disponível em: https://www.revistapazes.com –Texto adaptado. A correta ortografia do vocábulo suprimido no espaço 1(l. 44) do TEXTO IV é: a) Esime. b) Ezime. c) Exime. d) Exsime. e) Ezimi. Questão 5: (CETREDE/PEB II Língua Portuguesa/2021) São escritos com H inicial, todos os vocábulos da alternativa a) Húmido / hipismo / herbívoro. b) Halucinação / hipótese / hesitar. c) Hortênsia / hérnia / haurir. d) Hombreira / hindu / hervateiro. e) Halteres / húmero / hinquilino. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 5 Questão 6: (IDIB/Agente Fiscal/2021) TEXTO I A CULTURA DO CANCELAMENTO No mundo da internet, principalmente no terreno das redes sociais, é fácil ler que determinada pessoa foi cancelada. A expressão diz respeito à chamada cultura do cancelamento, termo que foi considerado o de maior destaque de 2018 e de 2019 pelo Dicionário Macquarie, por causa da __________¹ ocorrida nas redes sociais pelo mundo. Não se sabe ao certo a origem dele, mas foi a partir de 2017, durante as denúncias de assédio sexual em Hollywood, e do surgimento do movimento #MeToo, que ele começou a aparecer com mais força. Embora o movimento tenha decolado em 2017 com a hashtag #MeToo, ele definitivamente manteve seu ímpeto e começou a espalhar suas asas linguísticas para além da hashtag e do nome do movimento, respondendo a uma necessidade óbvia no discurso que cerca essa convulsão social, explicou, em comunicado, o Dicionário Macquarie. No dicionário, a palavra cancelar quer dizer eliminar ou riscar para tornar sem efeito. É exatamente isso que a cultura do cancelamento da web propõe. Basta que uma pessoa pública ou não, apesar de que os famosos acabam sendo as principais vítimas, faça algo errado para que as propostas de cancelamento comecem a surgir. No Brasil nomes como do humorista e influencer Carlinhos Maia, do funkeiro MC Gui, da cantora Anitta e do cantor Nego do Borel já figuraram entre os cancelados. Bullying, preconceito, homofobia e transfobia foram os motivos que os levaram ao boicote do público. Como tudo na vida, a cultura do cancelamento tem bônus e ônus. Como ponto positivo, percebo a indignação das pessoas em relação a situações que antes passavam despercebidas, como casos de preconceito, machismo e racismo, além dos citados acima. O ponto negativo desse movimento está na anulação por completo. Não há uma conversa, não há uma busca por se colocar no lugar do outro. É claro que há atitudes que são deploráveis e até criminosas. E, para usar outro termo da internet, não é preciso passar pano, acobertando erros. Mas a decisão de cancelar alguém, muitas vezes, pode ser drástica demais. É como se tivéssemos o poder de eliminar, ao melhor estilo do que ocorre em realities shows, nos quais isso, de fato, é uma brincadeira, parte de uma dinâmica de jogo, sem direito a resposta ou retratação. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br – Texto adaptado A correta grafia da palavra suprimida no espaço 1 (l.6) do TEXTO I é a) disceminassão. b) disceminação. c) disseminação d) diceminassão Questão 7: (DEIP PMPI/PM PI/2021) Assinale a alternativa em que há palavras escritas com desrespeito à ortografia oficial: a) Em algunsbairros, bolsões de água se formaram nas vias de acesso, impedindo o trânsito de carros de pequeno porte. b) Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde não respondeu sobre a escassêz de centros de referências em cirurgias e reabilitação de mão. c) Manguinhos fica dentro da cidade e degradou a região de tal forma que está cercada por comunidades miseráveis. d) O Windows 10 chega em meio à ascensão dos aplicativos, que romperam o paradigma da indústria. e) Nas contradições percebem-se as mentiras, o tipo de caráter e o esforço em querer explicar o inexplicável. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 6 Questão 8: (OBJETIVA CONCURSOS/PSF/2021) POR QUAL MOTIVO CHERNOBYL É INABITÁVEL, MAS HIROSHIMA JÁ NÃO É MAIS PERIGOSA? Porque Chernobyl e outras usinas usavam muito mais material radioativo que _____ bombas americanas lançadas contra o Japão – cujo objetivo era a liberação instantânea de energia por meio da fissão, e não tornar a região atingida inabitável por tempo indeterminado (ainda que, em curto prazo, os efeitos da radiação tenham sido devastadores para a saúde dos sobreviventes). A bomba Little Boy, que atingiu Hiroshima, carregava 63kg de urânio. Já Chernobyl utilizava 180 toneladas de urânio – 2,8 mil vezes mais. A Fat Man, que destruiu Nagasaki, continha 6,4 kg de plutônio, um outro elemento radioativo. Ela empregava um mecanismo diferente – o que explica a modesta exigência de matéria-prima. Além da quantidade menor de urânio, outras variáveis importantes foram o tempo bastante longo que Chernobyl passou liberando resíduos no ambiente e o fato de que muitos desses contaminantes impregnaram o solo em vez de se ______ pelo ar. O material de Chernobyl sofria fissão de forma controlada para geração de energia elétrica. No acidente, esse material foi ______ liberando grande quantidade de urânio e de seus produtos de fissão em uma região ampla por um período prolongado. “Esses subprodutos são muito mais radioativos que o próprio urânio”, explica Rafael Garcia, pesquisador titular do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Por terem explodido no ar, as bombas espalharam seus resíduos radioativos na nuvem em forma de cogumelo criada pela detonação; em Chernobyl, o material vazou na superfície e penetrou no chão. Hoje, Hiroshima e Nagasaki são importantes centros urbanos do Japão, com 1,2 milhão e 430 mil habitantes, respectivamente. Já Chernobyl permanece inabitada – embora os níveis de radiação atualmente estejam apenas um pouco acima do normal, permitindo visitas de turistas curiosos e estadias breves. (Site: Abril - adaptado.) Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE: a) as | despersar | exposto b) às | dispersar | esposto c) às | despersar | esposto d) as | dispersar | exposto e) às | dispersar | exposto Questão 9: (FUNDATEC/Séries Iniciais/2021) POR MIRIAM GROBMAN Quando me mudei para o Brasil, reparei um aspecto do trabalho bem diferente da minha rotina anterior nos Estados Unidos: a mistura entre a vida pessoal e profissional. Algumas semanas depois de entrar na empresa, fiquei bem surpresa quando uma colega do trabalho convidou o time inteiro para a festa de aniversário dela. Em outra ocasião, o chefe chamou o time para uma festa na casa dele. No meu emprego anterior, em Nova York, almoçar com os colegas de trabalho significava descermos juntos para a rua e comprar algo para comer na mesa do escritório. No Rio, almoço de equipe de pelo menos uma hora era uma rotina diária. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 7 Gosto muito dessa diferença cultural. Esses aspectos sociais tornam o ambiente de trabalho acolhedor e agradável. Mantenho amizades com vários colegas brasileiros, mesmo anos depois de ter saído da empresa. Entretanto, existe um aspecto sombrio da cultura informal. O foco na manutenção de relações faz com que as pessoas evitem compartilhar feedback objetivo sobre desempenho e qualidade das entregas. Os chefes prote__em os colegas que são amigos mais próximos. Colegas não comentam quando existe erro no trabalho entregue (pelo menos não na frente da pessoa). As opiniões contrárias não são bem-vindas nas reuniões. Isso cria um ambiente menos produtivo e meritocrático, limitando o cre__imento das pessoas e prejudicando os resultados das empresas. Dar feedback negativo é uma fonte de ansiedade para muitos gestores que temem a reação do funcionário. Mas, o objetivo do feedback não é parabenizar o funcionário para que ele goste de você. Nem deveria ser uma ferramenta para punir ou humilhar a pessoa. Um bom feedback tem como objetivo principal ajudar a pessoa a entender seus pontos fortes e fracos e ajudá- la a realizar ações concretas para melhorar. Não é fácil dar feedback negativo, mas temos a tendência de subestimar a capacidade das pessoas de melhorar e atingir seu potencial. Na minha e__periência, feedback concreto e focado em ações futuras mostra para as pessoas que você valoriza seus esforços e pode fazer uma grande diferença ao longo da sua trajetória profissional. (Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/ – texto adaptado especialmente para esta prova.) Considerando a correta ortografia dos vocábulos em Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 14, 17 e 25. a) g – sc – x b) g – c – s c) j – c – s d) j – sc – x Questão 10: (FAUEL/Civil/2021) MINHA REDAÇÃO DO CURSINHO CRUZOU O MUNDO COMO SE FOSSE DO VERISSIMO Era o meu segundo vestibular para medicina. Estava na minha aula preferida — não pelo tema, mas pelo professor. Valter era o nome dele, um jornalista que decidiu como carreira ajudar adolescentes não só a escrever, mas a pensar. Naquele dia, ele mostrou a imagem de um pêndulo. A ideia era refletir sobre como o equilíbrio nos impede de viver os extremos. Por coincidência, a minha redação para aquele assunto já estava pronta. Havia escrito no dia anterior um texto que decidi chamar de “Quase”. Arranquei a folha do meu caderno, dobrei e passei para a frente. Da última fila à primeira, o bilhete chegou até o professor. “Posso ler em voz alta?”, ele perguntou. O que aconteceu naquele instante? Nada. Recebi um elogio, e algumas meninas do cursinho pediram para guardar uma versão do texto, que eu copiei à mão. Era 2002 e eu ainda demoraria a descobrir que o acaso nem sempre acontece de repente. No meu caso, o destino agiu devagar. Quatro anos depois, já na quarta fase da faculdade de medicina, em vez de felicíssima pela oportunidade de ingressar em uma carreira que traz tanto prestígio, eu divertia as minhas colegas com o que escrevia quando estava entediada. Rezava — coisa que eu não faço sempre — por um sinal. O universo me respondeu nas páginas do jornal O Globo, na edição de Páscoa, em uma coluna que dizia assim: “Eu gostaria de encontrar o verdadeiro autor do ‘Quase’ para agradecer a glória emprestada e para lhe dar um recado. No Salão do Livro de Paris, ganhei da autora um volume de textos e versos brasileiros muito bem traduzidos para o francês com uma surpresa: eu estava entre Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e outros escolhidos adivinha com que texto? Em francês, ficou ‘Presque’.” CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 8 Quem me procurava era Luis Fernando Verissimo, a quem a autoria daquele punhado de palavras que saíram de uma sala de aula e se espalharam pelo mundo vinha sendo atribuída. Na semana seguinte, o escritor divulgou o meu nome e, para mim, a história terminava aí. Depois de desfeito o engano, no entanto, passei a receber muitas mensagens de pessoas dizendo que a minha redação tinha mudado as suas vidas, ajudado a continuar ou terminar o casamento, a trocar de trabalho e a escolher uma profissão. “Eu carrego seu texto como um amuleto”, me disseram. O “Quase” foi o meu grande acaso. Eu não sei quaissão as chances de uma folha de caderno precisar chegar tão longe para ajudar o próprio autor, mas o que eu sei é que essa chance existe. Conversar com tanta gente corajosa me motivou a buscar uma vida menos morna e resistir à tentação de escolher por medo. Eu, que iria ser médica, me tornei jornalista. Troquei Florianópolis pela Austrália. Incluí na minha família brasileira um amor indiano. Ao longo desses anos, o “Quase” virou letra de música, tatuagem, rap na Guiana Francesa, espetáculo de dança, questão de vestibular, de concurso público e até anúncio de funerária. Fez parte das turnês da Ana Carolina e também foi lido pela Ana Maria Braga. O texto tem sido usado em escritórios de psicologia, em teatros de colégio e foi traduzido para diversas línguas espontaneamente. Até hoje eu recebo as mensagens mais amáveis de gente que encontrou força ou conforto nas minhas palavras. O que essas pessoas talvez não saibam é que elas são, genuinamente, a minha maior inspiração (Casos do Acaso. Folha de São Paulo, 23/05/2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/casos-do-a-caso/2021/05/minha-redacao- do-cursinho-cruzou-o-mundo-como-se-fosse-do-verissimo.shtml) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão escritas de forma CORRETA. a) O leitor reestabeleu o contato social assim que finalizou a leitura a cerca da vida e obra de Clarice Lispector. b) Paralizaram o bairro com a realização de um multirão de doações de livros para a biblioteca da escola. c) O escritor decidiu reinvidicar explicações, fazendo juz ao seu direito de saber a verdade. d) Coincidiu do leitor encontrar sua escritora favorita durante a viagem para o exterior. Questão 11: (OBJETIVA CONCURSOS/Comunitário de Saúde/2021) O QUE SIGNIFICA DIZER QUE UM LENÇOL TEM 200 OU 400 FIOS? O número é a quantidade de fios presentes em uma polegada quadrada de tecido. Quanto mais fios por quadradinho, mais macia, nobre – e cara – vai ser a roupa de cama. O lençol nada mais é do que um _____ de fios. Eles são dispostos perpendicularmente na forma de um xadrez – os horizontais são os fios de urdume, e os verticais são os fios de trama. A indústria têxtil adota a polegada quadrada como padrão – são os inches adotados nos Estados Unidos. Em centímetros, ela representa uma área de 2,54 cm de largura por 2,54 cm de altura. Um jogo de cama de 200 fios terá 100 fios de urdume e 100 fios de trama dentro desse quadradinho, totalizando os 200 fios. O mesmo vale para os tecidos de 400, 600 e até 1000 fios (um jogo de cama desse último tipo, diga-se de passagem, custa no mínimo um real por fio – de R$ 1.000 para cima). Mas se um lençol tem 600 fios por quadradinho, o tecido não deveria ser mais grosso que um de 200 fios? Aí é que você se engana. Para “caber” em um quadradinho, os fios do lençol de 600 precisam ser muito mais finos do que os fios do lençol de 200. É isso que dá o toque aveludado à roupa de cama e deixa o cochilo muito mais gostoso. super.abril.com.br/blog/oraculo/o-que-significa...- adaptado. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 9 Assinalar a alternativa que preenche a lacuna do texto CORRETAMENTE: a) entrelassado b) intrelassado c) entrelaçado d) intrelaçado Questão 12: (OBJETIVA CONCURSOS/Comunitário de Saúde/2021) Em relação à ortografia, assinalar a alternativa CORRETA: a) Bechiga. b) Chaveiro. c) Mecher. d) Baicho. Questão 13: (OBJETIVA CONCURSOS/Pref Horizontina/2021) COMO FUNCIONA A PROFISSÃO DE ESCRITOR Escritor é o profissional que produz obras literárias, peças de teatro ou até roteiros para cinema e televisão. Essas obras podem ser de ficção ou baseadas em acontecimentos reais. O escritor também pode trabalhar com a _______ de textos para diferentes formatos e a tradução de obras escritas em outros idiomas. Se você gosta de ler e escrever, é criativo e esforçado, já tem algumas das características necessárias para ser um escritor. É importante conhecer bem a literatura, estudar as diferentes correntes literárias e dominar a língua portuguesa. Saber como funciona o mercado literário, gostar de estudar e ser autoconfiante, paciente e detalhista são outros pontos importantes. Qualquer pessoa, mesmo sem ter feito faculdade, pode seguir essa carreira. Mas o mercado é competitivo e são poucos os que conseguem se estabelecer na profissão. Por isso, o melhor é conhecer a realidade da área de perto e estudar literatura e técnicas de escrita. Fazer um curso de graduação, _______ ou cursos livres que tenham relação com o mercado é importante para aumentar o conhecimento. (Site: UOL ‐ adaptado). Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE: a) adapitação | extensão b) adapitação | estensão c) adapitação | estenção d) adaptação | estensão e) adaptação | extensão CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 10 Questão 14: (CPCON UEPB/Pref Cacimba Dentro/2021) NEOLOGISMOS SÃO BASTANTE DISCUTÍVEIS. (Demi Getschko - o Estado de S. Paulo (08/06/2021) 05h00). Em tempos tão dinâmicos, a importação se impõe com frequência, mas ao fazermos esses enriquecimentos, que as novas palavras sejam escritas na forma prosódica de nossa língua §1 Neste junho a coluna completa sete anos e sete é um número especial. Se, por um lado, Camões nos lembra que Labão serviu sete anos para obter Raquel, mas ficou com Lia, por outro há uma deliciosa comédia dos anos 50 The Seven Year Itch e que para nós foi trazida como O Pecado Mora ao Lado. Assim, cedendo aos pruridos que os tais sete anos provocam, e já pedindo as vênias de praxe, cometerei o pecadilho de navegar em águas que não albergam meu “lugar de fala”, um simples engenheiro, mas que me permitirão alguns comentários pontuais: nossa língua, de que sou incompetente, mas ardoroso defensor. §2 Veja-se, então, o uso de palavras exóticas, especialmente importantes e frequentes em campos como tecnologia e informática. Sendo a língua viva e dinâmica, os novos conceitos exigem a importação ou criação de palavras, especialmente quando não se encontra um sinônimo adequado. Neologismos são importantes. Lembro-me, por exemplo, do professor de português do ginásio tentando inutilmente convencer-nos a usar “ludopédio” ou “pedibólio” em lugar de “futebol”: uma cruzada quixotesca. Era mais que evidente e lógico que “futebol” seria o termo a prevalecer: importação adequada e razoável. Mas o desarrazoado e pretencioso seria escrever-se “football”. Penso que sempre se deva aportuguesar as palavras exóticas que passem a se incorporar à “última flor do Lácio”. §3 É o que ocorreu com cheque, voleibol, basquete, sutiã, abajur e tantas outras que se integraram ao português. Usar um estrangeirismo sem adaptá-lo à grafia nacional pediria o uso de “muletas” como aspas ou itálico... Millôr Fernandes escrevia “saite” quando se referia às páginas da internet - afinal os garotos que começam a estudar a língua não podem imaginar que o “i” em “site” tenha estranhamente o som de “ai”. E já que me atolei nesse tema, sigo no pântano: para mim, por exemplo, a reforma que eliminou o trema é elitizante! O trema em “freqüente” ensinaria aos alunos que o “u” é audível nesta palavra, ao contrário de “quente”, onde o “u” é mudo. Sem o trema, um autodidata, ou alguém menos familiarizado com a língua culta, estaria exposto à segregação por mostrar pronúncia deficiente. §4 Ainda em neologismos, a pressa em criar palavras novas nem sempre permite a devida atenção à semântica das raízes que as compõem. Todos sabemos que “fobia” é “medo”, enquanto “ódio” é “misia”. O misógino odeia mulheres, e misantropo odeia humanos. Mas a torto e a direito vê-se o uso de “fobia” como “ódio” ou “aversão”. Nessa linha esquisita - e já pedindo desculpas pelo chiste - o que seria hoje um “claustrofóbico”? Alguém que “odeia mosteiros”? Nas justaposições, outro exemplo que me deixa incomodadoé “paralímpico”. A junção de “para” com “olímpico” deveria dar “parolímpico”, como sempre se fazia. Como exemplo, gastro + enterologia dá gastrentorologia, e não “gastronterologia”. §5 O mais triste é ver a mera substituição de palavras nossas, perfeitamente expressivas e utilizáveis, apenas com a intenção de mostrar sofisticação ou atualidade. Cartazes apregoando “sale” em lugar de “liquidação”, “off” em lugar de “desconto”, ou “delivery” no lugar de “entrega a domicílio”. Nem haveria o que aportuguesar aí, dado que já tínhamos o equivalente em nossa língua. Sou diabético e peço refrigerantes dietéticos, mas me dizem para pedi-los “dáite”. §6 Não se pode minimizar a necessidade de adição de elementos novos em nossa língua. Em tempos tão dinâmicos, a importação se impõe com frequência. Mas ao fazermos esses enriquecimentos, que as novas palavras sejam escritas na forma prosódica de nossa língua. Nesse ponto podíamos seguir um pouco mais de perto o que nossos irmãos lusos usam e fazem. Claro que poderemos e deveremos sempre adicionar nosso tempero tropical (ou será “spice”?). Perdão, leitores! (Disponível em: >https://link.estadao.com.br/noticias/geral,neologismos-sao-bastante-discutiveis,70003739785<.Data da consulta: 08/06/2021). Na redação do fragmento “Mas o desarrazoado e pretencioso seria escrever-se 'football'. Penso que sempre se deva aportuguesar as palavras exóticas que passem a se incorporar à 'última flor do Lácio'” (2º parágrafo), o autor comete um deslize na grafia de uma das palavras. Identifique em qual alternativa está a palavra mal grafada e, na sequência, a sua correspondente, grafada CORRETAMENTE. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 11 a) Lácio – Lácius. b) Desarrazoado – desarrasoado. c) Aportuguesar – aportuguezar. d) Exóticas – ezóticas. e) Pretencioso – pretensioso. Questão 15: OBJETIVA CONCURSOS /CM Lagoa Vermelha/2021 COMO A ESCADA ROLANTE FUNCIONA? Escadas rolantes são formadas por degraus presos a uma corrente que se movimenta rolando por uma estrutura inclinada. O deslocamento contínuo se deve à força de um motor elétrico, que está equipado com freios para casos de emergência. A estrutura mais visível da escada são degraus que, ao contrário do que parece, não desaparecem ao final da escada. O movimento da corrente faz apenas com que eles fiquem de cabeça para baixo na parte interna da escada. Assim, continuam o caminho por uma região onde não podemos vê-los até voltarem ao início da escada. Os degraus têm ranhuras (para que se encaixem melhor uns nos outros e para evitar que você escorregue na escada) e dois pares de rodas: um fica ligado à corrente e ao trilho externo e outro ao trilho interno (trilhos são estruturas usadas para que rodas deslizem e, no caso das escadas rolantes, mantêm os degraus deslizando na posição correta). Duas rodas dentadas (peças com pequenos dentes que se encaixam na estrutura de uma máquina para movimentá-la) formam a estrutura da escada. A roda que fica no topo é acionada diretamente pelo motor, para girar a corrente que move a escada. E a da parte de baixo apenas acompanha a roda de cima, ajudando a repassar a força do motor. O motor também aciona um conjunto de peças que faz o corrimão girar na mesma velocidade dos degraus. O corrimão é importante para os usuários não perderem o equilíbrio com o movimento da escada. Impulsionada pelo giro das rodas dentadas, a corrente faz os degraus se movimentarem numa velocidade constante. Enquanto isso, os trilhos mantêm os degraus na posição certa e garantem que eles fiquem alinhados na parte interna da escada, retornando corretamente para a área externa. Nas duas pontas da escada, uma placa se encaixa nas ranhuras dos degraus. Além de nivelar os degraus à altura do solo, essa placa pode interromper o funcionamento da escada se um objeto ficar preso entre ela e o degrau. (Site: UOL - adaptado.) Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE: O diretor não era _____________ com as faltas. a) condescendente b) condecendente c) condesendente d) condessendente CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 12 Questão 16: (OBJETIVA CONCURSOS/TRENSURB/2021) TEXTO SE NÃO DÁ PARA VER ÁTOMOS, COMO SABEMOS QUE SÃO FEITOS DE PARTÍCULAS MENORES? A história da física foi marcada por experimentos engenhosos que permitiram inferir a existência e as características dessas partículas indiretamente. O primeiro e mais famoso deles ocorreu em 1897, quando o físico J.J. Thompson investigava uma invenção recente, chamada tubo de raios catódicos. Trata-se de um tubo de vidro selado a vácuo, em cujo interior há dois ______, um negativo, chamado ânodo, e um positivo, chamado cátodo. A diferença de potencial entre os dois (em bom português, a voltagem) faz um feixe de carga elétrica negativa, cuja composição na época era desconhecida, disparar na direção do cátodo. Daí o nome “catódicos”. O que Thompson fez foi desviar o feixe atraindo-o com uma placa metálica de carga oposta, positiva. Lembre- se: os opostos se atraem. O ângulo em que o feixe se desviou permitiu calcular a carga elétrica e a massa das partículas que _______ o raio catódico. Assim, ele concluiu que elas eram mais leves que o átomo – e descobriu o elétron. Outro experimento, realizado em 1905 pelo neozelandês Ernest Rutherford, foi fundamental para entender como o elétron se encaixava na estrutura do átomo. Rutherford ________ núcleos de hélio, que possuem carga positiva, em uma fina folha de ouro. A maioria esmagadora deles passou reto pela folha, como se ela não existisse. Mas 1 em cada 20 mil desses balaços microscópicos foram refletidos com violência, em ângulos fechados. Assim, Rutherford deduziu que a maior parte do volume dos átomos é composta pela nuvem de elétrons de carga negativa, que é extremamente insubstancial – o que explica por que os núcleos de hélio, em geral, atravessam a folha rasgando. Os poucos núcleos de hélio que foram refletidos se chocaram com os núcleos de carga igualmente positiva do ouro, que são compactos e correspondem a uma parcela muito pequena do volume do átomo – ainda que concentrem quase toda a massa. Assim, nasceu o modelo do átomo como um pequeno Sistema Solar, que foi desatualizado pela física quântica, mas permanece vivo no imaginário popular e ainda é usado para fins didáticos. (Site: Abril - adaptado.) Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE: a) pólos | compõe | desparou b) polos | compõem | desparou c) pólos | compõem | desparou d) polos | compõem | disparou e) pólos | compõe | disparou Questão 17: (OBJETIVA CONCURSOS/Pref Formosa do Sul/2021) TEXTO AS CORES DAS ROUPAS DOS CIRURGIÕES Talvez você já se perguntou: por que as roupas usadas por cirurgiões são azuis ou verdes? A resposta é simples: porque são cores opostas ao vermelho. Os médicos e enfermeiros passam muito tempo olhando para sangue e órgãos, o que tira a sensibilidade da visão para as nuances róseas do interior do corpo. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 13 Olhar para o verde ou o azul de vez em quando dá uma calibrada nas retinas e aumenta o contraste. Antes de 1900, o padrão era branco. Ajuda com a limpeza, é claro, mas caiu em ______ porque, após encarar o vermelho por muito tempo, os profissionais enxergam a cor oposta – um verde meio turquesa chamado ciano – quando olham para o branco. Essa mancha de cor oposta é chamada de pós-imagem negativa. A pós-imagem negativa tem uma explicação interessante: as células da retina, responsáveis por ______ cor, chamadas “cones”, veem em três tipos. (Fonte: Abril - adaptado.) Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE: a) dezuso | capitar b) desuso | captar c) desuso | capitar d) dezuso | captar Questão 18: (OMNI/Português/2021) Assinale aalternativa em que NÃO há erro ortográfico. a) Não esperava que ela acendesse tão rapidamente ao cargo. b) A aluna foi apanhada em flagrante copiando na prova. c) Cada aluno possue seu próprio ritmo de aprendizagem. d) Não foi possível a recisão do contrato antes que o prazo expirasse. Questão 19: (Unifil/Pref Ângulo/2020) FATURANDO R$ 105 MILHÕES, MENINO DE 8 ANOS É YOUTUBER MAIS BEM PAGO DO MUNDO PELO 2º ANO Ryan, do canal Ryan's World (Mundo de Ryan), ganhou US$ 26 milhões (R$ 105 milhões, na cotação atual) em 2019, acima dos US$ 22 milhões (R$ 89 milhões) que tinha ganho em 2018, de acordo com um ranking anual da revista Forbes, com base nos ganhos estimados entre junho de 2018 e junho de 2019. O canal, aberto em março de 2015, teve seu grande lançamento com um vídeo em que Ryan abriu mais de 100 brinquedos escondidos em ovos-surpresa de plástico. O vídeo teve mais de 800 milhões de visualizações. As contas do YouTube Dude Perfect e Nastya ficaram em segundo e terceiro lugares, com US$ 20 milhões (R$ 81 milhões) e US$ 18 milhões (R$ 73 milhões), respectivamente. No total, segundo o ranking, os 10 youtubers mais bem pagos de 2019 ganharam US$ 162 milhões (R$ 658 milhões). O canal Dude Perfect apresenta cinco amigos com 30 anos brincando com brinquedos, como armas Nerf. Já o perfil Nastya mostra vídeos de Anastasia Radzinskaya, que nasceu no sul da Rússia, e tem paralisia cerebral. A conta de Jeffree Star tem dezenas de vídeos de tutoriais de maquiagem. [...] CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 14 Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-50845141 Assinale a alternativa que apresenta um erro ortográfico no texto. a) No primeiro parágrafo, há um erro no verbo “ganhar” na sua forma do particípio. b) No primeiro período do segundo parágrafo, as vírgulas foram utilizadas incorretamente. c) O uso de vírgulas é dispensável. d) O título não aguça a curiosidade do leitor. Questão 20: (FUNDATEC/Pref Sto Augusto/2020) UMA DAS RAIVAS MAIS NOCIVAS – A QUE NÃO SE EXPRESSA Em Psicologia, a raiva é estudada como um dos sentimentos primários, ou seja, que está presente em todo e qualquer ser humano desde os seus primeiros anos de vida. É um sentimento que através do autoconhecimento pode ser bastante diluido (1), porém, jamais sanado na totalidade. Aliás, fuja das pessoas que afirmam dominarem suas emoções ao ponto de nunca sentirem raiva. Quem afirma isso está carimbando com categoria uma imensa falta de autoconhecimento. Você sabia que uma das raivas mais nocivas é aquela que não se expressa? Muitas vezes passamos por situações nas quais somos injustiçados, ou que tentam invadir nossa individualidade, ou que de forma cruel tentam nos humilhar, ou praticar bullying, etc. Nesse tipo de situação, é extremamente comum a pessoa que foi prejudicada ficar com tanto medo, com tanta insegurança, que trava completamente e não expressa a raiva que está sentindo internamente. Muitos terapeutas utilizam a metáfora da panela de pressão, ou seja, a pressão sobe, sobe e sobe, podendo chegar a um ponto tal que estoura e joga o que está em seu interior para todos os lados de uma forma desmedida. Pessoas que são muito tímidas, retraídas, inseguras e que têm dificuldade de expressar suas emoções são as que mais sofrem em relação a tudo isso. Elas são as mais suscetíveis a desenvolverem quadros de depressão, de ansiedade generalizada, de pânico, ou a motivarem o surgimento de doenças psicossomáticas diversas (principalmente as doenças de pele). Todos nós sabemos que a pele é o maior órgão do nosso corpo e que ele representa o nível mais externo de proteção. É através da pele que interagimos com o mundo, com as pessoas, com a natureza, com os alimentos e por aí vai. A raiva mal trabalhada é manifestada muitas vezes na forma de doenças de pele, incluindo as chamadas autoimunes (2) (que são produzidas de dentro pra fora, sem uma causa exterior clara, como, por exemplo, um vírus ou bactéria). É interessante esse raciocínio! Pela psicossomatização (3), quando alguém nos fere de alguma maneira, seja por palavras agressivas, seja por descaso, por ameaças, etc., o corpo às vezes entende isso quase como se fosse um corte na pele, ou uma queimadura na pele. Quando a raiva não é expressa e fica guardada na pessoa podem surgir doenças como psoríase, urticária, lúpus, vitiligo, acnes em excesso, furúnculos e por aí vai. Essas e outras manifestações são como se a pele estivesse lhe dizendo: “estou com medo de ser ainda mais ferida, ainda mais machucada”. Estou procurando colocar da forma mais didática possível para que você compreenda facilmente a profundidade de tudo isso! Ao contrário do que muitos pensam, as doenças não são más, não são um castigo, não são provações para que paguemos nossos pecados. Essas concepções são todas invenções e crenças antigas que foram passadas de geração em geração até os dias de hoje. Entenda que as doenças são sinalisadores (4). Elas aparecem para nos dizer assim: “olhe esse ponto da sua vida que precisa de melhorias, que precisa de curas”. Talvez você me pergunte: “mas como conseguir essa cura?”. Existem vários caminhos e posso lhe garantir que o desenvolvimento da autoconfiança, que, por sua vez, se dá pelo autoconhecimento, é chave de ouro para que a raiva não fique presa dentro de você. A autoconfiança é você sentir que quando está sendo injustiçado, maltratado, humilhado, desprezado, etc., você diz “parou!” e não permite que nada disso tire sua paz, tire você do seu eixo, do seu equilíbrio. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 15 Concluo esse texto com o seguinte conselho: trabalhe o seu autoconhecimento! Leia, estude, assista a bons vídeos, filmes, séries, converse com pessoas que têm mais experiência de vida, faça algum tipo de terapia… Tudo que estiver ao seu alcance para que você seja a cada dia mais equilibrado é o caminho para a felicidade, realização e plenitude. Expresse os seus sentimentos da forma mais sincera possível, inclusive a raiva, e, dessa forma, você estará fazendo mais do que um favor a si mesmo. Estará contribuindo para com o equilíbrio de todos ao seu redor. (Disponível em https://www.contioutra.com/uma-das-raivas-mais-nocivas-a-que-nao-se-expressa/ – texto adaptado especialmente para esta prova.) Sobre a grafia de termos retirados no texto, assinale V, se verdadeiras, e F, se falsas. 1. () “diluido” está grafado corretamente. 2. () “autoimunes” está grafado corretamente. 3. () “psicossomatização” está grafado incorretamente, pois o correto é escrever “psicosomatização”. 4. () “sinalisadores” está grafado incorretamente, pois o correto é escrever “sinalizadores”. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) 1.V – 2.F – 3.V – 4.V. b) 1.F – 2.V – 3.V – 4.F. c) 1.V – 2.F – 3.F – 4.V. d) 1.V – 2.V – 3.F – 4.F. e) 1.F – 2.V – 3.F – 4.V. Questão 21: (FUNDATEC/Pref Imbé/2020) Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão. GERAÇÕES E COMPORTAMENTOS POR ERIK NYBO Pesquisadores no mundo inteiro, de vários segmentos, costumam estudar como as diversas gerações se comportam no momento em que atingem a população economicamente ativa (PEA) para entender o seu padrão de consumo e como vão agir no mercado de trabalho. Assim, sempre que surge uma nova geração, ouvimos falar sobre rótulos criados para identificar o seu comportamento no momento em que entram para a maioridade e passam a contribuir no setor produtivo. Os rótulos criados costumam identificar os anos em que esses grupos de pessoas ________, aos quais se adicionam 18 anos para entender aproximadamente em que ano essas pessoas entram no mercado de trabalho. Ao longo dos anos, nota-se que cada grupo de indivíduos se comporta de determinada maneira com base na realidade do momento em que vivem.Eles também têm uma tendência a pensar de um jeito específico, e isso se torna importante no momento em que a sociedade deseja entender como essas pessoas vão se ________ na lógica de nosso sistema capitalista e como isso refletirá no futuro. Logicamente, esses rótulos trazem generalizações e não contêm um estudo científico que garanta sua veracidade. Assim, não há um consenso formal sobre as datas que definem o início e o fim de cada geração, sequer sobre os traços que definem cada uma delas. No entanto, no decorrer dos anos, identificou-se um padrão de pensamento que pode ser, de alguma forma, generalizado e que acaba predominando em cada grupo de análise. Nesse sentido, algumas formas de pensamento levaram grupos de pessoas a agir de determinada maneira e, assim, a moldar o mundo como conhecemos hoje. De alguma forma, esses comportamentos auxiliam a explicar parte dos movimentos que experimentamos na sociedade atual. É importante ressaltar que estamos falando de um padrão e, portanto, para todo padrão podem existir ________ CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 16 (Disponível em: https://startupi.com.br/2019/03/ – texto adaptado especialmente para esta prova.) A palavras que preenchem, correta e respectivamente, as lacunas são: a) nascerão – incerir – exeções b) nasseram – inserir – eceções c) naceram – insserir – exceções d) nasceram – incerir – exeções e) nasceram – inserir – exceções Questão 22: (VUNESP/Magistério Português/2020) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas conforme a ortografia oficial. a) Apesar dos percalços, a viagem estava magnífica, nem pensar nos dias que ficaram para traz, tudo, sem exceção, era motivo de alegria. b) Experimentava, naquele momento, um mixto de alegria e tristeza, fora aprovada no concurso e precisaria mudar-se para outra cidade. c) Na visita à Catedral da Sé, os turistas se comportaram com descrição, sem o exceço de energia que demonstram nas excursões. d) O rio era um empecilho. Era necessário transpô-lo. Era necessário analisar rapidamente a situação e improvisar uma saída. e) O sol estava escaldante, mas era um previlégio estar ali e poder estender uma toalha sobre a areia e gosar dessa maravilha da natureza. Questão 23: (GUALIMP/Pref Conc Macabu/2020) TERREMOTO RUBEM BRAGA – CHILE - 1955 Houve pânico em algumas cidades do Norte. A terra tremeu com força e em vários pontos o mar arremeteu contra ela, avançando duzentos, trezentos metros, espatifando barcos contra o cais e bramindo com estrondo. O povo saiu para as praças e passou a noite ao relento; algumas construções desabaram, mas o único homem que morreu foi de susto. Lamentamos esse morto e também os pobres pescadores que perderam seus barcos, mas qualquer enchente carioca dá mais prejuízo e vítimas. Mas louvemos o maremoto e o terremoto pelo que eles têm de fundamentalmente pânico, pela sua cega, dramática, purificadora intervenção na vida cotidiana, pela sua lição de humanidade e de fatalidade. Talvez seja bom que os homens não se sintam muito seguros sobre a terra, e que o proprietário de imóvel possa desconfiar de que ela não é tão imóvel assim; que há diabos loucos no fundo do chão e que eles podem promover terríveis anarquias. A natureza tem outros meios de advertência, como o raio e a tromba d’água, mas são demônios do céu que nos atacam. E o homem é fundamentalmente um bicho da terra, é na terra que ele se abriga e confia; apenas se move no céu e na água, na terra é que está seu porto e seu pouso. Ele pisa a terra com uma soberba inconsciente, seguro dela e de si mesmo; só o terremoto consegue lembrar-lhe de maneira fundamental sua condição precária e vã e o faz sentir-se sem base e sem abrigo. [...] CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 17 Não sei que influência tem o terremoto sobre o caráter chileno; sei que muitos poderosos de nossa terra ficariam mais simpáticos e propensos à filosofia se o nosso bom Atlântico fizesse uma excursão até a rua Barata Ribeiro e o velho Pão de Açúcar desmoralizasse um slogan de propaganda comercial dando alguns estremeções nervosos. Houve um tempo em que Deus bastava para tornar humilde o poderoso; hoje seus pesadelos são apenas o comunismo, o enfarte e o câncer, mas ele já se acostumou a pensar que essas coisas só acontecem aos outros. O terremoto ameaça a terra com seus bens e a própria vida; sua ocorrência só pode tornar as pessoas mais amantes da vida e mais conscientes de sua espantosa fragilidade. E isso faz bem. Marque a alternativa que apresenta erro ortográfico. a) Internautas registram flagrantes dos momentos do terremoto. b) Os cientistas buscam pistas que indiquem terremoto iminente. c) Tudo aconteceu fazem sessenta e quatro anos. d) Muitos terremotos são mal percebidos. Questão 24: (Instituto Consulplan//Contabilidade/2020) LÍNGUA PORTUGUESA Como é sabido, a infância não é algo que tenha existido desde sempre. Crianças sempre existiram, obviamente, mas o que entendemos por infância é um conceito recente em termos históricos. Basta lembrar que muitos de nós tiveram avós que trabalhavam na roça desde cedo e que se casavam aos 12, 13 anos. E só não se casavam antes porque o ato de casar estava ligado ao ato de engravidar. Assim, era necessário esperar a primeira menstruação não da menina, mas da mulher. É comum pessoas que visitam povos indígenas ou comunidades ribeirinhas da Amazônia se espantarem com a diferença do que é ser uma criança para esses povos e comunidades. O primeiro espanto costuma ser o fato de que meninos e meninas mexem com facas, em geral bem grandes, no cotidiano. Fazem quase tudo o que um adulto faz. Nadam sozinhas no rio, escalam árvores altas, cozinham, caçam e pescam. Aprendem com os adultos e com as crianças mais velhas. Não é que não se tenha cuidado com as crianças, mas o cuidado tem outras expressões e significados, obedece a outro entendimento da vida, variando de povo a povo. Dias atrás um amigo estava numa aldeia indígena e viu um menino pequeno ligando um motor de barco. Ele de imediato avisou ao pai que o filho estava mexendo com algo que poderia ser perigoso. O pai limitou-se a dizer, devolvendo o espanto: “Mas este é o motor dele”. É possível concluir que, nesta aldeia, para este povo, assim como para outras comunidades que vivem uma experiência diversa de ser e de estar no mundo, ser criança é outra coisa. O que quero sublinhar aqui é que nada é dado e determinado no campo da cultura. A infância foi inventada pela sociedade ocidental e continua sendo inventada dia após dia. Não existe nenhuma determinação acima da experiência de uma sociedade – e dos vários conflitos e interesses que determinam essa experiência – sobre o que é ser uma criança. Nesta época, na sociedade ocidental, a criança deve ser protegida de tudo. Mas não só. Há um esforço de apagamento de que a criança tem um corpo. Não um corpo para o sexo. Mas um corpo erotizado, no sentido de que meninos e meninas têm prazer com seu próprio corpo, têm um corpo que se experimenta. Esse apagamento do corpo da criança se entranha na vida cotidiana e também na linguagem. Eu mesma costumava escrever nos meus textos: “homens, mulheres e crianças fizeram tal coisa ou estão sofrendo tal coisa”, ou qualquer outro verbo. Até que uma amiga me chamou a atenção de que crianças têm sexo, e eu as estava castrando no meu texto. Então, passei a escrever: “homens e mulheres, adultos e crianças...”. Conto isso apenas para mostrar que rapidamente internalisamos uma percepção geral como se fosse um dado da natureza e, na medida que a assumimos como fato, paramos de questioná-la. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 18 Quando os adultos tentam apagar o corpo das crianças, criam um grande problema para as crianças. E para si mesmos. É um fato que as crianças têm sexualidade. Não é uma escolha ideológica.Essa experiência é parte da nossa espécie e de várias outras. Qualquer pessoa que tenha filhos saudáveis ou acompanhe crianças pequenas próximas sabe que elas se tocam e descobrem que seus pequenos corpos podem lhes dar prazer. E esta já se mostrou uma experiência fundamental para uma vida adulta responsável e prazerosa no campo da sexualidade, que respeite o corpo e o desejo do outro, assim como o próprio corpo e o próprio desejo. Qualquer adulto que não recalcou sua memória destas experiências com o corpo se vai lembrar delas se for honesto consigo mesmo. Quem tem corpo, tem sexualidade. O que não pode ter é violência contra esses corpos. (Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/12/opinion/1520873905_5719 40.html. Acesso em: 12/12/2019.) Considerando a grafia de palavras situadas no texto, analise as afirmativas a seguir. I. “erotizado” (5º§) está escrita corretamente. II. “internalisamos” (6º§) está escrita incorretamente, pois o correto é escrever “internalizamos”. III. “prazerosa” (7º§) está escrita incorretamente, pois o correto é escrever “prazeirosa”. Está correto o que se afirma em: a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. Questão 25: (ITAME/Pref Itauçu/2020) Marque a alternativa em que todas as palavras estão escritas corretamente. a) Esquisofrênico, convivência. b) Cabeleireiro, esquizofrênico. c) Convivência, beneficiente. d) Supérfulo, bicabornato. Questão 26: (Instituto Consulplan/Pref Formiga/2020) O QUE DIZEM AS ÚLTIMAS PESQUISAS SOBRE COMO EDUCAR OS FILHOS NA ERA DIGITAL Três horas diárias nas redes sociais são associadas a uma incidência mais alta de problemas de saúde mental entre os adolescentes americanos de 12 a 15 anos. Não existe relação nenhuma entre o uso intensivo da tecnologia e doenças como ansiedade e depressão. O primeiro estudo foi publicado recentemente na revista científica JAMA Psychiatry e o segundo, dias depois, na revista Clinical Psychological Science. Confuso? Bem-vindo à realidade dos pais e mães do século XXI. A tecnologia digital vem se insinuando em nossa vida há pelo menos três décadas, mas nada pode se comparar à transformação ocorrida nos últimos dez anos, com o boom dos smartphones. Não existem certezas sobre o que é uso saudável da tecnologia, e a realidade é que todos os pais são cobaias de um grande experimento da humanidade: criar a primeira geração global que cresce imersa no mundo digital. Poucos temas geram tanta ansiedade como o potencial impacto negativo das telas no desenvolvimento das crianças. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 19 E o que tira o sono dos pais não para por aí, é claro: da alimentação saudável ao bullying, da relação com o dinheiro à segurança, a lista das preocupações é longa — alguns dirão que é interminável. Os bebês de hoje crescem sob a mira das câmeras de celulares. A familiaridade com bits será essencial na educação e na vida profissional dos filhos. Mas qual é a hora certa para o primeiro contato? Segundo as mais recentes diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), nunca antes do primeiro ano de vida. E, para as crianças de 2 a 4 anos, o tempo de tela — seja na frente da TV, do computador, do tablet ou do celular — deve ser de uma hora por dia, no máximo. “Não está claro se o uso intensivo das mídias digitais causa depressão ou problemas de saúde mental. Vários estudos sugerem que pode ser o caso, mas são necessários mais estudos para que tenhamos certeza. Porém isso não quer dizer que devemos ficar de braços cruzados”, escreveu num artigo recente Jean Twenge, professora de psicologia na Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia, e autora de um livro sobre as crianças hiperconectadas. “Se tivéssemos esperado provas experimentais absolutas de que o cigarro provoca câncer de pulmão, poderíamos ainda estar aguardando para fazer alguma coisa.” Uma parte da explicação é muito simples: quanto mais tempo as crianças passam sentadas olhando para uma tela, menos tempo estão brincando e se mexendo. Segundo a OMS, hábitos saudáveis de atividade física são estabelecidos desde muito cedo. “A primeira infância é um período de desenvolvimento rápido e uma época em que o estilo de vida da família pode ser adaptado para estimular a saúde”, segundo a OMS. Outra parte tem a ver com o desenvolvimento humano, especialmente nos primeiros anos de vida. “Temos de lembrar que as crianças aprendem brincando”, disse Peg Oliveira, diretora do Gesell Institute of Child Development, um dos centros de estudos sobre desenvolvimento infantil mais respeitados dos Estados Unidos. “Para uma criança na pré- -escola, é muito mais importante brincar fora de casa do que ficar dentro de casa lendo.” E os limites também se aplicam aos pais, especialmente aqueles cujos bebês ainda são pequenos. Nunca antes na história os pais dedicaram tanto tempo aos filhos. Mas nunca antes na história eles tiveram tantas distrações durante essa interação. De acordo com um levantamento do think tank Pew Research Center, quase 30% dos adultos americanos dizem estar on-line “quase o tempo inteiro”. “Os bebês respondem ao que chamamos de interações ‘saque e devolução’”, afirmou Oliveira. Gestos, olhares, sorrisos e abraços ajudam a formar as conexões neurais que sustentarão sua comunicação verbal e suas habilidades sociais. [...] Os especialistas recomendam paciência e perseverança e enfatizam a importância dos exemplos dos pais. Como disse Naumburg: “Não adianta esperar que os filhos larguem o celular se os pais estão vidrados na tela, assim como não é razoável esperar que eles comam bem se a família não tem hábitos saudáveis”. (JUNIOR, Sérgio Teixeira. O que dizem as últimas pesquisas sobre como educar os filhos na era digital. Texto adaptado. Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/o-que-dizem-as-ultimas-pesquisassobre- como-educar-os-filhos-na-era-digital-24024838. Acesso em: 28/11/2019.) Observe a grafia da palavra “hiperconectadas” (4º§). Em qual das alternativas a palavra destacada foi escrita de maneira INCORRETA? a) Ontem, eu fui ao hipermercado. b) Minha filha sofre de hiperacidez. c) Ela só gosta de coisas hiperrequintadas. d) Aquela menina da minha escola é hiperativa. Questão 27: (DECEx/Geral/2020) Marque a única opção em que a palavra escreve-se sem a letra h. a) Omilia. b) ediondo. c) pan-ispânico. d) ecatombe. e) desarmonia. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 20 Questão 28: (IMPARH/ /Higiene Dental/2020) Um advogado tinha doze filhos, precisava sair da casa onde morava e alugar outra, mas não conseguia por causa do monte de crianças. Quando ele dizia que tinha doze filhos, ninguém queria alugar, porque sabiam que a criançada iria destruir a casa, e ele não podia dizer que não tinha filhos, não podia mentir; afinal os advogados não mentem. Ele estava ficando desesperado, o prazo para se mudar estava se esgotando. Daí teve uma ideia: mandou a mulher ir passear no cemitério com onze dos filhos. Pegou o filho que sobrou e foi ver casas junto com o agente da imobiliária. Gostou de uma, e o agente perguntou quantos filhos ele tinha. Ele respondeu que tinha doze. Daí o agente perguntou: “Mas onde estão os outros?”. E ele respondeu, com um ar muito triste: "Estão no cemitério, junto com a mamãe deles". E foi assim que ele conseguiu alugar uma casa sem mentir... MORAL: A inteligência faz a diferença; não é necessário mentir, basta escolher as palavras certas. Adaptado de https://www.facebook.com/diariojurista/posts/584960891622563. Acesso em 02/03/2020. No trecho “Ele respondeu que tinha doze” (l. 08), contam-se quantas vogais e quantas semivogais? a) 11 vogais e 01 semivogal. b) 10 vogais e 01 semivogal. c) 09 vogais e 02 semivogais. d) 08 vogais e 02 semivogais. Questão29: FURB - Ag (Dr Pedrinho) /Pref Dr Pedrinho/Administrativo III/2020 A questão se refere ao trecho da notícia abaixo: Sai Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí, entra Associação dos Municípios do Vale Europeu. A mudança de nome, que já vinha sendo especulada nos bastidores, foi aprovada em assembleia da entidade na última semana. Uma campanha explicando o novo posicionamento institucional deve ser lançada em breve. A alteração ocorre por dois motivos principais: primeiro, o termo Vale Europeu está mais alinhado a estratégias conjuntas de promoção do turismo regional. Segundo porque a nomenclatura anterior citava Itajaí, município que pertence a outra associação, o que provocava alguma confusão. A ainda Ammvi engloba 14 municípios: Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Blumenau, Botuverá, Brusque, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio e Timbó. [...] Disponível em: https://www.nsctotal.com.br/colunistas/pedro-machado/associacao-dos-municipios-do-medio-vale-vai-mudar-de-nome. Acesso em: 18 fev. 2020. [adaptado] A exemplo de “pertence”, escrito corretamente com C, assinale a alternativa cuja lacuna também deve ser preenchida com C: a) con iente. b) compreen ão. c) ân ia. d) coin idência. e) pedrinhene. CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 21 Questão 30: (ZAMBINI/Gabinete/2020) ODÊ AO BURGUÊS Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, o burguês-burguês! A digestão bem-feita de São Paulo! O homem-curva! o homem-nádegas! O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, é sempre um cauteloso pouco-a-pouco! Eu insulto as aristocracias cautelosas! (ANDRADE, Mario de. in; TELES, Gilberto de Mendonça. Vanguarda Europeia e Modernismo Brasileiro, Rio de Janeiro. Vozes, 1972.) PRONOMINAIS Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. (Oswald de Andrade ANDRADE, O. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.) Assinale a alternativa em que há erro(s) de ortografia. a) ansioso, pesquisa, vexame b) retenção, quisesse, prazeroso c) atrazado, excessão, prazeroso d) vassalo, calabresa, paralisar CADERNO DE EXERCÍCIOS - CONCURSOS PÚBLICOS 22 GABARITO 1) C 2) B 3) C 4) C 5) C 6) C 7) B 8) D 9) A 10) D 11) C 12) B 13) E 14) E 15) A 16) D 17) B 18) B 19) A 20) E 21) E 22) D 23) C 24) B 25) B 26) C 27) E 28) B 29) D 30) C
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