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TCC - EST rev 02

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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Daniele Cristine Sant’ana de Lima
Ergonomia no Ambiente de Trabalho
Estudo de caso - Escritório
Rio de Janeiro - RJ 
1
2023
PÚBLICA
PÚBLICA
PÚBLICA
Daniele Cristine Sant’ana de Lima
Ergonomia no Ambiente de Trabalho
Estudo de caso - Escritório
Monografia apresentada à Faculdade UnyLeya, como exigência parcial para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.
Orientador: Luís Antônio dos Santos
Rio de Janeiro - RJ
2023
Daniele Cristine Sant’ana de Lima
Ergonomia no Ambiente de Trabalho
Estudo de caso - Escritório
Monografia apresentada à Faculdade UnyLeya, como exigência parcial para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.
Orientador: Luís Antônio dos Santos
Aprovado em: ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Prof. Luis Antonio dos Santos
Orientador
___________________________________________________________________
Profª. 
Examinador 1
___________________________________________________________________
Profº. 
Examinador 2
Rio de Janeiro - RJ
2023
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”
Albert Einstein
RESUMO
Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto.
Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto Texto. 
Palavras-chave: Ergonomia; Engenharia de Segurança do Trabalho; Escritório. 
ABSTRACT
Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text.
Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text Text. 
Keywords: Ergonomics, Work's Security Engineer; Office.
LISTA DE ABREVIATURAS
a.C.			Antes de Cristo
ABNT			Associação Brasileira de Normas Técnicas
AC 			Corrente Alternada
CBT 			Confederação Brasileira do Trabalho
CIPA			Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT			Consolidação das Leis de Trabalho
DDS 			Diálogo Diário de Segurança
DIEESE 		Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômico
DSST 			Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho
EPC			Equipamento de Proteção Coletiva
EPI			Equipamento de Proteção Individual
EST 			Engenheiro de Segurança do Trabalho
FAP 			Fator Acidentário de Prevenção
kVA			Kilo-Volt Ampère - Unidade de potência elétrica
NBR			Norma Brasileira
NR			Norma Regulamentadora
OIT			Organização Internacional do Trabalho
PCMSO		Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
SESMT		Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Efeitos fisiológicos em função do choque elétrico.	56
Quadro 2 - Cronograma da pesquisa.	78
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Martelo pré-histórico	16
Figura 2 - Lesão por esforço repetitivo	18
Figura 3 – Doenças psicossociais causadas pelo trabalho	19
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Parafusos secionadoras.	37
Tabela 2 - Número de esferas utilizadas.	38
Tabela 3 – Número de cordoalhas e cadeados utilizados.	38
Tabela 4 - Válvulas utilizadas na manutenção.	42
Tabela 5 – Parafusos utilizados na manutenção do barramento.	47
Tabela 6 – Conectores substituídos.	47
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	12
1.1 TEMA	12
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA	12
1.3 OBJETIVOS	13
1.3.1 Objetivo Geral	13
1.3.2 Objetivos Específicos	13
2. JUSTIFICATIVA	14
3 BASE TEÓRICA	15
3.1 ERGONOMIA	15
3.1.1 A ergonomia na História	15
3.1.2 A ergonomia no trabalho	16
3.1.2.1 Tipos de ergonomia no trabalho	18
3.1.3 Vantagens da aplicação da ergonomia no trabalho	19
3.2 NORMA REGULAMENTADORA 17	20
3.2.1.1 Levantamento e transporte individuais de carga/materiais	22
3.2.1.3 Condições ambientais de trabalho (iluminação, ruídos, etc)	24
3.2.1.4 Organização do trabalho	24
3.2.2 Ergonomia no espaço de trabalho	25
3.2 USO DA FERRAMENTA GUT NA ERGONOMIA	26
3.2.1 Definições	26
4 Estudo de caso	29
4.1 POSTO DE TRABALHO EM UM ESCRITÓRIO DE ENGENHARIA	29
3.7 A ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM MANUTENÇÕES EM SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS	35
4 METODOLOGIA	37
5 CRONOGRAMA	40
6 CONCLUSÃO	41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	42
1. INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
	O tema Ergonomia no Ambiente de Trabalho foi escolhido em função do interesse de se estudar a importância da ergonomia nas empresas e o relacionamento das pessoas com o ambiente de trabalho, buscando, sempre o conforto e o bem-estar dos funcionários, em especial, os que trabalham em escritórios. 
	Segundo (ALVES, Roni, 2005), Ergos (trabalho) e Nomos (normas) formam a palavra que designa a ciência responsável por estudar as condições de trabalho. Ainda que o nascimento da ergonomia tenha oficialmente ocorrido no século XX, considera-se que, desde a pré-história, os homens buscam técnicas para adaptar o trabalho às condições humanas (e não o contrário).
A ergonomia está relacionada com a busca por um conforto para o trabalhador no ambiente de trabalho, que nesse estudo será um escritório, e na prevenção de doenças ocupacionais.
Segundo Conexa Saúde (2021), são classificadas como doença ocupacional qualquer tipo de complicação de saúde que o colaborador apresente em decorrência da sua atividade profissional e das condições do local de trabalho.
Analisaremos as doenças operacionais causadas no ambiente de um escritório, mostrando algumas situações reais e como devemos nos prevenir. Um estudo ergonômico do ambiente será realizado, a fim de ajudar nas ações a serem realizadas.
	A NR-17 será utilizada nesse estudo. Segundo o site PontoTel, a NR-17 aborda características de prevenção a doenças na tentativa de garantir qualidade de vida no trabalho, saúde, bem-estar, e especialmente segurança.
A NR-17 foi criada na Portaria Nº 3.214, de 08 de Junho de 1978, que aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
O objetivo da NR-17 é estabelecer os parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, com objetivo de proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho.
O subitem 17.1.2 da NR-17 estabelece que, para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, o empregador deve realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho estabelecidas na NR-17.
A NR-17 é de grande importância para os trabalhadores, pois a maioria das doenças de trabalho são desenvolvidas a partir da exposição ao risco ergonômico, como por exemplo:
· Trabalhos realizados em pé durante toda a jornada;
· Lesão por Esforço Repetitivo (LER);
· Repetitividade ou monotonia;
· Levantamentos de cargas;
Além da saúde do trabalhador, o que se deve estar consciente é que o desconforto do trabalho pode gerar também baixa produtividade para as empresas, sendo assim, o não cumprimento desta norma não é vantajoso para ambos.
A Matriz GUT, que é o resumo das palavras Gravidade, Urgência e Tendência, será utilizada no estudo, visto que é uma excelente ferramenta de gestão de problemas dentro de uma empresa, onde pode-se analisar as prioridades de solução de um problema, avaliando os problemas de forma quantitativa. 
 
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
O que a Engenharia de Segurança do Trabalho pode fazer para melhorar a Ergonomia no ambiente de trabalho?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Analisar o que a Engenharia de Segurança do Trabalho pode auxiliar na prevenção dos problemas relacionados à Ergonomia no ambiente de trabalho, mais especificamente, em umescritório.
1.3.2 Objetivos Específicos
· Mostrar os conceitos básicos de Ergonomia;
· Descrever os conceitos de Ergonomia na empresa estudada;
· Apresentar as reações do corpo humano com as condições que possam afetar a ergonomia do ambiente de trabalho;
· Mostrar as melhorias de bem-estar e de saúde dos funcionários no local de trabalho. 
2. JUSTIFICATIVA
A presente monografia teve como finalidade analisar a Ergonomia no Ambiente de Trabalho. A primeira parte foi feita a justificativa da escolha do tema, além de apresentar os objetivos propostos para o ambiente ergonômico existente de um estudo de caso em um escritório de engenharia. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do tema foi de caráter exploratório com base em pesquisas bibliográficas pelo método dedutivo por meio de observação e aplicação de uma matriz GUT na empresa. No embasamento teórico verifica-se o surgimento da ergonomia, os conceitos básicos, a ergonomia no ambiente de trabalho, exploração da NR-17, os campos de estudo da ergonomia com a análise do posto de trabalho, as condições ambientais e as principais doenças, a abordagem da visão e da postura no trabalho e por último, um estudo de caso.
Na tabulação dos dados foi possível observar, através da pesquisa de satisfação dos funcionários e da análise no ambiente do referido departamento, que os funcionários estão se adaptando ao posto de trabalho e as condições do ambiente existente estão adequadas conforme a teoria estudada sobre Ergonomia. 
O estudo mostrou através de um plano de ação a necessidade de melhoria em alguns aspectos como, a adequações no ambiente de trabalho (elevação dos monitores, aquisição de kits ergonômicos para mouse e teclado) melhoria na arrumação do espaço, conscientização das pessoas no uso dos equipamentos para a prevenção de doenças, adoção de pausas para alongamentos e a da prática de ginástica laboral. 
3 BASE TEÓRICA
3.1 ERGONOMIA
3.1.1 A ergonomia na História 
A ergonomia é a ciência que visa modificar os ambientes de trabalho a fim de se melhorar as condições de trabalho e assim os trabalhadores podem executar as suas tarefas de maneira segura e eficiente. 
Embora a ergonomia tenha começado a existir em 1949 com a oficialização da primeira sociedade de ergonomia no mundo, a Ergonomic Research Society, pelo engenheiro inglês Kenneth Frank Hywel Murrell, as regras que comandam a ergonomia surgiram ainda na pré-história, onde o homem fazia adaptações com pedras e pedaços de madeira ou ferro, sempre respeitando a anatomia das mãos e fazendo com que o uso fosse seguro e eficaz. Essas suposições são baseadas nos elementos conhecidos daquela época, como ferramentas e instrumentos de defesa.
Figura 1 - Martelo pré-histórico
Fonte: IFSC, 2023
O início dos estudos da ergonomia foi marcado na época renascentista, quando Leonardo da Vinci fez a figura do homem vitruviano, onde uma figura de um homem está inserida ao mesmo tempo em um quadrado e um círculo, elucidando a relação entre o espaço circundante e o corpo humano. Já a era da revolução industrial (meados do século XVIII) trouxe uma gama de avanços na tecnologia e o trabalho foi ganhando novas abordagens, o que trouxe impacto nas linhas de produção. No final do século XVIII, na era taylorista, houve o início dos estudos da relação homem x trabalho e durante a 1ª Guerra Mundial foram iniciados estudos de profissionais da área da psicologia para aprimoramento da indústria bélica.
A ergonomia só foi alcançar status de disciplina científica na década de 1940, pois começaram a perceber as dificuldades de se entender e utilizar os novos equipamentos técnicos, e essas dificuldades eram bem evidentes no setor militar. Na 2ª Guerra mundial, onde houve mais expansão tecnológica, e conforme esses avanços adentravam o âmbito civil, pode-se perceber as dificuldades em lidar com equipamentos, causando uma maior probabilidade de erro humano. Isso foi fundamental para o despertar da necessidade de pesquisas na área, que começou no ambiente de trabalho e logo se espalhou para outras áreas, como por exemplo, a indústria voltada para o consumo.
No Brasil, de forma oficial, o surgimento da ergonomia aconteceu na década de 70, onde vários pesquisadores de universidades brasileiras, influenciados pelos pesquisadores que foram orientadores de seus mestrados, Alain Wisner e Maurice de Montmollin, abordaram o conceito de ergonomia em várias áreas de conhecimento. Em 1983 surgiu a Associação Brasileira de ergonomia (ABERGO) que é uma associação sem fins lucrativos, que tem o objetivo de contribuir para o avanço da ciência e da prática da ergonomia, bem como, ampliar a sua divulgação, estudando as interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, considerando as suas habilidades, limitações e necessidades.
3.1.2 A ergonomia no trabalho
A ergonomia é uma das ferramentas mais importantes na saúde ocupacional e qualidade de vida no trabalho, trazendo uma melhor produtividade e melhoria nas condições laborais e de saúde dos trabalhadores.
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é um conjunto de técnicas que identificam os erros na relação homem versus instrumentos de trabalho e visa corrigir esses erros e assim tornar essa relação o menos prejudicial possível para o trabalhador. A AET faz um estudo detalhado do ambiente e dos instrumentos de trabalho e quais são os impactos na rotina dos trabalhadores.
De acordo com a Norma Regulamentadora 17, principal legislação sobre esse assunto, a ergonomia no trabalho estabelece:
“As diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho”.
A ergonomia aplicada no trabalho possibilita que os trabalhadores utilizem os recursos disponíveis, melhorando a sua performance ao mesmo tempo que cuidam de sua saúde física e mental. Implantar e acompanhar a ergonomia do trabalho traz muitas vantagens para a empresa, pois traz mais saúde e produtividade para a equipe. Alguns dos principais problemas que podem ser mitigados com um bom programa de ergonomia são:
· Lesão por esforço repetitivo (LER): Esta é uma das doenças ocupacionais mais recorrentes. É uma lesão causada pelo desempenho de atividade repetitiva e contínua. Ela pode ser tão grave a ponto de levar os colaboradores à aposentadoria por invalidez.
Figura 2 - Lesão por esforço repetitivo
Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2022
· Doenças psicossociais ocupacionais: São patologias que provocam danos psicológicos desencadeados por fatores ambientais, causando ansiedade, estresse crônico, síndrome de Burnout, depressão, etc. Essas patologias estão ligadas a fatores psicossociais como clima organizacional, cobranças, cumprimento de metas, ritmo das tarefas, entre outros.
Figura 3 – Doenças psicossociais causadas pelo trabalho
Fonte: Pontotel, 2023
· Afastamentos médicos e absenteísmo: Absenteísmo significa se ausentar por curto período ou durante todo o expediente, podendo essa ausência ser justificada ou não. Trabalhadores que não estão satisfeitos com sua função, gestão ou ambiente de trabalho tendem a se ausentar com maior frequência. A ergonomia pode trazer um melhor engajamento dentro da empresa, tornando o clima mais leve e assim colaborar para diminuir os índices de absenteísmo. 
3.1.2.1 Tipos de ergonomia no trabalho
A ergonomia pode ser classificada em 3 diferentes tipos:
· Ergonomia Física - É a relação entre as atividades desempenhadas e as características anatômicas do homem. Neste campo, os seguintes elementos são avaliados: Postura, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, estações de trabalho. Essa área estuda as dimensões do corpo do trabalhador para dimensionar seus equipamentos, ferramentas, máquinas de trabalho de acordo com a sua anatomia. A partir desse estudo, 4 intervenções podem ser aplicadas: 
· Ergonomia de correção: Onde é ajustado elementos como posição de mobiliário, iluminação, temperaturaetc.;
· Ergonomia de concepção: Promove uma organização do trabalho modificando o projeto do ambiente, cuidando do uso correto dos equipamentos e da manutenção da postura correta pelos trabalhadores;
· Ergonomia de conscientização: Através de palestras, treinamentos etc. promove a educação dos trabalhadores quanto a correção dos hábitos posturais;
· Ergonomia participativa: Criação de Comitê Interno de Ergonomia (CIE) para conscientizar e viabilizar projetos ergonômicos que tenham como foco a saúde dos trabalhadores. 
· Ergonomia Organizacional - É a área da ergonomia focada no trabalho em equipe, onde envolve a estrutura, processos e rotinas, como o teletrabalho, trabalho em escala, toda a programação e supervisão envolvida. Promove o aperfeiçoamento das estruturas organizacionais e sistemas sempre visando o trabalhador e todos os aspectos importantes para o desenvolvimento das suas atividades na empresa, promovendo mais qualidade de vida no trabalho.
· Ergonomia Cognitiva - Área da ergonomia que visa preservar a saúde mental dos trabalhadores analisando os impactos que as atividades desempenhadas causam no psicológico, percepção, cognição, recuperação de memória e armazenamento no dos trabalhadores.
3.1.3 Vantagens da aplicação da ergonomia no trabalho
3.1.3.1 Para a empresa
Uma das principais vantagens para a empresa é a redução do absenteísmo e faltas no trabalho pois reduz os prejuízos à saúde dos funcionários e proporcionalmente aumenta a produtividade, a saúde do ambiente e a qualidade de vida no trabalho.
3.1.3.2 Para o trabalhador
A ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho promove mais bem-estar e fortalecimento do vínculo com a equipe. Isso reduz a LER, doenças psicossociais, estresse etc.
3.2 NORMA REGULAMENTADORA 17
Segundo Pontotel (2023), as Normas Regulamentadoras ou NRs foram aprovadas pelo Ministério do Trabalho em 1978, e tornaram obrigatório que as empresas seguissem orientações e procedimentos da Medicina do Trabalho. 
Porém, a NR 17, conhecida como “norma da ergonomia” foi aprovada pela Portaria do Ministério do Trabalho n.º 3.214/1978, com redação dada pela Portaria MTPS n.º 3.751, somente em 23 de novembro de 1990.
As NRs, ou “Normas Regulamentadoras” são regras para evitar acidentes, doenças e qualquer fator prejudicial à saúde. A NR 17 é uma regulamentação específica das condições de trabalho. 
Outrossim, alguns pontos desta regulamentação abordam características de prevenção a doenças na tentativa de garantir saúde, bem-estar, qualidade de vida no trabalho, e especialmente segurança, em todos os aspectos. No geral, a maioria das NRs são aplicáveis para toda a atividade laboral. 
Todavia, existem NRs mais específicas para atividades de alto risco, como: atividades rurais, portuárias, construção civil, setor elétrico, indústrias, entre outros.
A NR 17 trata da ergonomia e dos riscos à saúde de ambientes e locais de trabalhos impróprios: 
“Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”. (17.1) NR-17
 
A Ergonomia nada mais é que um estudo científico que aborda a interação e a adaptação do trabalho ao homem, a fim de garantir o bem-estar e melhorar o seu desempenho geral. Sendo assim, foi incluída nas regulamentações da prática laboral brasileira. Com a adoção de regime de trabalho por home office, a aplicação de ergonomia para esse tipo de trabalho se tornou um desafio imenso para as empresas. A NR17 tem papel fundamental na implementação de diretrizes que auxiliam os profissionais, inclusive os que cumprem o regime home office.
O desempenho em condições inadequadas pode gerar uma série de doenças, dentre elas estão as doenças lombares, como problemas com a postura, artrite, dorsalgia, hérnia de disco, força excessiva na coluna e maior desgaste das vértebras, discos e articulações etc.
Todavia, a NR 17 existe para implementar regras que possam garantir a saúde do colaborador, a redução das doenças de trabalho, e a qualidade de vida e de desempenho do colaborador. 
A ergonomia não trabalha apenas com aspectos físicos do trabalhador, mas também emocionais. São três pontos fundamentais: conforto, segurança e eficiência.
Todas as Normas Regulamentadoras são atualizadas quase que anualmente. Segundo o site da Secretaria do Trabalho (2023), houve atualizações em 2022, e hoje são contabilizadas 37 NRs. 
A última atualização da NR 17 foi realizada em 2021, A mais recente atualização ocorreu em outubro de 2021 e a nova redação, dada pela Portaria MTP nº 423.
3.2.1 O que trata a NR 17?
A NR 17 é conhecida como norma da ergonomia. Esta NR trata sobre a saúde ocupacional do colaborador. A ergonomia, no entanto, pode ser aplicada em todo e qualquer local de trabalho. 
Os aspectos gerais da NR 17 são:
· Levantamento e transporte individuais de carga/materiais;
· Mobílias e equipamentos dos postos de trabalho; 
· Condições ambientais de trabalho (iluminação, ruídos, etc);
· Organização do trabalho;
· Trabalho dos operadores de checkout;
· Trabalho em teleatendimento/telemarketing.
 
O Ministério do Trabalho entende que a questão da ergonomia se vale dos altos índices de doenças ocupacionais e compreende que o cuidado e manutenção da saúde do trabalhador pode ajudar as empresas a manter a qualidade de vida e reduzir os afastamentos por doenças.
Algumas das regras da NR 17 são bem específicas em termos técnicos, outras lidam com problemas gerais.
3.2.1.1 Levantamento e transporte individuais de carga/materiais
A primeira regra estabelecida pela NR 17 aborda as condições individuais para o levantamento e transporte individual de carga.
É estabelecido que as empresas são responsáveis por averiguar e tratar das questões ergonômicas, compreender o profissional que executa essa atividade, e fornecer equipamentos de transporte para diminuir os impactos na saúde do colaborador, com atenção especial para mulheres e jovens entre 14 e 18 anos.
“17.2.1.2 Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas. 
17.2.1.3 Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze anos. 
17.2.2 Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. 
17.2.3 Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. 
17.2.4 Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados meios técnicos apropriados. 
17.2.5 Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança.”
 3.2.1.2 Mobílias e equipamentos dos postos de trabalho
Essa segunda norma trata das mobílias adequadas para que o colaborador possa então usufruir de um ambiente de trabalho que garanta a sua integridade física. Tem aplicação para profissionais de escritório, assistentes ou atendimento telefônico, existem algumas regras a serem seguidas. 
A norma estabelece que as bancadas, mesas ou escrivaninhas devem proporcionar:
· Condições para postura;
· Boa visualização;
· Altura e características compatíveis com a atividade;
· Distância mínima entre a visão e o foco da atividade do colaborador, preservando assim a visão, o pescoço e a coluna, e a altura do assento compatível; 
· Área de trabalho com fácil alcance para o colaborador;
· Móveis em dimensões adequadas que possibilitem movimentação; 
· Pedais ou suporte para os pés a fim de manter o colaborador com postura e ângulo adequados em função da posturalombar;
· Assento com altura ajustável, bordas arredondadas e encosto adaptável a região lombar.
 
3.2.1.3 Condições ambientais de trabalho (iluminação, ruídos, etc)
17.5.1 Os locais de trabalho devem ser dotados de condições acústicas adequadas à comunicação telefônica, adotando-se medidas de prevenção com o fim de atender ao nível de ruído previsto no item 17.8.4.1 e subitens da NR 17.
Isso significa que são recomendadas medidas de conforto, especialmente para atividades “que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de operação ou análise de projetos, dentre outros”.
· Os níveis de ruídos precisam ser de acordo com o estabelecido na NBR 10152; o aceitável para atividades não relacionadas a esta outra norma é de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB;
· A temperatura deve estar entre 20ºC e 23ºC com umidade relativa do ar não inferior a 40%;
· A iluminação deve ser adequada, uniformemente distribuída e difusa.
3.2.1.4 Organização do trabalho
17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração:
 
a) as normas de produção;
b) o modo operatório, quando aplicável;
c) a exigência de tempo;
d) o ritmo de trabalho;
e) o conteúdo das tarefas e os instrumentos e meios técnicos disponíveis; e
f) os aspectos cognitivos que possam comprometer a segurança e a saúde do trabalhador.
 
Além disso, as empresas devem realizar análise ergonômica das atividades que exijam sobrecarga muscular do pescoço, ombro, dorso, membros superiores ou inferiores. 
Também é necessário observar que todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho (KPI) deve considerar a repercussão da saúde dos trabalhadores, e que isso deve ter efeitos remuneratórios, seguindo tais regras:
 
· Devem ser incluídas as pausas e horários para descanso;
· Funções de digitação não devem exceder 8.000 toques por hora trabalhada;
· Tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder 5 horas, e o restante da jornada de trabalho pode ser executado em outra função ou atividade, segundo a 468 da CLT;
· Nas atividades de entrada de dados deve haver pausas de no mínimo 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados e isso não reduz a jornada normal de trabalho;
· Quanto ao retorno do trabalho após afastamento superior a 15 dias, a empresa deve voltar a produção do colaborador em questão de maneira gradativa. 
 
3.2.2 Ergonomia no espaço de trabalho 
As empresas que possuem atividades de alto risco e tiveram muitos profissionais afastados por motivo de doença sabem a importância de se promover a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Visto isso, a ergonomia é um dos pilares fundamentais para o bem-estar acontecer.
As regras da NR 17 são instruções, mas cabe às empresas analisarem todas as funções, atividades e as particularidades psicofisiológicas dos seus empregados para compreender quais são os riscos à saúde do colaborador, e quais são as melhores maneiras de garantir a saúde e qualidade de vida.
As regras estabelecidas podem parecer exageradas, porém, elas funcionam como medida preventiva de doenças que podem acontecer ao longo da vida do trabalhador, seja em curto ou longo prazo. Os fatores para desenvolver as doenças no ambiente de trabalho são muitos. Oferecer um ambiente adequado aos colaboradores é garantir a qualidade produção. Uma boa análise ergonômica deve conter especificações sobre móveis, equipamentos, assim como a prática da atividade laboral e quais seriam os riscos à saúde que o colaborador é submetido quanto desempenha tal função.
3.2 USO DA FERRAMENTA GUT NA ERGONOMIA
A matriz de priorização GUT (Gravidade x Urgência x Tendência) foi proposta por Charles H. Kepner e Benjamim B. Tregoe, no ano de 1981 como uma das ferramentas voltada para soluções de problemas. É uma excelente ferramenta de qualidade para definir as prioridades dadas às diversas alternativas de ação. 
A matriz GUT tem por objetivo priorizar de forma racional as tomadas de ação, levando em consideração a gravidade, a urgência e a tendência dos fenômenos, trata-se de uma matriz de priorização que possibilita, de forma consensual, classificar em ordem de prioridade os processos / problemas da situação examinada. É igualmente uma ferramenta construída para ordenar uma lista de itens que serão priorizados com base em critérios definidos por pesos, possibilitando que a tomada de ação possa ser feita de uma maneira menos prejudicial para os envolvidos.
3.2.1 Definições
A montagem de uma matriz GUT é feita seguindo os passos abaixo:
· Passo 1 – Em primeiro lugar, deve-se listar todos os problemas relacionados às atividades que serão estudadas e inseridas na matriz GUT.
· Passo 2 - Em seguida atribui-se uma nota para cada problema listado, dentro dos três aspectos principais que serão analisados: Gravidade, Urgência e Tendência.
- Gravidade: Representa o impacto do problema analisado caso ele venha a acontecer. É analisado sobre alguns aspectos, como: tarefas, pessoas, resultados, processos, organizações etc. Analisando sempre seus efeitos a médio e longo prazo, caso o problema em questão não seja resolvido. A classificação que determina a gravidade vai de 1 a 5, conforme os critérios abaixo:
1. Sem gravidade: danos leves. Podem ser considerados até mesmo danos secundários.
2. Pouco grave: onde os danos são mínimos.
3. Grave: onde os danos alcançam um grau regular.
4. Muito grave: pode causar grandes danos para a empresa.
5. Extremamente grave: danos que devem ser priorizados, pois podem se tornar danos irreversíveis.
- Urgência: Representa o prazo, o tempo disponível ou necessário para resolver um determinado problema analisado. Quanto maior a urgência, menor será o tempo disponível para resolver esse problema. É recomendado que seja feita a seguinte pergunta: “A resolução deste problema pode esperar ou deve ser realizada imediatamente?”. A pontuação varia de 1 a 5 seguindo os seguintes critérios:
1. Pode esperar: sem pressa para resolver o problema.
2. Pouco urgente: apenas mais urgente do que os anteriores, pode esperar um pouco mais para ser resolvido.
3. Urgente: merece atenção em curto prazo.
4. Muito urgente: quanto antes melhor, uma semana, por exemplo.
5. Imediatamente: necessita de ação imediata.
-Tendência: Representa o potencial de crescimento do problema, a probabilidade do problema se tornar maior com o passar do tempo. É a avaliação da tendência de crescimento, redução ou desaparecimento do problema. Recomenda-se fazer a seguinte pergunta: “Se eu não resolver esse problema agora, ele vai piorar pouco a pouco ou vai piorar bruscamente?”. Os critérios de pontuação também vão de 1 a 5:
1. Nada irá mudar: aponta que nada acontecerá ou que o problema pode até mesmo desaparecer.
2. Irá piorar a longo prazo: problema tem a tendência de crescer de forma lenta.
3. Irá piorar a médio prazo: o problema permanecerá se nada for feito.
4. Piorar a curto prazo: o problema pode piorar muito em curto período.
5. Vai piorar rapidamente: é necessário agir em curto prazo.
Conforme os critérios informados acima, as notas atribuídas devem seguir uma escala crescente, onde: nota 5 para os maiores valores e 1 para os menores valores. Sendo assim, um problema extremamente grave, urgentíssimo e com altíssima tendência a piorar com o tempo receberia uma pontuação da seguinte maneira:
Gravidade = 5 | Urgência = 5 | Tendência = 5
Ao final, atribui-se uma nota para o problema, fazendo a multiplicação de cada grau da seguinte forma: (G) x (U) x (T). O número encontrado será o resultado de toda a análise e definirá qual o grau de prioridade daquele problema. 
Ao final da atribuição das notas, seguindo os aspectos GUT, faz-se necessário produzir um número que será o resultado de toda a análise e que definirá qual o grau de prioridade daquele problema em relação a toda a lista produzida. O cálculo é feito da seguinte forma: Pega-se os valores de cada problema e multiplica-se desta maneira (G) x (U) x (T). Para o exemplo citadoacima: Gravidade x Urgência x Tendência = 5 x 5 x 5, onde o produto desta multiplicação seria igual a 125, ou seja, o fator de prioridade deste problema, segundo a Matriz GUT será 125. O que, dentro de uma comparação com outros problemas, indicará se ele é ou não o mais urgente a ser atacado, ou seja, quanto maior o resultado da multiplicação, maior é a urgência na tomada de ação. Sendo assim, a ordem de priorização é feita do maior resultado ao menor.
Uma das vantagens em se utilizar a Matriz GUT é que se pode utilizar esta ferramenta para inúmeras finalidades, contando sempre com as vantagens de possuir uma utilização fácil e ela auxilia o gestor a avaliar de forma quantitativa os problemas da empresa, tornando possível priorizar as ações corretivas e preventivas para o extermínio total ou parcial do problema. A sua montagem e utilização são muito fáceis e pode ser manuseada por qualquer funcionário. A ferramenta é de simples implantação, além de contribuir para um bom planejamento estratégico.
4 Estudo de caso
4.1 POSTO DE TRABALHO EM UM ESCRITÓRIO DE ENGENHARIA
O objetivo do estudo é identificar os riscos ergonômicos e elaborar um planejamento para mitigar as falhas de projeto que podem vir a prejudicar os trabalhadores.
4.1.1 Local Avaliado
O ambiente escolhido foi um escritório de engenharia, com baixo fluxo de trabalhadores. A escala de serviço dos trabalhadores é de 8h por dia, 5 dias por semana, e o turno pode ser prolongado de forma eventual para horas extras. 
4.1.2 Montagem da planilha GUT para o problema apresentado
Seguindo os passos apresentados no item 3.2.1, o primeiro passo é identificar os problemas ergonômicos existentes no posto de trabalho, e eles estão listados na tabela abaixo:
Tabela 1 – Relação dos riscos ergonômicos encontrados
	Risco Ergonômico
	Descrição
	Postura
	Posto de trabalho sem suporte para os pés
	
	Teclados sem suporte para os pulsos
	
	Monitores não estão nivelados na mesma altura do nível dos olhos
	
	Os mouses de computador não são usados sobre uma esteira com designer ergonômico (apoio para o punho em gel acolchoado)
	
	Manejo de caixas de forma inadequada
	Cognitivo
	Longos tempos de trabalho sem pausas, para atingir metas
	
	Falta de organização do trabalho
	Mobilidade
	Falta de exercício físico
	
	Fadiga muscular por esforço repetitivo
Fonte: A autora, 2023.
Figura 4 - Funcionário em posto de trabalho
Fonte: A autora, 2023.
Figura 5 - Funcionário em posto de trabalho
Fonte: A autora, 2023.
Figura 6 - Funcionário em posto de trabalho
Fonte: A autora, 2023.
Figura 7 - Caixas armazenadas em armário alto
Fonte: A autora, 2023.
Figura 8 - Caixas armazenadas em armário alto, dificultando o seu manejo
Fonte: A autora, 2023.
Figura 9 - Ambiente de trabalho desorganizado
Fonte: A autora, 2023.
Figura 10 - Ambiente de trabalho desorganizado equipamento fora do lugar
Fonte: A autora, 2023.
A partir dos riscos identificados, o passo 2 é elaborar uma tabela com base nas definições de Gravidade, Urgência e Tendência dos riscos citados neste relatório, onde chegou-se a seguinte tabela:
Tabela 2 - Matriz GUT
	Risco Ergonômico
	Descrição
	G
	U
	T
	Resultado
	Postura
	Posto de trabalho sem suporte para os pés
	2
	3
	3
	18
	
	Teclados sem suporte para os pulsos
	2
	3
	3
	18
	
	Monitores não estão nivelados na mesma altura do nível dos olhos
	2
	3
	3
	18
	
	Os mouses de computador não são usados sobre uma esteira com designer ergonômico (apoio para o punho em gel acolchoado)
	2
	3
	3
	18
	
	Manejo de caixas de forma inadequada
	3
	3
	4
	36
	Cognitivo
	Longos tempos de trabalho sem pausas, para atingir metas
	4
	4
	4
	64
	
	Falta de organização do trabalho
	3
	4
	4
	48
	Mobilidade
	Falta de exercício físico
	2
	4
	3
	24
	
	Fadiga muscular por esforço repetitivo
	4
	4
	4
	64
Fonte: A autora, 2023.
Com a elaboração da planilha, podemos identificar que o maior problema está no item cognitivo. Em seguida, estão listados os problemas relacionados a mobilidade e postura, estes têm forte influência no bem-estar e saúde e sanar ou erradicar esses problemas pode acarretar na diminuição de custos com tratamentos de saúde do trabalhador.
4.1.3 Plano de ação
Para aliviar os danos causados pelas Lesões de Esforço Repetitivo (LER) e a falta de exercícios, deve-se estimular os colaboradores a realizar exercícios laborais, pausas no turno para alongamento, realizar a promoção de DDS (Diálogo Diário de Segurança), palestras e acompanhamento por profissional capacitado. Deve-se fazer avaliação do mobiliário (cadeira, estação de trabalho, aquisição de apoio para os pés e para os monitores, aquisição de estante para armazenamento dos arquivos do escritório e itens pessoais, como bolsas e mochilas e promoção de melhorias no espaço de trabalho.
5 METODOLOGIA
5.1 CONCEITO 
Devemos entender o conceito de pesquisa, antes de continuarmos. Segundo o dicionário Aurélio, pesquisa é ato ou efeito de pesquisar, série de atividades dedicadas a novas descobertas, abrangendo todas as áreas de conhecimento, ou uma investigação detalhada.
5.2 CLASSIFICAÇÃO E TIPOS
Existem diversas formas de classificar uma pesquisa. Nesse tópico mostraremos a metodologia utilizada nesse estudo.
Quanto à natureza, as pesquisas podem ser classificadas como básicas e aplicadas; quanto a forma de abordagem elas podem ser classificadas em quantitativa e qualitativa; quanto aos objetos, elas podem ser exploratórias, descritivas ou explicativas; quanto aos procedimentos, elas podem ser classificadas em documental, bibliográfica, experimental, levantamento, etnografia, estudo de caso, pesquisa-ação, pesquisa participante, pesquisa de campo e pesquisa ex-post-facto.
Segundo VIANNA (2013), a descrição dos tipos de pesquisa é feita da seguinte forma:
Quanto à natureza:
· Básica - Não apresenta finalidades imediatas e produz conhecimento a ser utilizado em outras pesquisas.
· Aplicada - Com finalidades imediatas, gera produtos e/ou processos.
Quanto à natureza, esta pesquisa pode ser definida como aplicada, pois possui como finalidade analisar e comparar critérios práticos utilizados pelas empresas e buscar resultados satisfatórios, a fim de garantir uma qualidade de vida para o trabalhador.
Quanto aos objetivos:
· Exploratória - Fase preliminar de pesquisa, com a finalidade de obter mais informações sobre um assunto e orientar os objetivos, métodos e a formulação das hipóteses ou mesmo dar um novo enfoque.
· Descritiva - Registra e descreve os fatos observados sem interferir neles
· Explicativa - Explica as causas, valendo-se do registro, da análise, da classificação e interpretação dos fenômenos observados.
Segundo Octavian et al. (2003, p.22), a pesquisa exploratória “é feita através do levantamento bibliográfico, entrevistas com profissionais que estudam, atuam na área, visitas a web sites e outras fontes de dados”.
Analisando os conceitos aplicados quanto aos objetivos, pode-se definir o presente trabalho como pesquisa exploratória.
Quanto à abordagem:
· Quantitativa - Faz uso de recursos e técnicas de estatística, buscando traduzir em números os conhecimentos gerados pelo pesquisador.
· Qualitativa - O ambiente natural é fonte direta para coleta de dados, interpretação de fenômenos e atribuição de significados.
Quanto à abordagem, o presente trabalho é definido como quantitativa.
Quanto aos procedimentos: 
· Bibliográfica - Põe o pesquisador em contato com as publicações existentes (livros, revistas etc.). Um destaque fundamental deve ser dado à veracidade fontes e dados, observando possíveis incoerências.
· Documental - Baseia-se em materiais que não receberam ainda um tratamento analítico.
· Experimental - Determina um objeto de estudo e analisa as variáveis que influem nos fenômenos. Refaz as suas condições para observá-lo em ambiente sob controle, podendo assim detectar a relação causa-efeito entre variáveis e fenômenos.
· Etnografia - Visa realizar a descrição dos significados pertencente a um determinado grupo ou fenômenosocial particular.
· Estudo de caso - Coleta e analisa informações sobre determinado indivíduo, um grupo ou comunidade, a fim de estudar aspectos variados que sejam objeto da pesquisa.
· Levantamento (survey) - Envolve a interrogação direta (através de questionário) a um grupo de pessoas cujo comportamento está sendo pesquisado.
· Pesquisa-ação - Concebida e realizada para a resolução de um problema coletivo.
· Pesquisa participante - Desenvolvida com a participação de grupos de pesquisa e/ou pesquisadores individuais em situações investigadas similares e caracteriza-se pela interação entre os membros.
· Pesquisa Ex-Post-Facto - Pode ser definido como uma investigação que o pesquisador não pode controlar as variáveis independentes, pois os fatos já aconteceram.
· Pesquisa de campo - Observação in loco, de fatos espontâneos.
Podemos afirmar que esse estudo apresenta pesquisas bibliográfica, documental e um estudo de caso, que são abordados no decorrer dos Capítulos 3 e 4.
6 CRONOGRAMA
Quadro 2 - Cronograma da pesquisa.
	Ano
	2022 / 2023
	Etapas
	
	
	DEZ
	JAN
	FEV
	MAR
	Definição do tema
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Pesquisa Bibliográfica
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Construção da Monografia
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Revisão da Monografia
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Entrega da Monografia
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Correções da Monografia
	
	
	
	
	
	
	Entrega Final da Monografia
	
	
	
	
	
	
Fonte: A autora, 2023.
6 CONCLUSÃO
Esta monografia teve como propósito o estudo da Ergonomia e a ergonomia do trabalho em um escritório de engenharia, tanto no aspecto do ambiente físico quanto a reação do corpo humano. Após a análise, foi estudado através de uma matriz GUT, no item 4.1.2 desse trabalho, quais os pontos de melhoria e adaptação do corpo humano do ambiente de trabalho, com objetivo de trazer uma melhor qualidade de vida no trabalho, aumento de produtividade e satisfação do trabalhador.
Os riscos identificados estão na postura (Falta de suporte para os pés e punhos, monitores com altura inadequada, manejo de caixas de forma inadequada.), no cognitivo (longos períodos de trabalho sem pausa, ambiente desorganizado) e na mobilidade (Falta de exercícios físicos, LER). Esses riscos podem ser mitigados com intervenções ergonômicas, programas de conscientização e aplicação de ginástica laboral. 
É necessário salientar que uma boa aplicação da ergonomia traz uma melhor qualidade de vida no trabalho, bem-estar e melhora na saúde física e mental dos trabalhadores. Uma melhor conscientização do trabalhador traz mais produtividade para a empresa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] CORRÊA, Vanderlei Moraes; BOLETTI, Rosane Rosner.  Ergonomia: Fundamentos e aplicações. 1 ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
[2] SARMENTO, Thaisa Sampaio. Projetar o ambiente construído com base em princípios ergonômicos. Disponível em: www.scielo.br/j/ac/a/RzJHHCXykHFp9YptwrkFf3t/?lang=pt#. 
Acesso em: 15 jan. 2023.
[3] LUCIO, Cristina do Carmo. et al. Trajetória da ergonomia no Brasil: aspectos expressivos da aplicação em design. 1 ed. São Paulo: Editora Unesp, v. 1, 2010.
[4] José Aldair Morsch. Morsch Telemedicina. Ergonomia no trabalho: Principais riscos e ações preventivas. Erechim, 2022. 
Disponível em: https://telemedicinamorsch.com.br/blog/ergonomia-no-trabalho.
Acesso em: 1 fev. 2023.
[5] José Aldair Morsch. Morsch Telemedicina. Doenças psicossociais: exemplos, causas, sintomas e prevenção. Erechim, 2022. 
Disponível em: https://telemedicinamorsch.com.br/blog/doencas-psicossociais. 
Acesso em: 1 fev. 2023.
[6] PontoTel. Ergonomia no trabalho: qual a importância, o que diz a NR-17 e como promover?. São Paulo, 2023. 
Disponível em: https:// www.pontotel.com.br/ergonomia-no-trabalho/
Acesso em: 1 fev. 2023.
[7] INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE (Brasil). O que é Ergonomia Cognitiva?. Santa Catarina: Equipe INBRAEP, 18 de fevereiro de 2021. Disponível em: https://inbraep.com.br/publicacoes/ergonomia-cognitiva/. Acesso em: 15 fev. 2023.
[8] SAMPAIO, Keila Regina. BATISTA, Valmir. RSD Journal. Análise Ergonômica do Trabalho (AET) no ambiente de escritório: Um estudo de caso em uma empresa na cidade de Manaus-AM. Espírito Santo, 2021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/16478/15136/216061. Acesso em: 15 jan. 2023.
[9] BRASIL. NR 17 – ERGONOMIA. Ministério do Trabalho, Brasília, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17-atualizada-2022.pdf/@@download/file/NR-17%20(atualizada%202022).pdf
Acesso em: 20 fev. 2023. 
[10] Sociedade Brasileira de Remautologia, Ler/Dort, São Paulo, 2022.
Disponível em: www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/ler-dort/
Acesso em: 20 fev. 2023.
[11] OCTAVIAN, Rosiu, PAULESCU, Doina, MUNIZ, Adir Jaime de Oliveira. Monografia. Brasília: Uniceub, 2003.
Acesso em: 20 fev. 2023.

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