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1 ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 1 Sumário 1. NOSSA HISTÓRIA .............................................................................................. 2 2. ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS ........................................................................ 3 1. 1. EMPRESA ................................................................................................. 3 1. 2. CONCEITO DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL ............................................. 6 2. .............................................................................................................................. 10 3. 3. ETAPAS DO PROCESSO DE ESTABELECIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS NAS EMPRESAS ................................................................... 10 4. 4. SUSTENTAÇÃO DAS ESRATÉGIAS EMPRESARIAIS ............................. 13 5. 5. CENÁRIOS ESTRATÉGICOS (Análise ambiental e organizacional) ........... 18 6. ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL ................................................................... 33 7. 6. FORMULAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS ............................... 42 8. 7.TIPOS DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS ................................................. 46 9. 8. ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS GENÉRICAS (PORTER) ......................... 51 10. 9. ESCOLHA DAS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS ................................... 54 9.1 ESTRATÉGIAS PARA COMPRAR EMPRESAS ....................................... 55 9.2 ESTRATÉGIAS PARA ALIANÇAS DE EMPRESAS ................................. 56 9.3 ESTRATÉGIAS PARA VENDA DE EMPRESAS ....................................... 57 9.4 ESTRATÉGIAS PARA GLOBALIZAÇÃO DE EMPRESAS ....................... 57 9.5 ESTRATÉGIAS PARA DIVERSIFICAÇÃO DE NEGÓCIOS ...................... 58 11. 10.NÍVEIS DE ABRANGÊNCIA DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS .......... 59 12. 11.IMPLANTAÇÃO E CONTROLE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .. 62 13. 12. ESTRATÉGIAS E AS VANTAGENS COMPETITIVAS NAS EMPRESAS 66 14. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 67 2 1. NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 2. ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS Atenção: Esse material é orientativo para o conteúdo da disciplina. Portanto, é fundamental a consulta dos livros de referência para maior entendimento da matéria. 1. 1. EMPRESA o Uma organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos). Além de objetivos e recursos, as organizações tem dois outros componentes importantes: processo de transformação e divisão de trabalho. Principais Componentes das Organizações o Objetivos: Toda organização existe com a finalidade de fornecer alguma combinação de produtos e serviços. o Recursos: as organizações são grupos de pessoas que usam recursos. o Processo de transformação: são atividades interligadas, como começo, meio e fim, que utiliza recursos, como humano e equipamentos, para fornecer produtos e serviços. o Organizar é o processo de dispor qualquer coleção de recursos ou conjunto de partes em uma estrutura, classificação ou ordem. o Principais etapas ou decisões do processo de organização Definição de Responsabilidades Análise dos Objetivos Divisão do Trabalho Definição de Autoridade 4 Desenho da Estrutura Organizacional o Divisão do Trabalho: é o processo por meio do qual uma tarefa é dividida em partes, Cada uma das quais é atribuída a uma pessoa ou grupo de pessoas. o Departamento (unidade de trabalho): tarefa/atividade + habilidade/competência do funcionário formam blocos de trabalho. o Definição de Responsabilidades: são as obrigações ou deveres das pessoas pela realização de tarefas ou atividades dentro de um departamento. o Cargo: é o conjunto de tarefas pelas quais uma pessoa é responsável. É a menor unidade de trabalho da estrutura organizacional. Os cargos têm títulos que identificam a tarefa principal do ocupante. o Autoridade: está atrelada ao cargo, ou seja, é o direito legal que os chefes ou gerentes têm de dirigir ou comandar o comportamento dos integrantes de sua equipe. o Estrutura Organizacional o Para conduzir o trabalho de forma eficiente, essa estrutura precisa estar em sintonia com os objetivos da instituição. o Componentes da estrutura organizacional o Sistema de responsabilidade é composto pela distribuição do trabalho; ou seja, pela divisão de tarefas entre os diferentes funcionários. Quando determinada tarefa é alocada sob a responsabilidade de um empregado, é importante estabelecer um esquema de supervisão e prestação de contas, a fim de garantir a execução da atividade. o Sistema de autoridade é preciso fazer escolhas muito importantes sobre como distribuir o poder decisório. É necessário, por exemplo, definir os níveis hierárquicos e suas respectivas amplitudes de controle. Também é indispensável optar pela centralização ou descentralização das tomadas de decisão, bem como estabelecer limites de autoridade. 5 Quando pensamos na relação entre nível hierárquico e amplitude de controle, é importante considerar duas opções: a centralização e a descentralização da autoridade. o Sistema de comunicação, a comunicação é uma peça-chave para o sucesso empresarial, porque, ao aproximar funcionários de diferentes departamentos, ela confere à mão de obra uma visão mais holística da instituição. Por isso, tais momentos de intercâmbio de informações e experiências merecem o incentivo da alta administração. Vale a pena, por exemplo, utilizar salas de reunião e auditórios como espaços de integração física entre diferentes setores. Forças externas que conduzem as estratégias empresariais. Stakeholders o É uma pessoa ou um grupo, que legitima as ações de uma organização e que tem um papel direto ou indireto na gestão e resultados dessa 6 mesma organização. Desta forma, um stakeholder pode ser afetado positivamente ou negativamente, dependendo das suas políticas e forma de atuação 1. 2. CONCEITO DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL o A finalidade das estratégias empresariais é estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas de ação que devem ser seguidos para se alcançarem os objetivos ou resultados estabelecidos pela empresa. o O conceito básico de estratégia está correlacionado à ligação da empresa ao seu ambiente, o qual é externo e está fora de seu controle; e, nessa situação, a empresa procura definir e operacionalizar estratégias que maximizem os resultados da interação estabelecida. 7 A palavra estratégia significa, literalmente, a arte do general; deriva da palavra grega strategos, que significa,estritamente, general. Estratégia, na grécia antiga, significava tudo o que o general faz... antes de napoleão, estratégia significava a arte e a ciência de conduzir forças militares para derrotar o inimigo ou abrandar os resultados da derrota na época de napoleão, a palavra estratégia estendeu-se aos movimentos políticos e econômicos, visando a melhores mudanças para a vitória militar (steiner, 1979, p. 237). o Numa empresa, a estratégia está correlacionada à arte de utilizar adequadamente os recursos tecnológicos, físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas empresariais e a maximização do uso das oportunidades identificadas no ambiente da empresa é por isso que as estratégias devem apresentar efetiva interligação com os projetos das empresas. o Quando se considera a estratégia empresarial, ou seja, a escolha de um caminho de ação para toda a empresa, deve-se fazer a seguinte pergunta chave: “que destino devo dar à empresa e como devo estabelecer esse destino?” o A avaliação desse processo é feita pelo confronto entre os pontos fortes e fracos – internos e controláveis – da empresa, de um lado, e de suas oportunidades e ameaças – externas e não controláveis – proporcionadas por seu ambiente, de outro lado. o Dessa avaliação deve resultar a postura estratégica, que é o ponto de partida para traçar o caminho direcionado aos objetivos estabelecidos e escolhidos entre as opções estratégicas que a empresa consegue identificar como preferenciais ou as mais adequadas em determinado momento. o A estratégia não deve ser considerada como um plano fixo ou determinado, mas um esquema orientador dentro de um fluxo de decisões. o A chave do sucesso de uma empresa é a habilidade da alta administração em identificar as principais necessidades de cada um desses grupos, estabelecer algum equilíbrio entre eles, e atuar com um conjunto de estratégias que permitam a satisfação de cada grupo. Esse conjunto de estratégias, como modelo, identifica o que a empresa tenta ser. 8 Os elementos básicos da estratégia empresarial são: o os objetivos a serem alcançados; o as políticas que orientam ou limitam as estratégias a serem desenvolvidas; e os projetos, com os diversos recursos da empresa alocados em suas atividades sequenciais, para concretizar os objetivos definidos, dentro dos limites estabelecidos pelas políticas. o A estratégia empresarial pode ser analisada sob o enfoque dos CINCO P’S (mintzberg, 1996, p. 86).: Plano (Plan) Estratagema (Ploy) Padrão (Pattern) Posição (Position) Perspectiva (perpective) o Os dois primeiros P’S servem de sustentação para conduzir a estratégia de sua abordagem tradicional para a abordagem de estratégia emergente, a qual consolida a situação em que a estratégia pode efetivar-se em uma empresa de maneira não consciente, ou mesmo sem ser formulada. o Como plano, a estratégia é algo consciente e estruturado, representando a sua formalização na empresa. o Como estratagema, a estratégia é algo ardiloso para enfrentar um concorrente um exemplo de estratagema pode ser a construção de uma nova fábrica, não como uma estratégia para conquistar novos mercados, mas para tirar do concorrente a vontade de expandir seus negócios. o Como padrão, a estratégia é orientativa para as ações que devem ser desenvolvidas pela empresa. o Como posição, a estratégia deve interligar os aspectos externos – não controláveis – e os aspectos internos – controláveis – da empresa, consolidando uma situação de operacionalização da estratégia. o Como perspectiva, a estratégia consolida-se como a personalidade da 9 empresa; é sua maneira de ser, e como a empresa visualiza o mundo os cinco P’S da estratégia empresarial devem atuar de forma interligada, buscando sinergias em todos os seus aspectos. o Verifica-se que a inovação é intrínseca à estratégia; e a inovação é a única questão permanente às mudanças nas empresas, sendo impossível pensar em inovação, renovação e perenidade sem as pessoas, as quais são fundamentais para a otimizada qualidade do processo estratégico das empresas. 10 2. 3. 3. ETAPAS DO PROCESSO DE ESTABELECIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS NAS EMPRESAS 11 o O processo de estabelecimento e implementação das estratégias empresariais representa um dos aspectos mais importantes que os executivos da alta administração das empresas têm de enfrentar, e espera-se que o processo seja desenvolvido da melhor maneira possível, propiciando numa otimização dos resultados da empresa. o Este processo deve passar por 5 fases básicas: Fase 1. Formulação das estratégias empresariais Fase 2. Estabelecimento das estratégias empresariais alternativas Fase 3. Escolha das estratégias empresariais Fase 4. Implementação das estratégias empresariais Fase 5. Controle, avaliação e acompanhamento das estratégias empresariais VISÃO DA EMPRESA Aspirações e Desejos Ideologias • Como queremos estar? • O que queremos ser? • O que queremos fazer? • O que é certo? (escala de valores) EMPRESA AMBIENTE • O que é? • O que é? • Como está? • Como está? – recursos – conjunturas Sustentação – vantagens competitivas – necessidades identificadas – concorrências das Estratégias 12 Escolha das Estratégias Empresariais a serem Implementadas FASE 3 Implementação das Estratégias Empresariais Escolhidas FASE 4 Avaliação das Estratégias Empresariais Implementadas Fase 5 Estabelecimento das Estratégias Alternativas • Avaliar perante a: – aceitabilidade: • valores • ideologia – exequibilidade: • recursos disponíveis • circunstâncias disponíveis – coerência – eficácia Identificação de Estratégias Empresariais Alternativas Aceitáveis Fase 2 – limitações governamentais MISSÃO DA EMPRESA • Propósitos atuais e potenciais • Postura estratégica CENÁRIOS ESTRATÉGICOS • O que está para acontecer? • Como a empresa será afetada? Identificação de Objetivos 13 4. 4. SUSTENTAÇÃO DAS ESRATÉGIAS EMPRESARIAIS Definindo a Visão da Empresa o A descrição da visão apresenta o futuro, ou seja, o alvo a ser procurado pela empresa. o A visão deve ser prática, realista e visível, não podemos alcançar aquilo que não vemos. Foco nos resultados atingíveis. o O enunciado da visão, além dos aspectos de aspiração e inspiração, de ser prática, realista e visível deve facilitar a resposta às seguintes perguntas: - No que a empresa quer se tornar? - Qual a direção é apontada? - Onde nós estaremos? - O que a empresa será? - Em que direção eu devo apontar meus esforços? - Eu estou ajudando a construir o que? - Os recursos investidos estão levando a empresa para onde? Definindo a Missão da Empresa o A partir da missão da organização e da função, dos objetivos gerais da área e dos recursos disponíveis, o gerente estabelece como pretende alcançar esses objetivos, e distribui recursos e responsabilidades. o Missão é o propósito de uma organização o A missão deve responder o que a empresa se propõe a fazer, e para quem. 14 o O enunciado da missão é uma declaração objetiva do propósito e das responsabilidades da empresa perante os seus clientes, ou seja, a razão da sua existência. o Nenhuma organização pode ser tudo para todas as pessoas. o Toda empresa tem seus pontos fortes e pontos o fracos e os melhores gerentes tentam capitalizar os pontos fortes para tornar a empresa mais eficaz. Algumas Missões de Empresas McDonald's Servir alimentos de qualidade com rapidez esimpatia, em um ambiente limpo e agradável. Danone Assegurar que as pessoas possam crescer, viver melhor e ser providas diariamente com alimentos melhores, uma grande variedade de sabores, para uma saúde melhor. Hospital das Clínicas de São Paulo Salvar vidas. Caixa Econômica Federal - CEF Promover a melhoria contínua da qualidade de vida da sociedade com a intermediação de recursos financeiros. Disney Alegrar as pessoas. Wal-Mart Dar às pessoas comuns a oportunidade de comprar as mesmas coisas que os ricos. Nike Viver a alegria do avanço e usar tecnologia em benefício do público. Revista Exame Transformar a informação em conhecimento; dar sentido a coisas aparentemente desconexas; antecipar ideias e conceitos. Fiat Produzir automóveis que as pessoas desejam comprar e tenham orgulho em ter. 3M Solucionar de maneira inovadora problemas não solucionados. 15 Definindo os Valores da Empresa o Valores são princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério, para os comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam executando a Missão, na direção da Visão. o O conjunto de valores deve definir a regra do jogo, em termos de comportamentos e atitudes, devendo conter um subconjunto das respostas às perguntas abaixo: - Como os empregados devem se portar, individualmente? - Como os empregados se relacionam entre si? - Como os empregados se relacionam com os clientes? - Como a empresa trata seus clientes? - Como a empresa faz negócios? - Como nos relacionamos com a comunidade? - Qual a nossa responsabilidade frente à sociedade? 16 - Que valores, crenças ou princípios são importantes para a empresa? o Resumidamente, os valores: - Definem as regras básicas que norteiam os comportamentos e atitudes de todos empregados. - São as regras do jogo para que, executando a Missão, alcancemos a Visão. - São o suporte, o estofo moral e ético da empresa. o A construção de um conjunto de Missão, Visão e Valores, só é útil se a prática do dia a dia, do presidente ao porteiro, mostra e demonstra ser esse o conjunto de regras que regem a conduta do pessoal da sua empresa. o O conjunto Missão, Visão e Valores serve também para facilitar e promover a convergência dos esforços humanos, materiais e financeiros. Exemplo: Gestão Estratégica da 3M Estamos comprometidos a: a. Satisfazer nossos clientes com qualidade e valor superior. b. Fornecer aos investidores um retorno atrativo, por meio do crescimento sustentado de alta qualidade. c. Respeitar nosso ambiente social e físico. d. Ser uma empresa da qual os empregado tem orgulho de fazer parte. a) Satisfazer nossos clientes com qualidade e valor superior • Proporcionar os produtos e serviços da mais alta qualidade, consistentes com as exigências e preferências de nossos clientes. 17 • Tornar cada aspecto de cada transação uma experiência de satisfação para nossos clientes. • Encontrar maneira inovadoras de tornar a vida mais fácil e melhor para nossos clientes. b) Fornecer aos investidores um retorno atrativo, por meio do crescimento sustentado de alta qualidade. • Crescimento e ganho por ação em média de 10% ou mais ao ano. • Um retorno de capital empregado de 27% ou mais. • Um retorno para acionistas em dividendos entre 20% a 25%. • Pelo menos 30% das vendas ao ano adivinhas de produtos novos nos últimos 4 anos. c) Respeitar nosso ambiente social e físico. • Cumprir todas as leis e atender ou exercer os regulamentos. • Manter clientes, funcionários, investidores e público informados sobre nossas operações. • Desenvolver produtos e processos que tenham um impacto mínimo sobre o meio ambiente. • Manter-se em sintonia com as necessidades e preferências mutáveis de nossos clientes, funcionários e sociedade. • Honestidade e integridade inabaláveis em todos os aspectos de nossas operações. d) Ser uma empresa da qual os empregado tem orgulho de fazer parte. • Respeitar a dignidade e o valor dos indivíduos. 18 • Encorajar a iniciativa e a inovação individual em uma atmosfera caracterizada por flexibilidade, cooperação e confiança. • Desafiar as capacidades individuais. • Valorizar a diversidade humana e proporcionar oportunidades iguais de desenvolvimento. Diagrama do processo de formulação da estratégia 5. 5. CENÁRIOS ESTRATÉGICOS (Análise ambiental e organizacional) o Por que fazer uma análise do ambiente externo? • Descobrir ameaças e oportunidades. • Comparar sua margem de lucro com os concorrentes. • Conhecer melhor o nível de competitividade no Mercado. • Fazer escolhas estratégicas com mais informações. 19 ANÁLISE SWOT (FOFA) • A partir dos 60, a sigla SWOT passou a ser o símbolo do procedimento básico para o planejamento estratégico. Para planejar a estratégia, os gerentes precisam avaliar as forças (potencialidades), oportunidades, fragilidades e ameaças dentro do ambiente operacional da organização. • Identificar Oportunidades e Ameaças Externas. A sondagem ambiental revela oportunidades e ameaças. O modo como a organização define oportunidades ou ameaças depende de seus recursos. • Identificar as Forças e as Fragilidades da Organização. Toda organização é limitada por suas habilidades e recursos. A administração precisa avaliar as forças e fragilidades internas da organização. Isso lhe permitirá identificar a competência diferencial da organização: qualificações e recursos ímpares que determinam suas armas competitivas. • Escolhendo um Nicho. A análise bem-sucedida identifica um nicho no qual os produtos ou serviços da organização podem dispor de certa vantagem competitiva. 20 21 o As 3 fases utilizadas no processo de análise da SWOT são: • Fase 1 – Detectar questões estratégicas • Identificar questões relevantes à posição estratégica da empresa no setor de atuação e no macroambiente, entendendo que oportunidades e ameaças são fatores que a administração não pode influenciar diretamente. • Identificar questões internas relevantes à posição estratégica da empresa. • Analisar e classificar as questões externas de acordo com a probabilidade de ocorrência e seu impacto. • Relacionar as questões estratégicas essenciais, dentro e fora da organização, que afetem de forma significativa a posição competitiva de longo prazo na matriz SWOT. • 22 • Fase 2 – Determinar a estratégia • Identificar a qualificação estratégica da empresa, dadas suas competências internas e o ambiente externo. Formular estratégias alternativas em um dos quadrantes da matriz. o Alavancagem: são as forças combinadas com oportunidades. o Restrição: são as fraquezas combinadas com oportunidades. o Vulnerabilidade: são as forças combinadas com ameaças. o Problema: são as fraquezas combinadas com ameaças. • Fase 3 – Implementar e monitorar a estratégia • Desenvolver um plano de ação para implementar a estratégia. • Atribuir responsabilidade e orçamentos. • Monitorar o progresso. • Iniciar o processo de revisão desde o início. 23 MODELO DAS 5 FORÇAS DE PORTER • A análise competitiva de Porter identifica 5 forças competitivas fundamentais que determinam a atividade relativa de um setor. a) Ameaça de Entrada (Há barreiras à entrada de novos competidores?) • São os novos entrantes no setor. • Se os custos forem baixos e o retorno alto, mais gente entrará. • A ameaça de entrada depende do custo da entrada, e este por sua vez, da altura das barreiras à entrada. • Barreiras são atributos do setor que aumentam o custo da entrada.Barreiras de Entrada • Para isto, há seis fontes principais de barreiras de entrada: 24 1. Economias de escala: forçando o aspirante a entrar em larga escala ou aceitar uma desvantagem de custo. 2. Diferenciação de produto: A identificação de marca cria uma barreira para forçar os entrantes a gastar muito para conquistar a lealdade do cliente. A propaganda, serviços a clientes, ser o primeiro do setor e diferenças no produto estão entre os fatores que promovem a identificação de marca. 3. Exigências de capital: A necessidade de investir grandes recursos financeiros para concorrer cria uma barreira de entrada, particularmente se o capital for exigido para gastos não recuperáveis em propaganda antecipada ou P&D. 4. Desvantagens de custo independente de tamanho: Podem originar-se dos efeitos da curva de aprendizado (e de sua prima mais próxima, a curva de experiência), tecnologia privada, acesso às melhores fontes de matéria-prima, ativos adquiridos a preços pré- inflação, subsídios governamentais ou localização favorável. Algumas vezes, as vantagens de custo são legalmente impostas, como no caso das patentes. 5. Acesso aos canais de distribuição: Quanto mais limitados forem os canais de atacado ou varejo e quanto mais os concorrentes existentes mantiverem isso dessa forma, obviamente mais difícil será a entrada nesse segmento. Algumas vezes, essa barreira é tão alta que, para ultrapassá-la, um novo concorrente deve criar seus próprios canais de distribuição. 6. Políticas Governamentais: O governo pode limitar ou mesmo excluir setores com controles como exigência de licenciamento ou acesso limitado a matérias primas. O governo também pode desempenhar um papel indireto importante em relação às barreiras de entrada por meio de controle como padrões de poluição de ar e da água e regulamentações de segurança. 25 Vantagens de custo independentes da escala 1. Tecnologia proprietária: patentes. 2. Know-how gerencial: dominam conhecimentos, competências e informações. 3. Acesso favorável a matéria prima. 4. Vantagens de custo de curva de aprendizado: com o passar dos anos, as empresas estabelecidas diminuem ainda mais os custos em função da experiência na produção. Ameaça de Rivalidade (Quais são as vantagens dos competidores?) • Altos níveis de rivalidade no setor são indicados por cortes frequentes de preço, lançamento de novos produtos frequentes, campanhas publicitárias acirradas. • O que faz aumentar a rivalidade? 1. Empresas do mesmo tamanho; 2. Crescimento lento do setor; 3. Falta de diferenciação do produto; 4. Aumento da capacidade de produção rápida, pois que gera mais oferta e diminui os preços. Ameaça de Substitutos (Com que facilidade seu produto ou serviço pode ser substituído por outro?) • Os produtos oferecidos pelos concorrentes atendem as mesmas necessidades dos clientes, mas de maneira diferente. 26 • Quanto mais atraente a relação de preço-desempenho oferecida pelos produtos substitutos, mais firme o teto estabelecido para o potencial lucro do setor. • Os substitutos não apenas limitam os lucros em tempos normais, mas também reduzem a bonança da qual um setor pode desfrutar em tempos de alta. • Produtos substitutos que merecem mais atenção estrategicamente são aqueles que: • Estão sujeitos a tendências de melhoria em sua relação preço desempenho com o produto do setor. • São produzidos por setores com altos lucros. • Relógios digitais substituem ao de corda. Ameaça de Fornecedores (Qual o nível de influência dos fornecedores?) • Aumentam o preço ou diminuem a qualidade do produto/serviço. • Pior se houver pequeno número de fornecedores. Exclusividade de fornecedores. • Um grupo de fornecedores é poderoso se: É dominado por poucas empresas e é mais concentrado do que o setor para o qual vende; Seu produto é único ou pelo menos diferenciado, ou se tiver custo de mudança; Não é obrigado a brigar com outros produtos para vender para um segmento; Representa uma verdadeira ameaça de integração antecipada para as empresas do setor; 27 O setor não é um cliente importante para o grupo de fornecedores. Se for um cliente importante, a sorte dos fornecedores estará fortemente associada ao setor e eles vão querer protegê-lo por meio de preços razoáveis e assistência em atividades como P&D e lobby. Ameaça de Compradores (Qual o poder de barganha dos compradores?) • Um grupo de compradores é poderoso se: • For concentrado ou comprar em grandes volumes; • Os produtos que adquire do setor são padronizados ou não diferenciados; • Os produtos que compram do setor são componentes de seus produtos e representam uma fração significativa do custo; • Gera lucros baixos, o que cria grande incentivo para reduzir custos de compra; • O produto do setor não seja importante para a qualidade dos produtos ou serviços dos compradores; • O produto do setor não gera economia para o comprador. Quando o produto ou serviço adquirido pode pagar-se várias vezes, o comprador raramente é sensível a preço; ao contrário, ele está interessado em qualidade; • Os compradores representam uma verdadeira ameaça de integração para trás na fabricação do produto do setor. 28 Tabela síntese das 5 Forças de Porter Força Competitiva O que influencia Força Competitiva O que influencia Determinação do Poder do Fornecedor • Diferenciação de insumos • Custo de mudança dos fornecedores e das empresas na indústria • Presença de insumos substitutos • Concentração de fornecedores • Importância do volume para o fornecedor • Custo relativo a compras totais na indústria • Impacto dos insumos sobre custo ou diferenciação • Ameaça de integração para frente em relação à ameaça de integração para trás pelas empresas na indústria Barreiras de Novos Entrantes • Economia de escala • Diferenças de produtos patenteados • Identidade de marca • Custos de mudança • Exigência de capital • Acesso à distribuição • Vantagens de custo absoluto - Curva de aprendizagem - Acesso a insumos necessários - Projeto de produtos de baixo custo • Política governamental • Retaliação esperada Determinação do Poder do Comprador Alavancagem de Negociação • Concentração de compradores versus concentração de empresas • Volume do comprador • Custos de mudança do comprador em relação aos custos de mudança da empresa • Informação do comprador Determinantes da Ameaça de Substituição • Desempenho do preço relativo dos substitutos • Custo de mudança • Propensão do comprador a substituir Determinação da Rivalidade • Crescimento da Indústria • Custos fixos (ou de armazenamento) / valor adicionado • Excesso de capacidade crônica • Diferença de produtos MODELO VRIO (VALOR – RARIDADE – IMITABILIDADE – ORGANIZAÇÃO) o Ferramenta para analisar todos os recursos e capacidades que uma empresa pode possuir em relação a concorrência. o O modelo VRIO é uma visão baseada em recursos da empresa. 29 o Desenvolvida para: Saber por que algumas empresas atingem desempenho econômico melhor que outras. Ajudar empresas a obter vantagem competitiva e desempenho econômico superior às outras. Demonstrar que os recursos e capacidades de uma empresa são os fatores que levam à vantagem competitiva e ao desempenho econômico. o Recursos e Capacidades • Recursos: Ativos tangíveis e intangíveis de uma empresa. o Tangíveis: fábricas, produtos, financeiro, humano. o Intangíveis: reputação Usados para conceber e implementar estratégias. • Capacidades: Um subconjunto de recursos que permite à empresa um melhor aproveitamento dos outrosrecursos. (Conhecimento de mercado, relacionamento) A. Valor • Se o recurso permitir que a empresa explore uma oportunidade ou neutralize uma ameaça, esta pode desenvolver uma força organizacional e uma paridade competitiva, desde que, além de manter valiosos, a empresa explore esses recursos. 30 • Uma forma de identificar recursos valiosos é analisando a cadeia de valor de uma empresa, pois cada etapa da cadeia requer a aplicação e a integração de diferentes recursos, e a análise da cadeia incentiva os gestores a pensarem de forma desagregada nos recursos da organização. • Elementos da cadeia de valor (Porter) Atividades primárias: Logística de entrada (compra, manutenção de estoque, manuseio de materiais). Operações (produção). Logística de saída (armazenamento e distribuição). Marketing e vendas (comercialização). Serviço suporte ao distribuidor e atendimento ao consumidor). Atividades suporte: Infraestrutura da empresa (planejamento, finanças, jurídico). Gestão de recursos humanos. Desenvolvimento de tecnologia (P&D e design). Compras. • Na prática: o recurso resulta em um aumento das receitas, redução dos custos ou uma combinação desses dois fatores? (A força de marca da Levi´s permite que ela cobre um preço premium por determinados tipos de calças) B. Raridade • Avaliar se os recursos e capacidades são raros. 31 • Quantas empresas concorrentes já possuem determinados recursos e capacidades valiosas? • Há raridade mesmo se outra firma possuir esse recurso, mas em pequena quantidade, mantendo assim a escassez (várias indústrias farmacêuticas vendem remédios para redução de colesterol, porém essas drogas continuam escassas – os preços continuam altos). C. Imitablidade (grau de dificuldade de ser copiado) • Avaliar se os recursos são facilmente imitáveis ou não. Isso envolve custo e know-how. a. Condições históricas únicas: quando a empresa ganha um acesso barato a recursos devido à sua posição no tempo e no espaço, outras empresas podem achar esse recursos caros para serem imitados. b. Ambiguidade casual: quando os concorrentes não podem saber com certeza o que permite que uma empresa obtenha uma vantagem, essa vantagem pode ser difícil de imitar. Conjunto complexo de capacidades inter-relacionadas. c. Complexidade social: quando os recursos e capacidades envolvem relacionamentos interpessoais, confiança, cultura e outros e custosos de imitar a curto prazo. d. Patentes vantagem competitiva sustentável. D. Organização • Avaliar se a empresa está organizada para explorar ao máximo o potencial competitivo dos recursos e capacidades. • Analisar organograma; política de remuneração; sistemas de controle gerencial. 32 • Não basta que a empresa tenha recursos valiosos e/ou raros e/ou difíceis de serem copiados. Necessariamente, a firma precisa explorar o potencial desses recursos para gerar vantagens competitivas sustentáveis. 33 6. ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL o A estratégia do oceano azul volta sua atenção para criação de novos mercados no estágio do desenvolvimento de produtos sem concorrência. o A maioria dos modelos estratégicos está voltada para alcançar vantagens competitivas, ou seja, superar o concorrente. o O modelo oceano azul estimula a inovação e influencia o foco do desenvolvimento de estratégias. o Em vez de usar o competidor como referência procuram enxergar além dos limites do mercado atual para buscar oportunidades de criar novo valor para os clientes. o Para criar um Oceano Azul: • Reinvenção do conceito. • Inovação e agregação de valor. • Criação de novo nicho de mercado. 34 • Atração de público ainda não usuário. • Eliminar o que é ruim. • Manter o que é essencial. • Acrescentar características interessantes para agregar valor. Novo Mercado: • Foco bem definido, além de • Singularidade e mensagem consistentes o O modelo das 4 ações é um dos pilares da metodologia. Ele sugere que ao se analisar um mercado, identificando seus principais representantes, seja aplicado este modelo de 4 ações para se encontrar uma nova curva de valor. REDUZIR. CRIAR. ELEVAR. ELIMINAR 35 Exemplo Cirque du Soleil 36 Juntou o que havia de melhor dos circos tradicionais e dos espetáculos da Broadway dos Estados Unidos. Eliminou de ambos o que não trazia valor para os clientes ou gerava altos custos. O Cirque du Soleil não apenas mudou um mercado. Ele criou um novo mercado. 37 – KIM, W. Chan; MAUBORGNE, Renée. A Estratégia do Oceano Azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. Rio de Janeiro: Campus, 2005. o FRONTEIRAS DO OCEANO AZUL Para se desvencilhar dos oceanos vermelhos, as empresas devem romper as fronteiras vigentes que definem as formas de competição. Em vez de se preocupar apenas com o que acontece dentro desse limite, devem buscar formas de ultrapassá-lo. Existem seis fronteiras que podem servir para nortear a reconstrução dos atributos de valor e serve ainda como caminho para o oceano azul. 1. Setores Alternativos: As empresas não concorrem apenas com as empresas de seu setor. Existem ofertas alternativas, cujas formas e funções são diferentes, mas têm o mesmo propósito. Em cada decisão de compra, os compradores implicitamente pesam as alternativas, geralmente de maneira inconsciente. Imagine um casal que quer passar algumas horas agradáveis. O Cirque du Soleil, os circos tradicionais e os teatros são algumas opções, mas o casal pode preferir ficar em casa assistindo Netflix. “Com muita frequência, os espaços entre industrias alternativas oferecem oportunidades para inovações de valor”. Inquietações: • Quais são os setores alternativos do seu próprio setor? • Por que os clientes fazem escolhas entre eles? 38 2. Grupos estratégicos: São aquelas empresas que adotam estratégias semelhantes dentro de um mesmo setor. Os carros de luxo. Mercedes, BMW e Jaguar, por exemplo, se concentram em melhorar sua posição competitiva dentro desse grupo estratégico. Essas empresas não prestam muita atenção no que os demais grupos estratégicos estão fazendo – como os carros populares, por exemplo – pois, sob o ponto de vista do consumidor, não parecem estar competindo entre si. “O fator crítico para a criação de oceanos azuis no vazio deixado pelos grupos estratégicos existentes é romper essa estreita visão, compreendendo os fatores que influenciam as decisões dos clientes de optar por subir ou descer de um grupo para o outro” Inquietações: • Quais são os grupos estratégicos do seu setor? • Por que alguns clientes sobem ou descem a escala de ofertas do mercado, para níveis mais ou menos sofisticados? 3. Cadeia de compradores: O mais comum é as empresas que concorrem em um mesmo setor definirem seu foco em um determinado público-alvo. Existe uma cadeia maior que determina a decisão de compra de maneira direta ou indireta. Os compradores podem não ser os usuários finais, assim como não podemos deixar de considerar os influenciadores. 39 Os varejistas, por exemplo, são compradores, porém, não são os usuários finais. Já na indústria farmacêutica, o foco se concentra predominantemente nos influenciadores: os médicos. “Às vezes, há uma forte razão econômica para o foco. Mas geralmente é o resultado de práticas setoriais que nunca foram questionadas. Desafiar a sabedoria convencional do setor a respeito do grupo de compradores a ser mirado não raro conduz à descoberta de novos oceanos azuis”Inquietações: • Qual é a cadeia de adquirentes do seu setor? • Em que grupos de compradores seu setor concentra o foco? • Como seria possível criar novo valor, deslocando o foco para outro grupo de adquirentes? 4. Ofertas de produtos e serviços complementares: Existem ocasiões em que a decisão de compra é afetada por alguma condição que ultrapassa as fronteiras de oferta de produtos e serviços do setor. No entanto, as empresas acabam se concentrando em competir dentro desses limites. Um bom exemplo são os serviços de transporte, que restaurantes e casas de espetáculo oferecem a turistas hospedados em hotéis da redondeza. Apesar de não ser seu core business, a oferta agrega um atributo de valor que influencia fortemente a decisão do cliente. “O valor inexplorado geralmente se oculta em produtos e serviços complementares. O segredo é definir a solução total procurada pelos compradores quando escolhem produtos e serviços”. Inquietações: • Qual é o contexto em que seu produto ou serviço é utilizado? • O que acontece antes, durante e depois do uso? 40 • Você tem condições de identificar os pontos críticos para a decisão do cliente? • Como seria possível influenciar esses pontos por meio de ofertas de produtos e serviços complementares? 5. Apelos funcionais e emocionais dos compradores: Em alguns setores, a competição é baseada na razão, utilizando, principalmente, estratégias de disputa por preço. Em outros, as empresas recorrem principalmente aos sentimentos; apelam para as emoções. A questão é que ambos os setores moldaram a expectativa dos clientes com o passar do tempo e, assim, setores funcionais são cada vez mais funcionais e os emocionais cada vez mais emocionais. “Quando as empresas se dispõem a questionar a orientação funcional e emocional de seus setores, geralmente descobrem novos espaços de mercado. Normalmente, os setores com orientação emocional oferecem muitos extras que aumentam o preço sem ampliar a funcionalidade, uma ruptura nesse sentido poderia gerar vantagem competitiva. No sentido contrário, os setores com orientação funcional podem infundir nova vida nos produtos comoditizados, acrescentando algumas doses de emoção”. Inquietações: • O seu setor compete com base em apelos emocionais ou funcionais? • Que elementos podem ser eliminados para torná-lo funcional? • No sentido oposto, se seu setor segue orientação funcional, que elementos devem ser adicionados para torná-lo emocional? 41 6. Transcurso do tempo: Vivemos em um mundo instável, com constantes mudanças tecnológicas, regulatórias e comportamentais. De forma geral, as empresas se adaptam de forma gradual e até um tanto passiva a tendências externas que afetam seus negócios ao longo do tempo. Ajustam o ritmo de suas próprias ações para acompanhar o desenvolvimento das tendências que estão rastreando. “Os insights mais importantes raramente brotam da projeção da tendência em si. Surgem de especulações sobre como a tendência mudará o valor para os clientes e como impactará o modelo de negócios da empresa. Ao prospectar o transcurso do tempo, os gerentes podem ser proativos na construção do futuro e no estabelecimento de um novo oceano azul” Inquietações: • Quais tendências apresentam maior probabilidade de influenciar o seu setor? • Elas são irreversíveis e estão evoluindo numa trajetória nítida? • De que maneira essas tendências transformarão o seu setor? • Em face dessas circunstâncias, como criar utilidade sem precedentes para os clientes? O Oceano Azul uma ferramenta de inovação e não uma solução mágica, três preocupações centrais ao utilizar esse método: • A principal vantagem do método é o fato de tornar a concorrência irrelevante, mas será uma jornada pioneira, sem quaisquer referências. O que torna sua missão ainda mais desafiadora e arriscada. 42 • Encontrar um mercado inexplorado oferece uma estrutura de custos mais competitiva, pois evita a deterioração de capital causada pela sangrenta competição setorial. Aproveitar para gerar ainda mais valor para seu cliente, garantindo sua exclusividade por mais tempo. • Oceano Azul não é monopólio. Assim que você encontrar um mercado inexplorado, muitos concorrentes vão tentar ultrapassar as mesmas barreiras que você ultrapassou e manipular os atributos de valor de uma forma ainda melhor que a sua. A melhor maneira de manter sua curva de valor única e o seu negócio vivo é destruí-los a todo momento. Exemplos: 1. Ford – Modelo T (produção em massa), 2. Casas Bahia – Crédito próprio. 3. Apple – ITunes 4. UBER – Serviço de transporte. 5. Amazon – serviço de armazenamento de dados na nuvem. 6. Skype – Telefonia por IP. 7. Tata – Carro popular. 8. Wikipedia – Informação gratuita. 9. Tesla – Carro elétrico. 7. 6. FORMULAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS o Para a formulação de estratégias, devem-se considerar, inicialmente, três aspectos: 43 a) A empresa, com seus recursos, seus pontos fortes e fracos, bem como sua missão, propósitos, postura estratégica, objetivos, desafios e políticas; b) O ambiente, em sua constante mutação, com suas oportunidades e ameaças; e c) A integração entre a empresa e seu ambiente, visando à melhor adequação possível, e, nesse aspecto, inserem-se a amplitude e a abordagem da visão dos executivos da empresa. o Para Keeney (1979, p. 26), a complexidade das estratégias está correlacionada aos seguintes pontos principais: • Existência de múltiplos objetivos hierarquizados e diferenciados na empresa; • Existência de objetivos intangíveis; • Horizonte de tempo correlacionado às decisões estratégicas muito longo; • Influência de diferentes grupos de profissionais da empresa, com atitudes e valores diferenciados; 44 Incidência elevada de riscos e incertezas; • Aspecto interdisciplinar, que envolve grande variedade de assuntos; • Existência de vários tomadores de decisão; e • Existência de juízo de valor. o A formulação de uma estratégia empresarial deve, necessariamente, ser baseada: • Num inventário dos recursos disponíveis, • No planejamento de sua utilização em caso de implantação da estratégia e • Na especificação dos recursos não disponíveis internamente que precisam ser adquiridos no ambiente. o Uma estratégia, para ser considerada viável, deve ser consistente com os recursos disponíveis, ajustável às modificações do ambiente empresarial e adequada, em termos de consolidação dos objetivos propostos pela empresa. o Alguns aspectos que os executivos devem considerar, quando da formulação das estratégias empresariais, são: • Devem compreender os diferentes processos de desenvolvimento da estratégia empresarial, e saber quando e como aplicar cada técnica. • A estratégia deve ter uma ocasião propícia e não ser ilimitada no tempo. uma estratégia ilimitada ou aberta pode proporcionar tempo aos concorrentes para atacarem essa estratégia ou resultar em seu próprio insucesso; • A formulação da estratégia é um processo contínuo e não um processo desenvolvido em um programa cíclico a pior situação é a alta administração de uma empresa se reunir por uns quatro dias, em um hotel, uma vez por ano, para estabelecer as estratégias da empresa; 45 • As melhores estratégias são aquelas estabelecidas para ajustar-se a determinada situação, empresa e modelo de gestão; e Quanto maior for a empresa, mais estratégias terá de desenvolver. Nas grandes empresas, pode-se falar em uma rede escalar de estratégias, que vai desde as estratégias maiores, na alta administração da empresa, até as estratégias menores, que se transformam em táticas. o Quando da formulação das estratégias empresariais, deve-se tomarcuidado para não se cometerem alguns erros muito comuns inerentes a estrategeopia ou miopia estratégica alguns destes erros são: • Estratégia do execute-se. neste caso, um grupo pequeno de pessoas e de reduzido conhecimento da empresa e de seu ambiente estabelecem, de forma pura e simples, as grandes decisões estratégicas que, muitas vezes, levam a referida empresa ao caos. Fica evidente que se está, nessa situação, fazendo uma abordagem que considera um grupo fechado da alta administração que não interliga os acontecimentos externos com a realidade da empresa; • Estratégia da participação, na qual todos devem colaborar no desenvolvimento da estratégia empresarial é o exagero total; • Estratégia do status quo, na qual brilhantes executivos estabelecem estratégias que provocam violentísssimo impacto na empresa, ou seja, as coisas continuam, exatamente, como atualmente estão; • Estratégia de gaveta, que é desenvolvida por executivos que sabem que as mesmas não servem para nada talvez, por essa razão, elas são, geralmente, estratégias medíocres alguns executivos fazem o maior oba-oba em cima de sua estratégia, e depois, por meio do senso crítico, percebem que aquela estratégia não tem nenhuma validade, e, então, a enviam para a gaveta; • Estratégia estrangeira, que é simplesmente importada de outra empresa para ser implementada na empresa considerada. Essa situação problemática não precisa de maiores comentários; 46 • Estratégia dos chutadores metidos, normalmente delineada por assessores sem função definida e entregue para os outros executarem; Estratégia dos descamisados, em que ninguém veste a camisa para levar a estratégia em frente mais detalhes sobre o comprometimento com a estratégia empresarial. • Estratégia estratosférica, que corresponde à estratégia desenvolvida por um grupo de lunáticos, com intenções poéticas e filosóficas, que não tem nada a ver com a realidade da empresa e seu ambiente. é também denominada estratégia dos olhos fechados. 8. 7.TIPOS DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS o As estratégias podem ser classificadas das mais diferentes formas, as quais ajudam você a enquadrar-se em uma ou mais situações. o Algumas das formas mais genéricas de classificação de estratégias empresariais são (amplitude, concentração, qualidade dos resultados, fronteira, recursos aplicados, enfoque e postura): • Quanto à AMPLITUDE, as estratégias empresariais são classificadas em: Macroestratégia, que corresponde à ação maior que a empresa adota perante o ambiente, tendo em vista sua visão, missão e os propósitos – principalmente os potenciais –, bem como o resultado do diagnóstico estratégico com a identificação das oportunidades, ameaças, pontos fortes e pontos fracos; Estratégia funcional, que corresponde à forma de atuação de uma área funcional da empresa, normalmente correlacionada ao nível tático; e Microestratégia ou subestratégia, que corresponde à forma de atuação 47 em termos operacionais, normalmente correlacionada a um desafio ou a uma meta da empresa. Em termos conceituais, normalmente essa situação não se caracteriza como um tipo de estratégia. o Como as estratégias funcionais ainda são muito utilizadas nas empresas, apresentam-se, a seguir, algumas considerações sobre as mesmas. o Podem ser classificadas, de maneira geral, em estratégias de marketing, estratégias financeiras, estratégias de produção e estratégias de recursos humanos. o Estratégias de marketing, alguns tipos que podem ser considerados nessa situação são: estratégias de produtos ou serviços (linha de produto, o desenvolvimento de novo produto, a qualidade, o desempenho e obsoletismo, a eliminação de antigos produtos, distribuição de produtos) estratégias de mercados ( canais de distribuição, os serviços aos clientes, as pesquisas de mercado, a determinação de preços, o processo de venda, promoção, propaganda e publicidade, o sistema de embalagem, a definição da marca, seleção de mercados). Estratégias financeiras (desinvestimento, a obtenção de fundos, a extensão do crédito ao consumidor, bem como o nível de financiamento). Estratégias de produção nesse caso, podem-se considerar, entre outros, a logística industrial, os custos industriais, a engenharia de produto, a engenharia do processo, o arranjo físico, a manutenção, o controle de qualidade, os estoques intermediários e finais, expedição do produto) Estratégias de recursos humanos (quadro de pessoal e a capacitação interna, os sistemas de transferências e promoções, de desenvolvimento e treinamento, e de remuneração e benefícios). 48 o Quanto à CONCENTRAÇÃO, as estratégias empresariais podem ser classifica- das em: • Estratégia pura, na qual se tem o desenvolvimento específico de uma ação numa área de atividade. Exemplo: uma empresa oferecer mais serviços aos consumidores, com o objetivo de neutralizar a alteração de preços de microcomputadores por parte de um concorrente importante. • Estratégia conjunta, que corresponde a uma combinação de estratégias empresariais. Exemplo: uma empresa fabricante de microcomputadores pode, de forma conjunta, adotar as seguintes estratégias: aumentar despesas com propaganda, se o aumento dos serviços aos consumidores não alcançar os resultados esperados, aprimorar a qualidade dos microcomputadores, com maiores despesas em pesquisa e desenvolvimento, bem como manter o preço dos microcomputadores, mas concedendo descontos por quantidade comprada. o Quanto à QUALIDADE DOS RESULTADOS, as estratégias podem ser classificadas em: • Estratégias fortes, que apresentam alterações de elevada amplitude, ou alterações de impacto para a empresa. • Estratégias fracas, cujos resultados são mais amenos para a empresa. o Quanto à FRONTEIRA, as estratégias empresariais podem ser classificadas em: • Estratégias internas à empresa (reorganização para alterar a forma como a alta administração deve lidar com os funcionários da empresa). • Estratégias externas à empresa (a descoberta de novas oportunidades, à ação diante de um concorrente etc) • Estratégias internas e externas à empresa (proporciona a interligação entre aspectos internos e externos da empresa). 49 o Quanto aos RECURSOS APLICADOS, as estratégias empresariais podem ser classificadas em: • Estratégias de recursos humanos, em que o grande volume de recursos considerado refere-se ao fator humano. • Estratégia de recursos não humanos, em que existe predominância de aplicação de recursos materiais e/ou financeiros. • Estratégias de recursos humanos e não humanos, em que ocorre determinado equilíbrio entre os diversos tipos de recursos aplicados. o Esse tipo de classificação de estratégias pode ser enfocado para outros tipos de recursos básicos (financeiros, materiais, equipamentos e tecnológicos). o Exemplo, a empresa que atuar no setor de informática e a sustentação de sua vantagem competitiva for da tecnologia obtida e aplicada, suas estratégias básicas devem ter o foco da tecnologia; as demais estratégias são complementares e auxiliares a essa situação. o Quanto ao ENFOQUE, as estratégias são classificadas em: • Estratégias pessoais, que representam valores, motivações, proteções contra o ambiente concorrencial predatório, métodos de mudar os hábitos de consumo, técnicas para lidar com o pessoal, execução de tarefas pelos executivos e proprietários da empresa. • Estratégias empresariais, que representam as ações da empresa perante seu ambiente (conjunto de fatores externos e não controláveis). o Quanto à POSTURA ESTRATÉGICA (está voltada para sobrevivência, manutenção, crescimento ou desenvolvimento) • Postura estratégica de sobrevivência. • Condição que existe predominância externa de ameaças e predominânciainterna de pontos fracos. 50 • Esse tipo de estratégia deve ser adotado pela empresa quando não existe outra alternativa, ou seja, apenas quando o ambiente e a empresa estão em situação inadequada ou apresentam perspectivas nebulosas, com alto índice de pontos fracos internos e ameaças externas. • Em qualquer outra situação, quando a empresa adota essa estratégia por medo, as consequências podem ser desastrosas. • a sobrevivência pode ser uma situação adequada como condição mínima para a empresa alavancar outros objetivos mais tangíveis no futuro, como lucros maiores, vendas incrementadas, maior participação no mercado etc., mas não como um objetivo único da empresa, ou seja, estar numa situação de sobreviver por sobreviver. • Postura estratégica de manutenção • Quando existe predominância externa de ameaças e predominância interna de pontos fortes; ou seja, a empresa procura se manter viva com base em seus pontos fortes, principalmente se esses derem sustentação direta para sua vantagem competitiva. • A estratégia de manutenção é uma postura preferível quando a empresa está enfrentando ou espera encontrar dificuldades; e, a partir dessa • Postura estratégica de crescimento • Quando existe predominância externa de oportunidades, mas a empresa não tem sustentação para usufruir dessas oportunidades em sua plenitude, pois existe predominância interna de pontos fracos. • Embora exista na empresa predominância de pontos fracos, o ambiente empresarial está proporcionando situações interessantes que podem transformar-se em oportunidades. • Nessa situação consuma-se lançar novos produtos, aumentar o volume de vendas etc. • Postura estratégica de desenvolvimento 51 • Quando existe predominância externa de oportunidades e predominância interna de pontos fortes. • O desenvolvimento da empresa é realizado em duas direções principais. Procurar novos mercados e clientes, diferentes dos conhecidos atualmente, Procurar novas tecnologias, diferentes daquelas que a empresa domina. • A combinação desses dois eixos – mercadológico e tecnológico – permite ao executivo da empresa construir novos negócios no mercado Postura Estratégica Pontos Fracos Pontos Fortes Ameaças Oportunidades Sobrevivência X X Manutenção X X Crescimento X X Desenvolvimento X X 9. 8. ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS GENÉRICAS (PORTER) o A estrutura de “Estratégias Genéricas” de Porter (2005) tem sido amplamente empregada. o A base fundamental do desempenho acima da média a longo prazo é conhecida como sendo a vantagem competitiva sustentável. o Os dois tipos básicos de vantagem competitiva, combinado com o escopo de atividades para o qual uma empresa procura obtê-los, levam a três estratégias genéricas para alcançar o desempenho acima da média em uma indústria: (i) Liderança de Custo, (ii) Diferenciação e (iii) Enfoque (no custou ou na diferenciação). 52 o LIDERANÇA EM CUSTO TOTAL: • Nesta estratégia procura-se atingir o menor custo possível através da utilização de políticas e processos que orientem a empresa para suas atividades fins. • Neste tipo de estratégia é necessário que a empresa possua uma grande capacidade instalada para poder atender a elevadas demandas, o que proporcionará economias de escala e redução de custo em virtude da experiência adquirida. • Apesar de considerar que atributos de qualidade e atendimento ao cliente sejam importantes, o foco desta estratégia será o custo baixo para que desta forma se possa conquistar clientes sensíveis ao preço. • Mesmo que a existência e a ação das forças competitivas influenciem a rentabilidade da empresa, a liderança no custo total permitirá que esta obtenha retornos acima da média, protegendo assim a empresa dos competidores, uma vez que os custos mais baixos possibilitam o lucro mesmo quando os concorrentes já os tenham consumido (PORTER, 2005). o DIFERENCIAÇÃO: • Esta estratégia procura diferenciar a oferta da empresa das ofertas dos concorrentes através da criação de um diferencial competitivo, que pode ocorrer sob as formas de marcas e atendimento personalizado, dentre outras dimensões. 53 • Esta estratégia não considera grandes volumes e preço baixo. Ao contrário, a estratégia de diferenciação busca atender um número menor de clientes de uma forma mais personalizada, o que inviabiliza a conquista de grande participação de mercado. • Desta forma, a empresa cria barreiras de entrada aos concorrentes em virtude da lealdade obtida dos consumidores. • O poder de barganha dos compradores diminui à medida que os mesmos são menos sensíveis ao preço e também por causa da escassez de alternativas que atendam às suas necessidades de forma satisfatória. (PORTER, 2005) o ENFOQUE (FOCO): • Aqui se busca centrar as forças em um grupo específico de compradores, ou em uma determinada área geográfica. • O enfoque poderão ocorrer de diversas formas. • A estratégia de enfoque procura atender a um alvo específico com alta eficiência e, para que se atinja este objetivo, todos os processos são definidos em conformidade com este tipo de estratégia. • Nesta estratégia, a empresa entende que é possível atender com maior precisão as necessidades de um público-alvo mais específico do que procurar atender às necessidades da indústria como um todo. o Estas três formas estratégicas são formas alternativas para que as empresas se defendam das forças competitivas que modelam o ambiente de negócio. o A busca de uma posição intermediária é entendida pelo mercado como indefinição da empresa com relação ao seu posicionamento estratégico, o que traz mais problemas do que soluções. 54 o Desta forma a empresa não possui escala suficiente para conquistar grande participação de mercado e assim usufruir os benefícios das vantagens de baixo custo. o Da mesma forma, a empresa não consegue fazer uma oferta diferenciada ao mercado, o que dificulta a conquista da lealdade dos consumidores e pode gerar várias inconsistências. o Além disso, a indefinição estratégica reduz a rentabilidade da empresa e compromete as possibilidades de sucesso. 10. 9. ESCOLHA DAS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS o Perguntas que devem justificar a escolha da nova estratégia empresarial: • Qual é a importância relativa de cada uma das considerações e dos aprendizados precedentes? • Qual é a alternativa que resolve melhor o problema de estratégia? • Qual é a alternativa que melhor se enquadra na competência e nos recursos da empresa? • Qual é a alternativa que oferece a maior e melhor vantagem competitiva para a empresa? • Qual é a alternativa que melhor satisfaz às preferências da alta administração? • Qual é a alternativa que melhor atende ao senso de responsabilidade social e de ética da alta administração? • Quais alternativas reduzem, ao mínimo, a criação de novos problemas? • Qual deve ser a nova estratégia empresarial? 55 9.1 ESTRATÉGIAS PARA COMPRAR EMPRESAS o Os principais aspectos das estratégias para compra de empresas são aquisição e fusão. • AQUISIÇÕES Empresas grandes compram uma porcentagem dos ativos de empresas menores. (51%) É a compra de outra empresa. Pode ser com capital próprio, empréstimo ou ações da empresa compradora. • Podem ser: o Amigáveis o Não amigáveis. • FUSÃO Operação societária que envolve duas ou mais empresas que juntam seus patrimônios para formar uma nova sociedade comercial, o que faz com que elas passem a não existir mais individualmente. Na maioria dos casos, envolve empresas do mesmo porte. Já na aquisição, o patrimônio total de uma empresa de menor porte passa a ser controlado total ou parcialmente por uma de maior porte. • Finalidadesdas Estratégias de Aquisições e Fusões 1. Integração Vertical: adquire fornecedores e clientes 2. Integração Horizontal: adquire antigo concorrente 56 3. Extensão de produtos: acesso a produtos complementares 4. Extensão de mercado: acesso a mercados complementares 5. Conglomerado: não existe relação estratégia entre elas. 6. Nicho: dominar um segmento de mercado em que ela atua. 7. Especialização: conquistar ou manter liderança no mercado por meio da concentração dos esforços de manutenção numa única ou em poucas atividades da relação produto e serviços versus segmentos de Mercado. 8. Inovação: desenvolvimentos e lançamentos de novos produtos e serviços. 9.2 ESTRATÉGIAS PARA ALIANÇAS DE EMPRESAS o As estratégias que se enquadram, com maior facilidade, no contexto das alianças de empresas são a de estabilidade, de joint venture e de consórcio, cujos aspectos principais são abordados a seguir: 1. Estabilidade: manutenção de um estado de equilíbrio ameaçado, ou, ainda, o retorno desse estado em caso de perda do equilíbrio. 2. Joint-venture: entrar em novo mercado, onde duas empresas se associam para consolidar um novo negócio ou para produzir um produto. 3. Consórcio: corresponde à combinação de empresas, geralmente de porte considerável, com a finalidade de somar esforços para negócios de elevada magnitude, por um período de tempo determinado. 57 9.3 ESTRATÉGIAS PARA VENDA DE EMPRESAS o Algumas das estratégias que podem ser enquadradas no contexto de vendas de empresas são a redução de custos, os desinvestimentos, bem como a liquidação do negócio. • Estratégia de redução de custos Essa é a estratégia mais utilizada em período de recessão. Consiste na redução de todos os custos possíveis para que a empresa possa subsistir. Algumas ações importantes que você pode implementar, correlacionadas a essa estratégia, são reduzir pessoal e níveis de estoque, diminuir compras, efetuar leasing de equipamentos, melhorar a produtividade, reduzir custos de promoção. • Estratégia de desinvestimento Essa estratégia é comum nas empresas que se encontram em conflito quanto a determinadas linhas de produtos e serviços, que deixam de ser interessantes um exemplo típico é a indústria de microcomputadores, que pode passar a fabricar equipamentos de telecomunicações. • Estratégia de liquidação de negócio. Essa é a estratégia usada em último caso, quando não existe outra saída, a não ser fechar o negócio. 9.4 ESTRATÉGIAS PARA GLOBALIZAÇÃO DE EMPRESAS o Estratégia de globalização: A empresa estende suas atividades para fora de seu país de origem. o Estratégias de desenvolvimento de mercados: A abertura de novos mercados geográficos, ou a atuação em outros segmentos de mercado. 58 9.5 ESTRATÉGIAS PARA DIVERSIFICAÇÃO DE NEGÓCIOS o Essa é a estratégia mais forte para o desenvolvimento de negócios de uma empresa. • Quando você estiver pensando em diversificar seus negócios, pode fazer determinadas perguntas estabelecidas: 1. O que nossa empresa pode fazer melhor do que qualquer uma das empresas concorrentes em seu mercado atual? (obs.: pode-se incluir na análise o mercado potencial futuro.) 2. De que recursos estratégicos nossa empresa precisa para conseguir sucesso no novo mercado? 3. Podemos alcançar ou superar os atuais concorrentes em sua atuação nesses mercados? 4. A diversificação pode separar competências e recursos estratégicos que só funcionam juntos? 5. Seremos apenas mais um participante no novo mercado, ou poderemos efetivamente vencer? 6. O que nossa empresa pode aprender com a diversificação? Estamos adequadamente organizados e capacitados para aprender com essa nova situação? o A estratégia de diversificação pode estar correlacionada a seis estratégias: 1. Horizontal: compra ou associação com empresas similares. 2. Vertical: estratégia de integração para frente ou para trás ocorre entre seu mercado de matérias-primas e o consumidor final do produto que é fabricado 59 3. Concêntrica: diversificação da linha de produtos, com aproveitamento da mesma tecnologia ou força de vendas, oferecendo-se uma quantidade maior de produtos no mesmo mercado. 4. Conglomerada: a empresa possui sinergia administrativa centralização decisória, sobretudo as financeiras, com descentralização operacional a empresa investe em setores com características econômicas mais favoráveis do que aqueles em que ela opera atualmente. 5. Interna: gerada pelos fatores internos, e sofre menos influência dos fatores externos 6. Mista: empresa apresenta mais do que um dos tipos anteriormente citados de diversificação. 11. 10.NÍVEIS DE ABRANGÊNCIA DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS o Os níveis de influência da estratégia empresarial são representados por três itens: a) NÍVEL ESTRATÉGICO de influência, que representa a interação entre os aspectos externos e internos de uma corporação, de uma unidade estratégica de negócios (uEn), ou de uma empresa. b) NÍVEL TÁTICO de influência, que representa as estratégias ou táticas adotadas por uma parte representativa de uma corporação, de uma uEn ou de uma empresa, tendo em vista os resultados globais. c) NÍVEL OPERACIONAL de influência, que representa as estratégias ou táticas ou ações adotadas por partes menores de uma corporação, uma uEn ou uma empresa, que proporcionam os instrumentos administrativos básicos para o dia a dia do executivo. Mapeamento ambiental e avaliação das forças e fraqueza da empresa para tomada de decisões estratégicas. 60 Incerteza e imprevisibilidade Tradução e interpretação das decisões estratégicas em planos mais detalhados no nível departamental. Articulação interna Desdobramento dos planos táticos de cada departamento em planos operacionais para cada tarefa. Certeza e regularidade o Os gerentes classificam os planos de acordo com sua amplitude (estratégico – tático - operacional) e prazo de execução (curto, médio e longo prazos). o Planos de Curto, Médio e Longo Prazos. • O curto prazo abrange menos de um ano. • O médio cobre de um a três anos. • O longo prazo é de três anos ou mais. Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Longo Prazo Médio Prazo Curto Prazo Envolve toda a empresa Envolve cada departamento Envolve cada tarefa Alta gestão Nível intermediário Execução Foco na eficácia Foco na integração Foco na eficiência Genérico e sintético Menos genérico e mais detalhado Detalhado analítico o Tipos e níveis de planejamento nas empresas 61 Tipo Nível Planejamento Estratégico Estratégico Tático Operacional Planejamento Mercadológico Planejamento Financeiro Planejamento da Produção Planejamento de Recursos Humanos Planejamento Organizacional Plano de Preços e Produtos Plano de Despesas Plano Capacidade de Produção Plano de Recrutamento de Seleção Plano Diretor de Sistemas Plano de Promoção Plano de Investimento Plano Controle de Qualidade Plano de Cargos e Salários Plano de Estrutura Organizacional Plano de vendas Plano de Compras Plano de Estoques Plano de Promoções Plano de Rotinas Administrativas Plano de Distribuição Plano de Fluxo de Caixa Plano de Utilização de Mão de Obra Plano de Treinamento Plano de Informações Gerenciais Plano de Pesquisa de Mercado Plano Orçamento Plano de Expedição de produtos Plano de Capacitação Interna Plano de comunicação 62 12. 11.IMPLANTAÇÃO E CONTROLE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO o Depois do estabelecimentodos objetivos, desafios, metas, estratégias e políticas define-se o cronograma de implementação das estratégias. o O plano de ação segue as seguintes etapas: • Estabelecer as ações que deverão ser implementadas. • Indicar os responsáveis e as áreas coordenadas por sua operacionalização. • Indicar as datas previstas e reais de início e término. • Indicar os recursos necessários e suas principais fontes. 63 • Indicar o resultado final esperado. • Indicar a taxa de retorno. o O controle estratégico é um tipo especial de controle organizacional que se concentra em monitorar e avaliar o processo da administração estratégica garantindo seu funcionamento. o O controle é a função do processo administrativo que, mediante comparação de padrões previamente estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações estabelecidas. 64 o Decisão e processo de controle e avaliação. o Verificação da consistência do planejamento estratégico: • Consistência interna: analisar a interação do planejamento estratégico quanto: - Capacitação da empresa. - Recursos da empresa. - Escala de valores dos executivos e funcionários. - Cultura organizacional. • Consistência externa: analisar a interação do planejamento estratégico quanto: - Consumidores. - Fornecedores. - Recursos externos. 65 - Legislação. - Concorrentes. - Distribuidores. - Plano de governo. - Conjuntura econômica e política. • Riscos envolvidos: analisar os aspectos: • Riscos financeiros. • Riscos econômicos. • Riscos sociais. • Riscos políticos. • Horizonte de tempo: considerar: Impactos recebidos exercidos a curto, médio e longo prazo. Interações entre esses diferentes momentos. • Praticidade do planejamento estratégico quanto: Tem consistência interna? Tem consistência com o ambiente? É adequado aos recursos disponíveis? Envolve grau aceitável de risco? Elaborado para um período de tempo adequado? Adequado para aplicação prática? 66 13. 12. ESTRATÉGIAS E AS VANTAGENS COMPETITIVAS NAS EMPRESAS o Vantagem competitiva: Habilidade de criar maior valor econômico que os concorrentes • Deve haver alguma diferença entre a sua oferta e a de seus concorrentes. • Se todas as empresas tivessem a mesma estratégia, nenhuma teria vantagem competitiva. • Vantagem competitiva é o resultado de se fazer algo diferente e/ou melhor que seus concorrentes. o Medidores da vantagem competitiva: • Medidas contábil: ROA (retorno sobre o ativo), ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) etc. Índices que excedam a média do Mercado • Medidas econômicas: aumento da taxa de retorno sobre o investimento. 67 14. REFERÊNCIAS CERTO, Samuel C.; PETER, J. P. Administração Estratégica: planejamento e implantação de estratégias. 3. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia, práticas. 33. ed. São Paulo: Atlas, 2015. HITT, Michael A.; IRELAND, R. Duane; HOSKISSON, Robert E. Administração Estratégica. 2ª ed. São Paulo: Cangage Learning, 2015. BARNEY, J.B; HESTERLY, W.S. Administração Estratégica e Vantagem Competitiva. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2007. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Estratégia Empresarial & Vantagem Competitiva: como estabelecer, implementar e avaliar. São Paulo: Atlas, 2009.
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