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Cdp 2- Clin. Peq.

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Cdp 02- clínica de pequenos
COMPLEXO RESPIRATÓRIO
FELINO
HERPESVÍRUS
Herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1)
• Maior representante dessas
alterações
Associado com a Rinotraqueíte viral
felina
• Uma vez que o animal é infectado a
liberação das secreções é feita por via
nasal, orofaringeana, ocular e o
período de infecção é de 1-3
semanas. É eliminado com
desinfetantes comuns então a
infecção é ligada com contato direto.
• São infectados ainda jovens.
• Muito comum que tenha infecção
bacteriana secundária
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA:
1. Febre
2. Prostração
3. Anorexia
4. Secreção nasal e ocular
5. Quemose (inchaço da conjuntiva)
6. Blefaroespasmo
7. Tosse
8. Úlceras orais/ complexo gengivite-
estomatite
9. Ceratite estromal/ sequestro de
córnea
10. Associação com quadros de rinite
crônica
CALICIVÍRUS
• Eliminado por secreções
orofaríngeas
• Não possui latência, sua eliminação
é permanente
• Alta prevalência em ambientes de
colônia
• 80% dos gatos sobrevivem a
infecção podem ser carreadores,
alguns podendo eliminar o vírus a vida
toda.
• Vírus resistente no ambiente (2-4
semanas) – Hipoclorito de sódio
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
+ comuns:
1. Febre
2. Anorexia
3. Úlceras orais
4. Vesículas na borda de língua
5. Secreção nasal
6. Espirros
CLAMIDIOSE
• Predileção pelo epitélio conjuntival,
mas também se replica em
respiratório, gastrointestinal e
genito-urinário
Um dos principais agentes causadores
de conjuntivite em gatos
• Jovens (2 meses a 1 ano)
• É transmitido por secreções
conjuntivais contaminadas, sendo o
contato direto a
principal fonte.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
• Conjuntivite
• Secreção ocular
• Hiperemia conjuntival
• Quemose
• Blefaroespasmo
• Úlceras e ceratites não são comuns
• Raras alterações respiratórias
• Existe um risco zoonótico.
BORDETELLA
Acomete diversas espécies- cães,
gatos, suínos e humanos
Pode estar associada a doenças
respiratórias em gatos de colônia –
alta densidade populacional, estresse
e manejo higiênico ineficiente.
Agente eliminado em secreção nasal e
ocular de gatos infectados
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
1. Tosse
2. Espirro
3. Secreção nasal e ocular
Associada com:
Herpesvírus
Calicivírus
Pneumonia (filhotes com menos de 10
meses de idade)
MICOPLASMOSE
• Comensal do trato respiratório
• Associada com rinite e conjuntivite
• Gatos podem ter H1N5 e H1N1, não
transmitem para humanos, mas
podem
adquirir de seus donos. Não é
responsável por grande parte das
infecções.
DIAGNÓSTICO
• Histórico
Herpesvírus é o mais agressivo
Calicivírus mais brando, mas pode
acometer a cavidade oral
Clamidiose associada com
conjuntivite, sem associação
respiratória
Bordetella tem manifestações
respiratórias em ambientes com outros
animais e filhotes
• Definitivo:
Testes moleculares: PCR
BRONQUITE CRÔNICA OU ASMA
FELINA
Asma quadro alérgico e bronquite
processo inflamatório com fibrose.
ETIOLOGIA:
• Quadros alérgicos
• Parasitas
• Bactérias
• Idiopático
Se assemelha ao ser humano do
Pensar em base alérgica, geralmente
os gatos que desenvolvem esses
quadros respiratórios tem associação
a quadros alérgicos.
Exemplos:
• Granulado da caixa de areia
• Cigarro
• Desinfetante,
• Perfumes,
• Sprays,
• Pólen,
• Ácaro de poeira
DIFERENCIAIS:
•Parasitas (Pouco comum, associado
ao trato respiratório capillaria sp,
aelurostrongylus e dirofilaria)
•Bactéria
•Fator idiopático.
O que acontece com os animais de
quadro alérgico?
Hipersensibilidade tipo I, reação
imediata que tem a liberação de
citocinas inflamatórias pelos
mastócitos contra aeroalérgenos.
O contato com o alérgeno que
consiste em a medida que o animal
fica no ambiente a inflamação vai se
cronificando e o tecido brônquico vai
ficando mais espesso, com mais
muco, perda de cílio no epitélio
comprometendo a defesa.
ASPECTO CLÍNICO:
Animal jovem a adulto, tosse que
ocorra regularmente ou de forma
intermitente.
Dispneia ou distrição respiratória –
troca respiratória prejudicada devido
ao comprometimento da e perda de
cílios (situação de hipóxia onde não se
tem a obtenção de O²) Pode estar em
situação intensa de dor/estresse e
assim pode gerar respiração de boca
aberta (mais oral do que nasal)
Auscultação – SIBILOS Assovio
quando o ar precisa passar por um
canal estenosado, luz reduzida
CREPITAÇÃO com o uso de
estetoscópio observa-se presença de
secreção, conteúdo líquido por causa
do acúmulo de muco ou pode ser por
infecção secundária bacteriana
Auscultação é detectada em lobos
pulmonares por ser uma doença nos
brônquios.
OUTRAS DOENÇAS QUE PODEM
CAUSAR TOSSE NO GATO:
RINOTRAQUEITE
Os sintomas mais comuns de se
observar são secreção ocular e rinite.
BRONQUITE
Gato apresenta receptores para tosse
nas vias respiratórias, mas não há
receptor nos alvéolos.
Mesmo o animal sendo cardiopata, ele
não tosse e aí o coração do animal
anatomicamente fica mais
horizontalizado, não gerando
compressão em traqueia.
Liberação de IgE 2° contato com o
alérgeno liberação de citocinas
inflamatórias quadro se cronifica
DIAGNÓSTICO:
Queixa principal:
Tosse; Dispneia; Ruído anormal
na respiração; Respiração de boca
aberta.
EXAMES:
RAIO X
RX da bronquite nota-se a árvore
brônquica com padrão acentuado, se
ver isso vai ajudar a confirmar o
diagnóstico, porém se não aparecer
essa árvore não deve descartar
bronquite.
Obs: Pode ser que no raio-x não haja
alterações significativas
ELIZA
Pesquisa de DIROFILARIA sp para
cães e gatos.
COPROPARASITOLÓGICO
Para pesquisar os parasitas capilária
sp, aelurostrongilus sp.
BRONCOSCOPIA
EXAME OURO
Broncoscopia possibilita biópsia,
coleta de material brônquico para
cultura e antibiograma. Nos dá o
resultado histológico, confirmação do
quadro crônico. Dependendo do
resultado da citologia, pode-se mostrar
o tipo de celular predominante na
mucosa brônquica. Se for
predominantemente eosinófilo
o caso está relacionados a parasita e
reação alérgica ou neutrófilos reações
alérgicas e às vezes em bactérias.
LAVADO TRAQUEOBRÔNQUICO
Infecção grave em pulmão e o tecido
pode ficar maciço Importante para
isolar bateria e ter uma certeza maior
da causa principal para definir um
diagnóstico. Lavagem com sonda
endotraqueal, com animal sedado e
entubado lavagem com soro coleta de
material para lâmina de citologia para
análise celular ou de bactérias;
cultivo e outros achados.
TERAPÊUTICO
Tratar alguns parasitas com
febendazol. Se não tiver alguma
confirmação nos outros exames pode
entrar com tratamento anti inflamatório
e anti alérgico e ver a evolução.
RESULTADO DO LAVADO:
EOSINÓFILOS ( parasitas e alergia)
NEUTRÓFILO DEGENERADO
(infecção bacteriana)
CULTIVO
Nem sempre faz lavado por que há
restrições, porém terá uma grande
ajuda na elucidação diagnóstica.
TRATAMENTO
•Perda de peso – pois muitos animais
estão obesos.
ATENÇÃO: Todos os gatos obesos
com esse diagnóstico devem perder
peso!!
•Evitar contato com alérgenos,
estresse e manejo adequado dos
animais para minimizar os efeitos.
PROTOCOLO:
O protocolo irá ser definido de acordo
com o estadiamento da doença
Sintomas não diários
Os animais com quadros brandos não
precisam ser agressivos por conta dos
efeitos colaterais.
Albuterol – (aerolin) – agonista beta
adrenérgico que promove bronco
dilatação que facilita a passagem de
ar, mas pode induzir sintomas como:
taquicardia e tremor. Necessita de
máscara e espaçador (aparelho) ao
aperta o medicamento, vai nebulizar
dentro do espaçador e o animal vai
inalar via máscara, gato precisa
respirar de 6 a 7 vezes para o efeito
Sintomas diários – uso de
broncodilatador ou corticóide
Iremos dividir em: discreto, moderado
e emergência.
•CASOS DISCRETOS
O animal vive bem entre tosse e sibilo
Fluticasona 110-220mcg BID –
(flixotide) + albuterol
Corticosteróides com ação anti
inflamatória – efeitos colaterais: ganho
de peso, queda na imunidade.
INALADO menos agressivo porque
não cai na corrente sanguínea, tem
ação respiratória e promove uma ação
local
•MODERADOS
Episódios de desconforto em crises de
tosse e sibilos
Fluticasona + albuterol + corticóide
oral (prednisolona 1-2 mg/kg SID)
por 10-15 dias
ATENÇÃO!
As inalações não são suficientes e
deve-se colocar corticoide sistêmicono tratamento.
Dependendo do caso poder substituir
o corticóide oral e trocar por
ciclosporina oral
•EMERGÊNCIA
Animal cianótico, dispneico e com
muita crise de tosse.
Oxigênio por sonda uretral, para
fornecimento de oxigênio.
Broncodilatador injetável –
Terbutalina injetável
Dexametasona injetável 0,2 – a,5
mg/kg IV, SC, IM Aerolin/Albuterol
cada 30 min via máscara e espaçador
Nesta fase perde-se muito gato,
geralmente pela contenção é
necessário estabilizar e depois
pensar em quadro clínico e por
último em raio-x.
*Se animal não melhorar usa-se
ADRENALINA, em último caso
porque causa muita arritmia
cardíaca.

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